Fanfic: Entre o amor e a amizade (Adaptada) AyA [Finalizada] | Tema: Romance, AyA, Anahí e Poncho

— Não. Não será possível. — Outra pausa, e ela adiantou algumas folhas. — Estarei ocupada no próximo final de semana. Vamos para o Grand Canyon. — Annie apertou os olhos e olhou para o relógio. — Agora?

Eu a olhava com expectativa enquanto ela confirmava e desligava.

— Era a secretária de Aaron Fields. Havíamos marcado uma reunião no Canal 5 para hoje à noite. O problema é que Rodrigo teve de cancelar e está livre agora. Ele ja falou com Fields e...

— E, mais uma vez, você não vai comer — Observei-a retocar o batom.

— Não tenho escolha. A outra alternativa é arriscar me encontrar com Fields sem Rodrigo. — Ela fechou o porta-batom e o guardou na bolsa. — Eu deixaria de almoçar todos os dias se isso significasse não ter de ficar sozinha com aquele imbecil.

— Você nunca me disse por que não gosta dele.

— Ele me convidou para jantar há cerca de três anos — ela respondeu com a mão na maçaneta. — Fui estúpida o bastante para aceitar, e Aaron entendeu como uma resposta global para o resto da noite. Isso, combinado com o charme incrível dele, dentre outras coisas, o colocaram na lista das dez pessoas que devo evitar a qualquer custo.

— Quando você tiver mais tempo, quero que me conte o que realmente aconteceu.

Anahí narrando:

Como ele sabia que havia mais? Eu tinha consciência de que Poncho não podia ler minha mente. Se pudesse, já saberia sobre meus sentimentos secretos e já teria partido da cidade.

Notando a expressão frustrada com que ele me fitava, resisti ao impulso de ficar e contar toda a história. No entanto, ele também se recusara a revelar o que estava por trás daqueles lampejos de tristeza que eu flagrei em seu olhar.

— Claro. Qualquer dia desses, contarei todos os detalhes, depois de você me dizer por que deixou Los Angeles às pressas.

— É melhor você ir, ou chegará atrasada — Poncho apressou-me, evitando o assunto.

— Mais cedo ou mais tarde você vai me contar.

Ele sorriu para mim, fazendo-me prender a respiração.

— Mais cedo ou mais tarde — ele concordou. — O que acha de irmos ao cinema hoje à noite, já que sua reunião foi cancelada? Você escolhe o filme.

— Está bem, se você prometer que não vai tentar me convencer a ver alguma coisa com muito sangue e violência.

— Prometo. Tomara que escolha o novo filme de Bruce Willis. Você sabe como gosto desse ator.

— Poncho, você nem respirou antes de quebrar a promessa.

— Aposto que você está louca para ver Bruce Willis. Não negue.

— Até mais tarde. — Rindo, abri a porta.

— Está bem. Não vou dizer mais nenhuma palavra sobre qualquer filme até termos comprado os ingressos.

Olhei-o sobre o ombro.

— Combinado.

— Mal posso acreditar que encontramos o arquivo mais valioso sobre Simon Harcourt — Eu dizia enquanto Poncho procurava uma vaga no estacionamento do shopping. — Você provavelmente não se lembra, mas alguns anos atrás, houve um incêndio num centro comunitário no sul de Phoenix, num daqueles núcleos educativos onde as crianças podem ir depois da escola para ficar fora das ruas. Bem, depois do incêndio, a estimativa era de que os reparos do prédio fossem tão dispendiosos que todos acharam que seria o fim da instituição.

Soltei o cinto de segurança e sai do carro, continuando a falar enquanto fechava a porta.

— Mas Harcourt soube da história e contratou uma equipe para verificar o prédio. E foi então que descobriu que a estrutura ainda estava boa, e que a maioria dos danos havia sido provocada pelo fogo e pela água.

Sem interromper o relato, segui Poncho para o cinema e entramos na fila para comprar os ingressos.

— Simon se uniu às crianças e líderes comunitários e... 

Poncho passou o braço sobre o meu ombro e me puxou para mais perto, e eu me calei no mesmo instante.

— E...?

— Eles organizaram uma faxina geral. — A minha voz soou ofegante quando a sua mão deslizou casualmente para minha cintura. — Poncho, que está fazendo?

— Temos de fingir que somos amantes, lembra? — avisou, mantendo-me no lugar com firmeza quando eu tentei me afastar.

—Poncho...

Ignorando o meu protesto, enlaçou a minha cintura delgada com os dois braços, forçando-me a encará-lo.

Não passava de um jogo, eu me convenci. Ele gostava de jogos. O problema era que aquele em particular envolvia sentimentos.

O pior era que Poncho parecia sincero... Agia como se estivesse apaixonado, e o olhar ardente poderia facilmente ser interpretado como real.

— Não precisamos fingir. Ninguém nos conhece aqui — protestei.

— Tem certeza? Nunca se sabe quem pode estar por perto... Alguém do escritório ou da equipe de Harcourt pode ter decidido assistir o mesmo filme. Phoenix não é uma cidade tão grande.

Apertei os lábios e o fiz rir ao lançar-lhe um olhar cético.

— Bem, se meu argumento não a convenceu, ao menos considere a oportunidade de praticar a linguagem corporal. Vamos, qualquer um que estiver nos observando vai achar que você não gosta de mim.

Avançamos alguns passos, acompanhando a fila, e o Poncho me soltou. Porém,  tomei a mão dele num gesto tímido.

— Assim combina mais com meu estilo — justifiquei, olhando-o com o canto dos olhos. — Se ainda acha que não é suficiente para convencer a audiência, que, aliás, não está prestando a mínima atenção em nós dois, eu posso acrescentar que gosto de você, Poncho.

— Já é um começo — ele disse com um sorriso, apertando os meus dedos entre os seus.

Quando chegamos ao guichê, eu me afastei para que Poncho pegasse a carteira.

— Dois ingressos — pediu, em seguida olhou para mim. — O que vamos ver?

— Você não vai pagar meu ingresso.

— Podemos discutir sobre isso mais tarde. Agora, temos de escolher o filme. Veja o tamanho da fila atrás de nós. — Ele fez um gesto discreto com o queixo. — O que vamos ver, Annie?

— O que acha que vamos ver? — Perguntei com um sorriso divertido. — O filme de Bruce Willis, é claro!

— Oh, é claro! — Poncho riu e apanhou os ingressos.

— Você não achou mesmo que eu escolheria outro filme, não é? — Perguntei enquanto era conduzida para a fila da pipoca. — Quanto lhe devo pelo ingresso?

— Nada. Isso é um encontro, Annie... Anahí — corrigiu ele. — Vou pagar a pipoca e o refrigerante. E não tente me fazer desistir.

Algo nos olhos dele me impediu de argumentar. Por alguma razão, assumir os gastos naquela noite era importante para Poncho. Provavelmente, estava levando a sério a representação. Eu sabia que, se realmente estivéssemos juntos, ele sempre insistiria em pagar tudo.

Estudei-o com discrição, refletindo que aquilo era um exagero. Estaria ele tão envolvido na situação que não seria capaz de parar nem mesmo quando chegássemos em casa? Não queria que ele fizesse amor comigo simplesmente por causa de um jogo. Porém, conseguiria resistir?

Enquanto esperavam a pipoca, Poncho afastou os meus cabelos que caíam no meu rosto. Foi um gesto terno, gentil e carinhoso, que refletia a expressão suave em seus olhos. Senti o coração disparar.

Lembrei-me de que era apenas uma fantasia. Parecia com a vida real, eu sentia como se fosse real, mas não era nada além de sonhos e desejos.

A menos que...A menos que Poncho estivesse tão concentrado em sua atuação que se convencera de que realmente estava apaixonado. Mas, e então? Permaneceria por perto por um mês ou dois, talvez três se eu tivesse sorte. Depois, ficaria inquieto e partiria.

— Então, organizaram uma faxina... — Poncho pegou as pipocas e o refrigerante, e nós começamos a se dirigir para a sala de exibição.

O encarei, confusa.

— Você estava me contando sobre um dos arquivos de Harcourt que encontrou — lembrou-me.

— Ah, é verdade! O centro comunitário. Bem, ele doou tudo que era necessário para a reforma, e as pessoas da comunidade fizeram um mutirão e trabalharam juntas. Mas, e essa é a melhor parte, Harcourt ajudou com as próprias mãos.

— Está brincando.

— Não. Tenho as cenas em que ele aparece pintando as paredes, todo sujo de tinta. Está ao fundo de uma entrevista com as crianças. Harcourt nem sabia que estava sendo gravado, o que prova que não procurava publicidade. Não disse uma só palavra durante a gravação toda. Aliás, desconfio que o cinegrafista nem sequer o tenha reconhecido. Ele estava apenas trabalhando, como um cidadão comum, trajando jeans e camiseta. — Animada, o segui para a frente da sala. — Eu mesma não o teria reconhecido se Rodrigo não tivesse me mostrado. Ele ampliou a imagem e fiquei perplexa quando o vi. Esse material será excelente para Harcourt.

A sala de exibição estava escura e fria, e havia poucos assentos vagos. Poncho parou numa das fileiras da frente e cochichou ao  meu ouvido:

— Aqui está bom para você?

— Considerando que é o mesmo lugar em que sempre nos sentamos quando vamos ao cinema, eu diria que está perfeito.

Poncho entrou primeiro, mas, em vez de se sentar na segunda cadeira, percorreu a fileira toda até um lugar mais afastado. Arregalei os olhos quando ele colocou os refrigerantes nos porta-copos acoplados ao braço da poltrona e voltou, tomando a minha mão para acompanhar-me

— Amantes sentam-se perto da parede, onde é mais escuro — ele explicou.

Com um gesto firme e gentil, fez com que eu me sentasse e ocupou a poltrona ao meu lado, passando o braço ao redor dos meus ombros como se fosse o gesto mais natural do mundo.

A penumbra desenhava sombras misteriosas no rosto viril. Os olhos pareciam brilhar, mais claros do que nunca. Ele me fitava intensamente.

O meu coração disparou no meu peito e eu respirei fundo.

— Poncho...

Ele tocou-me no queixo, interrompendo as palavras com um beijo.

Mi amores,eu parei na melhor parte só para deixar vocês ansiosos haha sou má!kkk brinks!Bom,agora não sei quando postarei outro capitulo,pois a cada dia que passa to mais apertada,mas so falta 3 PROVAS.ta quase terminando!Boa noite,beijos,Bella.