Fanfics Brasil - Identidade Natural Disaster

Fanfic: Natural Disaster | Tema: Fanfic com personagens originais1


Capítulo: Identidade

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- Levanta neko, são 6:40 da manhã, temos que ir pra faculdade! - Disse uma “amiga” enquanto saia correndo e sem o menor cuidado para não pisar nas outras meninas que também estavam deitadas no chão de um apartamento qualquer. Uma amiga entre aspas, entre muitas aspas, até porque Derick sequer sabia o nome da garota que o havia acordado naquela manhã. Tudo o que sentia era a dor de cabeça causada pela ressaca.


            Toda segunda-feira, desde o ensino médio era a mesma coisa, ele ia das noitadas para a faculdade, sem nenhuma parada em casa, sem nenhum peso na consciência após desvirginar mais uma garota. Para ele não era novidade fazer isso, era muito novo, mas muito bonito. Pele clara, cabelos negros lisos e arrepiados, corpo definido, porte de mais velho do que alegava sua identidade, e olhos negros que pareciam encantar a qualquer uma que desejasse possuir. Entrara muito novo na universidade, sempre fora academicamente precoce e, por conta de sua classificação, conseguira se matricular na universidade mesmo sem ter concluído o Ensino Médio.
            Rapidamente o garoto beijou mais uma vez cada uma das garotas com que passou a noite e foi embora de skate rumo à faculdade.


Faculdade de Medicina, 6º período da Universidade de Bergenthal, a melhor do país e uma das melhores do mundo. Derick havia passado no vestibular em primeiro lugar. Um feito extraordinário, mas para ele, parece que nada daquilo o deslumbrava. Estava acostumado a ganhar prêmios, achava tudo muito fácil e, por isso, não via nada demais nessa situação.
            Motivo de orgulho para os pais? Nem tanto, Derick oscilava entre duas personalidades que pareciam não fazerem parte da mesma pessoa. Por um lado era um estudante aplicado, quando criança, sempre era o aluno com o melhor boletim de todo o colégio. Participou de olimpíadas de matemática, física, química e biologia (suas matérias preferidas), em todas as competições e projetos acadêmicos recebia medalhas, e todos já sabiam que se ele se inscrevesse em determinada competição, o primeiro lugar já estava definido. E era dele, sempre dele. Por esse ângulo, definiríamos o rapaz como o típico nerd. Interessava-se pelas ciências, passava madrugadas imerso em livros, artigos, documentários.
            Por outro lado, seu psicológico era um tanto quanto turbulento. Derick era um garoto-problema, daqueles que os pais morrem de medo que suas filhas se envolvam. Apesar de só ter 17 anos, fumava e bebia de segunda a segunda, sempre estava em festas de rock banhadas a drogas, cada vez acompanhado por uma garota diferente, possuía uma banda cujas letras esbanjavam agressividade e revolta contra tudo que lhes desagradasse. Apesar de ser muito popular e ser sempre o centro das atenções aonde chegava, Derick era esnobe nem se achava superior por nada daquilo e, mesmo nunca deixando transparecer para os outros, sentia-se deprimido e solitário. Tomava remédios fortes para conseguir pegar no sono, e por vezes, assim que acordava, desejava tomar mais remédios para dormir novamente.


            Ao chegar na faculdade,  Derick pegou o elevador rumo ao terceiro andar, chegando à sala 1307. Atrasado, sentou-se numa cadeira na frente, perto da mesa da professora, infelizmente a única vaga nas primeiras fileiras.


- Quero que façam o trabalho de farmacologia que explicitei no quadro. É um trabalho complexo, para ser entregue no fim do período, por isso, aviso que o mais adequado é que comecem a pesquisar desde já. - Disse resmungando a mulher que regulava uns 40 anos dona de uma amargura visível em seu rosto. Nem preciso explicar o motivo pelo qual a única carteira vazia era justamente a que se encontrava perto da mesa do professor. Eunice era uma professora temida por ser rancorosa e reprovar muitos alunos. “Solteirona amargurada”, assim ela era definida por todos naquela instituição.


- Quer tirar esses fones do ouvido!? Quero ver só como irão ficar suas notas, obviamente terá um péssimo desempenho nas provas e eu não tenho pena de reprovar alunos. - Resmungou, o recado foi direto para Derick, que ouvia música durante a aula e estava perto demais dela.


- Com todo respeito, mas o fone não me atrapalha... - Mal o garoto começou a falar e a professora já lhe enviou um olhar de desprezo, se sentira afrontada, detestava ser contrariada.
            Estava no início do período, e por isso, a professora não conhecia nenhum dos alunos, mas já ouvira falar de Derick, só não fazia ideia de que ele era justamente o aluno que a afrontara. A mulher então resolveu fazer a chamada, mesmo sabendo que a aula ainda não havia começado. Eunice fez questão de ver o nome e os rostos de todos para investigar e saber de quem se tratava o aluno insolente, talvez então para perseguí-lo.
            A chamada foi sendo feita, até que chegou o nome do garoto:
- “Derick Garrett Becker” – A professora ficou de olhos arregalados ao ver de quem se tratava, não precisava investigar sobre o aluno, seu nome já dizia tudo. Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas, só em ler aquele nome, Eunice mudou totalmente de opinião  a respeito dele. A mulher estava realmente surpresa e muito curiosa para saber do que Derick era capaz de produzir e render como aluno, se era como realmente falavam ou tudo não passava de exagero.


            Ela estava mesmo perplexa e ansiosa, seu nervosismo era perceptível, admirava e já havia lido muito a respeito das pesquisas to tal “menino gênio”. Derick tinha uma reputação invejável em relação à suas capacidades intelectuais, já havia saído na TV algumas vezes quando criança, o que fazia com que ele aprendesse qualquer coisa numa velocidade tão rápida era objeto de estudo de vários outros cientistas e aguçava a curiosidade de todos.


            Derick sentou-se novamente e assistiu ao resto das aulas até o meio-dia, tentando prestar o máximo de atenção porque sabia que após a aula teria muito o que fazer, não teria como estudar.


Hora do almoço, todos liberados e seu telefone tocou, era sua mãe, querendo saber onde passara a noite.


- Não mãe, dormi na casa de uns amigos, você sabe.


- Derick, você não tá metido com drogas não né meu filho? - Disse Lilian apreensiva.


- Mãe, não tem nada a ver, você sabe que eu não me meteria com isso, só sai com uns amigos e acabou ficando tarde para voltar, dormi lá e hoje fui direto para a faculdade, me desculpe por não avisar mãezinha, mais tarde estou em casa e a gente conversa.


- Tudo bem, você sabe que eu confio muito em você, não faça nada que vá me decepcionar. Beijos, eu te amo.  – Desligaram o telefone.


            Enquanto desligou o telefone foi convidado por Henry para se juntar ao resto da turma no bosque da faculdade e conversar com alguns amigos. Conversaram por alguns minutos e por fim os amigos decidiram ir até uma churrascaria almoçar, todos estavam famintos. Derick havia combinado de ir almoçar com seus pais, por isso, despediu-se de todos.  O garoto foi direto para casa almoçar e se arrumar, pois teria que ficar a tarde toda observando seu pai trabalhar na empresa de Advocacia que pertencia à sua família. Advogado, profissão que Derick odiava, mas que desde pequeno seu pai tentava o induzir para esse ramo e assumir os negócios da família.


            No almoço com seus pais tudo correu bem e os três seguiram de carro para a empresa. Lá ele foi apresentado a alguns assessores e pessoas importantes, informado sobre as atividades da empresa e ajudou alguns funcionários a realizar pequenas tarefas. Passou a tarde toda ali, achou tudo irritante, se sentiu deslocado porque não se identificava com a profissão, e, apesar de seu pai saber disso, apenas queria que Derick seguisse seus passos.


            Saindo de lá já era noite, seus pais foram para casa e ele seguiu de taxi para a praça perto da rua onde morava, ponto de encontro de seus amigos, todos os dias, em qualquer horário, sempre havia alguém conhecido por lá. Chegou de terno e gravata e parou numa banca de jornal para comprar cigarro. Sentou-se perto de sua galera e tirou o terno, sempre rodeado por muitas garotas, fumou e bebeu com o pessoal, beijou algumas garotas como sempre.


            Apesar de ele ser um galinha nato, sempre disposto a seduzir e possuir todas as garotas quisesse, nenhuma a odiava porque, apesar de tudo, ele tratava todas bem. Nem mesmo os garotos guardavam algum tipo de rancor, pois ele ajudava todos dando dicas e arrumando algumas para eles também aproveitarem. Era um líder, sem ele não era a mesma coisa, todos o queriam por perto.



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Autor(a): thaislifesucks

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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