Fanfic: Alison & Courtney: O Mistério das Gêmeas! | Tema: Pretty Little Liars

“Rosewood informações: EXAME FEITO COM SANGUE ENCONTRADO NOS VIDROS DO CARRO DE MELISSA HASTINGS É COMPATÍVEL COM O DE ALISON DILAURANTIS. APÓS SAIR O RESULTADO, A FILHA MAIS VELHA DOS HASTINGS FOI PRESA POR SER PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELO DESAPARECIMENTO DA JOVEM. A POLÍCIA TENTA ARRANCAR NOVAS INFORMAÇÕES DELA E INVESTIGA POSSÍVEL CUMPLICIDADE COM IAN THOMAS, SEU ATUAL MARIDO...”

Hanna fechou a página de internet do seu celular, boquiaberta com as últimas notícias do maior site de fofocas do estado. A pequena cidade estava sendo o centro das atenções.

– Spencer, como você está se sentindo sobre essa coisa da prisão...? – Hanna não completou a frase e se esticou na cama macia. – Você acha que ela foi capaz de fazer isso?

– Acho que só a polícia responder a essa pergunta, eu não trabalho na CIA e minha mãe disse pra eu não me preocupar. Na verdade, ela me pediu pra sair da cidade com vocês, para evitar toda essa coisa. Esse caso ganhou proporções gigantescas.

– As pessoas desocupadas não têm o que falar, sabe como é cidade pequena. Vocês serão tema constante das fofocas pelo resto do ano. – Hanna falou isso porque enquanto estava a caminho da casa de Spencer encontrou meia dúzia de pessoas em cada esquina falando sobre o ocorrido.

Os últimos raios de sol do sábado refletiam na varanda dos Hastings. Spencer, fechando seu closet, pegava a última peça de roupa para pôr na “pequena” mala azul. Hanna não parava de mexer no celular. Aria e Emily estavam no andar de baixo pegando algo pra comer na geladeira.

– Hanna, já confirmou com o Jason? – perguntou ela com um grande sorriso.

– Claro que sim! Não posso perder essa oportunidade. – respondeu presunçosa. – E com o Noel, já tá tudo certo?

Ela não respondeu, apenas acenou positivamente com a cabeça.

– Onde está a nossa delegada?

– Na delegacia, trabalhando muito.

– Fica mais fácil libertar Melissa, sendo que é ela quem manda na delegacia.

– HANNA! – gritou Spencer. – Se Melissa tiver que passar o resto da vida presa, ela irá passar. Minha mãe não poupará ela de pagar pelo que fez, se isso for provado.

– Eu falei brincando. Sei que sua mãe é bastante profissional.

Há pouco mais de 6 meses, a srª Hastings, fora nomeada a nova delegada da cidade.

– Meninas, Garret e Lucas estão nos esperando lá fora. – gritou Aria do andar de baixo.

Elas pegaram as bolsas e desceram para o encontro dos outros. Ao chegar lá, via-se Emily com Lucas e Aria com Garret bloqueando a porta.

– Me deem licença pessoal, aqui não é um bom lugar para namorar. Guardem suas energias para a noite, garanto que vão precisar. – Spencer empurrou os casais e jogou sua bagagem no carro de Garret que estava com o porta-malas aberto.

– Onde estão o Jason e o Noel? – questionou Garret fechando a última porta do carro e se colocando no banco do motorista.

– Só vão poder ir à noite. Doutor Wren não os deixou sair mais cedo. Ser enfermeiro não é fácil. – Quando Spencer pronunciou a última palavra, uma mensagem chegou em seu celular. “Vocês acabaram com tudo que era meu. Talvez eu acabe com tudo que é seu. Vocês me pagam, vadias -A” – Ela desligou o celular e passou a viagem inteira sem falar nada.

Spencer não queria contar as meninas sobre a mensagem para não estragar o clima do final de semana. Ela preferiu ficar calada e fingir que estava tudo bem.

...

Lucas e Garret arrumavam as malas numa pilha sobre o tapete de veludo da casa do lago do pai de Spencer. As meninas organizavam algumas coisas que o caseiro tinha esquecido em cima da mesa de mogno e vidro no centro da sala.

– Meninos, podem ir limpar o dique, afinal é a parte da casa que mais usaremos. – gritou Hanna.

– Amo não ter que fazer nada. Pode agradecer ao caseiro por mim, Spencer? – Aria era a mais preguiçosa das quatro, mas isso não queria dizer que Hanna e Emily eram muito dispostas.

– Ele teve que viajar para a casa de seus pais ontem, então não deu tempo limpar todo o pátio do sítio. Teremos que nos virar. A dispensa está cheia de mantimentos e o resto está perfeito. Mamãe previu que a qualquer momento fossemos precisar sair de Rosewood, por causa dos problemas e já deixou tudo preparado. -

– Eu estou cheia das mesmas coisas, precisava sair daquele lugar por pelo menos dois dias. – resmungou Emily fazendo um rabo de cavalo no longo cabelo preto.

Todas as meninas subiram para o andar de cima. O céu estava muito estrelado e não havia sinal de chuva. Uma pequena luz era vista ao longe por entre as árvores da floresta que dividia Rosewood e o sítio. Por um segundo Spencer releu a mensagem de –A mentalmente.

– Vamos para o lago. Os meninos estão se instalando no outro quarto. Eles nos acompanham depois. – comentou Spencer.

O dique do lago era perfeito a noite. A luz da lua incidia sobre as águas cristalinas do lago. Aos poucos elas se familiarizavam com o ambiente.

Algo se moveu entre os arbustos ao lado do dique.

– Meninas, acho melhor deixar o banho para amanhã. – ao ouvir esses ruídos esquisitos, Spencer lembrou da mensagem que recebera mais cedo.

– A água está numa temperatura ótima. Se quiser, pode ir, mas eu ficarei. – retrucou Emily mergulhando de cabeça.

– Spenc, não tem nada ali, deve ser algum animal. – confortou Aria.

Agora, já dentro da casa de veraneio, uns copos caíram e o barulho foi enorme. As quatro arregalaram os olhos e foram saindo da água, uma por uma. Uma figura negra atravessou o pátio e entrou na casa, sem ser vista por ninguém.

Ao chegarem na porta principal, Hanna e Spencer foram puxadas para trás. Jason e Noel levaram uns tapas.

– Idiotas, estavam nos assustando. – Hanna abraçava Jason muito forte, beijando sua boca. – Tenho ideias para nós, mais tarde.

– O animal do dique é perigoso? – Noel ria sem parar enquanto beijava Spencer que por sua vez estava mais tranquila.

Aria, Hanna, Emily, Spencer, Jason, Noel, Garret e Lucas estavam em pares. Cada casal ficava num ponto do lago não muito distante do outro, aproveitando cada milésimo de segundo.

– Esqueci meu celular no carro, vou pegá-lo e já volto. – Jason saiu da água e andou até seu carro.

A figura negra que entrou na casa, vasculhava a bolsa de Jason quando seu celular tocou.

– Estou procurando alguma pista, nos falamos depois. – falou o membro1

– Okay, faça o que combinamos e volte imediatamente para Rosewood. – ordenou o membro2. - Quero assistir ao desastre de camarote. – acrescentou com um tom de deboche.

– Eu sei o que preciso fazer. Aquelas vadias terão o que merecem. E eu já tenho o que preciso.

...

Os casais foram se retirando e logo só havia Jason e Hanna.

– Hanna, eu te amo. Eu te quero de todas as formas. –

Jason passava a mão sobre a barriga dela e descia até o umbigo, enquanto beijava seu pescoço, deixando-a mais excitada. O clima esquentou tanto que eles começaram a fazer sexo ali mesmo, sem se importar se alguém olhava. Após terminarem, Jason pediu para Hanna esperar, pois ele iria pegar uma toalha que estava no seu carro atrás da casa. Ela fitava seu corpo estrutural por trás. E num minuto tudo aconteceu, uma faísca clareou as águas escuras do lago e o incêndio começara.

– Jasoooon, a casa está pegando fogo. – O fogo aumentou tão rápido como se a casa fosse feita de combustível.

Hanna ficou imóvel. Jason corria para acordar os outros e retirá-los das chamas.

A cena era inacreditável. As últimas lascas de madeira acesas eram apagadas pelos bombeiros.

As amigas, olhando aquela cena terrível, lembraram do incidente da Jenna, no qual ela perdera, definitivamente a visão. Alison, depois que soube da discussão de Emily e Jenna, ateou fogo numa garagem que ela estava e lá dentro uma viga de madeira caiu em cima de seu rosto, queimando seus olhos. Jenna nunca falou nada a policia, mas sempre agia como se já estivesse vingada de Alison.

– Meninas, quem mais iria querer atear fogo na gente, senão Jenna Marshall? – Spencer sabia que ela tinha motivos para querer queimar cada uma delas.

Ninguém se moveu. Todos permaneciam estupefatos com o ocorrido.

O volvo prata de Byron Montgomery estacionava atrás da faixa amarela que impedia o fluxo de veículos na propriedade, quando todos os amigos o olharam.

– Meninos, vocês estão bem? Não se machucaram? O que aconteceu? – Byron estava eufórico, embora Hanna notasse certa despreocupação no seu tom de fala. Era como se ele... Hanna balançou os cabelos lisos e parou de pensar bobagens. – Os pais de Spencer me pediram pra vir aqui, eles estão muito ocupados cuidando do caso de Melissa sobre o... – ele não completou a frase.

– Está tudo bem, pai. A Spencer já ligou para eles. Apenas o Jason que machucou as costas, mas os bombeiros já o levaram pro hospital, nada grave.

– Vou conversar com os bombeiros, volto num instante. – falou Byron.

Spencer, depois de alguns instantes de silencio e muita observação, podia jurar que ouviu ele pronunciar a palavra “orgulho”. Ela não comentou nada com os outros, estava vendo chifre em cabeça de cavalo. A mensagem passava diante de seus olhos. O tal –A das mensagens realmente estava se vingando, como prometido?! O sangue orgulhoso dos Hastings estava queimando em suas bochechas.

– Pelo visto, foi criminoso. Alguns agricultores encontraram alguns galões de gasolina nos arredores da propriedade. A perícia ainda vai investigar. – Byron andou até onde estavam as malas que Jason conseguiu pegar antes de ser atingido por uma lavareda de fogo. – Vamos voltar para a cidade, a polícia pode intimar vocês para depor a qualquer momento.

– Eu dirijo o carro do Jason. Spencer e Hanna vêm comigo, Aria e Emily vão com o Lucas no carro do Garret. – Explicou Noel correndo para o carro e logo todos estavam pegando a estrada.

Hanna estava preocupada por causa do Jason. Emily abraçava Lucas, ela não falou uma palavra desde que fora retirada da casa em chamas. O rosto de Aria transparecia tristeza. Spencer apertava os botões do celular desordenadamente quando uma mensagem chegou “As mentirosas estão bem. Mas da próxima talvez isso não se repita. Voltem logo para Rosewood vadias, vocês não perdem por esperar. Xoxo -A”. Ela sentiu vontade de jogar o celular pela janela do carro, mas não o fez.