Fanfic: Anjos caídos | Tema: Kuroshitsuji

 ‘’ 01/08/1998, 57 gramas, olhos azuis, cabelos azuis escuros, ás 04h30min da manhã finalmente nasce Ciel Phantomhive’’ É definitivamente esse demorou de nascer.

   Abro um sorriso vendo aquele rosto angelical, mais uma vida que eu teria de vigiar, cuidar e selar até o dia da sua morte, mas um. Raquel olhou para mim com um sorriso fraco, seus olhos cansados expressavam uma tristeza enorme e eu entendia porque, eu não podia fazer nada, é sua hora e meu peito se apertar quando seu sorriso se desfaz, sua mão busca a minha na cama e eu prontamente a seguro.

       - Cuide dele Sebastian, por favor, por favor... – Ela me implorou e sua voz ia falhando cada vez mais.

        - Pode deixar minha amiga – Eu beijo sua testa e seus olhos se fecham – Adeus Rachel.

        Afasto-me enquanto os médicos tentam ressuscita-la, o pequeno Ciel chorava pedido por sua mãe, eu podia ouvir seu pequeno coração implorando pelos os braços de sua falecida mãe, as enfermeiras cuidam dele o limpa e o veste e mesmo assim seu choro não cessa, uma das enfermeiras chega perto de mim segurando uma prancheta.

            - O senhor é o responsável pelo recém – nascido?

            - Sou – Respondo olhando para o corpo de Rachel sendo levado para outra sala.

            - Seu nome?

            - Sebastian Michealis – Ela anota tudo e olha para mim rapidamente – Tinha algum laço familiar com a falecida?

             - Sou amigo, antes de o bebê nascer ela me pôs em seu testamento que a guarda da criança seria minha – Eu explico antes de qualquer protesto, ela me olha desconfiada – Eu trouxe uma cópia do testamento gostaria de ver?

                 - Gostaria sim – Enfio a mão dentro de meu casaco tirando um papel de dentro do meu bolso.

                 Eu dou o papel ela abre com um sorriso falso o apoia na prancheta lendo cada letra atentamente, ela suspira e me devolve o papel.

                   - Pois bem o recém-nascido está no berçário – Ela dá outro sorriso e sai da sala, aos poucos o local fica vazio.

                  Dou um sorriso triste e saio da sala em direção ao berçário, passo por várias salas e chego ao berçário, o procuro entre os outros bebês e o encontro, ele continuava a chorar, eu podia sentir sua dor daqui.

                      - Quando vou pode leva-lo embora? – Pergunto a uma enfermeira que passava distraidamente por lá.

                       - Amanhã mesmo, só iremos fazer mais alguns exames – Ela sorri gentil.

                     Eu sorrio olhando para o vidro. Vou explicar essa história: Raquel Phantomhive era minha protegida, eu sou vice-presidente das empresas Funtom e com isso me tornei seu melhor e se tornamos muitos próximos, ela me contava tudo, tudo mesmo, passou um tempo seu pai faleceu e eu me tornei presidente das empresas Funtom e neste tempo ela conheceu Vicent Villasboas um jovem desempregado e que não queria nada da vida, eu podia ver que ele traria a morte de Raquel. Eu avisei, alertei, mas ela não me ouviu e se entregou a ele por completo e passou um tempo descobriu que estava grávida; como esperado Vicent a rejeitou e ao bebê a abandonando no mundo, como sua mãe morrerá no parto ela não tinha ninguém, exceto a mim que eu prometi cuidar dele durante sua gravidez mesmo sabendo que esse bebê traria sua morte; mudei-me para sua casa, ou melhor, mansão e fiquei ao seu lado. No oitavo mês da gestação fomos ao médico para uma consulta normal e uma coisa aconteceu um carroço começou a se forma no seu útero por causa de uma infecção anormal em seu útero e com isso a gravidez era de risco, o bebê nasceria saudável, porém ela morreria; optaram por fazer uma cirurgia, mas era de risco e deu que Raquel nunca preferiria ficar viva e seu filho não e então ela resolveu perder sua vida para dar vida à outra. No nono mês ela fez seu testamento como a única Phantomhive viva ela passava todos seus bens para mim e somente quando seu filho ou filha (Seria uma surpresa) tivesse dezoito anos os bens passariam para seu nome e depois de sua morte eu me tornaria o responsável pelo seu filho.

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    No dia seguinte a enfermeira me cutuca inquieta, me fazendo despertar dos meus pensamentos que aqui na terra são chamados de sonhos. Seus olhos estavam cansados, olheiras fundas.

         - Pois não? – Coço meus olhos.

         - Você é o responsável pelo recém-nascido Ciel Phantomhive?

         - Sim, por quê?

         - Poderia me acompanhar? – Em um movimento rápido fico ao seu lado.

          - Claro.

  Andamos em passos rápidos até o berçário e a primeira coisa que ouço e um choro irritante, sofrido e reconheço.

           - Me desculpe te incomodar antes do horário de partida, mas ele não para de chorar desde ontem e isso está irritando a todos, fizemos de tudo mesmo assim ele não para de chorar – Ela dizia massageando sua testa.

           - Pegue-o para mim, vou tentar acama-lo – Eu digo e ela prontamente foi ao meu protegido.

           Não passou nem um minuto, ela vem com o pequeno enrolado em uma coberta azul com a mesma cor de seus olhos, eu estendo meus braços em sua direção e ela com muito cuidado, ele continuava a chorar sem cessar que doeu até meus ouvidos, fiquei balançado o menor em meus braços.

              - Não se preocupe pequeno Ciel estarei sempre ao seu lado – Sussurrei as palavras abrindo um sorriso logo em seguida.

            O pequeno parou de chorar e abriu seus olhos, azuis como o céu, azuis como o ar e sua beleza sem fim, ele me olhava com curiosidade, seus olhos pareciam analisar cada centímetro do meu rosto e com ato surpreendedor ele sorri e seus braços se levantam querendo tocar meu rosto eu levo uma das minhas mãos até seus dedinhos e ele agarra meu dedo apertando tão forte como se nunca fosse solta-lo e nesse ato meu coração imortal começou a palpitar.