Fanfics Brasil - Nove: A breve vida amorosa de Anahí A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada

Fanfic:  A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA


Capítulo: Nove: A breve vida amorosa de Anahí

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Vamos tentar entender o porquê de Anahí ser tão avessa a garotos. Tudo está no psicológico, Freud elucidaria. Talvez a garota enlouquecesse o neurologista antes do mesmo se explicar.


O fato é que ela, até hoje, teve apenas dois namorados. O primeiro foi aos doze anos de idade...


Anahí estava brincando com as amigas na calçada de sua casa, num condomínio fechado de alto padrão na cidade de São Paulo. A Barbie Noiva estava a bordo do possante cor-de-rosa, a caminho do salão de beleza. Após os cuidados com o visual, as Barbies fariam uma festa de arromba na mansão de três andares e os Kens já estavam convidados.


A garota não sabia, mas estava sendo observada por Maurício, que morava a uma distância de oito casas da sua. Supertímido, deixou a bicicleta incrementada de lado e invadiu o jardim florido de Dona Estela, colhendo flores coloridas para que Anahí


pudesse enfeitar a festa das Barbies.


Timidez é uma droga. Maurício estava agitado, tenso e tremia da cabeça aos pés. Não conseguia se aproximar


daquela linda menina com um corte Channel, de olhos grandes e azuis. O que ele


fez? Tocou a campainha do amigo Danilo e implorou para que o garoto levasse as flores para Anahí.


— Quer que eu leve as flores? – Danilo perguntou, maldizendo o momento que atendeu a campainha.


— Por favor? Leve as flores e peça a Anahí


em namoro para mim? – Maurício suplicou, com olhos marejados.


— Não acredito nisso. – o amigo bufou e revirou os olhos. – Dê aqui, eu levo. Danilo, um ano mais velho que Maurício, pegou as flores e respirou fundo, caminhando a passos largos até a festa das Barbies. E que


festão! Tinha até jatinho cor-de-rosa estacionado na entrada da mansão.


O lance foi que, um nervoso Danilo, entregou as flores para Anahí e a pediu em namoro. A garota, com um risinho contido, olhou para as amigas buscando uma


resposta. As três balançaram a cabeça, afirmativamente.


A confusão estava armada. Anahí acreditava estar namorando Danilo. Danilo jurava ter pedido Anahí em namoro para seu amigo. Por sua vez, Maurício estava certo de que Anahí agora era sua namorada. Aff.


A menina de doze anos estava muito feliz. Contou para todos na escola que estava namorando, apesar de nunca ter trocado mais de duas palavras com Danilo. Para detonar de vez com a situação, o garoto


mudou-se de bairro três semanas depois,


deixando Anahí completamente arrasada.


Poxa, nem um tchau? Ali começava o problema de Nina com garotos. Como poderia confiar neles?


Como toda pré-adolescente, Anahí sofreu por Danilo, chorou por ele, arrancou os cabelos e disse para as amigas que nunca mais amaria ninguém como o amava. Adoro dramas juvenis, são tão intensos! Querem saber o que aconteceu com Maurício? Bem, hoje o garoto faz terapia e nunca beijou uma garota. Depois que viu sua namorada Nina dando o maior amasso em outro cara, o mundo ruiu para ele.


Esse outro cara chamava-se Bruno.


Bruno foi o segundo namorado de Anahí.


Eles se conheceram no colégio e o garoto era


dois anos mais velho do que ela. Anahí tinha quinze anos naquela época.


Como toda filha superprotegida por pais malucos, Anahí era a inocência em pessoa.


Não conhecia Bruno o suficiente, mas ainda assim era apaixonada pelo cara desde que Danilo a deixou, sem dizer um tchau. O namoro durou exatos seis meses e, pela


pouca idade de Anahí, os pais resolveram cercar esse relacionamento, permitindo que só acontecesse debaixo de seu teto. Ou seja, o namoro se dava em casa e os telefonemas eram supervisionados. Internet? Nem


pensar! Toda e qualquer comunicação com o


mundo externo era grampeada pela analista de tecnologia da família: Marichelo, a mãe de Anahí.


Bruno era o tipo de garoto experiente e estava doido para colocar suas mãos calejadas sobre a garota virgem. Ela era tímida, estonteantemente linda e estava completamente apaixonada… droga, Anahí estava perdida! Era chantageada emocionalmente sempre que estavam juntos e a garota começou a cogitar a possibilidade de finalmente se entregar a Bruno.


Quando o garoto, já com dezoito anos, pegou sua carteira de motorista, as coisas saíram do controle. Bruno aparecia na casa de Anahí sem avisar, sempre que os pais dela e o irmão mais velho não estavam. Como ele sabia? O vizinho da frente era seu amigo e


comparsa.


Anahí já tinha completado dezesseis anos quando aconteceu o inevitável. O Mustang amarelo estacionou na porta de sua casa, reluzindo como um diamante. Bruno carregava um imenso buquê de rosas


vermelhas, pronto para dar o bote. Ela estava sozinha naquela tarde. Paixão e inocência. Essa é uma combinação perigosa.


Anahí se entregou no sofá da sala, após seis


meses de tentativas infrutíferas por parte de Bruno. Ele jurou amor eterno. Garantiu que ela era única. Disse que se casariam. Afirmou até que era virgem, por Deus!


Depois daquela tarde, Bruno não ligou mais.


Anahí, agora sem medo de vasculhar a internet, logou se num tal de Facebook.


Através dessa ferramenta mais poderosa do que uma investigação policial, descobriu todas as mentiras de Bruno, inclusive que não era a namorada oficial do cara. Naquele momento nascia a nova Anahí Portilla, a garota que seria temida por todos que usassem cuecas.


— Chris, preciso falar com você. – Anahí


entrou no quarto do irmão mais velho,


faiscando de tão puta da vida.


— Anahí, cai fora. – Christopher, o irmão, nem se dignou a olhar para a garota.


— O Bruno me enganou e eu quero o sangue dele. – Nina arrancou os fones dos ouvidos de Chris.


Aquelas palavras surtiram efeito imediato.


O irmão levantou-se da cama, pronto para a briga. Abriu o guarda-roupas e pegou o taco de beisebol que não usava desde a adolescência.


— Ele zoou você? O que ele fez, Anahí?


— Ele me usou. – ela estava constrangida, mas queria a ajuda dele. Apesar de serem como cão e gato, Anahí sabia que Chris faria qualquer coisa por ela, a protegeria.


— Como? Como ele usou você? – o olhar do irmão era colérico.


— Ele conseguiu o que queria e sumiu. – Anahí se segurava para não chorar.


— Filho da puta! Ele machucou você? Anahí, me diz! – Chris gritava, sacudindo a irmã pelos ombros.


— Ele não me forçou, se é o que quer saber. – agora sim Anahí chorava, copiosamente. Chris a abraçou, acariciando suas costas. – Não acredito que deixei acontecer, como pude ser tão burra? Rangendo os dentes, Chris passou a mão no


celular e ligou para alguns amigos. Meia hora depois, quatro deles já estavam na porta da casa de Anahí, com seus tacos de beisebol a tiracolo.


— Você fique aqui, está entendendo? – Chris instruiu.


— O que vai fazer? – Anahí nunca tinha visto o irmão tão alterado.


— Deixe comigo. Com todas as coordenadas passadas por Anahí, Chris sabia onde encontrar Bruno. Pelo


horário, ele deveria estar na última aula do cursinho.


O Mustang amarelo, com uma faixa preta no capô, nem precisava gritar por atenção em meio a carros comuns. Com um sorriso lateral e a mão pulsando de raiva, Chris fechou os dedos em volta do taco de beisebol e nem olhou para os lados.


Os quatro amigos fizeram o mesmo, sem saber ao certo o porquê de estarem metidos naquilo. Chris explicou apenas que o dono daquele carro havia aprontado com a Anahí e quem mexe com a irmã de um deles, mexe com todos.


O carro foi destruído em minutos. A polícia


chegou pouco depois, antes que Bruno e Chris se atracassem. O barraco estava armado e Anahí aguardava em casa, andando de um lado para o outro, embolando o tapete da sala sob os pés.


Ninguém, nunca mais, a faria de idiota.


Chris e seus amigos foram presos, mas não por muito tempo. O pai de Anahí, um advogado figurão, ameaçou Bruno, acusandoo de aliciamento de menores, o que na


prática era a mais pura verdade. Bruno já tinha dezoito anos e Anahí apenas dezesseis.


Nesses casos o veredito é um só: cadeia.


O pai de Bruno acabou por convencer o filho a retirar a queixa contra Chris e sua turma, afinal, um empresário do nível dele não poderia ter um filho na prisão. E assim foi feito: os garotos foram soltos naquela


mesma madrugada, numa noite insone para todos da família Portilla.


Anahí ouviu um sermão de mais de duas horas, tanto do pai, quanto da mãe. Chris assistiu a tudo, com os braços cruzados e um olhar matador. Ninguém zoa a sua irmã e sai ileso. Ele se imaginava com uma bazuca,


estraçalhando o corpo de Bruno, o sangue se espalhando pela calçada, escoando para o bueiro entupido mais próximo… desejo que nunca foi realizado.


Quanto a Anahí? Bem, ela aprendeu a lição da pior maneira. E foi um ensinamento que a marcou fundo, redesenhou sua personalidade, mudou sua visão de mundo e aniquilou qualquer ilusão encantada. Homens


não prestam, a voz interna gritava. Meu


único foco serão os estudos, quero distância de namorados, a cabeça latejava.


A única coisa bacana nessa história toda foi


que Anahí e Chris, finalmente, estreitaram o


laço familiar que os unia. Desde esse dia, nunca mais brigaram.



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 164



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  • carlaroqueaya Postado em 29/05/2015 - 20:11:47

  • camile_ponny Postado em 31/10/2014 - 21:22:07

    Perfeita! Amei! Já to na segunda! E eu sei fiquei atrasada aqui mas recuperei ( bem atrasada,mas recuperei kk) parabéns fic perfeita! :D <3

  • franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 16:01:53

    to chorrando rios aki lendo o poncho falando com os pais :)

  • franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 15:34:09

    :)

  • fersantos08 Postado em 09/10/2014 - 11:27:38

    Que lindo!! Posta maaaaaais, Continua *-*

  • nandacolucci Postado em 07/10/2014 - 08:46:46

    continuaaaa ,3

  • thaynafrancine Postado em 07/10/2014 - 02:07:04

    Ai que lindo :')

  • talitabnasc Postado em 06/10/2014 - 20:15:24

    Own Poncho cada vez mais fofo, essa conversa com os pais, inundou meu coração....muito lindinho

  • fersantos08 Postado em 06/10/2014 - 10:10:43

    Posta maaaaais, posta maissss amando

  • thaynafrancine Postado em 04/10/2014 - 17:36:40

    Ebaaaaaa Segunda Temporada &#128516;


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