Fanfic: A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA
O pátio do Colégio Prisma é um espaço como todos os outros. Quadras poliesportivas, árvores frutíferas, bancos de cimento, uma lanchonete que só vende
trash-food… um lugar bem comum.
Anahí, Dulce e Maite estão debaixo de uma árvore, debatendo sobre o livro que estão lendo. Desde que se tornaram amigas, elas fazem isso: leem o mesmo livro, um capítulo por dia, para depois discutirem sobre a
leitura. É como um Clube do Livro diário, sempre no intervalo das aulas.
Maite é uma leitora compulsiva. Desde que se entende por gente, gasta toda sua mesada em livros. É claro que, no vestibular que se aproxima, prestará para a faculdade de Letras, um sonho desde criança.
Ela é alta, bem magra, com cabelos castanhos longos que estão sempre presos
em um rabo de cavalo volumoso. Os óculos com aro vermelho são só para leitura, algo que lhe confere um ar cult.
Anahí disse, certa vez, que ela deveria aposentar os óculos de leitura, afinal, eles escondem os belíssimos olhos amendoados da amiga. Mai nem cogita a possibilidade, ela adora parecer mais velha, mais inteligente.
Já Dulce é o oposto. Baixinha, com curvas bem acentuadas, cabelos avermelhados cumpridos e um par de olhos que são uma afronta. A garota faz um estilo hippie chique, é vegetariana e adora brincos e colares
gigantescos. E só para constar, está sempre
de chinelos. Ela possui de inúmeras cores, de todos os jeitos e marcas.
Dulce demorou a escolher a faculdade que gostaria de cursar. Estava entre Moda e Nutrição. Depois de pesar os prós e contras, Nutrição ganhou em disparada.
Anahí, como já descrevi anteriormente, faz o tipo esportista. Hoje ela está com uma bermuda preta de lycra, camiseta branca e azul do Prisma e um par de tênis para corrida. Pega na bolsa uma maçã, lustrandoa
na camiseta antes de dar a primeira mordida. É quando avista Camila, correndo e saltando obstáculos, seus cabelos dourados esvoaçando como uma capa de super
heroína. Aproxima-se, esbaforida, vomitando as palavras:
— Anahí, eu vi os caras na quadra de tênis.
Estão falando sobre a Grande Aposta.
— O que você ouviu? – Anahí brada, jogando a maçã mordida de volta na bolsa.
— O Poncho desistiu, está devolvendo o dinheiro para a galera. Os caras estão tentando convencê-lo a manter a aposta.
Parece que o Poncho precisa de seis mil reais para arrumar a moto dele. Bom, foi o que entendi.
— O Poncho desistiu da aposta? Não acredito. – Mai tira os óculos, erguendo as sobrancelhas.
— O Poncho não é cara de desistir. – Dulce
encara Anahí, como se tivesse escutado algo absurdo.
— Vou até lá. – Anahí fecha a cara e o livro.
— Acho que não deveria, vai acabar rolando a maior confusão. – Mai odeia barracos, ainda mais quando suas amigas se envolvem neles.
— Por que não? Se fosse comigo, eu iria. – Dulce incentiva.
— Eu também iria. Sério, não aguento mais essas apostas. – Camila já caiu em três delas e ainda não sabe, mas cairá uma quarta vez.
— Vou acabar com isso agora mesmo. – Anahí se levanta num salto, estalando o pescoço lateralmente. Seu olhar já diz tudo.
Poncho Herrera está com os minutos contados.
As amigas a seguem até a quadra tênis.
Dulce jura ter visto faíscas saindo dos ouvidos de Anahí. Ela está irada e com cara de quem vai socar alguém. Bem, não seria a primeira vez.
Anahí avista os garotos numa imensa roda no centro da quadra. Abre a portinhola lateral com um estalido e caminha sobre o saibro, deixando pegadas pesadas ao passar, sustentando uma expressão de dar medo.
A notícia se espalha como vírus de filmes de ficção científica. Não demora muito e parte do colégio se acotovela para assistir ao grande espetáculo. Ou grande barraco, como queiram chamar.
— Pensei que essa palhaçada já tinha
terminado. – Anahí aponta o dedo na direção de Poncho, em tom de acusação.
— Gancho, diga para essa garota que estou proibido de falar com ela dentro do colégio. – Poncho olha para o chão, traçando um círculo com a ponta gasta do tênis.
— Pare de ser otário, Poncho. – Anahí se aproxima e o cara, temendo outro tapa ou chute, recua instintivamente.
— Escute, eu não aceitei essa aposta, tá legal? E não vou levar isso adiante, ponto final. – Poncho faz uma pausa e finalmente encara Anahí. – Ou você está bravinha porque quer que eu tope?
Ele tinha mesmo que soltar uma dessas? É o que basta para o circo pegar fogo. A galera urra, pessoas gesticulam, um murmurinho incessante toma conta do cenário.
Por um instante, Anahí fica desconcertada.
Mas é uma sensação tão breve que passa despercebida à plateia. O sorrisinho debochado de Poncho a deixa incrivelmente irritada. Ah, ela não vai se deixar humilhar.
— Você curte apostar, não é, Poncho? Gosta de
se dar bem? – Anahí leva as mãos à cintura, fuzilando o garoto.
— O cara é campeão de poker, apostar é a
vida dele. – Gancho passa o braço nos ombros de Poncho, provocando-a.
Se Gancho quer incitar a garota, ele consegue. Algo se inflama dentro dela e o sangue corre como ácido dentro das veias.
Sente um gosto amargo no fundo da garganta e o raciocínio se perde quando o ego explosivo assume o comando.
Mira Poncho no fundo dos olhos, numa cólera inconsequente.
— Ah, é assim? Então eu vou lançar uma aposta de gente grande para você, seu baba- ca. Já me disseram que precisa de grana para arrumar aquela sua porcaria de moto.
Pois bem, se vencer essa aposta, eu dou o dinheiro.
A galera grita, em polvorosa. Poncho recua dois passos e Gancho o segura pelo braço, temendo que o amigo saia correndo dali na primeira oportunidade. Essa situação já saiu do controle: Poncho está sendo chantageado por Sophia, a Kibi; seus amigos não querem voltar atrás na aposta, não aceitaram o
dinheiro de volta; e agora isso?
— Dê o seu lance, Anahí. – Gancho grita acima da multidão. Imediatamente todos se calam, aguardando o desfecho, ansiosos.
— Anahí, o que está fazendo? – Maite sussurra. – Não piore ainda mais a situação. Anahí e Poncho se encaram como naqueles duelos da antiguidade. Uma folha de papel amassado rola pelo chão, sendo levada pelo vento. O silêncio é sepulcral e os estudantes
prendem a respiração. Anahí toma fôlego e se
apruma, antes de soltar a bomba:
— Me conquiste, faça eu me apaixonar por você, Poncho. Se conseguir essa proeza, terá o dinheiro que precisa.
What? Vocês estão gritando aí? Porque eu estou surtando por aqui. Essa sim é a Grande Aposta do ano, folks!
Até , obrigada pelos coments
Autor(a): Nana
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 164
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carlaroqueaya Postado em 29/05/2015 - 20:11:47
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camile_ponny Postado em 31/10/2014 - 21:22:07
Perfeita! Amei! Já to na segunda! E eu sei fiquei atrasada aqui mas recuperei ( bem atrasada,mas recuperei kk) parabéns fic perfeita! :D <3
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franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 16:01:53
to chorrando rios aki lendo o poncho falando com os pais :)
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franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 15:34:09
:)
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fersantos08 Postado em 09/10/2014 - 11:27:38
Que lindo!! Posta maaaaaais, Continua *-*
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nandacolucci Postado em 07/10/2014 - 08:46:46
continuaaaa ,3
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thaynafrancine Postado em 07/10/2014 - 02:07:04
Ai que lindo :')
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talitabnasc Postado em 06/10/2014 - 20:15:24
Own Poncho cada vez mais fofo, essa conversa com os pais, inundou meu coração....muito lindinho
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fersantos08 Postado em 06/10/2014 - 10:10:43
Posta maaaaais, posta maissss amando
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thaynafrancine Postado em 04/10/2014 - 17:36:40
Ebaaaaaa Segunda Temporada 😄