Fanfics Brasil - Dezesseis: Um dia para a viagem de formatura A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada

Fanfic:  A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA


Capítulo: Dezesseis: Um dia para a viagem de formatura

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Anahí está de malas prontas.


Ajeita a bainha de tule do vestido preto e


calça as sapatilhas coloridas com strass.


Maite e Dulce aguardam no andar de baixo,


na companhia de Christopher e sua turma


barulhenta.


A galera toda irá na inauguração do


Aquarium, uma boate na Vila Olímpia, em


que um dos sócios é amigo de Chris. Os


convites para a ala VIP foram disputados à


tapa e o irmão de Anahí conseguiu dez deles,


na faixa.


A garota borrifa o perfume nos pulsos e


também atrás das orelhas. Dá uma última


olhada no espelho antes de descer para


encontrar as amigas.


Os pais de Anahí foram ao cinema e a turma


de Chris está espalhada nos sofás e sobre a


bancada de mármore travertino da cozinha.


Várias latas de cerveja se empilham na pia e


sacos de amendoim e batatas fritas estão


abertos sobre as mesinhas de apoio.


Dulce e Chris conversam num canto, próximos


demais. Anahí os encara com curiosidade. Já


tinha percebido um clima, mas não faz ideia


do que esteja rolando entre esses dois.


— Pronta? – Mai dá um pulinho ao ver


Anahí. – Uau, Anahí, esse vestido é um arraso.


— O seu também. – Maite está usando


um vestido azul de alça única, na altura dos


joelhos, de um tecido bem estruturado. O


rabo de cavalo foi feito bem alto e algumas


mechas castanhas escapam, emoldurando


seu rosto.


— Todo mundo por aqui? Podemos ir? – Chris


recolhe os sacos de salgadinhos espalhados.


Anahí observa Dulce que permanece recostada


na parede, no outro canto da sala. A amiga


está deslumbrante num vestido estilo


indiano, com a cintura marcada por um cinto


de camurça. Um imenso colar prateado pende


de seu pescoço e nos pés, chinelos com


miçangas pretas. O cabelo avermelhado,


sustenta duas presilhas


laterais que prendem a franja. Nina nota que


Dul está usando o bracelete de níquel


envelhecido que compraram juntas, na feira


de antiguidades da praça Benedito Calixto,


na Vila Madalena.


— É impressão minha ou a Dul e o Chris


estão…? – Anahí se vira para Mai e não


termina a frase.


— É, eu também percebi um clima. –


Maite balança a cabeça em concordância.


— Hum. Acha que devemos perguntar?


— Deixe ela nos contar. – Mai tira um fio


de cabelo do vestido de Anahí. –Não ficaria


chateada?


— Por que eu ficaria chateada? – Anahí


franze o cenho, confusa.


— Sei lá, é seu irmão e sua amiga. – Mai


dá de ombros. – Não que isso seja grande


coisa, não é traição nem nada.


— Eu acharia muito legal, de verdade.


~~***~~


O quarteirão do Aquarium está tomado por


carros de todas as marcas e modelos. Com


isso, é óbvio que o trânsito está um caos.


Uma imensa fila se forma do lado de fora da


boate e a maioria das pessoas não faz nem


ideia de que sem um convite, nada feito.


As três amigas caminham juntas, de braços


dados, vencendo os dois quarteirões que


separam o único estacionamento com vagas


da entrada do Aquarium. Dul não toca no


assunto Chris. Anahí e Mai fingem não terem


visto nada.


Chris e sua turma vem logo atrás e como


todo bando de garotos, começam a se bater e


empurrar a caminho da danceteria. Nesse


interim, uma Pajero recheada de meninas


surtadas para ao lado dos garotos. Chris dá


trela e Dul fecha a cara no mesmo instante.


Anahí sente as unhas da amiga fincarem em


seu braço com força.


— Ei, não precisa arrancar a minha pele. –


Anahí estremece e Dul se sobressalta.


— O quê?


— O que está rolando entre você e meu


irmão? – droga, Anahí tinha prometido a si


mesma não perguntar.


— Nada. – Dul olha de esguelha para trás.


Seus olhos ficam opacos quando veem


Chris e sua turma se derretendo para cima das


meninas da Pajero.


— Por sua causa ou por causa dele? – Mai


se mete no assunto.


— Não está rolando nada, é sério. – Dul


suspira tristemente.


— Se um dia rolar, saiba que dou todo o


apoio. – Anahí sente o aperto de Dul afrouxar


de seu braço.


— Obrigada, Anny. Mas é como eu disse:


Não está rolando nada.


Finalmente chegam à entrada da boate e


Chris e os caras se livram das garotas


oferecidas, para alívio de Dul. Pepino saca os


convites do bolso e entrega ao segurança. O


engravatado confere a autenticidade dos


mesmos e libera a entrada, carimbando os


pulsos com uma tinta néon.


O Aquarium, como o próprio nome diz, é


um imenso aquário, repleto de plantas


aquáticas e animais marinhos diversificados.


A danceteria é circular e cercada por paredes


de vidro curvas, que tomam toda a extensão


do lugar.


Nina fica boquiaberta quando vê uma


imensa arraia flutuando sobre sua cabeça,


ainda não tinha percebido que o aquário


também se estende por todo o teto da boate.


As garotas seguem Chris por um corredor


largo, no ponto mais alto do Aquarium. É o


único acesso para a ala VIP que não está


congestionado. A outra opção seria pelo meio


da pista de dança que, no momento, está


abarrotada de cabeças saltitantes.


A música techno rola solta em meio aos


efeitos especiais que vem de todos os cantos


imagináveis. Uma névoa colorida sobe pelo


chão, abraçando as pessoas até a cintura.


A ala VIP está bem mais tranquila, com


seus sofás imensos, mesas largas, um bar


privativo e garçons circulando com bandejas


repletas de bebidas coloridas. Anahí aproxima se


do parapeito de aço e dá uma sacada no


lugar. O Aquarium é simplesmente


fenomenal.


— Animada para a viagem de formatura? –


Chris precisa falar alto para se fazer ouvir.


— Acho que será legal. – Anahí responde, ao


pé do ouvido do irmão.


— Está finalmente deixando a adolescência


para trás, Anahí. É agora que a ralação


começa e a vida adulta vai massacrar você de


todas as formas.


— Ah, obrigada pelo incentivo! – Anahí dá


um tapa no ombro de Chris.


— Já sabe o que fazer caso algum


engraçadinho resolva se meter a besta nessa


viagem? – Chris pergunta, vincando a testa.


— Joelhada nas bolas, soco no nariz e… o


que mais mesmo?


— Acerte no pomo de adão.


— Ok, fique tranquilo, ninguém vai se


meter a besta comigo.


— Ei, Anahí, vamos para a pista? – Maite


chama. Anny percebe que Chris e Dul trocam


olhares demorados e uma urgência em


ajudar inflama a garota.


— Vamos, Chris? – Anny convida, deixando a


bolsa sobre um dos sofás.


— Vamos para a pista, galeraaaaa?! – Chris


grita e Anny revira os olhos, tapando os


ouvidos.


~~***~~


Chegar à pista é uma maratona suada,


apertada e acotovelante. Com alguns


empurrões, os amigos de Chris conseguem


abrir espaço para dançar.


O olhar de Anny é atraído para cima a todo


o momento, o colorido do aquário sobre sua


cabeça é inebriante.


Gente bonita e suada pula ao som do DJ.


Anny corre os olhos pela pista, observando


rostos descontraídos e maquiagens


escorrendo. Não é do tipo que curte baladas


como essa, mas adora uma novidade. Ela não


perderia essa inauguração por nada.


Quatro músicas depois e a garganta


queima, ressequida. Voltar à ala VIP está


fora de cogitação. O bar mais próximo fica a


uns seis metros de onde estão. Grita nos


ouvidos de Maite e Dulce, doida por


qualquer coisa líquida. As amigas concordam,


seguindo na frente.


— Onde vão? – Chris pergunta.


— Pegar água. Quer? – ela oferece, por


sobre o ombro.


— Não, valeu. Já sabe, hein… pomo de


adão. – Chris recomenda.


— Pode deixar. – Anny ri e segue para o


bar.


Passar entre pessoas pulantes e bêbadas


não é tarefa das mais fáceis. Anny desvia, tira


o pé do caminho, é empurrada e empurra


também. O lugar está claustrofóbico e a boca


de Anny está tão seca que nem a língua é


capaz de umedecer os lábios.


Uma mão toca em seu ombro e a puxa para


trás.


— Ei, pensei que sereias não existissem. –


um garoto sardento e até bem bonitinho


exclama. Mas a cantada é tão demodê que


Anny dispara a rir.


— Sereias costumam afogar garotos como


você, sabia? – ela rebate.


— Faria isso comigo, sereia? Qual o seu


nome, hein?


— Se eu disser o meu nome, terei que te


matar. – Anny tenta se desvencilhar, mas o


garoto sardento aperta seu braço com força.


– Será que dá para me soltar?


— Pague o pedágio que eu solto. É só um


beijo, você vai gostar.


Quando o garoto sardento aproxima-se


perigosamente, uma mão forte surge em


cena, agarrando Anahí pela cintura.


Ok, congelemos o momento para uma


análise mais profunda.


São Paulo é uma cidade gigantesca e as


chances de encontrar alguém conhecido


numa balada são nulas, correto? Engano seu.


Apesar de Sampa ser uma megalópole, as


baladas são sempre as mesmas, divididas em


bairros, classes sociais e estilos. As chances


de encontrar alguém conhecido numa


inauguração desse porte são imensas. Nem


vou entrar nos méritos do destino em ação,


porque sei lá, tem isso também.


Descongelemos o momento em 3, 2, 1…


— Dá o fora, mané! – Poncho empurra o


sardento.


— Não me disse que estava acompanhada,


sereia. – o garoto fecha a cara e solta Anny.


— E não estou! – o tom dela é agressivo,


metralha Poncho com um olhar irado.


— Nesse caso, dê o fora você, manezão! –


o sardento vira homem, pega o braço de Anny


e a puxa para si.


O sangue de Poncho sobe nas alturas e ele


empurra novamente o sardento, com mais


força dessa vez. Anny nota que Gancho se


aproxima. O sardento quer briga e Poncho


parece querer o mesmo. Ela está entre eles e


resolve apaziguar os ânimos.


— Pare com isso, Poncho! – Nina precisa gritar


ao pé do ouvido do garoto, o que se mostra


uma péssima ideia. O aroma dele é uma


mistura de mistério e sedução que faz suas


pernas bambearem.


— Dê o fora, eu já falei! – Poncho fecha o


punho no colarinho do sardento.


— Ei, ei, ei! – Gancho finalmente chega. –


Vamos deixar disso, beleza? – Gancho é da


turma do “deixa disso”, mas, quando


provocado, é da turma do “vamos matar todo


mundo”. – Leve a Anny daqui, Poncho!


— Não vou com você a lugar algum! – Anny


tenta se livrar de Poncho, mas o garoto é mais


forte. E da forma como ele a está abraçando


no momento, nem joelhada, nem soco, nem


pomo de adão surtirão efeito.


Anny procura as amigas no meio da muvuca


e as encontra. O bar fica um nível acima e


ambas estão acompanhando o que está


acontecendo na pista de dança, atônitas. Dul


levanta as duas mãos para o teto, não


entendendo nadinha do que está rolando.


— Ande logo, sem reclamar. – Poncho passa


Anny à frente, prendendo-a como se fosse um


escudo protetor, obrigando-a a andar em


direção ao bar.


— Me solte, Poncho!


— Quietinha, Anny, ou não ganha sorvete.


– Poncho sussurra em seus ouvidos e ela sente o


hálito de Mentos de frutas do garoto. Mentos


de frutas é golpe baixo.


— Isso não vai ficar assim!


— Já disse, fique quietinha.


— Me larga! – ela grita e cerra os punhos.


— Pronto, sã e salva. – Poncho finalmente


afrouxa e Anny gira sobre as sapatilhas,


pronta para socá-lo. Mas algo a detém. Os


olhos dele, tão dourados quanto o sol. Tão


brilhantes como lavas de um vulcão em


erupção.


— Eu sei me defender sozinha! – ela


exclama, inflamada de ódio.


— Eu vi. – Poncho debocha.


— E aí, galera! – Gancho chega num pulo e


passa o braço sobre ombros de Poncho.


— Deu um jeito no sardento? – ele


pergunta, sem desviar os olhos de Anny


— O cara vai ficar sussa. – Gancho elucida,


soprando a franja para cima.


— Oi, Gancho. – se Mai fosse uma


geleira, já estaria derretida no chão.


— Oi, Mai, oi, Dul. – Gancho


cumprimenta.


— Pegaram água? – Anny sustenta o olhar


de Poncho com sua famosa expressão “vou matar


você” impressa no rosto.


— Pegamos. – Dul responde. – Vamos


voltar para a pista?


— Fique longe de mim, Poncho, eu estou


falando sério. – quando Anny tromba no


ombro dele ao abrir passagem, o garoto


sussurra em seu ouvido:


— Alguém já disse que você fica linda de


preto?


Anny não se dá ao trabalho de responder.


Range os dentes e continua a caminhar, sem


olhar para trás.__



Povo não deu muito tempo de editar bonitinho e tals >< Mas amanhã as linhas vão estar melhor! Bjuus boa noite!



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Autor(a): Nana

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As amigas estão dançando lado a lado, embaladas pelo ritmo frenético da batida eletrônica. O olhar de Nina se perde lá no teto, acompanhando um peixinho amarelo se esgueirar entre as folhagens. Como ele é fofinho. — O que aconteceu lá atrás? – Mai pergunta, aos gritos. — Um babaca queria me beijar. & ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 164



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  • carlaroqueaya Postado em 29/05/2015 - 20:11:47

  • camile_ponny Postado em 31/10/2014 - 21:22:07

    Perfeita! Amei! Já to na segunda! E eu sei fiquei atrasada aqui mas recuperei ( bem atrasada,mas recuperei kk) parabéns fic perfeita! :D <3

  • franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 16:01:53

    to chorrando rios aki lendo o poncho falando com os pais :)

  • franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 15:34:09

    :)

  • fersantos08 Postado em 09/10/2014 - 11:27:38

    Que lindo!! Posta maaaaaais, Continua *-*

  • nandacolucci Postado em 07/10/2014 - 08:46:46

    continuaaaa ,3

  • thaynafrancine Postado em 07/10/2014 - 02:07:04

    Ai que lindo :')

  • talitabnasc Postado em 06/10/2014 - 20:15:24

    Own Poncho cada vez mais fofo, essa conversa com os pais, inundou meu coração....muito lindinho

  • fersantos08 Postado em 06/10/2014 - 10:10:43

    Posta maaaaais, posta maissss amando

  • thaynafrancine Postado em 04/10/2014 - 17:36:40

    Ebaaaaaa Segunda Temporada &#128516;


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