Fanfic: A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA
Depois da cena deprimente em que Any acerta Poncho entre as pernas, de novo, os dois não voltaram a se cruzar fisicamente no Aquarium.
Ela o observou à distância e trocaram olhares durante a noite. Mas algo estranho aconteceu quando Any, dependurada no parapeito da ala VIP, viu duas garotas se aproximarem de Poncho. Ele estava sozinho no bar.
Gancho e Mai ainda dançavam no meio da pista. Dul e Chris estavam em um canto, agarrando-se no maior dos amassos. Ela jurou ter visto a língua de seu irmão, mesmo daquela distância. Eca. Mil vezes eca.
Mas o lance é que Any, ao se deparar com a cena em que Poncho e as duas garotas engataram uma conversa animada, fincou os dentes no lábio, agarrando-se fortemente ao aço gelado que a separava da pista lá
embaixo. O que estava acontecendo com ela, afinal?
Foi então que dois garotos da turma de Poncho chegaram e Any sentiu um estranho alívio.
Por que ela se importava? Por que seu coração batia de forma descompassada?
Any fingia estar olhando para outro lugar, mas definitivamente ela não estava. De esguelha, a garota acompanhava todos os movimentos de Poncho enquanto o tempo se arrastava, cansado de correr.
Num determinado momento da noite, Poncho a mirou, descaradamente. Sorriu abertamente sacando algo do bolso da calça. Era um celular.
Segundos depois, o iPhone de Any que estava sobre a bolsa vibrou, saltitante. Ela o pescou, deslizando o indicador sobre a tela.
Uma mensagem de texto havia acabado de chegar. Quando a abriu, precisou segurar o riso. Uma carinha feliz piscava um dos olhos para ela, incansavelmente. Mai tinha toda a razão sobre Poncho: o cara é um sedutor de primeira.
~~***~~
O aeroporto de Congonhas já não comporta, faz muito tempo, o fluxo de pessoas que por ele passam. O check in está lotado e os estudantes fazem fila para
despacharem suas bagagens.
Any, Dul e Maite despedem-se dos pais, ouvem sermões e pedidos incessantes para que tomem cuidado com tudo e com todos.
Quem vive em cidades grandes costuma temer a própria sombra. E no caso de Any, as preocupações dos pais não são nada infundadas.
As garotas prometem mundos e fundos.
Dul procura, por sobre os ombros de Any, algum sinal de Chris. Mas ele não está ali, não veio se despedir.
— O Chris estava dormindo quando saímos.
– Nina esclarece.
— Tudo bem. – Dul morde o lábio, entristecida. – Não pensei mesmo que ele fosse aparecer.
— Meu irmão é um cara legal, Dul. Se vocês engatarem algo sério, juro que ele será fiel até o fim.
— Bem, foram só uns beijos, nada demais.
– Dul tenta se convencer disso, mas o fato é que a garota está de quatro.
— Não sofra por antecipação. – Any conforta a amiga.
— Olha quem fala!
— Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. O ditado é válido. – Any passa o braço sobre os ombros de Dul e as duas se juntam a Maite.
Trinta e quatro estudantes e dois professores acabam de completar o check in.
O diretor está atento a tudo, enquanto responde a mesma pergunta feita por quinze pais diferentes desde que chegou ao aeroporto.
Quando termina de atender a todos, volta seu olhar para o encrenqueiro Fabiano, o Bola. O garoto é mestre em armar confusões nos locais mais inusitados. Os professores já estão avisados e o diretor nem imagina doque ele será capaz em um local isolado como
a Ilha Inamorata. Se eu fosse esse diretor, teria dado uma de alfândega, revistando a bagagem do garoto com cachorros, detectores de explosivos e tudo o mais.
Enfim, o diretor não pensou nisso. Pior para ele.
Any caminha, de braços dados com os pais, até as portas que a levarão ao embarque doméstico de Congonhas. Mais beijos e abraços e quando ela finalmente cruza o portal, a liberdade é uma promessa
convidativa. Essa é a primeira vez que ela
viaja sem os pais ou o irmão mais velho.
No colégio em que estudava, viagens assim foram proibidas quando um garoto explodiu o banheiro de um hotel. Nem posso dizer isso em voz alta, para não dar ideias ao Bola.
Uma voz metálica surge dos auto falantes, anunciando que o embarque do voo de número 711 terá início imediato. Trinta e quatro estudantes sorriem. Dois professores tremem nas bases.
O avião já está no ar há uma hora e meia.
Any joga Mário no Nintendo 3DS. Dul quebra a cabeça com o sudoku no celular.
Maite lê um livro de novecentas e doze páginas, avançando rapidamente na história.
Aviões são tão claustrofóbicos como latas de sardinha e o humor de Any começa a oscilar. Não suporta ficar parada, é como se formigas mordessem a sua bunda. Desliga o vídeo-game e se levanta, doida para esticar o
corpo todo. As amigas nem percebem, de tão entretidas que estão em seus afazeres.
— Se você se apaixonar por mim, saiba que não poderei lhe dar filhos. – Poncho tem essa irritante mania de chegar por trás, sussurrando no cangote.
Any gira nos calcanhares e seus olhos se encontram com os raios
solares de Poncho. A garota sente um desconforto no estômago e não é enjoo.
— Não bati tão forte assim. – ela franze os lábios, levando as mãos à cintura.
— Você não faz ideia da força que tem.
— Se é assim, por que ainda está parado aí na minha frente? – Any estufa o peito e lança seu melhor olhar fuzilante .
— Ops. Já estou indo. – Poncho cruza as mãos à frente do corpo, como jogadores de futebol fazem ao montar uma barreira.
Any não vê, mas eu vejo. Alguns bancos atrás, Sophia imagina-se com uma granada em mãos, prestes a tirar o pino e jogar a bomba em direção à garota. A Kibi Mor rosna baixo quando Poncho passa por ela, sustentando um sorriso debochado nos lábios. As palavras de Suzana ecooam em sua mente: “E se o Poncho acabar se apaixonando pela Anahí?”. Não, isso não pode acontecer. Não vai acontecer!
A caneta que Sophia segura com as duas mãos se quebra ao meio, espalhando a tinta entre os dedos. Joga as duas metades no chão, desistindo de completar o teste amoroso da revista de fofocas. Suzana e Ana
Paula se entreolham, assustadas. Vem chumbo grosso por aí.
Autor(a): Nana
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Duas horas depois do desembarque, finalmente o ônibus está pronto para deixar o aeroporto a caminho da balsa. Mai e Dul sentaram-se juntas e quando Any ameaçou sentar-se com Camila, Poncho a empurrou para o banco de trás. Ele praticamente a jogou em direção à janela fechando a passagem. Para sair dali, Any teria que pular por ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 164
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carlaroqueaya Postado em 29/05/2015 - 20:11:47
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camile_ponny Postado em 31/10/2014 - 21:22:07
Perfeita! Amei! Já to na segunda! E eu sei fiquei atrasada aqui mas recuperei ( bem atrasada,mas recuperei kk) parabéns fic perfeita! :D <3
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franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 16:01:53
to chorrando rios aki lendo o poncho falando com os pais :)
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franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 15:34:09
:)
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fersantos08 Postado em 09/10/2014 - 11:27:38
Que lindo!! Posta maaaaaais, Continua *-*
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nandacolucci Postado em 07/10/2014 - 08:46:46
continuaaaa ,3
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thaynafrancine Postado em 07/10/2014 - 02:07:04
Ai que lindo :')
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talitabnasc Postado em 06/10/2014 - 20:15:24
Own Poncho cada vez mais fofo, essa conversa com os pais, inundou meu coração....muito lindinho
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fersantos08 Postado em 06/10/2014 - 10:10:43
Posta maaaaais, posta maissss amando
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thaynafrancine Postado em 04/10/2014 - 17:36:40
Ebaaaaaa Segunda Temporada 😄