Fanfic: A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA
Duas horas depois do desembarque, finalmente o ônibus está pronto para deixar o aeroporto a caminho da balsa. Mai e Dul sentaram-se juntas e quando Any ameaçou sentar-se com Camila, Poncho a empurrou para o banco de trás.
Ele praticamente a jogou em direção à janela fechando a passagem. Para sair dali, Any teria que pular por cima dele, o que estava fora de cogitação. Até pensou em gritar, mas os professores já estavam irritados demais com a zona, não seria prudente.
— Você me paga, Poncho. – Any murmura, num rosnado selvagem.
— Relaxe e curta a paisagem. – Poncho entrelaça os dedos atrás da cabeça, o sorrisinho debochado já se desenhando naquele rosto de traços perfeitos e perigosos. Ela bufa e cruza os braços, deitando a
cabeça no vidro. Poncho se esparrama ao lado, invadindo o seu espaço. Any aperta a mandíbula com força e tenta se afastar.
Impossível. A perna do garoto roça na sua de forma irritante.
Any então cruza as pernas, colando-as na lateral do ônibus. Escuta a risadinha abafada de Poncho e tem muita vontade de pular no pescoço do cara e asfixiá-lo.
— A aposta ainda não está valendo, seu
babaca. – Any insulta, furiosa.
— Eu sei. – Poncho fecha os olhos e a inspira, como fez na boate. – Você me hipnotizou, agora aguente.
Any sente um ardor subir pelas costas, mas não tem nada a ver com calor. O ar condicionado está bem acima de sua cabeça, lançando jatos gelados em sua direção. Poncho se remexe, espalhando-se ainda mais. Está tentando provocá-la, mas ela não cairá no jogo.
Gancho se aproxima, com um violão em
mãos. O ônibus dá uma sacudidela e o garoto precisa se segurar para não cair.
— Ei, Poncho, meu camarada, toque algo para nós. Ainda temos uma hora dentro desse busão.
— Manda aí. – Poncho estende a mão e Gancho lhe passa o violão.
— Toque algo para agitar essa galera. O que querem ouvir? – Gancho pergunta, aos gritos.
— Heavy metal! – alguém dos fundos responde.
— Num violão? Tá chapado? – Gancho revira os olhos.
— Classic rock!
— Aí já começa a melhorar. – Gancho concorda, num meneio de cabeça.
— Pagode!
Nem preciso dizer que quem grita essa barbaridade é o Bola, preciso? Gancho nem tem o trabalho de responder. Vários papéis amassados voam pelos ares, acertando o gordinho encrenqueiro.
Any não tira os olhos da estrada. Árvores passam, lagos passam, carros passam, o asfalto corre para lugar algum. De rabo de olho ela nota que Poncho a encara, insistentemente.
— O que foi? – ela metralha.
— O que quer ouvir? – Poncho está afinando as cordas do violão.
— Quero ouvir você dizer que vai desistir da aposta.
— Hum… peça algo possível, Any. – ele faz uma pausa. – Qual sua banda preferida?
— Não interessa.
— Quero tocar algo para você. – Poncho tomba
a cabeça de lado, falando de forma mansa, só para irritá-la ainda mais. – Peça uma música, qualquer uma.
— Não quero ouvir você cantar. – ela rosna, entredentes.
— Vai, Any, qual sua banda preferida? Você deve ter uma.
Maite, incrivelmente irritada com o bate boca entre Any e Poncho, tira os olhos do livro e grita, sem olhar para trás:
— Creedence! A Anahí curte Creedence, pô!
Agora será que dá para vocês dois calarem a boca?
— Valeu, Mai! – Poncho comemora. –
Creedence Clearwater Revival. Quem diria, não? Você tem bom gosto.
— Seu tosco. – Any gira a cabeça com raiva, seus cabelos acertando o rosto de Poncho.
— Anda logo com isso, Poncho, ou a galera vai destruir o busão antes de chegarmos na balsa. – a emergência no tom de Gancho faz o garoto se levantar. Apesar dos gritos insistentes dos professores, Bola continua a
ser atacado por uma enxurrada de papéis amassados e chicletes mastigados.
Poncho coloca os pés no banco e se senta no braço da poltrona, um tanto torto. Ajeita o violão da melhor maneira, testando o som.
— Ok, pessoas, essa música eu dedico a Any, a garota selvagem. – quando Poncho
profere essas palavras, a galera vai ao delírio e o ônibus sacode ameaçadoramente. Os professores voltam a gritar e a turma se cala, mas não por causa dos gritos professorais e sim pelos acordes de Poncho.
Any engole lavas no lugar da saliva. Sente uma vontade imensa de pegar o violão das mãos dele e quebrá-lo em sua linda cabeça de cabelos cacheados. Antes que possa dar cabo de seu desejo inflamado, a voz de Poncho ouvidos, fazendo com que seu coração pare por um instante.
Meu Deus, a voz do cara é perfeita!
Rouca, grave, sublime. Se Any não
soubesse que era Poncho quem cantava
“Fortunate Son”, poderia jurar estar ouvindo
o próprio John Fogerty. Ela não consegue se conter e olha para o cara. https://www.youtube.com/watch?v=JBfjU3_XOaA
Os dedos do garoto deslizam pelas cordas, tão suaves, envolvendo os fios como se estivessem acariciando o instrumento. Poncho parece estar possuído por uma força mágica, mística, invisível. Se Any pudesse ver auras, estaria vendo a de Poncho se expandir nesse
exato momento. Tão à vontade, inteiro, divino.
A forma como ele joga os cabelos encaracolados para trás, a maneira como segura o violão, o jeito com que mexe os lábios…
Poncho empolga a galera e quem conhece a letra, canta com ele, as vozes se fundindo numa só.
Os olhos de Any não querem se desviar da cena, as pálpebras não estão a fim nem de piscar. Os ouvidos querem escutar mais e mais e mais. Completamente hipnotizada, é o que ela está.
Que droga, pensa Poncho. Vencer essa aposta
será mais difícil do que ela imaginava.
~~***~~
Boa parte da turma já desceu do ônibus a
caminho da balsa. Maite e Dulce pegam as
malas de mão no bagageiro acima de suas cabeças. Any tenta fazer o mesmo e, ainda que na ponta dos pés, não consegue alcançar a raqueteira lá no fundo. Quando faz menção em subir no banco, Poncho a breca.
— Deixe que eu pego. – com vários
centímetros a mais, ele pesca a alça da bolsa facilmente.
— Eu posso me virar. – ela rebate, visivelmente enfurecida pela ajuda.
— Largue de ser orgulhosa. – ele puxa a raqueteira e comenta: – Hum, você joga tênis?
— Eu não jogo, eu humilho! – Any, em sua
arrogância típica, arranca a raqueteira das
mãos de Poncho.
— É sério? Bom, nesse caso, eu desafio você para uma partida de gente grande.
Quem ainda está dentro do ônibus não se contém ao ouvir o desafio. Gancho, após soprar a franja para cima, solta o famoso grito de guerra:
— Apostaaaaaa!
Se as pessoas pegassem fogo ao seu bel prazer, o ônibus teria ido pelos ares nesse momento. Quem está do lado de fora, corre para dentro. Quem está dentro, não sairá nem a pau dali.
— Está me desafiando, Poncho? Perdeu a noção? – Poncho o encara, destemida.
— Você disse que humilha no tênis, então, qual é o problema? – Poncho escancara um sorriso debochado, sua marca registrada.
— Não sabe onde está se metendo. – ela
estreita o olhar. – Vou acabar com você.
— Aposto que não. – Poncho cruza os braços e lança uma piscadela no ar.
— O que vão apostar? – Bola pergunta
acima do murmurinho, limpando o resto de chocolate dos cantos da boca.
— É! O que vão apostar?
— Tem que ser algo quente!
— Aposta aí, Any!
— Vai mesmo se arriscar? – Any empina o nariz, numa superioridade intrépida.
— Adoro me arriscar. – Poncho revida, num tom sedutor daqueles abrasadores.
— Já que é assim, se eu vencer o jogo você corta os pulsos, que tal? – Any replica.
— Poxa, peça algo que não envolva a minha morte.
— Ok, deixe eu pensar… hum, certo. Se eu ganhar, você será meu escravo por um dia inteirinho. O que acha disso? – Any arranca gritos estimulantes da turma.
— Seu escravo? Um dia inteiro? – Poncho finge pesar a aposta. – Muito bem, se você vencer, serei seu escravo, farei tudo o que mandar.
— Aêêêêêêêêêêêêêêêê! – a manifestação dos estudantes arranha os ouvidos.
— E se o Poncho vencer? – Gancho fixa Any
com o olhar, por cima dos ombros do amigo.
— Ele pode pedir o que quiser, porque esse
jogo eu já ganhei. – Any mantém uma postura triunfante.
Antes de responder, Poncho umedece os lábios, deixando a expectativa no ar. O cérebro do cara pensa rápido e seus lábios repuxam para
os lados com a brilhante ideia. Talvez ele leve um soco. Ou um chute. Ou as duas
coisas.
— Se eu vencer, você vai me beijar. De língua. Por um minuto. Contados no relógio.
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
É isso o que todos gritam ao ouvir a proposta de Poncho. Mai e Dul se entreolham,
perplexas. Gancho dá tapas no ombro do amigo, empolgadíssimo. Será que Any aceitará?
— Como você é babaca. – ela bufa e
estende a mão. – Negócio fechado.
Façam suas apostas gente!!! Quem vai ganhar esse jogo? hahahahaha. Quero que seja ele, mas enfim até amanhã <3
Autor(a): Nana
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É óbvio que o assunto em todas aspanelinhas formadas na balsa é a nova aposta do momento. Poncho e Any se enfrentarão amanhã, num jogo de tênis devida ou morte. A garota está tranquila, certa da vitória. Mai e Dul estão temerosas e cercam a amiga na proa, com os olhares arregalados. — O que foi que voc&ec ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 164
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carlaroqueaya Postado em 29/05/2015 - 20:11:47
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camile_ponny Postado em 31/10/2014 - 21:22:07
Perfeita! Amei! Já to na segunda! E eu sei fiquei atrasada aqui mas recuperei ( bem atrasada,mas recuperei kk) parabéns fic perfeita! :D <3
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franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 16:01:53
to chorrando rios aki lendo o poncho falando com os pais :)
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franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 15:34:09
:)
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fersantos08 Postado em 09/10/2014 - 11:27:38
Que lindo!! Posta maaaaaais, Continua *-*
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nandacolucci Postado em 07/10/2014 - 08:46:46
continuaaaa ,3
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thaynafrancine Postado em 07/10/2014 - 02:07:04
Ai que lindo :')
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talitabnasc Postado em 06/10/2014 - 20:15:24
Own Poncho cada vez mais fofo, essa conversa com os pais, inundou meu coração....muito lindinho
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fersantos08 Postado em 06/10/2014 - 10:10:43
Posta maaaaais, posta maissss amando
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thaynafrancine Postado em 04/10/2014 - 17:36:40
Ebaaaaaa Segunda Temporada 😄