Fanfic:  A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA

Anahí é a garota nova do Colégio Prisma. Foi transferida no mês de agosto, para concluir o último ano do ensino médio. Mas essa não foi uma transferência corriqueira e tranquila. Isso porque Anahí foi expulsa do colégio onde estudava após um surto de agressividade mal controlada.

Com notas que variavam do nove e meio ao dez, Anahí ficou possessa ao receber a prova

de História que gritava, em vermelho vivo, um sonoro cinco. Cinco? Como esse professor teve a coragem?

Mas a garota sabia o porquê da nota tão baixa. Estava óbvio que tinha tudo a ver com a festa de duas semanas atrás. Anahí, dotada

de um cinismo peculiar, deu o fora mais

fenomenal de todos os tempos no filho do tal professor, tanto que o garoto chorou a noite

toda, como um bebezinho.

É provável que a atitude dela, sem

qualquer tato ou delicadeza, tenha gerado um trauma profundo no rapaz, a ponto do mesmo precisar de terapia por toda uma vida. Nunca saberemos.

Quando Anahí confrontou o professor de História, o mesmo foi irredutível com relação à nota. A garota poderia ter se conformado, virado as costas e continuado com sua vida, afinal, essa avaliação em nada alteraria sua performance no quadro geral. Mas não, ela não é do tipo que leva desaforos para casa.

Munida de uma chave tetra, dessas com os quatro cantos serrilhados, Anahí nem piscou

ao riscar toda a lateral do Peugeot preto reluzente, estacionado na vaga reservada

aos professores.
A paixão por esse carro era tanta, que o catedrático vivia com uma flanela em mãos, sempre pronto para cuspir e deixar a lataria mais brilhante ainda. Um

nojo.

Após detonar com a pintura do automóvel,

a adolescente não teve tempo para comemorar o feito. No susto, o molho de chaves caiu no chão quando seus olhos se encontraram com os do diretor do colégio.

Ela havia sido pega em flagrante.

A expulsão foi consumada no mês de junho, uma semana antes das férias escolares. Os pais de Anahí não ficaram nada satisfeitos com a notícia e ela acabou sem mesada, sem férias e sem sair de casa por um mês.

Após camelar em busca de um novo colégio para a filha, Marichelo, a mãe da garota, decidiu se

pelo Colégio Prisma. Bem, decidiu-se não é o termo, afinal, foi a única escola que aceitou matricular Anahí após Laura contar sobre os motivos da expulsão.

Quando as aulas iniciaram no mês de agosto, a jovem pensou que enlouqueceria nas primeiras semanas. Como toda garota nova, ela era a atração do colégio e isso gerou ciúmes e inveja por parte das três mais populares do pedaço. Estamos falando de Sophia, Suzana e Ana Paula, hoje mais conhecidas como Kibis. Mas o assunto “Kibis” fica para depois.

Vamos tentar entender o porquê dessas três meninas desejarem tanto o sangue de Anahí, logo nos primeiros dias de aula:

No alto dos seus um metro e setenta e dois, Anahí Portilla é o tipo de garota que não

passa despercebida. Com um rosto de uma beleza precisa, seus grandes olhos azuis captam todos os detalhes de um ambiente em segundos.

Os cílios negros e curvilíneos não precisam de máscara ou qualquer artifício para chamar atenção.
As sobrancelhas bem desenhadas por pinça, sofrem retoques a cada quinze dias.

A boca volumosa já foi motivo de chacota quando era criança. Hoje, após madame Jolie, são os lábios mais desejados nas clínicas de estética. As bochechas, sempre rosadas pelo efeito do sol, são resultado das

corridas matinais e dos jogos de tênis ao ar livre, durante as tardes enfadonhas.

O cabelo de Anahí sempre foi curto, no

máximo chegando à altura do queixo. Mas depois que seu último e terrível namorado disse que achava sexy o tal corte, ela deixou as madeixas crescerem, só para contrariar.

São de um loiro ondulado e bem estruturado, que ultrapassam a linha do sutiã.

Falemos agora das curvas, adquiridas com muito suor e sorvete. Sim, a moça é capaz de matar um pote de Häagen-Dazs numa sentada. Mas como é raro ter paciência para ficar quieta, o corpo de Anahí não retém as calorias extras dos momentos de gulodice.

Enfim, essa é Anahí Portilla, a pessoa com uma tremenda direita que fez o cérebro de Poncho quase sair pelo ouvido.

E foi essa garota que ao saber da Grande Aposta, fincou as unhas em sua própria carne e gritou no banheiro feminino do colégio:

“Quem esse tal de Poncho Herrera pensa que

é?”