Fanfic:  A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA

Entre backhands, topspins, forehands, smashs, volleys, aces e quebras de serviço, o jogo se desenvolve ferozmente. Se Poncho vencer o próximo game, será o vencedor.

A água desce queimando pela garganta ressequida de Any. O restante da água, ela joga na nuca e molha a testa. Mai está fazendo um curativo no dedão da amiga, que está bem esfolado. Poncho, do outro lado da quadra, não está muito diferente. Ele luta

para respirar e se manter em pé. O desafio já dura quase duas horas e seus músculos estão gritando por descanso.

— É a hora da verdade. – Gancho massageia os ombros tensos de Poncho.

— Se eu não ganhar agora, não conseguirei continuar jogando. Teremos que deixar para amanhã, sério. – Poncho geme quando Gancho afunda os dedos em seu ombro direito.

— Essa partida termina hoje, beleza? Concentração, meu camaradinha!

Voltando ao outro lado da quadra, Mai

arremata o curativo no dedão de Any. A garota está um trapo, um lixo ambulante.

— Eu vou perder, não acredito. – ela leva a mão à testeira, arrancando o acessório.

— Não perderá coisa nenhuma. Foco, Any.

Entre nessa quadra para ganhar! – Dul incentiva.

— Lei da atração. Busque forças sei lá eu onde e acabe com o Poncho. – Maite estende

uma toalha para Any. – Você precisa vencer, entendeu? Diga que entendeu!

— Certo, entendi.

Any e Poncho se encaram. Os holofotes da quadra já estão acesos. As pessoas começam a se inflamar nas arquibancadas com a possibilidade do fim do jogo. Para entreter essa turma, a cozinha do hotel descolou

baldes de pipoca e refris trincando de tão

gelados.

Any sacode os braços, passando a raquete de uma mão à outra. Ela precisa ganhar, precisa! O acordo foi que se Poncho perdesse, a escravidão seria imediata. E se Poncho ganhasse, bem, nesse caso, o beijo também seria imediato, na frente de todos. Só de pensar

nisso, Any xinga baixinho.

O jogo recomeça.

A cada bola que rebate, Any sente que o corpo vai se quebrar ao meio.