Fanfic:  A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA

Anahí olha para o próprio reflexo no espelho. Precisou tomar outro Dorflex para a dor. Finalmente o remédio começa a fazer efeito.

Dulce entra no quarto, trazendo o café-damanhã numa bandeja: uvas, pãezinhos e um copo de suco de laranja. Anahí se senta para comer e já tem uma resposta para dar.

— O que decidiu? – Dul pergunta, abrindo sua mala de chinelos.

— Vou virar o jogo, você tem razão.

Desistir da aposta seria mais humilhante ainda. E como quero vencer, preciso mudar a minha estratégia.

— Grande garota! Agora sim é a Any que eu conheço. – Dulce comemora. – Sugiro começar a virar esse jogo já. Provoque e ao mesmo tempo despreze o Poncho. Pareça estar feliz, sorria o tempo todo. Você vai pegar o cara no contrapé, como fez ontem na quadra de tênis.

— E o que mais?

— Bem, precisamos dar um tapa no seu

visual. Tire essa roupa de ginástica. Darei um up em você agora mesmo.

~~***~~

Gancho dá um cutucão tão forte em Poncho que o cara se desequilibra. Anahí e Dulce passam pela piscina, arrancando assobios dos garotos e olhares fuzilantes das Kibis.

Maite acena para as duas, que vão ao seu encontro.

— Uau, vocês duas estão um must. – Mai elogia, ajeitando os óculos de sol. Nota Gancho e Poncho com os olhos vidrados nelas. – As meninas estão na praia, nos esperando. E só para constar, o Poncho está olhando para cá.

— Ah, é? – Dul dá um sorrisinho divertido.

– Ok, Any, hora da ação.

— O que eu faço? – Any congela, sem reação.

— Tire a canga. Deixe a boca do Poncho no chão. E então, vamos para a praia, como se esse fosse o dia mais feliz da sua vida.

Maite e Dulce se entreolham e desatam a rir. Anahí nunca fez algo assim antes, nunca provocou um cara. Talvez seja até engraçado.

Ela age conforme as instruções de Dulce.

Maite é a única que consegue ver os garotos e quando meneia a cabeça positivamente, Anahí e Dulce sabem que o alvo foi atingido, num tiro certeiro, à queima

roupa.

— Vamos? – Any, com a canga pendurada no ombro, estende os dois braços para as amigas.

— Demorou! – Dulce e Maite se atrelam à Any e as três vão seguindo saltitantes, para o caminho que leva à praia.

~~***~~

Gancho precisa fechar a boca de Poncho, que ainda está entreaberta. Como sempre acontece quando se trata de Any, o garoto acompanhou cada detalhe em câmera lenta: ela desamarrando a canga da cintura de

forma sensual, deixando o tecido escorregar por sua pele vagarosamente, numa provocação explícita. A cena foi como um soco no estômago, deixando Poncho sem ar.

— Aquilo foi golpe baixo. Ela está provocando na cara dura! – Gancho se pendura no ombro de Poncho. – E eu que pensei que não veríamos a Any tão cedo.

— Mudança de planos, Cabeça. Vamos para a praia.

— Vai levar a aposta adiante? Não tínhamos combinado fingir para a Kibi? – o tom de Gancho é incerto.

— Não é mais uma aposta, agora é questão de honra. – Poncho tira a camiseta, enche o peito de ar e se arma do seu melhor sorriso sedutor.

~~***~~

O mar, pós-chuva, está mais revolto do que de costume. Any e as garotas jogam vôlei, logo depois da zona de arrebentação. As ondas iniciam a formação onde elas estão, chegando a um metro de altura. Poncho e Gancho mergulham quando uma onda se

quebra.

— Não olhe para trás, mas o Poncho e o Gancho estão se aproximando. Você vai flertar com o cara e quando ele chegar junto, vai desprezá-lo, entendeu? – Dul dá as instruções à Any.

— E isso funciona? – Mai pergunta, em dúvida.

— Funciona que é uma loucura. Vá por mim. – Dulce confirma, já usou a técnica zilhões de vezes.

— É sério, preciso ter umas aulinhas com

você. – Maite vê a bola se aproximar e dá um toque para cima.

~~***~~

Gancho e Poncho vão vencendo as ondas, mergulhando. Finalmente alcançam as garotas e entram no jogo. Poncho se posiciona entre Any e Dulce.

— Pensei que estaria dolorida hoje. – ele começa.

— E estou. – Any confirma. – E você?

— Estou quebrado. – Poncho devolve a bola.

— Vou querer uma revanche qualquer dia desses. – Any não olha para o lado, foca toda sua atenção na bola vôlei.

— Não me odeia mais? – ele pergunta, num tom divertido.

— Não.

— Nesse caso, será um prazer. – Poncho  arremata.

O jogo vai rolando, sem incidentes. Os

monitores entram no mar e se juntam ao bando, trazendo pranchas de surf e acessórios para mergulho. O jogo de vôlei chega ao fim e a turma cai matando sobre os apetrechos trazidos para a água.

— Onde você disse que é um bom lugar

para mergulhar? – Any fita Poncho,

descompromissadamente.

— Quer mergulhar?

— Está se oferecendo para me acompanhar? – Any entra no jogo proposto por Dulce. E não é que a garota começa a gostar?

— Fique aqui. Vou pegar as máscaras.

Dul, que estava próxima dos dois, levanta o dedo polegar em sinal de aprovação. Any bate continência para a amiga: A operação

“Virando o Jogo” tem início imediato.

Bjus bjus bjus té amanhã!!!