Fanfics Brasil - Trinta e cinco: Passeio de escuna A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada

Fanfic:  A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA


Capítulo: Trinta e cinco: Passeio de escuna

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Depois do resgate e de ouvirem um baita sermão dos professores, os quatro estudantes ensopados seguiram para seus respectivos quartos. Any toma um banho fervendo, com Maite e Dulce sentadas no chão, ouvindo toda a narrativa.


— Ainda não entendi o que a Sophia e o Bola estavam fazendo ali. Isso está muito estranho. E você disse que teve a impressão de estarem sendo seguidos. – Maite conjectura.


— Também achei muito estranho. E como eu disse, eles estavam algemados. – Any abre a tampa do condicionador, espalhando o conteúdo nos cabelos. – Que eles estavam nos seguindo, disso eu tenho quase certeza. A pergunta é: por quê?


— A Kibi é louca pelo Poncho, acho que ela faria qualquer coisa para tê-lo de volta. Ou então, abriria as portas do inferno para que ninguém pudesse ficar com ele. – Dulce  recosta no azulejo frio do banheiro.


— Ela estava seguindo o Poncho e a Any para ver o que iria acontecer entre eles, é isso? – Mai lança a pergunta em meio à névoa esbranquiçada.


— É a única explicação. – resume Dulce.


— Eu sei lá e pouco me importa. A única coisa que quero é comer, estou morta de fome.


~~***~~


O dia nasce com um sol brilhante, em meio à nuvens esparsas. Camila e Edgard foram os vencedores da Caça ao Tesouro e acompanhados por dois instrutores, executam manobras radicais a bordo de jet skis, fazendo inveja para todos os estudantes do Prisma.


Any, Dulce e Maite já estão com suas bolsas de praia a tiracolo, aguardando a escuna chegar ao píer. O almoço da galera acontecerá em uma ilha próxima, a meia hora da Ilha Inamorata.


Poncho e Gancho estão posicionados,aguardando Bola chegar à praia. Quando finalmente dá as caras, os garotos se jogam em cima dele, arrastando-o para um local longe das vistas curiosas.


— O que está aprontando, Bolota? – Poncho interpela, impaciente.


— O quê? Do que você está falando?


— Não se faça de besta. Ande logo, conte o que está aprontando com as Kibis. – Gancho aperta o pescoço do garoto com força. – Está dando uma de agente duas caras, é isso? Leva e traz? Moleque de recados?


— Qual é, Gancho, eu nunca faria isso com vocês. – Bola está ficando vermelho e sem ar.—


Você e a Sophia estavam nos seguindo na trilha ontem, não estavam? – Poncho pergunta, com cara de quem vai matar alguém. – Anda, responde!


— Estou sem ar. – a voz do garoto é apenas um sopro.


— Solte ele, Gancho. – Poncho toca o braço do amigo, fazendo-o soltar o pescoço de Bola.


— Galera, juro, eu não fiz nada. – Bola choraminga.


— Meu irmãozinho, desde que chegamos na ilha você aprontou muito pouco. E isso só quer dizer uma coisa: você está ocupado com algo mais importante. – Gancho faz pausa para respirar. – Das duas uma: ou você virou um maricas ou está de conluio com as Kibis.


— Gancho, Poncho, caras… eu não fiz nada errado, juro para vocês!


— Resposta errada. Você sempre está aprontando alguma. – Poncho chega mais perto e Bola recua dois passos. – Se eu souber que você está metido com as Kibis, juro por Deus, encho você de porrada!


— Caramba, Poncho, pega leve. Tô falando, podem confiar em mim, juro por Deus. – Bola cruza os dedos às costas. Nem Poncho, nem Gancho percebem a manobra.


— Ei, vocês, a escuna chegou! – Hulk grita na direção dos três.


— Se tem algo para nos contar, que seja agora. – Gancho ruge, enfurecido. – Estou dando uma chance a você, Bola.


— Já disse, sou inocente. Poncho e Gancho se entreolham. Nenhum dos dois acredita em Bola, mas a partir de agora, ficarão espertos com o garoto.


— Vai, vaza. – Gancho dá um tapa na nuca de Bola e o garoto sai correndo.


— Não acreditei em uma palavra. – Poncho lança um olhar matador para o nada.


— Nem eu, man. De agora em diante, ficaremos de olho nele.


~~***~~


A bordo da escuna, as meninas fritam no sol e os garotos jogam truco. Any está afastada da turma, sentindo o vento nos cabelos e uma liberdade gostosa, dessas que poucas vezes sentimos. Poncho se aproxima, sem ser notado.


— Um milhão pelos seus pensamentos.


— Um milhão de quê? Me disseram que seu pai cortou a sua mesada. – Any ironiza, sem olhar para trás.


— Que tal um milhão de beijos? É a única moeda de troca que tenho no momento. Poncho arranca uma gargalhada de Any. Ela gira nos calcanhares para encará-lo, já sabendo o que irá encontrar: um sorriso


debochado naqueles lábios altamente sugestivos.


Mesmo com os óculos de sol, Any precisa colocar o braço à frente do rosto para fitar um Poncho sem camisa. O mal tempo foi embora e a previsão afirma que é em definitivo, até o final da viagem.


— E então? Em que está pensando? – ele insiste.


— Nos lugares que ainda não conheço, nas viagens que quero fazer. – Any faz uma pausa, olhando para os chinelos coloridos que Dul emprestou. – Por que isso importa?


— Tudo o que diz respeito a você é importante para mim.


— Rá! Você realmente quer perder os dentes, não é? Pare de me zoar, tá legal?


— Não estou brincando. – Poncho chega mais perto e Any dá um passo atrás, batendo com


as costas no parapeito da embarcação. – Me diga, que lugar quer muito conhecer e ainda não conhece?


— Paris. – ela responde, com ar distraído.


— Paris? La ville lumière?


— Ah, não. Você fala francês. – Any revira os olhos, com desdém.


— É a linguagem do amor, sabe como é.


— Como você é óbvio, Poncho. – ela rebate, estalando a língua no alto da boca.


Je ne suis pas pardi. D’ailleurs, tu sais


que tu es très belle, aujourd’hui?


— Acha que estou linda hoje? Sério mesmo? – Any manda muito bem no francês.


— Putz grila! – o cara é pego no contrapé.


– Fala francês? Por que não me disse?


Tu ne m’as pas demandé, con.


— Hahahahaha. Any, você é uma caixinha de surpresas.


— E como eu disse, você é o cara mais óbvio que conheço. – ela gira sobre os chinelos e suspira profundamente. Poncho entende a deixa, mas não desiste de aporrinhar.


— Que lugar mais a atrai em Paris? – ele pergunta, entre os cabelos esvoaçantes de Any.


— Podemos até conversar civilizadamente se você largar de ser um otário.


— Tudo bem. O otário sai e o legal entra em cena. Pronto, podemos conversar. – ele faz uma pausa. – E então? O que quer conhecer em Paris? Any bufa alto antes de responder, num rugido:


— O Louvre.


— Tantas coisas para conhecer em Paris e é o Louvre que chama a sua atenção? – Poncho se posiciona ao lado de Any. Alisa os cachos para trás e aguarda uma resposta à provocação.


— Quero ver a pirâmide de vidro de perto. Pode até ser que eu chore de emoção. – Any entra em devaneios, afastando os cabelos que teimam em voar para o rosto. – Algo me diz que o Louvre é um lugar mágico. – então, se dá conta de com quem está dialogando e


completa: – Vai me zoar?


— É claro que não. Aliás, poderíamos ir juntos a esse lugar mágico. Prometo enxugar suas lágrimas. – Poncho sorri, acompanhando a reação de Any de rabo de olho.


— Poxa, não dá mesmo para manter uma conversa normal com você. – ela se inflama de raiva.


— Estamos tendo uma conversa normal. – ele retruca, indignado.


— Não estamos não. E quer saber? Dê o fora daqui antes que meu joelho de ferro entre em ação!


— Ei, Poncho, venha tocar algo para nós! – Gancho grita, com o violão em mãos.


— Bem, fui salvo pelo gongo. – curvando-se perante Any, finaliza de maneira teatral:


- Ma chérie, enchantée de te parler. Au


revoir.


~~***~~


A Ilha da Sereia é um lugar mágico, cercado por uma atmosfera aconchegante e rústica. As principais atividades da pequena ilha são a pesca, o artesanato e o turismo. Um dos únicos restaurantes do lugarejo localiza-se à beira-mar. Esse é um local alto astral, bucólico e super colorido. É o típico lugar em que você se sente abraçado ao entrar.


Após o almoço, Any dá de cara com o violão de Poncho sobre uma mesa e tomada por uma urgência do além, toca as cordas com a ponta dos dedos, sentindo-se arrepiar. A energia de Poncho emana do instrumento. Dul e Mai se entreolham, aos pulinhos.


— Toque para nós, Any. –Maite pede, com olhos brilhando em excitação.


— Não na frente dessa galera. – Any recua.


— Podemos ir ali, naquele cantinho. – Dul aponta para um lugar mais distante, uma espécie de bangalô sobre um tablado de madeira.


— Ah, Any, por favor! – Maite implora.


— Ei, Gancho! – Any chama. – Posso pegar o violão do Poncho emprestado?


— Vai quebrar na cabeça dele? – o pirata arregala os olhos.


— Não, Cabeçudo! Ela vai tocar para nós. – Mai intervém. – Acha que o Poncho ficará bravo?


— Bom, se a cabeça do cara ficar inteira, acho que não tem problema algum. – Gancho libera o violão e as amigas se encaram, sorrindo.


~~***~~


Quando Poncho sai do mar, leva as mãos aos cabelos, livrando-se do excesso de água. Com os olhos cerrados, sente uma vibração chegar aos ouvidos: uma voz melodiosa acima de duas outras. São vozes femininas, ao som de um violão.


As pálpebras de Poncho se abrem, procurando. Petrifica no lugar quando vê a cena, para variar, em câmera lenta: Mai e Dul estão se


sentadas sobre futons, elevadas por um tablado. Seus corpos vem e vão, acompanhando o ritmo ditado pelo violão. Any, sentada ao meio, toca com uma palheta em punho, os acordes tomando vida a cada batida.


E a voz, o que dizer da voz? Seria Any uma sereia disfarçada? Poncho está sentindo um chamado quase insuportável, um clamor que grita para que ele se aproxime. Antes que comece a caminhar, quase flutuar em direção à voz, Gancho dá um tapa no ombro do cara, trazendo-o de volta à realidade.


— Tudo bem eu ter emprestado o violão para as meninas? – é a segunda vez que Gancho faz a pergunta.


— Oi?


— Se liga, Poncho! Está com a cabeça onde, meu camarada?


— Desculpe, Cabeçudo. O que foi?


— Tudo bem eu ter emprestado o seu violão? Quer que eu faça mímica?


— Ah, isso. Sem problemas. – Poncho responde, de forma casual. Seus olhos retomam o caminho até o tablado e ali se fixam, vidrados.


— Poncho? Você está de boa? – Gancho corta a visão do amigo com a palma da mão. – Ai, meu bom God! O que é isso que eu vejo?


— Hum? – Poncho ouve a voz de Gancho lá longe.


— Meu irmão, você está gamadão! Cara, não acredito nisso! Como eu não percebi antes?


— O quê? – Poncho se sobressalta. – Cale a boca, Cabeça, não é nada disso.


— Alfonso Herrera, você está perdidamente apaixonado, meu camaradinha.


Juro que não imaginei que viveria para ver essa cena.


— Gancho, enlouqueceu? – Poncho sussurra, olhando para os lados.


— Qual é, Poncho, eu sou seu brother! Se não contar para mim, vai contar para quem?


— Não estou apaixonado, tá legal? – Poncho sustenta uma expressão nervosa, quase desesperada.


— Poncho, sabe que pode me contar qualquer


coisa, não sabe?


— Gancho, no dia em que eu me apaixonar, você será o primeiro a saber.



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 164



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  • carlaroqueaya Postado em 29/05/2015 - 20:11:47

  • camile_ponny Postado em 31/10/2014 - 21:22:07

    Perfeita! Amei! Já to na segunda! E eu sei fiquei atrasada aqui mas recuperei ( bem atrasada,mas recuperei kk) parabéns fic perfeita! :D <3

  • franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 16:01:53

    to chorrando rios aki lendo o poncho falando com os pais :)

  • franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 15:34:09

    :)

  • fersantos08 Postado em 09/10/2014 - 11:27:38

    Que lindo!! Posta maaaaaais, Continua *-*

  • nandacolucci Postado em 07/10/2014 - 08:46:46

    continuaaaa ,3

  • thaynafrancine Postado em 07/10/2014 - 02:07:04

    Ai que lindo :')

  • talitabnasc Postado em 06/10/2014 - 20:15:24

    Own Poncho cada vez mais fofo, essa conversa com os pais, inundou meu coração....muito lindinho

  • fersantos08 Postado em 06/10/2014 - 10:10:43

    Posta maaaaais, posta maissss amando

  • thaynafrancine Postado em 04/10/2014 - 17:36:40

    Ebaaaaaa Segunda Temporada &#128516;


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