Fanfics Brasil - Cinquenta e três: A volta para casa A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada

Fanfic:  A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA


Capítulo: Cinquenta e três: A volta para casa

28 visualizações Denunciar


 


A manhã chega, com cara de ressaca. Anahí está sendo examinada e aparentemente o quadro é bom. Como prescrição, o médico lhe pede que faça refeições leves com muitas frutas e sucos naturais. O estômago de Anahí revira quando ele faz menção à sucos.


O laudo do exame de sangue de Anahí ficará pronto em dois dias. Somente com isso em mãos o médico poderá traçar um plano de desintoxicação, se for esse o caso. Ele se despede, deixando uma Margareth mais tranquila para trás.


As garotas tomam o café-da-manhã no quarto, enquanto arrumam as malas. Anahí está se sentindo debilitada e não sabe dizer qual é o motivo da fraqueza. Possivelmente seja um dos efeitos da droga, talvez a falta de uma alimentação mais substanciosa ou quem sabe seja o estrago que Sophia fez em sua vida. Acredito que as três alternativas anteriores sejam válidas.


Mai enxuga as lágrimas, jurando que não derrubará mais nenhuma por Gancho. Dulce a abraça forte, um abraço de urso, que faz com que a amiga se sinta amada e um pouco melhor.


— Teremos uma viagem longa pela frente. Anny, fique longe da Sophia. Não entre na provocação ou você perderá a razão, compreendido? – Margareth está à porta do quarto das meninas.


— Pode deixar. – a voz de Anahí é só um fiapo.


— Dulce, você fica responsável por cuidar dessas duas, está bem? – a professora delega e Dulce aceita prontamente a incumbência. –Darei uma passada nos outros quartos. Qualquer mudança no quadro da Anahí, me avise.


 


 


~~***~~


 


 


A balsa está ancorada no píer. Da sacada do quarto, Anahí acompanha os primeiros alunos se dirigindo para lá. Olha em volta, recapitulando tudo o que aconteceu nesses últimos sete dias. E não foi pouca coisa.


Dulce e Mai se unem a Anahí na sacada. Nenhuma das três diz palavra, afinal, o que há para ser dito?


A brisa marítima acaricia o rosto das garotas, jogando seus cabelos para trás. O aroma e o som que vem do mar trazem uma sensação de quietude e paz, tão necessárias nesse momento.


Uma lágrima solitária escorre pelo rosto de Anahí. Não há um motivo específico. Por mais que as férias tenham terminado da forma mais catastrófica possível, Anahí sentirá saudades dos momentos fantásticos que viveu na ilha. Esses também foram muitos e serão memoráveis por toda a vida.


— Está na hora. – Dulce avisa, já sentindo saudades do mar e da boa vida.


— Seremos amigas para sempre, não seremos? – é Mai quem faz a pergunta.


— Depois de tudo o que vivemos? Seremos amigas pela eternidade. – Mai deixa uma gargalhada gostosa escapar e Anahí se contagia, sorrindo também.


— A única coisa boa do Prisma foi ter conhecido vocês duas. – Anahí revela, puxando as amigas para um abraço grupal.


 


 


~~***~~


 


 


A balsa está silenciosa. Fora o barulho dos motores e hélices, nenhum piu é ouvido. As expressões são sérias, tristes, perdidas. Se o dia anterior pudesse ser apagado da linha temporal, essa balsa seria uma festa e não um velório.


Os professores circulam a todo o momento, evitando que os alunos com rixas a resolver se encontrem e o pau volte a comer solto.


Desde que Suzana dedurou a Kibi Mor, a garota foi aceita no grupo das meninas e até dormiu no dormitório de Camila na noite passada. Não havia clima para dividir o quarto com Ana Paula e Sophia. E querem saber? Suzana está se sentindo muito melhor agora.


Alfonso e Gancho estão na popa da balsa, observando a ilha se afastar lentamente.


Sentem como se o dia anterior não tivesse passado de um sonho macabro e distante.


Infelizmente, os dois sabem que foi bem real.


Anahí está na proa com as meninas. Não quer olhar para trás, não quer ver a ilha se afastar. O negócio agora é olhar para a frente, para o futuro, para o desconhecido.


Sophia, Bola e Ana Paula estão na parte interna da balsa, sendo vigiados de perto por Margareth. Ela já avisou que se algum deles sair da linha, os abandona onde quer que seja e sem remorsos.


E assim, a balsa viaja tranquila até finalmente aportar no continente.


 


 


~~***~~


 


 


O ônibus está à espera quando a balsa ancora. Os estudantes vão descendo um a um e se dirigindo para a condução num silêncio mórbido. O motorista do ônibus – o mesmo da vinda – não entende nada e dá de ombros, feliz por, aparentemente, ter uma viagem tranquila pela frente até o aeroporto.


Quando Alfonso entra no ônibus, seguido por Gancho, vai passando pelas fileiras de assentos e estaca quando vê Anahí sentada sozinha. Antes que ele possa pensar em dizer ou fazer qualquer coisa, Camila dá um empurrão de leve no cara e se senta ao lado de Anahí, não deixando qualquer outra opção a Alfonso a não ser seguir em frente. Anahí sabia que ele estava olhando para ela, mas nem assim tirou os olhos do asfalto.


 


 


~~***~~


 


 


O avião decola no horário, sem maiores transtornos. Já estão voando há uma hora e Sophia pede para ir ao banheiro. Margareth, que está sentada ao seu lado na vigia, ruge para a Kibi Mor:


— Se abrir essa boca ou causar algum tumulto, juro que jogo você desse avião, compreendido?


— Já entendi. – a Kibi devolve, com desdém. Tira o cinto e caminha para a parte traseira do avião.


Quando Sophia cruza com Alfonso e Gancho, não resiste a soltar um sorriso de deboche. Uma lágrima escorre pelo rosto de Alfonso e ele não consegue enxugar a tempo. Num movimento rápido, a Kibi Mor a toma de assalto, provando a lágrima com satisfação.


— Saborosa como a vitória. Ah, Poncho, agora sim minha vingança está completa.


— Vaza! – Gancho rosna, entredentes.


Sophia solta uma sonora gargalhada, jogando os cabelos oxigenados para trás.


Retoma seu caminho e Gancho faz menção em se levantar, mas Alfonso não permite. Os amigos se entendem só com o olhar.


— Cara, o que eu posso dizer? – Gancho quer muito confortar Alfonso.


— Não diga nada. Não vai adiantar.


 


 


~~***~~


 


 


O avião finalmente pousa no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O clima é ameno e a temperatura está em vinte e cinco graus, com céu parcialmente nublado.


Os estudantes desembarcam, seguindo por um longo corredor até o acesso as escadas rolantes. As malas estarão disponíveis na esteira de número três.


Anahí já está com suas bagagens sobre o carrinho. Dulce idem. Só falta chegar uma das malas de Mai.


Alfonso a observa de longe, sentindo o coração apertar. Será que a garota frequentará as últimas semanas de aula? O que estará se passando na cabeça dela nesse exato momento? Por que Alfonso está sentindo essa


forte sensação de perda? Não, ele não pode acreditar que perdeu Anahí para sempre, isso não pode ser verdade.


De posse de suas bagagens, os estudantes seguem os professores em direção a saída do terminal de desembarque. Do lado de fora, ao invés de pais sorridentes, encontram pais desolados, cabisbaixos, envergonhados. O diretor fez a lição de casa direitinho, pelo visto.


— Anny. – a mãe a puxa para um abraço. –Minha filha, o que foi que aconteceu?


— Em casa eu conto, tá bom? O que o diretor já adiantou? – Anahí engole em seco, procurando pelo pai. – Onde está o papai?


— Está em casa com o Christopher. Nós soubemos do que aconteceu na ilha hoje de manhã. Seu pai está preparando um processo contra a Sophia e o Fabiano.


— Não, mãe. Eu não quero processar ninguém. Essa história já causou problemas demais e eu só quero esquecer. Eu preciso esquecer.


— Em casa conversaremos sobre isso.


Os pais de Maite e Dulce se juntam a mãe de Anahí e um debate se inicia. Falam sobre o telefonema que receberam do colégio e a reunião marcada para amanhã à noite.


As amigas aproveitam para se despedirem.


Nesse momento, as três ouvem uma briga no saguão. Reconhecem a voz de Alfonso e olham em volta, procurando. Ele e o pai estão discutindo, gesticulando, se atacando. Sophia deve ter enviado o tal vídeo de Alfonso para o velho.


— O Poncho está ferrado. – Dulce comenta.


— É, ele está. – Mai concorda.


— Vocês viram esse vídeo? O que contém? – Anahí pergunta.


— Lembra quando o Poncho foi desafiado por um garoto do segundo ano? – Dulce começa a explicar.


— Um racha de motos. – Anahí se recorda do ocorrido.


— Isso. – Dulce continua. – Todo o pessoal do colégio foi lá para assistir, tá lembrada? Nós não fomos porque tínhamos aquela festa na casa do Pepino e também porque não somos idiotas.


— É, eu tenho uma vaga lembrança disso. – Anahí puxa pela memória.


— Lembra do acidente?


Sim, Anahí se lembra do acidente de Alfonso, afinal, essa história foi contada e recontada milhões de vezes nos corredores do Prisma. Alfonso, a mais de cento e cinquenta quilômetros por hora, corria emparelhado com um garoto do segundo ano do colégio.


Algo foi jogado no asfalto e o garoto fez uma manobra evasiva que resultou no acidente. O veículo capotou várias vezes e o corpo de Alfonso deslizou pela avenida, por mais de trezentos metros.


— Sim, eu me lembro. – Anahí meneia a cabeça. — O Gancho achou que ele tinha morrido.


– Dulce confirma. – Todos acharam isso. E eu vi um dos vídeos e foi realmente impressionante. Se Deus existe, ele estava ali naquele momento.


— A roupa especial o protegeu, não foi? –Anahí sente um arrepio cortante ao pensar que Alfonso poderia ter morrido naquele racha.


— A roupa e Deus… não se esqueça de Deus nessa história. – Mai toma a palavra e respira fundo. – O problema foi que o Poncho mentiu sobre isso para o pai. Disse que um caminhão havia passado por cima da moto, que estava estacionada no meio fio. Os policiais que fizeram o boletim de ocorrência, disseram ao pai de Poncho que a história não batia com o estrago da moto. E foi por issoque ele perdeu a mesada e sei lá mais o quê.


— Como sabe disso? – Dulce franze o cenho.


— O tal que não quero dizer o nome me contou. – Mai revela, olhando para o chão.


— Meninas, vamos? – os pais chamam.


— Vejo vocês mais tarde? – Anahí pergunta, um tanto deprimida.


— Com certeza.


 


 


 


 


 


----------------------------------------------


Nandacolucci: Continuandooo..


 


Mila :3


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Nana

Este autor(a) escreve mais 10 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Quando Anahí e a mãe estavam saindo do aeroporto, o olhar da garota não se conteve. Ela e Alfonso se entreolharam e, naquele momento, Anahí sentiu como se o mundo estivesse em suspenso, suspirando alto e profundamente. O olhar dele se jogou dentro do dela como uma âncora. Para Anahí, foi difícil pacas conseguir se soltar e re ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 164



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • carlaroqueaya Postado em 29/05/2015 - 20:11:47

  • camile_ponny Postado em 31/10/2014 - 21:22:07

    Perfeita! Amei! Já to na segunda! E eu sei fiquei atrasada aqui mas recuperei ( bem atrasada,mas recuperei kk) parabéns fic perfeita! :D <3

  • franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 16:01:53

    to chorrando rios aki lendo o poncho falando com os pais :)

  • franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 15:34:09

    :)

  • fersantos08 Postado em 09/10/2014 - 11:27:38

    Que lindo!! Posta maaaaaais, Continua *-*

  • nandacolucci Postado em 07/10/2014 - 08:46:46

    continuaaaa ,3

  • thaynafrancine Postado em 07/10/2014 - 02:07:04

    Ai que lindo :')

  • talitabnasc Postado em 06/10/2014 - 20:15:24

    Own Poncho cada vez mais fofo, essa conversa com os pais, inundou meu coração....muito lindinho

  • fersantos08 Postado em 06/10/2014 - 10:10:43

    Posta maaaaais, posta maissss amando

  • thaynafrancine Postado em 04/10/2014 - 17:36:40

    Ebaaaaaa Segunda Temporada &#128516;


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais