Fanfic:  A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA

Alfonso e Gancho decidiram voltar para casa.

Não há clima para ficarem no Prisma nessa segunda-feira mais do que tumultuada. E Alfonso foi instruído pela enfermeira a fazer várias compressas no rosto para não inchar ainda mais. Os socos de Christopher não doeram tanto quanto o olhar de desprezo de Anahí.

Os amigos param em frente ao outdoor.

Alfonso não se contém e soca o ar, sentindo um aperto feroz dentro do peito. Enfurecido, rosna ao pensar na satisfação de Sophia. Ela venceu.

Anahí passa batido por eles, acelerando a moto e derrapando na curva. A garota está irada e Alfonso teme que ela faça alguma besteira. O ronco do motor se distancia rapidamente e logo desaparece no ar.

Mai se aproxima, cabisbaixa. A intenção dela era passar pelos dois e continuar seu caminho até a sala de aula. Mas não é isso o que acontece.

— Mai, por favor, espere. – Gancho a puxa pelo braço.

— Eu vou indo, vocês dois precisam conversar. – Alfonso nem se despede e continua a caminhar até o bicicletário.

— O que você quer? – Mai cruza os braços, a mochila pesando toneladas às costas.

— Eu só soube da aposta lá na balsa. Quem lançou essa merda no ar foi o Bola, aquele desgraçado filho da mãe, ele queria me ferrar. Deve ter descoberto que eu estava a fim de você, sei lá. Ou talvez ele tenha notado que você estava a fim. Bom, isso realmente não importa agora. – Gancho toma um pouco de ar para continuar. – Eu tentei me manter afastado de você na ilha, eu queria protegê-la. Mas então você me tirou para dançar e eu não consegui me conter. Mai, eu queria muito ficar com você.

— Como posso acreditar nisso? Coloque-se no meu lugar. – Mai leva as mãos aos bolsos da calça jeans, jogando o corpo para a frente e para trás.

— Eu gosto de você e é para valer. Não fiquei com você para vencer aposta alguma.

– Gancho encara Mai e ela encara o All Star preto do cara.

— Não sei se posso confiar em você. –Mai não vai chorar, ela não quer chorar.

— Me dê uma chance. – o tom de Gancho beira a súplica. – Por favor, me deixe provar o quanto gosto de você.

— Eu não sei. – o rabo de cavalo de Mai balança em dúvida.

— Uma chance, é só o que estou pedindo. –Gancho se aproxima, ultrapassando a barreira invisível criada por Mai. – Eu estou apaixonado por você. – ele toma o rosto dela entre as mãos.

— Não sei se posso voltar a confiar em você. – Mai fita aqueles olhos negros, brilhantes e cheios de sinceridade. – A confiança precisa ser reconstruída e pode demorar tempo demais.

— Por você, eu espero o tempo que precisar.

A expressão de Mai ameniza após a última declaração. Um pequeno sorriso começa a se formar naqueles lábios tensos. A respiração acelera e o coração batuca no maior sambão.

— Eu prometo não decepcioná-la. – Gancho levanta o queixo de Mai e leva os dois polegares aos lábios da garota. – Se me der essa chance, prometo fazer de você a gata mais feliz desse mundo.

Maite dá um passo a frente, olhando para cima. Gancho é uns dez centímetros mais alto do que ela. Ele sorri com os lábios selados. Ela sustenta aquele olhar sonhador que reluz em cor-de-rosa.

Gancho não a beija, apenas aguarda. Mai alisa o rosto bem barbeado do cara, louca para sentir o gosto dele novamente. É ela quem toma a iniciativa.

Quando os lábios de Gancho e Mai se encontram, fogos de artifício de um shopping próximo são disparados no ar, simultaneamente. O Papai Noel chegou!

— Se me enganar, juro que furo seus dois olhos. – Mai abraça Gancho, na ponta dos pés.

— Há, há, há, há… eu sei que sim.