Fanfic: A Aposta - O jogo de sedução está prestes a começar. Adaptada | Tema: AyA
Dez dias se passaram.
Anahí sente o vazio tomando forma, como um imenso buraco negro prestes a tragá-la.
Ainda não enlouqueceu porque existe uma contrapartida, um sentimento poderoso que a faz abrir os olhos todas as manhãs.
Amor.
É por esse amor que ela ainda não desistiu de recomeçar sua vida. É por esse amor que ela respira. É por esse sentimento que ela ainda está ancorada, sem se deixar levar pela melancolia e pela dor.
Anahí acaba de sair de uma escola de francês, nos arredores de Madeleine. Está com a inscrição para o curso debaixo do braço, doida para rasgá-la em mil pedacinhos. Mas se contém, dobrando os papéis com cuidado, guardando-os dentro da bolsa.
Com um mapa de Paris aberto no celular, Anahí verifica as anotações de Simone numa caderneta. Precisa aprender a andar pela cidade sozinha e hoje é o segundo dia que faz isso.
O metrô está lotado e Anahí volta para casa com um saquinho de croissants e uma linda rosa que ganhou próximo da Igreja de La Madeleine. Simone está de folga e tirou o dia para dar um jeito no apartamento.
Ontem Anahí esteve no Louvre.
Quando viu a pirâmide de vidro, não se conteve. As lágrimas caíram como flocos de neve, já que o frio estava de lascar. Não, ela não se emocionou por conhecer o museu.
Anahí chorou por estar sozinha e por Alfonso não ter cumprido a promessa. Ele havia prometido estarem juntos, havia dito que enxugaria suas lágrimas. Ele não estava lá.
Anahí abre a porta de casa e dá de cara com uma Simone completamente histérica. Ela não fala coisa com coisa e Anahí precisa de um tempo para entender o que está havendo.
— Escutou alguma palavra do que eu disse? – Simone continua estendendo um envelope vermelho e um pen drive na direção de Anahí.
— Como assim ele entregou isso a você pessoalmente? O Alfonso… o Alfonso… o Alfonso…?
— Está em Paris! Anahí, ele está aqui! –Simone não se contém e começa a gargalhar.– E você não fez juz ao cara não. Minha Anahí, ele é lindo demais!
— Mone, onde ele está? – Anahí perde o chão e se senta.
— Disse que iria procurar um hotel. Eu o convidei para ficar aqui, mas ele não aceitou.
Anahí abre o envelope e descobre os seis mil reais. Dinheiro da aposta. Pega o pen drive em mãos e seu olhar se perde naquele minúsculo aparelho.
— Não vai ouvir os arquivos? – Simone se ajoelha em frente à Anahí.
— Não preciso. – a voz de Anahí é um fio fraquinho, prestes a partir.
— Como assim não precisa? – Simone se sobressalta. – Anahí, o cara veio lá do Brasil atrás de você!
— Ele falou mais alguma coisa?
— Disse que vai esperar por você às duas da tarde, no lugar marcado. – Simone revela, um tanto tensa com a situação. – Anahí, vai perdoar o cara, não vai?
— Que horas são?
— Uma e quinze.
— Eu preciso ir. – Anahí pula da cadeira e enfia o pen drive no bolso da calça. Pega o casaco e o cachecol e sai às pressas, sem se despedir de Simone.
— Anahí, não faça besteira! – Simone grita, incerta de que Anahí tenha ouvido o recado.
~~***~~
O metrô não é rápido o bastante.
Anahí chega com cinco minutos de atraso no local marcado. A praça do Louvre está abarrotada de turistas, apesar do frio e do tempo fechado. Semana que vem é natal e Paris recebe pessoas do mundo todo nessa época.
Anahí procura por Alfonso, desesperadamente.
Vai caminhando, abraçando-se para esquentar, até finalmente chegar a um dos lados da pirâmide de vidro. De onde está, Anahí consegue enxergar o hall de entrada do museu lá embaixo, lotado de pessoas agasalhadas.
— Esqueci de trazer o lenço para enxugar suas lágrimas. – a voz de Alfonso rasga o ar gélido.
Anahí não se vira para encará-lo.
— Chegou atrasado. Eu estive aqui ontem. – seu tom não revela nada além disso.
— Desculpe por isso, não pude vir antes. –Alfonso leva as mãos aos bolsos e seu olhar está cravado nas costas de Anahí. Estão bem próximos e ela pode sentir o aroma de Mentos de frutas no ar. – Como posso me redimir?
— Ainda não sei.
— Abriu o pen drive? – ele pergunta, um tanto temeroso com a resposta.
— Não, não abri. – Anahí se mantém na mesma posição e Alfonso não consegue acompanhar suas expressões.
— E o que isso quer dizer? – Alfonso sente o coração apertar.
— Quer dizer que eu não preciso abrir um arquivo para tomar qualquer decisão. – ela engole em seco e ele percebe.
— Eu achei que…
— Achou errado, de novo. – Anahí finalmente se vira para encará-lo. – Não é esse pen drive que vai mudar o que eu sinto por você. – ela sustenta o gadget na mão.
— E o que sente por mim?
Anahí suspira alto e profundamente. Sua expressão relaxa quando ela tomba a cabeça e diz:
— Eu te amo e não consigo viver longe de você.
Ai. Meu. Deus.
O sol chega a Paris através daqueles olhos cor de verde com rajadas douradas. A temperatura entre aqueles dois parece ter subido uns mil graus Célsius. Alfonso está sorrindo e não é de deboche. É um sorriso com o qual Anahí precisará se acostumar.
É um sorriso feito para ela e só para ela.
— Vai me perdoar por eu ter sido um covarde, um idiota? Vai me perdoar mesmo sem saber se sou inocente? – Alfonso não consegue parar de sorrir.
— Você está aqui, não está? O que mais eu poderia querer? – Anahí guarda o pen drive no bolso. – Promete não mentir, não me enganar? Promete que sempre seremos honestos um com o outro?
— Eu prometo. – Alfonso se aproxima mais, tocando os cabelos soltos de Anahí. – Eu prometo fazer de você a mulher mais amada desse mundo.
Eles se fitam por um tempo, estudando-se.
Anahí tira o cachecol do pescoço e, como fez na ilha, passa-o pelo pescoço de Alfonso, puxando o garoto para si, para sua boca.
O cara se entrega, cerrando as pálpebras.
Os lábios se tocam e o frio dá lugar a uma sensação de completude, de calor, de êxtase.
Um momento perfeito, no lugar perfeito.
E com esse beijo para lá de arrebatador, Alfonso e Anahí selam um compromisso e recomeçam a sua história, tendo a verdade e o amor como únicos guias por toda a vida.
Se eles ficarão juntos por toda a eternidade? Oh, sim, definitivamente.
Almas gêmeas possuem esse poder. Mas não posso dizer que esse será um romance calmo e sem brigas. Oh, não. Mas essa é outra história.
E assim, vamos deixando esses dois curtirem o momento, saindo bem de fininho, tomando o caminho inverso do início dessa história.
Louvre.
Paris.
França.
Europa.
Planeta Terra.
Sistema Solar.
Via Láctea.
FIM.
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Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh fim :/
SEGUNDA TEMPORADAAAAAAAAA \O/
http://fanfics.com.br/fanfic/38695/a-aposta-2-o-casamento-adp-aya
Espero vcs lá.. Bjs
Mila :3
Autor(a): Nana
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Comentários da Fanfic 164
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carlaroqueaya Postado em 29/05/2015 - 20:11:47
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camile_ponny Postado em 31/10/2014 - 21:22:07
Perfeita! Amei! Já to na segunda! E eu sei fiquei atrasada aqui mas recuperei ( bem atrasada,mas recuperei kk) parabéns fic perfeita! :D <3
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franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 16:01:53
to chorrando rios aki lendo o poncho falando com os pais :)
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franmarmentini Postado em 09/10/2014 - 15:34:09
:)
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fersantos08 Postado em 09/10/2014 - 11:27:38
Que lindo!! Posta maaaaaais, Continua *-*
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nandacolucci Postado em 07/10/2014 - 08:46:46
continuaaaa ,3
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thaynafrancine Postado em 07/10/2014 - 02:07:04
Ai que lindo :')
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talitabnasc Postado em 06/10/2014 - 20:15:24
Own Poncho cada vez mais fofo, essa conversa com os pais, inundou meu coração....muito lindinho
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fersantos08 Postado em 06/10/2014 - 10:10:43
Posta maaaaais, posta maissss amando
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thaynafrancine Postado em 04/10/2014 - 17:36:40
Ebaaaaaa Segunda Temporada 😄