Fanfic: Um Toque de Paixão - AyA | Tema: AyA (adaptada)
Voltara para a casa da mãe, na Virgínia, onde ganhara peso suficiente para não mais parecer uma recém chegada de um campo de concentração. Seus cabelos mais uma vez estavam compridos e lisos, embora fosse seu hábito usá-los quase sempre amarrados num coque. Sem maquiagem e com os cabelos em seu louro natural, até agora conseguira não ser reconhecida, evitando o assédio da imprensa.
Depois de um ano, decidira que para manter a sanidade teria de achar um lugar próprio para morar. Escolhera Gettysburg porque ficava a pouco mais de uma hora da casa de sua irmã.
Com sorte, enfiada numa cidadezinha nas montanhas da Pensilvânia, Anahí conseguiria permanecer despercebida.
Desceu com mais uma pilha de caixas de papelão, as quais amassou antes de depositar na lixeira. Talvez tivesse uma chance se não esbarrasse com nenhum leitor fanático da Sports Illustrated.
Depois da sétima viagem começou a ficar cansada. Assim, subiu os degraus da varanda para desfrutar de alguns minutos do ar puro de uma cidade pequena. Julgava-se em forma, mas as escadas pareciam mais longas a cada subida.
— Até parece que as caixas estão se multiplicando — resmungou enquanto tentava recuperar o fôlego.— Eu não sabia que tinha tanta tralha.
— Eu vou tropeçar de novo em você ou nas suas coisas?
Assustada ao ouvir a voz grave, Anahí girou nos calcanhares. Seu vizinho resmungão acabara de abrir a porta. Sua mão esquerda agora segurava o pegador de uma guia de couro, mas o cão na coleira não era o golden retriever que ela vira antes. Este era grande, preto e mais pesado. O homem segurava com firmeza o pegador de metal da guia. Tivera razão ao suspeitar que ele era cego. Anahí levantou-se, abrindo a boca para pedir desculpas de novo. E, então, notou que ele estava sorrindo. Só agora percebeu que seu tom não fora zangado, mas dotado de um humor sarcástico.
— Desculpe. Só estou tomando um pouco de ar. Essas escadas estão me deixando com vontade de adicionar mais alguns quilômetros à minha corrida matinal.
— Ainda bem que não é um arranha-céu. — disse ele com uma risadinha.
— Não gosto nem de pensar. Mas, se fosse, haveria um elevador. — Respirou fundo. — Sinto muito pelas caixas. Você deve ter reparado que eu as tirei do caminho.
— Reparei. — Ele sorriu de novo, revelando dentes brancos e impecáveis.
Anahí ficou levemente chocada à sua reação instantânea àquele sorriso de bad boy. Ele a convidava a sorrir também, a dizer alguma piadinha. Era um sorriso que fazia daquele homem um dos mais sensuais que ela já conhecera. E contrastava imensamente com seu comportamento anterior.
— Também sinto muito— disse ele.— Não costumo ser tão rude e mal-humorado. E agora sei que não devo sair do apartamento sem meus olhos de confiança.
— Desculpas aceitas — disse ela. Anahí olhou para o cão. — Você tingiu seu cachorro para combinar com suas roupas, ou algo assim?
Ele levantou as sobrancelhas e riu. Inclinou a cabeça na direção do cachorro parado pacientemente ao seu lado.
— Este é Cedar, meu guia. O cachorro que estava comigo na hora do almoço era Feather, minha guia aposentada. Eu estava descendo para pegar minhas cartas.
— Pensava que o certo é usar uma bengala quando não estiver com seu cachorro. — Anahí não sabia qual era o protocolo para falar sobre a deficiência física de uma pessoa, mas como ele ja gritara com ela uma vez, o que poderia acontecer de pior?
Ele abriu um sorriso humilde.
— Bem, é muito trabalhoso botar a coleira em um cachorro. Em geral não faço isso para caminhadas curtas. Deveria levar minha bengala, mas as caixas de correio ficam bem no pé das escadas. Como posso me guiar pelo corrimão, costumo trapacear. — Estendeu a mão direita. — Alfonso Herrera. É minha nova vizinha?
— Sou. — Apertou a mão de Alfonso. — Anahí Portilla. É um prazer conhecê-lo. — Era realmente um prazer. A mão dele era grande e quente. Quando aqueles dedos fecharam-se com firmeza em torno dos de Anahí, ela chegou a sentir falta de ar. — Também é um prazer conhecer você, Cedar — apressou-se em acrescentar.
Ele pareceu relutar antes de soltar a mão de Anahí.
Autor(a): traumayahd
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— Já está terminando a mudança? Ela fez que sim com a cabeça antes de lembrar que ele não podia vê-la. — Sim. Já estou com tudo dentro de casa. E tenho só mais umas seis caixas para abrir. — Só? — Ele balançou a cabeça, e ela ficou impressionada com a naturalidade do movime ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 80
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franmarmentini Postado em 13/06/2014 - 22:16:26
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII AMIGA A HISTÓRIA FOI MARAVILHOSA...PENA QUE NÃO PUDE LER NO DIA QUE VC POSTOU... :( PQ TAVA MUITO DODOI!!!! MAS FOI MARAVILHOSA BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS E VAMOS CONSPIRAR SIM AYA É VIDAAAAAAAAAAA
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franmarmentini Postado em 13/06/2014 - 18:40:24
vixi o barraco ta feito ;(
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franmarmentini Postado em 13/06/2014 - 18:22:56
agora que vou conseguir terminar de ler.. ;(
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beatriz.lishotmail.com Postado em 13/06/2014 - 14:44:56
FOI LINDOOOOOOO, AMEEEEEEEEEEEEEEI
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franmarmentini Postado em 11/06/2014 - 17:09:52
eu tava doente...ainda to por isso só to lendo agora :(
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vanessap. Postado em 11/06/2014 - 14:42:49
Que penaa que acabou! :(( Mas foi ótima, e espero ter novas fics sua pra ler hein! haha Essa foi perfeita! *-*
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vanessap. Postado em 09/06/2014 - 00:44:03
Continuaaaa!!! Leitora nova!! *---*
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beatriz.lishotmail.com Postado em 07/06/2014 - 20:06:03
CADE TUUUU???
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beatriz.lishotmail.com Postado em 05/06/2014 - 19:27:44
não quero mais ler, to com medo
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beatriz.lishotmail.com Postado em 05/06/2014 - 19:27:17
Anw, que fofooooos