Fanfic: Um Toque de Paixão - AyA | Tema: AyA (adaptada)
Ele ficou comovido ao perceber que ela compreendia seus sentimentos.
— Exatamente. Cuidar de dois cães não é fácil para um homem como eu, cego e que mora sozinho, mas não poderia simplesmente me livrar dela. Ela faz parte de minha família.
— Faço idéia — murmurou Anahí. — Acho que também não conseguiria fazer isso. — O tom de voz de Anahí mudou quando ela começou a falar com a cadela. — Você é uma linda cachorrinha. E que nome lindo!
Anahí riu de deleite.
— Deixe-me adivinhar. Ela deitou e está convidando você a cocar sua barriga.
— Então você deixa qualquer pessoa cocar sua barriga? — disse ela a Feather. — Que decepção!
Alfonso riu.
— Você precisa me desculpar por fazer tantas perguntas. — disse Anahí. — Não deve agüentar mais responder a perguntas sobre seus cachorros ou sobre sua deficiência visual.
Ele deu de ombros.
— No primeiro ano isso me deixava maluco, mas acabei me acostumando.
— Então você nem sempre foi cego. — Foi uma declaração, não uma pergunta. — Por causa de algumas de suas reações, tive a impressão de que você já foi capaz de enxergar.
— Eu enxerguei até os 21 anos. Estava numa festa de fraternidade quando caí de um balcão e bati de cabeça.
— Puxa vida! Você tem sorte de ter sobrevivido.
— Muita.
— Uma festa de fraternidade. — disse ela. — Eu não fiz faculdade. Essas festas são tão agitadas e imorais quanto ouvi falar?
— Estive em algumas que se encaixariam nessa discrição. — disse ele com um sorriso amarelo. — Mas não estava bebendo naquela noite. Um cara tropeçou e esbarrou em mim. Caí por puro azar.
— Coitado! — disse ela com sentimento. — Você soube imediatamente que estava cego?
— Não imediatamente. — Hesitou enquanto recordava seus primeiros dias no hospital. Dulce estivera com ele no dia em que perguntara ao médico sobre sua visão.
— Vamos mudar de assunto — disse Anahí. — Acho que é sua vez de fazer perguntas.
Alfonso ficou decepcionado consigo mesmo ao perceber que permanecera em silêncio por muito tempo. Ele perdera todo o traquejo social. Receber clientes era muito diferente de jantar com garotas.
— Desculpe. É que isso traz de volta muitas lembranças. Foi um período em que vivi... muitas mudanças. — Ele decidiu aceitar a oferta de Anahí. — O que você faz?
Ele sentiu uma mudança sutil no ambiente, uma tensão que o surpreendeu. Ele esperara que fosse uma pergunta inócua.
— Não estou trabalhando no momento. — respondeu Anahí. — Mas tenho algumas entrevistas de emprego marcadas para esta semana. Assim, estou torcendo para ter como responder a esta pergunta em breve.
— Certo. — disse Alfonso. Ela provavelmente acabara de ser demitida, e estava se sentindo constrangida ou humilhada. — Vou refazer a pergunta. Que tipo de trabalho você gostaria de fazer?
— As entrevistas de emprego que tenho marcadas são para o cargo de auxiliar em educação pré-escolar e em uma escola de ensino fundamental. — respondeu. — Mas o que eu gostaria realmente de fazer é de entrar numa faculdade e aprender a lecionar.
— Com que faixa de idade você prefere trabalhar?
— Não tenho certeza .— admitiu. — Gosto de crianças pequenas, mas sinceramente não conheço o bastante sobre crianças mais velhas ou adolescentes para saber se também gostaria dessas faixas etárias. Daí as escolhas de emprego.
— Então nunca trabalhou com crianças?
— Nunca. — Ele a ouviu se levantar. — Quer beber alguma coisa?
— Tem chá gelado?
— Açúcar ou limão?
— Só limão.
Ele ouviu os passos de Anahí se distanciarem e, então, soarem no que pareceram azulejos de uma cozinha. O apartamento dela parecia ter a mesma planta do dele, embora invertida. O tamborilar das patas de Feather alertou-o que ela acompanhara Anahí.
Era sua imaginação ou sua anfitriã sentira-se incomodada no momento em que ele perguntara sobre seu passado? Ela arranjara uma desculpa para se afastar logo depois e, certamente, não oferecera nenhuma informação sobre o que fizera antes de se mudar para Gettysburg.
Autor(a): traumayahd
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Alfonso ouviu o som de cubos de gelo e, um minuto depois, Anahí voltou com o chá. — Há algum lugar em particular que você queira que eu coloque isto? — perguntou. — Há uma mesa perto de mim? — Tem uma mesinha de canto do lado direito da sua poltrona. Você pode colocar o copo nela. Alfonso ouviu-a mover-se na ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 80
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franmarmentini Postado em 13/06/2014 - 22:16:26
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII AMIGA A HISTÓRIA FOI MARAVILHOSA...PENA QUE NÃO PUDE LER NO DIA QUE VC POSTOU... :( PQ TAVA MUITO DODOI!!!! MAS FOI MARAVILHOSA BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS E VAMOS CONSPIRAR SIM AYA É VIDAAAAAAAAAAA
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franmarmentini Postado em 13/06/2014 - 18:40:24
vixi o barraco ta feito ;(
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franmarmentini Postado em 13/06/2014 - 18:22:56
agora que vou conseguir terminar de ler.. ;(
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beatriz.lishotmail.com Postado em 13/06/2014 - 14:44:56
FOI LINDOOOOOOO, AMEEEEEEEEEEEEEEI
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franmarmentini Postado em 11/06/2014 - 17:09:52
eu tava doente...ainda to por isso só to lendo agora :(
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vanessap. Postado em 11/06/2014 - 14:42:49
Que penaa que acabou! :(( Mas foi ótima, e espero ter novas fics sua pra ler hein! haha Essa foi perfeita! *-*
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vanessap. Postado em 09/06/2014 - 00:44:03
Continuaaaa!!! Leitora nova!! *---*
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beatriz.lishotmail.com Postado em 07/06/2014 - 20:06:03
CADE TUUUU???
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beatriz.lishotmail.com Postado em 05/06/2014 - 19:27:44
não quero mais ler, to com medo
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beatriz.lishotmail.com Postado em 05/06/2014 - 19:27:17
Anw, que fofooooos