Fanfics Brasil - 5 - O Começo Contágio - O Despertar

Fanfic: Contágio - O Despertar | Tema: Magia, Terror, Mistério


Capítulo: 5 - O Começo

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Depois da moça com os cabelos brancos dizer que Annie era a salvação e com isso embaralhar sua cabeça, dois homens fortes com roupas brancas entraram na sala. Um deles empurrava uma cadeira de rodas. Annie ficou tensa.  E então a mulher resolveu explicar:


- Venha Annie, você teve alta. 


Annie permaneceu sentada na sua maca olhando a cadeira de rodas. Não sabia se podia confiar na mulher. Na verdade não sabia se podia confiar em alguém. Só queria dar o fora do lugar e procurar sua família.


- A cadeira é para você - disse a mulher seguindo o olhar de Annie - Entenda, você esteve  dormindo por muito tempo, não daria conta de andar com suas próprias pernas.


Annie levantou o olhar da cadeira para  encarar a mulher com desconfiança. 


- Vamos levar você para as suas respostas, querida -  a mulher disse em um tom de voz cansado.


Um brilho surgiu ao olhar de Annie. Ela queria repostas mas ao mesmo tempo não tinha confiança em ninguém daquela sala. Onde diabos ela estava?


- Peguem - na - disse a mulher finalmente se cansando.


Os enfermeiros pegaram Annie sem esforço nenhum. Mesmo ela lutando contra os braços dos dois. Mas ela estava extremamente magra e sem forças.


Ainda com fome.


Ainda com sede.


A mulher seguiu á frente, suas botas com salto faziam um irritante barulho no piso. Ela seguia sendo empurrada por um corredor mal iluminado. O piso e os azulejos nas paredes eram brancos. Ela passou por inúmeras portas, e se perguntou se havia pessoas na mesma situação que a dela. 


No final do corredor havia uma porta de ferro pintada de branco. A mulher dos cabelos branco bateu e uma escotilha foi aberta para que a pessoa do outro lado pudesse ver quem batia. Annie ouviu o barulho de trancas sendo destrancadas e ao abrir a porta, um enorme barulho atingiu o corredor silencioso.


Quem empurrou Annie para dentro da sala foi a mulher. Os enfermeiros ficaram no corredor terrivelmente branco.


A porta se fechou num estrondo. E o mesmo homem que abriu, agora fechava as trancas fielmente. Annie deduziu que ela era praticamente o vigia da porta. Ele vestia negro.


A sala era o oposto do corredor. Tinha luz natural e era bastante colorida. Carpete marrom, uma escrivaninha de madeira clara, estantes com vários livros e até um vaso com flores. Annie quase se sentiu em casa. Quase. 


Havia duas portas na sala. A de ferro por qual Annie tinha entrado e uma de madeira no oposto da sala. E justamente por essa porta, entrou um homem para fazer companhia as três pessoas que ali se encontravam.


Ele tinha por volta 80 anos de idade. Ou mais. Ele se sentou na cadeira por trás da escrivaninha. Milhares de rugas se formaram em volta do seu olho quando ele sorriu ao ver Annie.


Imagino que você esteja confusa - o homem começou - e com fome.


Annie assentiu.


- Ana, porque você não busca algo para Annie se alimentar? Ela dormiu por bastante tempo, seu corpo precisa se manter forte - ele disse se direcionando para a mulher com os cabelos brancos.


Claro- Ana respondeu saindo da sala pela porta de madeira.


- O que... aconteceu comigo? Onde eu estou? Que doença eu tenho?


- Tinha Annie. Você tinha. Não esta mais doente - o sorriso desapareceu do rosto do homem e ele tomou uma expressão séria - Aposto que você está confusa. Não conhece essas pessoas ou este lugar. Não sabe nem como chegou  ou por quanto tempo esta aqui, certo?


- Não...-  Annie murmurou baixo.


- Vamos por partes - o homem abriu uma das gavetas da mesa e pegou um  par de óculos -  O mundo não é mais o mesmo, Annie. E isso já faz muito tempo. Tudo o que você conheceu se foi. - ele colocou o grande óculos em seu rosto -  Tudo começou em um hospital que eu trabalha a muito tempo atrás,  ou pelo menos eu julgo ter começado. Um homem doente entrou no hospital e sem explicação nenhuma atacou uma enfermeira. Conseguimos conter o rapaz e levamos a enfermeira para se atendida imediatamente. Me chamaram para examinar o homem, já que na época eu era psiquiatra. Ele se debatia na maca, já que suas mãos e pernas tinham sido amarradas. Sua boca e pescoço continha o sangue seco da enfermeira e ele parecia estar em um estado absoluto de raiva. No começo eu tratei aquilo como um caso clínico. Só de colocar os olhos no rapaz, inúmeras definições de doenças psicológicas passaram pela minha cabeça. Eu tentava examinar o homem, mas ele só respondia á minhas perguntas com gritos. Com muita dificuldade, injetamos várias doses de tranquilizante no paciente, mas ele não cedia. Parecia ficar mais forte e irritado. E foi enquanto eu estava naquela sala tentando entender a situação, que vários gritos ecoaram no hospital. Várias pessoas correram para a origem e então nós nos deparamos com uma cena caótica. Vários pacientes, médicos e enfermeiros se encontravam no chão sangrando. Só depois fomos entender que a enfermeira mordida pelo rapaz, atacou todos da mesma forma que ele havia feito com ela - o homem fez uma pausa e olhou para o lado. Como se tudo aquilo fosse dolorido ou recente demais.


Foi a deixa para Ana entrar com uma bandeja.


Ela colocou a bandeja na escrivaninha. Havia uma tigela com um liquido que Annie julgava ser uma sopa. E um copo de água.


Annie sem pensar pegou o copo. E bebeu a água desesperadamente. Metade da aguá vazou da sua boca, deslizando e molhando seu pescoço. Mas Annie não se importou. Acabar com sua sede era a melhor sensação do mundo. Ela até começou a se sentir mais forte.


- Bom... - o homem disse - você come e eu falo.


Annie mal escutou e já foi pegando a sopa. O gosto não era do melhores, então ela fez uma careta.


- Seu estômago não está acostumado com comida sólida. É melhor começar devagar, depois de um tempo você vai comer algo melhor, querida. - disse Ana com um toque sarcástico. Annie não gostava da mulher, não gostava do tom de voz e nem como ela á chamava de `querida`. 


- Como eu ia dizendo... - o homem se virou para Annie, que tomava sua sopa desesperadamente- Nós encontramos todas aquelas pessoas feridas no hospital. Mas não encontramos a enfermeira. Fomos tratar todos e logo chamamos o governo. Já tínhamos uma suspeita de um vírus...- o homem suspirou - mas todos aqueles que foram mordidos e estavam sobre cuidados, atacaram outros da mesma forma que foram atacados. E então as coisas saíram do domínio do hospital... e o contágio começou.


Annie arregalou os olhos. Ela tinha sido atacada na rua.


- Mas não é só isso. Algumas pessoas que dormiram naquela noite, nunca mais acordaram. Eu não sei porque - o homem balançou a cabeça negativamente - mas metade da população adormeceu. Vocês sortudos adormeceram e não viram nossa guerra contra os malditos... - o homem riu sem humor nenhum - Não fazia sentido, porque vocês nunca foram mordidos. Então nós suspeitávamos que dois vírus podiam estar atacando. Um que inexplicavelmente fazia as pessoas dormirem e ficarem em quase estado de coma e outro que despertava raiva e vontade de carne humana... 


Annie colocou sua tigela na bandeja de novo.


- O governo nos tirou do caso, e todos nós ficamos de quarentena. Onde houvesse rastro de ataque, o quarteirão inteiro era fechado. Eles removiam as pessoas e tudo era queimado. Eles também pegaram as pessoas adormecidas. O governo de todos países fizeram esse pacto de pegar e prender os adormecidos. Era milhares de pessoas, nós achávamos que vocês poderiam acordar e virar um deles - o homem bufou - O corpo de vocês continuavam á viver. Isso era cientificamente impossível.


Annie encarava o homem. Ela precisava encontrar sua família. Se isso tudo tivesse acontecido, ela precisava saber se estavam bem.


- Pessoas desparecidas. Famílias inteiras destruídas. Ou alguém dormia para nunca mais acordar ou se transformava em um maldito. As pessoas ficaram fora de controle, e começaram a se revoltar com o governo. Começaram a estocar comida e remédios. Milhares se suicidaram, não aguentavam a pressão. - o homem estava inexpressível - os poderosos começaram a pegar o vírus também, e então acabou o nosso senso de governo. Não tinha mais ninguém para olhar ou lutar por nós. Era cada um por si e seu instinto de sobrevivência. 


- Minha família... - Annie sussurrou quando viu que o homem não ia continuar.


- Eu sinto muito. - o homem balançou a cabeça - há uma pequena chance de sobrevivência, não vou mentir. Mas Annie... - a voz dele falhou- mesmo que se eles estiverem vivos, eles estão mudados. Vai levar um tempo para você se acost...


- Mudados?- Annie perguntou incrédula


- Você foi uma das que adormeceu, querida. - Disse Ana.


- Por quanto tempo? - Annie perguntou para o homem ignorando Ana. Uma lágrima correu pelos seus olhos.


- Você dormiu por quarenta anos, Annie - o homem disse olhando em seus olhos - Por quarenta anos.


 


 


portinonislife:Sim, eu que escrevo e por isso ela ta saindo bem lenta HSUHSU muuuito obrigada por comentar e acompanhar, de verdade <3



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Autor(a): anne28

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

- Isso não é possível - as lágrimas corriam pelas bochechas quentes dela - Eu não posso ter dormido por quarenta anos. Eu estou...  - Jovem - Ana completou.  - Nós não podemos explicar isso Annie. - o homem disse calmamente - ainda mas eu como médico. Mi ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • portinonislife Postado em 07/06/2014 - 12:18:42

    Cade vc??? Por favor volta, estou implorando kkkkkkk Please!!! Continuaaaa!!!! *_*

  • jamily15 Postado em 04/06/2014 - 20:32:27

    Continua, necessito demais capítulos haha.. É sério continua please?

  • portinonislife Postado em 03/06/2014 - 09:53:07

    Posta mais!!! Necessito ler esta estoria. Está tão perfeita!!! Preciso de maissss *_*

  • jamily15 Postado em 02/06/2014 - 21:44:04

    Nova leitora.. Sua web é demais gostei muito :D

  • portinonislife Postado em 01/06/2014 - 17:58:41

    Posta eu nessessito de maissss. Eu estou implorando kkkkkkk por favor. Volta a postar esss perfeição *____*

  • portinonislife Postado em 26/05/2014 - 13:43:51

    Poxa! Não demora muito a postar please. Amo sua estoria *_*

  • portinonislife Postado em 25/05/2014 - 14:23:45

    *_*

  • portinonislife Postado em 24/05/2014 - 00:51:26

    Vixi. Está interesssante... Caramba! Annie está mais perdida que cego em tiroteio...haahahah Postaaaaaaaaaaaaaaaaa maiiiiiiiiiiiiiiiiiissssssssssssssssssss Ps: Separa um pouco os paragrafos, ficou muito junto... *_*

  • portinonislife Postado em 22/05/2014 - 00:26:07

    Só para não esquecer...Poste mais... Fic mais que pefeita amooooo e adoroooooo *_*

  • portinonislife Postado em 21/05/2014 - 09:36:03

    Se eu gostei? Eu amei o capitulo. Su estoria e muito perfeita viu! Fico ansiosa para ler, sem brincadeira. Estou viciadissima em sua fic. Sempre aqui para comentar.. <3 Apolcalipse, agora as coisas vão ficar muito boa. E comece a guera!!!!


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