Fanfic: Solteiro Sob Medida (vondy)

— São quase meia-noite — murmurou ela, sentindo um frio repentino.

— Eu sei.

— Está tudo bem?

Christopher pegou roupas do closet e se vestiu rapidamente.

— Sim. Nada que deva preocupá-la.

Dulce o observou, o estudando por algum momento.

— Você também não confia muito em mim, certo?

O maxilar dele estava tenso quando Christopher andou de volta até a cama. Inclinou-se e a beijou nos lábios.

— Você estará aqui quando eu voltar?

Dulce suspirou. Ela e seu marido tinham um longo caminho a percorrer. Ambos queriam aquilo que o outro não parecia disposto a dar... confiança. Todavia, após aquela noite, como ela previra mais cedo, no momento que os braços de Christopher estavam envolvidos ao seu redor e a masculinidade viril enterrada em seu interior, nada jamais seria o mesmo. Tudo mudaria. Tinha de ser assim.

Mas talvez a confiança mútua pudesse fazer parte daquela mudança.

Seu passado, seu pai.

O presente de Christopher, e para onde ele estava indo no meio da noite.

Ela assentiu antes de dizer:

— Eu estarei aqui.

E Christopher saiu do quarto.

CAPÍTULO OITO

― E melhor que haja uma boa razão para que você tenha me chamado aqui.

Numa sala bagunçada e velha, do outro lado de uma mesa gasta, o detetive McGray tirou o palito de dente da boca e dirigiu-se a Christopher e ao novo advogado, sentado ao lado dele.

— Eu não estou aqui para desperdiçar o seu tempo, sr. Uckermann, ou para tirá-lo daquela sua nova esposa bonita.

O maxilar de Christopher enrijeceu com irritação.

— O que você quer, então?

— Eu queria lhe mostrar isto.

O detetive deslizou um pedaço de papel para o outro lado da mesa. E tanto Christopher como seu novo advogado, Jerry, se inclinaram para a frente a fim de dar uma olhada.

— A carta ameaçadora que você recebeu — começou McGray — não era exatamente assim?

Christopher leu a página.

Um milhão.

Conta bancária da ilha Grand Cayman.

Uma semana para realizar o depósito.

A parte seguinte, todavia, estava bloqueada com uma fita preta, presumivelmente pela polícia, portanto Christopher não podia ver com o quê a pessoa que escrevera a carta estava ameaçando o receptor da mesma.

Ele olhou para cima.

— Sim. Parece exatamente a mesma. McGray assentiu.

— Ótimo. Obrigado. Isso é tudo.

— Isso é tudo?

— Nós precisávamos saber se a carta era igual a esta, igual à primeira. -

Christopher não entendeu.

— Por que você não me pediu que eu olhasse a carta da última vez em que estive aqui? No meio do dia?