Fanfic: Solteiro Sob Medida (vondy)

— Bem, você sabia um pouco como ele era, não sabia? — perguntouAnahí. — Antes de se casar? Quero dizer, foi isso que a fez tomar uma decisão tão rápido, certo? Descobrir que ele era um homem incrível e se apaixonar por ele?

— Certo — respondeu Dulce rapidamente. — É claro. Estou apenas dizendo que, embora eu tivesse visto o lado doce de Christopher antes do casamento, ele era tão farrista quando nós nos conhecemos que fiquei um pouco preocupada, pensando que talvez ele nunca fosse sossegar, vamos dizer assim. — Dulce parou antes que se atrapalhasse na mentira e se tornasse incoerente.

— Entendi — disse Anahí, agindo como se realmente tivesse entendido.

Maite estudou Dulce, uma preocupação revelada nos olhos acinzentados.

— Apenas tome cuidado, Dulce.

— Por quê?

— Não cometa o erro de pensar que você pode mudar um homem.

— Não vou cometer— Dulce a assegurou. — De jeito nenhum.

— Eu não estou tentando colocá-la para baixo, juro, mas é que pela experiência...

— Que experiência é esta? — perguntou Dulce, subitamente curiosa. Apesar de possuir uma personalidade extrovertida, Mai nunca fora tão aberta sobre seu passado.

Mas Maite não compartilhou nada de valor. Deu de ombros, o olhar na banheira de hidromassagem diante delas, o rosto adorável inexpressivo de repente, como se ela estivesse tentando esconder suas emoções das duas amigas.

Sem perder o ritmo da conversa, Anahí voltou ao seu assunto favorito do dia. Todavia, desta vez, surgiu com uma perspectiva totalmente nova:

— Talvez Christopher fosse um farrista que estava esperando a mulher certa aparecer.

Dulce gostou da avaliação, e sorriu.

— Acho que sim. — Espero que sim. Annie ergueu uma das mãos.

— A propósito, quero que fique registrado que foi minha a ideia de que Dulce fosse à porta dele reclamar, o que claramente a levou à felicidade e ao amor de uma vida inteira.

Maite olhou para cima e balançou a cabeça.

— Nós duas a encorajamos.

— Eu não lembro que foi assim.

— Podem parar por aí, meninas. — Sorrindo para suas amigas, Dulce tentou estabelecer paz. — Uma vez que vocês estão competindo pelo crédito da minha felicidade, eu simplesmente agradeço a você, Annie, e a você, Mai... porque, honestamente, sem um pequeno empurrãozinho, eu não estaria aqui hoje... muito feliz e apaixonada.

— Não tem de quê, Dul — replicou Maite de imediato.

— Sim, meus parabéns, garota. — E, com isso, Anahí recostou-se na poltrona e suspirou quando a massagista começou a trabalhar em seus pés.

Dulce a olhou esperançosamente.

— Então, você me perdoa por não ter respondido ao seu e-mail, certo, Annie?

Mas Anahí estava tão perdida no aroma de óleo de rosas e nas mãos mágicas de Jeanne Marie que mal registrou a pergunta. Com olhos fechados, murmurou distraída:

— Quê? Oh, sim, claro. Tanto faz.

Dulce virou-se e olhou para Maite. As duas mulheres riram da amiga, então se recostaram em suas poltronas e seguiram a liderança de Anahí.