Fanfic: Solteiro Sob Medida (vondy)

CAPÍTULO ONZE

Ele tinha uma esposa.

Ela dormia em sua cama.

E ele não via problema nisso.

Na verdade, pensou Christopher enquanto a olhava deitada com a cabeça sobre o travesseiro, sentia-se radiante sobre isso.

O sol da manhã estava subindo no céu, centímetro por centímetro, seus raios pálidos se infiltrando pelas janelas, banhando sua linda esposa. Seu pequeno anjo sexy, que descera à Terra para salvá-lo de si mesmo. E, esperançosamente, enquanto ela estava ali, ao seu lado, ele podia mimá-la, dar-lhe sua proteção e sua lealdade, e lhe oferecer o que restava de seu coração.

Dulce se mexeu e inalou profundamente,

Christopher foi tomado por uma onda de excitação. Ela estava deitada ao seu lado, nua, abraçando o lençol entre as pernas, e ele queria saber como era o gosto da pele de Dulce às 6h da manhã. Inclinando-se para a frente, beijou-a suavemente, primeiro o ombro, depois a parte superior do braço.

Os olhos de Dulce se abriram. Ela piscou, tentando registrar onde se encontrava e o que estava lhe acontecendo. No instante em que viu Christopher, sua visão se clareou e ela sorriu.

— Bom dia.

Christopher se aproximou mais, deitando-se de lado, de frente para ela, os narizes dos dois quase se tocando.

— Ei. — Ele lhe roçou o nariz com o seu.

— Dormiu bem?

— Muito bem. E você?

— Maravilhosamente. — Ela estendeu um dos braços e tocou-lhe o rosto. — Ei, meu príncipe encantado.

Ele riu.

— Fale.

— Obrigada.

— Pelo quê?

Dulce envolveu uma perna ao redor da cintura dele e puxou-o ainda para mais perto.

— Eu fui à casa de minha mãe ontem à noite, e tive uma refeição adorável com ela e Wanda... e a garçonete.

— Que garçonete?

— Ora, a moça que leva e serve os jantares que você encomendou.

Christopher riu.

— Não foi nada demais. Blanca deveria ter todo conforto. — Assim como você, pensou ele, trilhando uma mão sobre a coxa dela. — Oh, eu me esqueci de mencionar uma coisa sobre sua mãe.

— O quê? — perguntou Dulce, preguiçosamente.

— Fui visitá-la outro dia, durante meu horário de almoço. Não lhe contei antes porque achei que você pudesse se sentir mal sobre isso.

Dulce apoiou-se sobre um cotovelo.

— Porquê?

— Com seu novo emprego, sei que você não tem tempo de ir lá tanto quanto costumava ir, e eu não queria que se sentisse pressionada a visitá-la mais porque eu fui. Tenho certeza de que você está trabalhando durante o horário de almoço também, não está?

Ela assentiu.

— Eu gostaria de continuar visitando-a, se você não se importar.

— Importar-me? Você é louco ou apenas — Dulce inclinou-se e o beijou — totalmente incrível? — Ela o empurrou de costas na cama e subiu nele. — Ou ambas as coisas?

— O que sou no momento — murmurou ele com voz rouca de desejo — um homem muito feliz por tê-la sentada em cima de mim.

Dulce sorriu, claramente sentindo a extensão rígida contra suas nádegas.

— Estou num enorme apuro aqui.

— Que ótimo jeito de alimentar meu ego, querida.

 Ela fez uma careta.

— Você é bom em interpretar as palavras da maneira que lhe convém, não é?

— Isso eu sou. — Christopher riu. — Quero dizer, ora, eu sou homem. — Notando que ela não estava rindo, perguntou: — Você está bem, querida?

— Eu quero você, Christopher.

— Ótimo — ele a tranqüilizou.

— Não é a sexo que me refiro agora. Eu quero você. Não apenas por um ano. — Dulce liberou uma respiração trêmula, olhando para o teto por um segundo. — Deus, eu sou horrível nisto.

Calor envolveu o corpo e o coração de Christopher.

— Você está indo muito bem.

Os olhos castanhos brilhavam enquanto ela o fitava, parecendo tão vulnerável quanto uma criança.

— Eu quero isto, você e nosso casamento.

Christopher refletiu. Não sabia o que dizer ou como se sentia.