Fanfic: Descobrindo o amor

Lembrando....Partes do Christopher =Azul

E agora eu estava indo para a casa da Dulce fazer um trabalho de matemática. Eu parecia estar em um mundo paralelo.Eu não era mais o mesmo.Ate os meus amigos tinham dito isso.Eu estudando?Umpft.Até parece.

Era o que eu diria ontem de manhã antes de tropeçar na ruiva baixinha no corredor.Cristian disse que isso era amor.

“o amor faz milagres”ele dissera quando eu entrei na segunda aula  pela primeira vez em um mês.

Amor?Impossível.

Tudo bem,eu achava ela bonitinha,gostava de conversar com ela,de estar com ela mas daí a amor?”Nada a ver”,eu disse para Cristian.

Eu nunca tinha amado alguém na vida.Não de verdade.Minha irmã Angelique sempre me disse que a minha aura era fechada e egoísta por isso eu não conseguia amar ninguém.Mas com Dulce...era diferente.Eu gostava dela sim,mas Amor?Amar não era uma das minhas muitas qualidades.

-Estamos chegando. -ela disse rompendo o silencio que dominou o caminho todo para a casa dela.ela olhou para a entrada da garagem como se procurasse por alguma coisa e depois suspirou aliviada.-Minha mãe e  o pirralho ainda não chegaram.

-Pirralho?                                                                

-E assim que eu chamo meu irmão,sabe um apelido carinhoso.

-Nossa!Quanto carinho. -eu disse estacionado o carro na frente da casa dela.

-Bom vamos entrar.-ela disse com um que de nervosismo na voz.

-Vamos.

Nós descemos do carro e caminhamos ate a entrada da casa.Era uma casa nem muito grande e nem muito pequena,inteira branca.Ela se atrapalhou com as chaves na hora de abrir a porta.

-Bom é...senta aqui na sala eu vou ver se tem alguma coisa pra gente comer....-ela tropeçou em alguma coisa

-Cuidado.-eu disse segurando-a antes que ela caísse no chão.Nossos rostos Ficaram há apenas alguns centímetros.Eu tive uma vontade incontrolável de beija-la.-Você sempre caindo.

-Dessa vez a culpa não foi minha, foi do meu irmão.-ela disse chutando alguma coisa-Eu sempre digo pra ela guardar  o maldito skate.

-Hei. Ele tem um skate!Eu adoro andar de skate acho que eu vou me dar bem com ele.

Ela bufou e foi para outro lugar,provavelmente a cozinha.E a segui.

-Quantos anos ele tem?-eu disse entrando na cozinha pequena porem aconchegante-

-10.-ela disse mexendo na geladeira.-Eu acho melhor a gente comer alguma coisa antes de começar,gosta de lasanha?

-Eu adoro lasanha.

-Que bom porque é a única coisa que tem na geladeira.-ela disse rindo.Ela colocou  a lasanha no microondas,pegou dois pratos e os talheres e colocou na mesa..

Comemos em silencio. Ela parecia estar muito nervosa com alguma coisa. Ela estava vermelha o tempo todo.

Eu a ajudei a lavar os pratos quando terminamos de comer.

-acho melhor a gente estudar na sala.Eu vou pegar uns livros que podem ajudar.se você quiser ir indo para a sala.-ela disse indo em direção a um corredor.

Eu voltei para sala e esperei.

Me sentei no sofá branco no meio da sala e fechei os olhos.Cristian tinha razão.Eu não estava bem.Eu ia mesmo estudar?Se esse era o único jeito de me aproximar dela sim,eu ia estudar.

Me senti em um mundo paralelo pela segunda vez no dia.

-Aqui,são esses.-ela disse entrando na sala com uma pilha de uns nove livros.O que?Eu não me lembrava de ter tido que comprar tantos livros de matemática.Nem em toda a minha vida acadêmica.

Senti a minha boca se abrir.

-Esses livros são meus.Ajudam bastante.-ela disse colocando a pilha na mesinha de centro.

O que? Aquilo só piorava.Os livros eram dela e não da escola?Quem em sã consciência gastaria dinheiro comprando livros de matemática por prazer e não por obrigação?

Dulce.

O nível de nerdisse dela era mil vezes mais alto do que qualquer nerd que eu já tinha conhecido na vida.

-Esses livros são seus?Quer dizer você comprou por que quis?-eu disse não conseguindo me conter.

-Sim,por que?-Ela disse se sentando no sofá.-O quem tem de errado?

-Quer dizer,você gastou o seu dinheiro comprando livros de matemática enquanto você podia ter comprado outras coisas muito melhores?

-Eu gastei por que eu gosto.Para  mim é uma coisa normal.

Estava bem claro que a minha definição de normal era muito diferente da dela.

-Tá bom,eu só achei meio diferente só isso.-ela abaixou a cabeça.A minha reação devia te- la magoado.-Mas totalmente normal.-eu completei.-ela sorriu da minha tentativa de consertar a situação.

Seu sorriso era lindo.Como era a palavra mesmo?Angelical. Eu aproximei o meu rosto do dela lentamente. Nunca na vida eu quisera tanto beijar uma garota.

Ela afastou o rosto do meu.

E nunca na vida tivera sido tão difícil beijar uma garota.

-Aqui.-ela disse colocando um dos livros na minha mão.Ela estava vermelha de novo.Eu a deixava nervosa.Isso era bom.-O segundo exercício.Tem um parecido com ele nesse livro.Acho que no capitulo 5.-ela pegou o livro da minha mão.-é eu sabia que tinha.-ela pareceu estar falando sozinha.

Dulce amarrou os cabelos vermelhos em um coque. Ajeitou os óculos e começou a escrever freneticamente na folha de exercícios.

-O que essa professora acha?Exercícios como esse não tem nem graça de fazer-ela murmurou enquanto escrevia na folha.Acho que ela tinha esquecido que eu estava ali.

-Hum hum.-eu fiz tentando chamar a atenção dela.-eu pensei que era pra ser feito em dupla.

-Ah.Desculpe.Eu...desculpe.-ela disse levantando a cabeça para me olhar.-Dupla.É claro.-ela passou a folha para mim.

-Sabe,você precisa relaxar um pouco.-eu disse.-Só pra variar as vezes.

Ela sorriu.E mais uma vez a vontade incontrolável de chegar mais perto dela tomou conta de mim.Ela era linda.Linda de um jeito só dela.Meu coração bateu mais rápido.

Eu não resisti e passei levemente a mão no rosto dela,pero da sua boca.

-Estava sujo,aqui.-eu disse para disfarçar.

Nisso a porta se abriu.Dulce pulou para longe de mim.Uma mulher de mais ou menos uns trinta anos entrou na casa com um garotinho ao lado dela.

A mãe e o irmão dela.

-Ah.Vocês já chegaram.Eu tentei sair mais cedo pra fazer o almoço pra vocês mas não consegui.-a mãe dela era muito bonita.não me levem a mal mas ela era bonita mesmo.

Dulce revirou os olhos.

-Não precisa nós já almoçamos.-ela disse.

-voce não me apresenta o seu amigo,querida?

-Ah,é claro esse é o Christopher

-Eu sou Ninel.-a mãe dela disse apertando a minha mão.-E esse é o Gabriel.Da oi pro amigo da Dulce,filho.

-Oi.- o menininho disse sem vontade.

-Oi.-eu disse.

-você é filho do Vitor Uckermam?Ele já atendeu o Gabriel no hospital uma vez.

-É eu sou. -Meu pai era um dos unicos médicos decentes da cidade.

-Mãe,a gente tava estudando.-disse Dulce.

-Ah.Eu não vou mais atrapalhar vocês.Mais tarde eu trago um lanchinho ou coisa assim.

Eu tossi para não rir.

-Vamos,Gabriel.Deixa os dois estudarem em paz-ela disse dando um grande sorriso.Depois ela saiu da sala.

-Desculpe por isso.minha mãe...é meio...diferente.

-Tudo bem.Eu gostei dela.

O menino,Gabriel continuou na sala olhando fixamente na minha direção e depois para Dulce, na minha direção e na de Dulce,umas três vezes.

-O que foi pirralho?Seu cérebro pifou de vez?-ela era totalmente diferente com ele.Até fiquei com dó do menino.

-Você-ele disse apontando para ela-e ele-ele apontou para mim.-Vocês...dois.-ele fez uma cara de nojo.-Vocês tão namorando?Hahahahahaha-ele colocou a mão na barriga e começou a rir.Dulce estava tão vermelha que parecia que ia explodir.-A Dulce ta namorando! A Dulce ta namorando! A Dulce ta namorando! A Dulce ta namorando!-ele começou a cantarolar.

-Cala boca seu,seu eu vou te matar!-ela disse se levantando e começando a correr atrás dele.

-Eu acho que eu vou vomitar!-Gabriel disse.-A Dulce desencalhou!

-Hurg!-grunhiu Dulce ainda correndo atrás dele.-Eu te odeio seu moleque!

-Cara,você é muito corajoso.-ele disse olhando para mim.-Ela é muito esquisita.

-Agora chega!Eu vou te matar!-ela gritou avançando em cima do menino.

-Dulce,Dulce.Calma.Ele só ta brincando.-eu disse segurando ela pelo braço.

- A Dulce ta namorando! A Dulce ta namorando!-ele continuou cantarolando enquanto corria da sala.

-Calma,Dulce.-ela se soltou o braço e afundou no sofá.

-Ai,que vergonha.-ela disse colocando o rosto entre as mãos e abaixando a cabeça-Agora sim é que você deve achar que eu sou maluca.

-Não,agora sim eu sei que você é normal.foi uma reação de uma pessoa normal,não de uma super-gênia da ciência.

Ela sorriu e levantou o rosto.

-Me desculpe.Por tudo.Você é muito legal,eu sempre te achei um chato convencido mas,você é tudo menos isso.-ela disse.

-Tudo bem.Eu sempre te achei um pouco histérica,continuo te achando.-ela riu.-Mas por trás dessa mascara de estudante incansável tem uma garota muito legal,que eu adorei conhecer.-ela sorriu e olhou para o chão.

-Desculpe,meu irmão é um burro.Só fala besteiras.

-Eu não achei que ele falou besteiras-eu disse sem pensar.-Quer dizer você é muito bonita.Qualquer um podia querer namorar com você.-eu a olhei profundamente nos olhos.ela corou.

-Acho melhor a gente continuar com...o trabalho.-ela disse puxando o livro e as folhas.

-Claro,trabalho.-eu disse me dando por vencido.Aquela não era a hora certa nem o lugar certo,mas eu podia sentir que estava cada vez mais perto o dia em que eu beijaria aquela adorável e irresistível garota.