Fanfic: Descobrindo o amor

Eu ainda não acreditava que estava indo para a casa de carona com Christopher.Era...surreal.Essa era a palavra certa,surreal .Inacreditável,inimaginável.Eu deveria ter batido a cabeça quando eu cai no corredor.eu com certeza estava maluca.Tendo alucinações.
-Ta tudo bem com você?você ta tão quieta.
-Tudo bem. –eu balancei a cabeça.Uma alucinação não teria uma voz tão perfeita.
-A sua casa fica aonde?
-A umas três quadras daqui,a esquerda.
-Não é muito longe.
-É.
-então,você morava na capital?
-é ,morava
-E porque você se mudou pra cá?Não querendo me intrometer..é claro.
-Não tudo bem-eu disse. Estava se tornando mais fácil conversar com ele a cada minuto. -Eu me mudei porque minha mãe foi transferida no emprego dela,pra cá-eu fiz uma careta.
-Você não parece muito feliz aqui.
-Não me leve a mal é que...eu sinto muita falta da Cidade do México.Eu nasci lá,eu morei lá a vida inteira.
-é uma cidade muito linda né?Eu só fui lá uma vez quando eu era pequeno com o meu pai.
-É,perfeita,todos os prédios , as luzes e o movimento!
-Totalmente diferente daqui. Deve estar sendo muito chato pra você morar aqui.
-Eu já estou me acostumando. Também é só ate o começo do ano que vem.
-Por quê?Você vai embora ano que vem? -ele disse sério parando de olhar para a estrada e virando o rosto pra mim.
-Minha mãe ainda não sabe,mas eu vou voltar pra capital.A faculdade que eu quero estudar é lá.
-O que você quer fazer?
-Jornalismo. Eu adoro escrever. Bom também em física que eu adoro ou então matemática,é eu adoraria fazer matemática.-ele me olhou espantado.
-Você ainda não tem dezoito, tem?
O interrogatório não acabava nunca.
-Não,eu vou fazer mês que vem.
No dia do maldito baile.Ah que ótimo.
-Ah-ele disse olhando fixamente para a estrada.
Seguiram se alguns segundos de silencio constrangedor.
E então de repente ele perguntou:
-Você tem namorado?
O que?Como ele achava que EU ia ter namorado.Quase nenhum garoto tinha olhado pra mim.E quando tinha olhado,eu não quis nada.
-Não.-eu disse escondendo meu rosto atrás do cabelo.
Ele pareceu sorrir.
Eu enxerguei a casa colonial branca do lado esquerdo da rua e suspirei.Tinha sido tão rápido!
-A minha casa é aquela ali,branca.-eu disse apontando.
Ele parou no meio fio em frente da minha casa.Graças a Deus que minha estava trabalhando,porque senão ela faria um carnaval porque pela primeira vez na vida um garoto tinha me levado em casa.
-Obrigada-Eu disse olhando para o para -brisa –Você não precisava ter me trazido,eu só te dei trabalho.
-Não foi nada,é caminho da minha casa.
Eu abri a porta e ele me segurou pelo braço.
-Até amanhã.-ele disse,depois me beijou nos rosto.Eu me segurei para não ter um ataque.
-Até...amanhã.-eu disse me esquecendo das palavras.
Desci, praticamente me arrastei do carro,meio tonta.Bati a porta com mais força do que era necessário para fechá-la.
Fiquei parada feito uma idiota vendo o carro dele sumir na estrada.Ele parecia estar rindo quando foi embora.Sim,com certeza rindo de mim.
Já era demais querer que ele não risse das minhas idiotices.
Entrei em casa.tudo estava quieto.Ótimo, eu queria ficar sozinha mesmo.Eu precisava pensar.
Corri para o meu quarto deixei os livros em cima da escrivaninha e me joguei na minha cama.eu ainda não acreditava no que tinha acontecido.Era como se tudo tivesse mudado na vida.Eu não me sentia a mesma garota nerd que tinha ido para a escola mais cedo,eu me sentia...estranhamente feliz.Sim,feliz.
Eu suspirei.
Mas eu não devia me iludir que ele tinha realmente gostado de mim,não.Ele só tinha sido gentil com esquisita desajeitada.Só isso.Nada mais.Eu queria me convencer disso,mas como explicar isso para o meu coração que agora batia cada vez mais rápido quanto mais eu pensava nele.
O celular tocou me tirando dos meus pensamentos.