Fanfic: Paraíso Proibido (Vondy) | Tema: Hot

Narrado por Dulce.

Eu não entendi nada o porque Ucker me chamou pra conversar. Talvez ele só quizesse me acalmar pra livrar a barra do amigo dele. Suspirei e continuei a caminhar com Ucker até a rua de cima. Foi aí que eu percebi que Ucker talvez já soubesse disso. Porque como ele ficou tão calmo sabendo que Poncho tava ficando com Bianca, sendo que ela também é a prima dele? E se ele sabia e não me contou que a minha irmã tava se envolvendo com aquele cret/ino do Poncho, eu vou ficar muito pu/ta. Ele é meu namorado e primo dela, ou seja, ele tinha a obrigação de me contar tudo o que acontece com a minha irmã.

- Dul, eu... - ele começou, mas eu o interrompi.

- Só me diz uma coisa, Ucker. - suspirei, o olhando - Você sabia que Poncho e Bianca tavam ficando? - perguntei, indo direto ao ponto.

- Sabia. - ele respondeu, suspirando.

Então ele realmente sabia! Cara, como o Ucker pode esconder isso de mim?

- Você não podia esconder isso de mim. - falei, negando com a cabeça.

- Eu sei que eu errei. - Ucker me olhou, se aproximando de mim - Por isso que eu te chamei aqui pra contar todo o resto. - ele suspirou, me olhando.

Todo o resto? Do quê ele ta falando?

- Como assim todo o resto? - perguntei, sem entender.

- Acontece que além da Bianca estar ficando com o Poncho, ela também começou a fumar. - ele falou e eu arregalei os olhos.

- Fumando? A minha irmãzinha começou a fumar cigarro? É isso? - perguntei, sem acreditar.

- Cigarro não, Dul. - Ucker respondeu, negando com a cabeça - Ela começou a fumar mac/onha. - ele completou, fazendo eu sentar na calçada sem acreditar no que eu tinha ouvido.

É sério isso? A minha irmãzinha caçula fumando maco/nha? Eu não acredito que aquela garotinha que vía cinderela comigo se tornou uma drogada. Não, isso não é possível.

- Diz que é mentira, Ucker... - sussurei, completamente em choque.

- Não é, gata. - Ucker suspirou, tocando no meu ombro - Eu sei que eu devia ter te contado bem antes, mas... - ele tentou se explicar, mas eu interrompi.

- NÃO TENTA SE EXPLICAR! - gritei, me levantando e olhando pra ele - Ela também é sua prima, Ucker. Como você deixou ela se tornar uma drogada de mer/da? - perguntei, incredúla.

- Eu sei que eu devia ter te contado, mas por/ra Dul, drogada de mer/da também não... - Ele negou com a cabeça, olhando de lado - A erva nem é dro/ga direito, eu sei disso porque eu uso e... - Eu não acredito que eu ouvi isso. É sério que Ucker falou que maco/nha nem é droga? E é sério que ele falou que ele usa? Eu podia pensar qualquer coisa de Ucker, mas eu nunca pensei que ele fosse um drogado. É isso, eu tava namorando um drogado. E eu tava mesmo, porque depois disso que eu ouvi, eu não quero mais ver esse garoto nem pintado de ouro! Nossa, como eu fui burra, cara! Sem contar que foi por causa de uma mal/dita festa que Ucker me chamou pra ir que Bianca conheceu Poncho, se tornando outra drogada. Eu não consigo acreditar!

- SAÍ DA MINHA FRENTE! - passei por Ucker, irritada.

- Não faz assim, Dul, deixa eu me explicar... - Ucker falou, segurando o meu braço.

- ME LARGA! - o olhei, me afastando dele - E não me procura mais! - falei, séria.

- O que você quer dizer com isso? - ele perguntou, sem entender.

- QUE ACABOU! - gritei, olhando pra ele.

- Porque? - ele me olhou, sem acreditar.

- Porque você não é quem eu achava que era. - o olhei, já começando a cair lágrimas nos meus olhos - Eu nunca pensei que você fosse um drogado e eu nunca pensei que você ia esconder de mim que a minha irmã caçula tava se tornando outra drogada. - falei, olhando pra ele.

- Eu nunca te disse que era santo. - ele rebateu, começando a cair lágrimas dos olhos dele também.

- O pior é que eu sei disso... - Sussurei, me virando pra sair dalí, mas Ucker me puxou com tudo. Olhei pra ele, pronta para empurrá-lo, mas ele me beijou. Eu até tentei empurrá-lo durante o beijo, mas ele era bem mais forte que eu e não deixou. Só que uma hora o beijo tinha que acabar. E quando acabasse, ele ia ver que eu não estava brincando.

- EU JÁ DISSE QUE ACABOU! - Gritei, o empurrando e dando um tapa na cara dele. Ucker ao sentir o meu tapa, me encarou por vários segundos, parecendo que não tinha acreditado no que eu tinha feito. Olhei pra ele por mais um segundo, antes de me virar e ir em direção a outra rua para buscar a minha irmã. Eu até achei que ele ia me impedir de novo, mas isso não aconteceu. Suspirei, secando as lágrimas que caíam no meu rosto e continuei a andar até a outra rua.