Fanfic: Paraíso Proibido (Vondy) | Tema: Hot

Narrado por Dulce.

Ficamos a viagem inteira em silêncio. As meninas porque realmente não sabiam o que dizer, a pirralha porque se abrisse a boca ia tomar outra bronca e eu porque tava realmente triste. O pior é que a viagem inteira, eu pensei nele. Droga, Dulce María! Você não pode pensar nele! Ele é um vagab/undo e você sabe que é melhor assim. Bufei, quando ouvi o chofer da May dizer que já haviamos chegado. Me despedi de May e Any para depois sair do carro junto com Bianca, indo em direção a minha casa. Ao entrar em casa, subi as escadas acompanhada da minha irmã, quando percebi que ela acelerou os passos para entrar no quarto dela, querendo evitar conversar comigo. Só que antes que ela entrasse lá, eu a segurei.

- Onde pensa que você vai? - perguntei, segurando o braço dela - Eu falei que a gente ia conversar quando chegasse em casa. - a olhei, séria.

- Dul, você não é a mamãe pra me dar lição de moral. - ela rebateu, se soltando de mim.

- Sorte sua que eu não sou, porque se ela soubesse o que você fez... - falei, bufando.

- Como assim? - ela levantou as sombrancelhas, sem entender.

- Eu já sei de tudo, pirralha! - bufei, a olhando.

- Tudo o quê? - ela perguntou, assustada.

- Que além de você ficar com o Poncho, ainda se tornou uma drogada de mer/da! - falei, tentando não gritar para não chamar a atenção do restante da casa.

- Eu não sou uma drogada de mer/da! - ela retrucou, depois de um tempo calada.

- Não, é? - dei uma risada irônica - É o quê, então? - perguntei, negando com a cabeça.

- Só sei que não sou uma drogada de mer/da. - ela respondeu, me encarando.

- Pra mim é. - rebati, séria - Você tem tudo! Porque começou a fumar mac/onha? - a olhei, sem entender.

- Porque eu quis! - Bianca bufou, me olhando - Que dro/ga, Dul, para com esse sermão! - ela pediu, revirando os olhos.

- Não acredito que você ta agindo assim. - a olhei, irritada.

- Eu que não acredito que você faz tempestade em copo d`água! - ela retrucou, me olhando.

- Tempestade em copo d`água? - perguntei, sem acreditar que ela tinha dito isso.

- Isso mesmo, porque eu sei que você terminou com o Ucker por causa dessa bobagem! - ela me olhou, bufando.

- Bobagem? Cala a boca! - mandei, começando a me irritar de verdade.

- É bobagem sim. - Bianca continuou, me olhando - Você não pode julgar o nosso primo por ele fazer uma coisa que você não gosta! - ela completou, séria.

- Você não tem direito nenhum de me criticar por causa disso! - a olhei, bufando.

- Eu tenho sim, porque você não devia ter deixado o cara que você ama por uma bobagem. - ela falou, me olhando.

- Não é bobagem, eu deixei o cara que eu amo porque ele não me contou a mer/da que a minha irmã caçula tava fazendo! - rebati, irritada.

- Se ele não te contou antes, é porque ele achou que fumar é normal. - ela falou, me olhando.

- Não é normal, Bianca. - neguei com a cabeça, a olhando - Fumar maco/nha não é normal. - completei, séria.

- Pra você! - Ela rebateu, me olhando - Porque pra mim é normal, pra Ucker, pra Poncho e para o restante do pessoal é também. - Bianca me olhou, bufando - Só você que fica agindo como se fossemos delinquentes e é por causa desse seu preconceito besta que você perdeu o nosso prim... - Ela ia falar que eu perdi Ucker por causa disso, mas eu interrompi a frase dela, acertando um tapa com as costas da mão na cara dela. Na mesma hora os olhos dela se enxeram de lágrimas. Eu nunca tinha batido nela, porque ela sempre foi minha irmãzinha caçula que eu mimava e protegia, então ela realmente se surpreendeu com o tapa.

- Bianca, me desculp... - Eu ia pedir desculpas, mas ela saiu correndo pro quarto dela, batendo a porta com tudo.

Que dro/ga! Eu não devia ter batido nela! Eu sei que ela tava errada, mas isso só fez eu piorar as coisas. O quê eu faço agora? Contar pra minha mãe não vai adiantar nada, se eu contar para meu pai provavelmente ele não vai acreditar... O pior é que ela não mostrou nenhum arrependimento de ter usado. Que ódio de Ucker! Como ele deixou minha irmã se viciar desse jeito? O problema é que quanto mais eu sinto ódio de Ucker, mais eu sinto saudades dele. E isso é porque não passou nem duas horas desde que terminamos.