Fanfic: Paraíso Proibido (Vondy) | Tema: Hot

Narrado por Ucker.

Odeio quando minha mãe vem com essa história do Victor. Depois de tudo o que ele fez, ela ainda quer ter contato com aquele filho da pu/ta? Sério, eu juro que não entendo! Suspirei, colocando o skate no chão e subi encima dele, dando um impulso com uma perna e começando a andar. Foi quando vi uma garota sendo jogada no chão por um cara. Por/ra, essa garota era a Bruna. Pulei do skate na hora e fui em direção ao cara, empurrando ele pra longe dela e acertando um soco na cara dele.

- UCKER, NÃO FAZ ISSO! - Bruna gritou, tentando levantar - É meu pai. - ela completou, conseguindo se levantar e sentando na calçada.

Paralisei na hora. Eu já sabia que rolava isso entre o pai dela e ela, porque ela sempre me contava quando éramos mais novos, mas eu nunca vi isso pessoalmente. Bufei, olhando para o pai dela no chão e ele parecia que tinha apagado com o meu soco. Ainda bem, porque se não ele ia apanhar até apagar.

- Porque você convive com isso? - perguntei, tentando me acalmar e sentando ao lado dela.

- Ucker, eu só tenho 16 anos, dá última vez que fugi o velho me achou. - ela suspirou - Vou ter que aturar isso até eu fazer 18 anos. - ela completou, abaixando a cabeça.

- Claro que não, você pode denunciar ele. - sugeri, a olhando.

- Não dá, porque aí vou para um orfanato e com certeza vai ser pior que aqui. - ela negou com a cabeça, me olhando.

- É, eu não tinha pensado nisso. - admiti, suspirando - Mas você não pode ficar assim, Bruninha, olha o que ele fez com você.- passei levemente a mão no rosto dela, vendo uma marca na sua bochecha.

- Eu não posso fazer nada, Ucker. A minha mãe morreu, eu infelizmente só tenho ele. - ela falou, me olhando.

- Você tem a mim. - olhei pra ela - Quer dizer, somos amigos, você sabe. - completei, ainda olhando pra ela.

- Não como antes, né? - ela me olhou, parecendo chateada.

É, não como antes. Mas eu realmente gostaria que fosse como antes. Por/ra, eu fiquei três anos no reformatório, é claro que a gente se afastou. Só que eu não quero isso. A Bruna sempre foi minha melhor amiga, sempre me ajudou quando eu precisei, por/ra essa mina é como se fosse uma irmã pra mim.

- Por/ra, Bruninha, eu sei que a gente se afastou, mas eu quero que tudo volte a ser como era antes. - falei, olhando pra ela na sinceridade.

- O problema é que agora tem uma ruiva no caminho. - ela me olhou, se referindo a Dul.

- A Dul não tem nada a ver com a nossa amizade. Ela é outro lance. - falei, olhando pra ela, sério.

- Hoje eu fui te ver... - ela começou - Porque eu tava com problemas com o velho, aí fui te pedir uma ajuda e ela tava lá. - ela me olhou, mordendo o lábio.

- Porque você não me disse isso naquela hora? - perguntei, olhando pra ela - Quando eu te perguntei o que era, você não me disse nada. - falei, negando com a cabeça.

- Eu não ia contar dos meus problemas na frente da ruiva, né Ucker? - ela revirou os olhos e me olhou.

- Foi mal, Bruninha, mas sério dá próxima vez que você tiver problema me diz, que eu vou, não importa com quem eu esteja. - falei, olhando pra ela, sério.

- Você jura, Ucker? - ela perguntou, abrindo um sorriso.

- Claro que sim, mano, tu é como se fosse minha irmã. - olhei pra ela, sorrindo - Tenho que te proteger. - rí, puxando ela pra um abraço.

- Irmãos não transam. - ela ríu, me olhando.

- Somos irmãos diferentes. - pisquei, a olhando - Eu sei que mandei mal contigo, por causa da Dul, mas eu quero reparar isso. - falei, olhando pra ela.

- Como assim reparar? - ela perguntou, sem entender.

- Vamos fumar um baseado lá no meu quarto como nos velhos tempos. - falei, levantando e olhando pra ela.

- Mas e se o velho acordar? - ouvi ela dizer nervosa, enquanto eu ia pegar o meu skate que tava do outro lado da rua - Eu sei que ele ta bebado, mas se ele acordar e eu não tiver aí, ele vai me matar. - ela continuou, parecendo que tava com medo.

- Com o soco que eu dei nele, ele só acorda amanhã e provalmente nem vai lembrar. - respondi, dando de ombros e ajeitando o skate embaixo do braço.

- Então acho que não é má idéia. - ela sorriu de leve - To precisando esquecer dos meus problemas mesmo. - ela fez uma careta.

- Demoro, Collins, então vamos lá. - sorri, indo na direção dela e dando a mão que estava livre para ela segurar.

- Vamos lá, Uckermann. - ela pegou na minha mão e levantou, já eu passei o braço envolta do pescoço dela e fui andando com ela na rua, em direção a minha casa.