Fanfic: Paraíso Proibido (Vondy) | Tema: Hot

Narrado por Dulce.

Eu ainda estava com a imagem de Ucker na minha cabeça, quando May me falou que já tinha pegado o óculos de sol dela. Assim, voltamos caminhando para onde estavamos e encontramos Any sentada, observando Guigo surfar. Quando sentamos ao lado dela, ela contou que encontrou Ucker, Chris, Poncho e Bianca. Os três primeiros não era surpresa, mas em relação a minha irmã era. O que será que ela tava fazendo com eles? Perguntei isso a Any e ela disse que Bianca encontrou eles por acaso. Estranhei, mas não questionei. Depois disso, a tarde se passou rapidamente e logo fomos embora. Ao chegar em casa, eu tava ainda mais desanimada, ainda mais por causa do meu encontro com Ucker. A gente ficou frente a frente e ele não falou nada. Nem mesmo uma palavra. Devo confessar que isso me deixou um pouco chateada. Suspirei, subindo as escadas e fui para o meu quarto. Deitei na minha cama e acho que acabei cochilando, de biquíni e tudo. Um tempo depois acordei e levantei, me espreguiçando ao lado da minha cama. Quando eu ia em direção ao banheiro, ouvi um barulho de uma pedrinha na minha janela. Com certeza era algúm pen/telho, querendo zoar, jogando pedrinha na janela dos outros. Bufei, indo até a janela, xingar quem quer que fosse, quando vi Ucker parado lá. Porque ele estava aqui? Ucker ia jogar mais uma pedrinha, quando me viu o olhando. Ele sorriu ao me ver e se aproximou ainda mais da minha janela, já eu o olhei completamente confusa. Eu realmente não entendo porque ele está aqui, mas agora eu vou descobrir.

- O que você ta fazendo aqui, Ucker? - perguntei, sem entender.

- Procurei me manter afastado... - ele começou - Mas você me conhece, faço tudo errado, tudo errado. - Ucker completou, me olhando.

- Ucker... - suspirei, sem saber o que dizer.

- Não fala nada, princesa. - Ucker me olhou - Só me ajuda a subir aí. - ele pediu, dando um sorrisinho.

Subir? Eu me declaro pra Ucker e ele praticamente me manda embora. Agora ele vem aqui do nada, me ignora na praia, não me procura nas 2 últimas semanas que se passaram e mesmo assim quer que eu ajude ele a subir? Ucker está pensando que eu sou o quê?

- Subir? - perguntei, levantando as sombrancelhas.

- É, gata. - ele acentiu, sorrindo.

- Você não vai subir. - bufei, o olhando.

- Porque não? - ele perguntou, sem entender.

- Porque eu não quero. - respondi, simplesmente.

- Você é muito marrenta mesmo. - ele ríu, me olhando.

- E você é um idiota. - rebati, o olhando.

- Eu adoro quando você fica brava, sabia? - ele mordeu o lábio, rindo.

- É? Mas eu acho que eu não te perguntei nada. - o olhei, bufando.

- Você trocou a ferradura hoje, marrentinha? - ele perguntou, soltando uma gargalhada.

Ucker estava se divertindo com a situação. Com certeza ele acha que eu não to falando sério e ainda por cima me chama de cavala. Ele realmente é um completo idiota. Mas eu vou provar que não estou brincando.

- Não adianta você fazer piada. - o olhei, séria - Você não vai subir. Tchau. - falei, grossa, fechando a minha janela novamente.

Porque ele adora ficar brincando com a minha cara? Que raiva! Sentei na minha cama e até pensei que ele ia desistir, mas não. Ucker não é do tipo que desiste. Confirmei isso, quando ouvi um barulho de outra pedrinha na janela. Tentei ignorar, mas não dava. Bufei, indo até a janela e abri ela novamente.

- Até que enfim! - ele ríu, me olhando.

- Vai embora, Ucker... - pedi, o olhando.

- Eu não vou, só vou sair daqui, quando a gente conversar. - ele me olhou, parecendo que estava falando muito sério.

- Mas eu não quero conversar com você. - falei, começando a me irritar.

- Você quer sim! - ele rebateu, sério - Eu sei que você só ta me mandando embora porque é uma marrenta do cara/lho. - ele falou, me olhando.

- Você ta errado! - bufei, mas no fundo eu sabia que as palavras dele tinham um fundo de verdade.

- Se eu to, não importa. - ele deu de ombros - A única coisa que importa é que você vai me ajudar a subir e vamos conversar. - Ucker me olhou, querendo dar uma de mandão.

- Eu já disse que você não vai subir. - falei, irritada.

- Se você não me ajudar a subir, eu entro nessa casa pela porta da frente e conto tudo o que rolou entre a gente para a sua mãe e seu pai. - ele falou e eu fiquei com medo disso - Você não quer isso, né? - ele perguntou com um sorriso irônico.

- Agora você ta jogando sujo. - o olhei, sem acreditar que ele tava me chantageando.

- Na regra do amor vale tudo, priminha. - Ucker rebateu com um sorrisinho e eu estremeci ao ouvir a palavra ``amor`` e ``priminha`` saindo da boca dele.

- Ta bom, eu vou te ajudar. - bufei, o olhando - Em frente a essa árvore é o quarto da Claúdia e por sorte ela não está aqui hoje, então sobe por alí. - o olhei, apontando a árvore pra ele.

- Assim que eu gosto, gata. - ele piscou, me olhando - To subindo aí. - Ucker falou, dando um sorrisinho e indo em direção a árvore.

Acenti, revirando os olhos, enquanto eu vía ele esconder o skate dele atrás dessa mesma árvore e começava a subir nela, usando as mãos e as pernas.