Fanfic: Diário de um amor | Tema: AyA

Anahí olhava para Derrick com um grande medo em seu olhar. Não era possível que isso tivesse acontecido! Uma grande vontade de chorar surgiu, só de imaginar a cena que Derrick a contara a pouco fazia seu corpo todo tremer. Mas não choraria, mais uma vez tinha que vestir a mascara de “coração de pedra” e tentar não demonstrar seus sentimentos. Afinal, seu lema era: “Ria na sala, chore no quarto.” 

Anahí: Você... Você tem certeza?
Derrick tinha a voz mais aflita: Tenho Anny, assim que aconteceu eu vim correndo aqui te contar.

Anahí: Mas... Não é possível Derrick! Você esta brincando não é mesmo? Isso é uma pegadinha – a voz começava a ficar chorosa, mas ela disfarçou – Pronto, já cai na brincadeira! Agora me fala que é mentira...
Derrick: Eu queria que fosse Anny, mas eu estava lá! Eu vi tudo – ele sentou no sofá e levou as mãos à cabeça – Queria não ter visto aquela cena. Foi... Foi horrível.
Anahí fechou os olhos: Isso é um pesadelo e daqui a pouco eu acordo.
Derrick ao olhar o desespero dela se levantou e a abraçou: Calma, eu estou aqui.
Anahí continuava com os olhos fechados: Quando eu acordar tudo vai estar normal e irei ver que nada disse aconteceu...
Derrick a apertou mais forte: Calma Anny! Nós temos que ser fortes. Ter pensamento positivo que tudo dará certo.
Anahí: E se ele... – não conseguiu completar a frase.
Derrick: Não vai acontecer nada! Eu te dou minha palavra.
Anahí foi se afastando de Derrick: Eu... Tenho que acordar minha mãe, contar pra ela e...
Derrick: Acho melhor eu contar, vai se arrumar. Assim a gente ganha tempo.
Anahí foi caminhando para seu quarto mas se virou: Dé... Qual hospital que ele está?
Derrick: Hospital San Jose.

O telefone começou a tocar insistentemente. Alfonso ao se virar um pouco no sofá sentiu o corpo mais dolorido do que antes. 
Alfonso pensando alto: Devia ter enfrentado as escadas em vez de dormir nesse sofá

Os primeiros raios da manhã já iluminavam a sala e ele foi abrindo seus olhos com um pouco de dificuldade. Levantou-se e foi caminhando até o telefone que não parava de tocar.

Alfonso com a voz um pouco rouca: Alô?!
Ruth: Poncho é você?!
Alfonso estranhando: Mãe??? Ta tudo bem? 
Ruth: Filho, aconteceu uma coisa.
Alfonso: O que houve?
Ruth: Ontem a noite quando o Chris...
Alfonso a interrompeu: O Chris? O que aconteceu com ele mãe?
Ruth: Ontem quando ele voltava de uma festa acabou sendo atropelado. Não sei muito bem como tudo aconteceu, parece que ele não viu o carro passando... Ele foi internado umas 2h da manhã, vim acompanhar a mãe dele até o hospital e...
Alfonso desesperado: E você só me avisa agora?!
Ruth: Não queria preocupá-lo filho. Queria ter certeza do estado dele.
Alfonso: Mas... Como ele está?!
Ruth: Ele já passou por uma cirurgia, mas os médicos – ela parou de falar para dar um suspiro.
Alfonso: Fala logo mãe! Pelo amor de Deus!

Ruth: Os médicos não estão com muita esperanças  Poncho, nem acreditavam que ele pudesse sobreviver a essa cirurgia.
Alfonso começou a gritar: NÃO!!! Isso é mentira mãe... Não pode ta acontecendo isso.
Ruth: Calma filho! Não podemos nos desesperar.
Alfonso: Que hospital você está?
Ruth: Hospital San Jose. Não acha melhor eu passar ai para te pegar? Você não está em condições de dirigir.
Alfonso: Não! Eu já estou indo para ai!

Alfonso desligou o telefone totalmente paralisado, aquilo não podia estar acontecendo. 
Queria gritar, chorar, sentia um desespero dentro de si... Mas não tinha nenhuma reação. Como se estivesse dopado ele começou a se arrumar para ir ver o amigo. 
Quando pegou a chave do seu carro em cima da mesa é que se lembrou que o tinha deixado ontem no local da festa. Até achar um táxi levaria muito tempo e não queria ligar para sua mãe vir buscá-lo, queria ficar sozinho naquele momento.
Então resolveu ir correndo, o hospital ficava a 3 km de sua casa. Se fosse rápido chegaria em 20 minutos.

Os primeiros passos que deu foram dolorosos, seu corpo ainda estava dolorido pela briga de ontem, mas naquele momento a dor era o que menos o incomodava. Seu amigo... Seu melhor amigo tinha sofrido um acidente. “E se ele mor...” Preferiu não completar o seu pensamento.

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