Fanfic: A paz do nosso amor - Herroni | Tema: Rebelde

- Alfonso, o que aconteceu ? - Perguntou Maite preucupada, vendo que Alfonso tinha parado de caminhar.

- Nada não. - Respondeu Alfonso nervoso, voltando a caminhar. Ele decidiu que não iria contar para Maite que era um desses caras que queria destruir a feira hippie. Afinal, tinha gostado muito dela. - E você sabe quem são esses caras ?

- Não sei não, mas aposto que não vou gostar nada quando eu vê um deles, aposto que são um bando de homens egoístas e que vão nós oferecer dinheiro para deixarmos aquele espaço. Mas eles estão muitos enganados se penssam que vamos aceitar o suborno deles.

- É, você tem razão, coneheço muito bem esses tipos de pessoas. - Concordou Alfonso, sem se da conta do que falou.

- Mas, como é que você conhece esse tipo de pessoa ? - Perguntou Maite olhando desconfiada para ele.

- Bom, é que... eu trabalho como menssajeiro em uma dessas empresas, é isso. - Respondeu Alfonso nervoso.

- Ah tá, deve ser muito chato trabalhar com esse tipo de gente, não é mesmo ?

- É sim. A comunidade onde você mora fica perto daqui ?- Perguntou Alfonso tentando mudar de assunto.

- Fica sim. E você, mora por aqui ou é só um turista ?

- Eu moro no centro da cidade, apenas alguns minutos daqui.

- Caramba, já são quanse 8:00, preciso correr pra chegar a tempo de vê o que aqueles egoístas corruptos vão falar pra tentar subornar a comunidade! - exclamou Maite já começando a correr. - DESCULPA, MAS PRECISO IR, CHAU ! - Gritou Maite já distante.

- ESPERA, QUANDO VAMOS NÓS VÊ NOVAMENTE ? - Alfonso perguntou gritando, enquanto corria tentando alcançar Maite.

- AMANHÃ NESSE MESMO HORÁRIO. - Respondeu .

Alfonso, que estava correndo caiu na areia da praia cançado.

- É Alfonso, você acabou de conhecer a mulher mais incrível desse mundo- Falou ofegante, pra si mesmo- E você tem que praticar mais a esteira, se quiser acompanhar o ritmo de corrida dela - Alfonso se levantou rindo feliz.

Ele caminhou até o seu carro com um sorriso enorme, quando ele ia abrindo a porta do carro se lembrou de uma coisa que tinha esquecido depois daquela corrida atrás de Maite .

- Mas, eu disse pra ela que sou um menssajeiro de empresa, que não gosto de gente egoísta, eu sou uma pessoa egoísta, e o pior de tudo isso é que a mulher mais incrível desse mundo, é uma hippie idealista, que tira o sustento de uma feira hippie que eu quero detruir !- Alfoso exclamou confuso para si mesmo, enquanto abria a porta de seu carro. - Isso não vai prestar, mas pra ficar perto de uma mulher como Maite, umas mentirinhas não vai fazer mal nenhum.

Alfonso foi interropido pelo toque de seu celular, que estava no banco do carro. Ele pegou e olhou na tela, era Júlio.

- POSSO SABER ONDE VOCÊ ESTÁ? LIGUEI PRA VOCÊ MIL VEZES E VOCÊ NÃO ATENDE. - Júlio perguntou gritando nervoso - Os sócios já estão aqui conversando com esses hippes desocupados.

- Olha Júlio, primeiro: nunca mais grite comigo dessa maneira ; Segundo: eu não vou pra essa comunidade hoje, e nunca ; E terceiro: eu não quero que o nome Alfonso Herrera seja mencionado nessa comunidade, entendeu ?

- Mas por que ? se você é o dono desse projeto, tem a obrigação de comparecer aqui, e o seu nome deve ser o que mais tem que ser mencionado.

- Olha Júlio, faça o que eu digo. Conversse com essa gente, e depois me conte como foi. E não esqueça, Alfonso Herrera aí não tem nenhum ligamento com esse projeto. Entendido ? - Falou calmamente.

- Tá, tá. Vou fazer o que você pede. Chau.

- Chau. - Alfonso desligou o celular, e saiu com o carro indo para sua casa.

Alfonso nunca deixou de acompanhar um projeto de perto, por nada nem por ninguém, mas quando conheceu Maite uma coisa mudou dentro dele, uma coisa que nem mesmo ele sabia o que era. Ele falou mentiras que jamais penssou que diria, e ele falou aquelas mentiras só para uma pessoa não rejeitá-lo.

Quando ele pegou na mão de Maite, para ajuda-la a se levantar, sentiu um arrepio, quando olhou para aqueles olhos negros, viu que neles encontraria felicidade, e escutou aquela voz dela, sentiu uma paz enorme.

Aqueles minutos em que converssaram, ele deixou de ser Alfonso Herrera, o executivo dono da maior rede de shoppings do país, o homem egoísta e ganacioso, ele naqueles minutos em que converssaram foi o verdadeiro Alfonso, um homem humilde, alegre, simpático, que adora animais, crianças, natureza e de se sentir livre.

Alfonso não sabia se o que sentia por Maite era amor, paixão, atração física ou apenas nececidade de ter uma amiga verdadeira. Mas sabia que queria ficar perto dela, mesmo com tantas diferenças entre os dois.