Fanfic: Y no puedo olvidarte - AyA | Tema: Rebelde, RBD,ponny,AyA

Ela se acomodou melhor sorrindo pela primeira vez e se deixou levar pelo sono. Ele não dormir. Ela não estava bem e ele agora tinha mais que certeza, mas também, quem estaria? Depois de passar quase um mês longe de tudo e de todos, com medo de algo acontecer e ninguém saber de nada, com medo de morrer. Ele sabia que ela estava com pânico, não era dificil saber disso, e sabia também que precisaria se manter forte pra ajudá-la. Estava distraído, já fazia horas que ela dormia e ele não conseguia, quando ela começou a se mexer, se debater em seus braço e tremer. Ele ficou assustado, saiu correndo pra falar com Henrique, que subiu correndo.

Henrique- O médico disse que ela poderia ter isso.- Foi pro lado da filha- Annie?

Poncho- O que é pra fazer? Acordar ela?

Henrique- Sim, acorde que eu vou buscar o remédio.

Poncho ainda assustado- Annie? Annie? Princesa acorda, por favor.- A chacoalhava e ela não parava de tremer, os lábios, os braços, as pernas, tudo. Ela abriu os olhos mas era como se tivesse dormindo ainda, porque tremia, ficou suada e respirando ofegante.- Annie? - Fez carinho nela, agora já estava muito assustado, ela ofegava olhando pra cima.- Fala comigo.- E não obtinha nenhuma resposta, Henrique chegou com o remédio e a fez tomar. Ao longo dos minutos ela foi voltando ao ``normal``.

Henrique- Tá tudo bem? Tá sentindo alguma coisa?- Ela negou.- tem certeza? Filha precisa me dizer tudo que tá sentindo tá?- Ela assentiu.- Eu vou levar essa bandeja. Me chamem qualquer coisa.- Quando ele saiu, Poncho respirou fundo e se sentou na cama, se acalmando.

Annie- Poncho?Chamou assustada, só tinha tido essas tremedeiras sedada e não sabia. Ele a abraçou.- Eu vou morrer?

Poncho segurou seu rosto com as duas mãos- Claro que não, não fala isso, você tá bem.

Annie- O que foi isso que eu tive?

Poncho- Eu não sei, eu vou perguntar pro seu pai depois, tá?

Annie assentindo- Eu posso tomar banho? Eu não vou ter isso de novo, né?

Poncho- Não, pode ir.

Annie- Não vai embora.- Abraçou e foi.

Os dias foram passando e Annie ainda tinha as tremedeiras, iria ter até o organismo estar totalmente limpo das drogas e enquanto ela estivesse com medo, Poncho estava com ela o tempo todo, não deixaria ela sozinha mesmo que ela pedisse, o que estava longe de acontecer, ela estava um pouco mais forte, mas tinham que insistir muito pra comer. Ainda não tinha visto Aninha, que Mari achou melhor ir pra fazendo com Rick, a menina iria se assustar ao ver a tia de repente começar a tremer. Annie queria vê-l, mas tinha medo também. Annie não queria sair do quarto, rara as vezes que Poncho conseguia fazê-la sair na porta de casa, no condominio.

Poncho- Meu amor, eu preciso ir em casa, rapidinho tá? Eu já venho.

Annie- Jura?

Poncho- Juro- Seguoru seu rosto e deu vários selinhos demorados. Estava na porta quando se virou.- Não quer ir comigo?

Annie- Acho melhor eu ficar.

Poncho- Por que? To com saudade de você ficar no meu quarto um pouquinho.

Annie indecisa- Acho que não.

Poncho- Vai meu amor. Só até minha casa e voltar, eu vou estar com você, te levo até no colo se quiser, nem pisar no chão você precisa, pink promess.- Leantou o dedinho e ela sorriu.

Annie- Pink promess.- Apertou seu dedo.- Eu vou.

Poncho- YES!- Vibrou rindo e deu uma mordidinha em seu nariz.- Vamos.- A pegou no colo e ela riu se agarrando nele.

Annie- Você é doido.- Disse enquanto desciam as escadas., ela balançava as pernas.- Vai me levar descalça?

Poncho- Sim, te prometi levar no colo. Aproveita que a mordomia não é todos os dias não senhorita.- Ela sorriu e apoiou a cabeça em seu ombro.

Heloisa sorriu vendo a cena- Vai sair?

Poncho- Vai comigo até minha casa.- Beijou o braço dela.

Marichello- Ok, é melhor levar, sabe..Esperem.-Foi até a cozinha e voltou, entregou uma cartelinha pra Poncho, era o remédio dela.

Annie- Eu não quero mais ter que tomar isso, mãe.

Poncho colocou no bolso com dificuldade- Depoisvemos isso. Tchau tia.

E ele a levou no colo o caminho todo.

Annie- Se alguém parar, você não diz nada tá?

Poncho- Amor.. Como eu vou passar reto?

Annie- Fala que tá com pressa, não queria falar com ninguém.

Poncho suspirou- Ok, a gente vai direto pra casa.- Ela assentiu e eles logo chegaram, na porta ele a colocou no chão.- Só pra abrir a porta.

Annie- Não precisa me carregar mais.- Beijou sua bochecha. Ela estava com uma calça de moleton, uma blusinha baby look e descalça.

Poncho abriu a porta- Precisa sim. - A pegou de novo.- Vamos. Oi família.

Marina feliz em ver a nora- Querida! Como está?

Jorge- Vejo que está bem melhor né?

Marina- Sim está até coradi...

Poncho interrompeu- Gente!- repreendeu.

Annie um pouco desconfortável- Oi. Eu to bem.- Deu um sorrisinho meio forçado.

Poncho- Eu vou subir, preciso pegar umas coisas..- Annie apertou sua nuca e ele entendeu que não era nem pra perguntar se ela queria ficar lá embaixo ou subir.-É, nós vamos subir, tá?

Marina- Ok, podem ir.

Jorge- É... É complicado.- Disse quando sairam.

Marina- Tadinha Jorege, imagina o trauma que essa menina ficou, ela precisa nos contar tudo que aconteceu.

Jorge- Deixe ela acostumar ainda Marina.

Poncho- Bom.- A colocou na cama- Vou pegar os papéis que preciso e já vamos.- Deu um selinho.

Annie- Pega algumas coisas pra dormir em casa.

Poncho- Ok. Vou pegar uma mochila.- Ele arrumou algumas coisas.- Vou aproveitar entao e tomar um banho, assim não tomo na sua casa, se precisar, grita.- Piscou brincando e foi pro banheiro e ela ficou sozinha no quarto. A única pessoa que conseguia fazer tudo era Poncho, quase tudo na verdade. Ela só lhe dava selinhos, e ele nem tentava mais, só que percebia ela dar uma recuada. As amigas a ligavam, mas Annie falava o necessário. Estava olhando as fotos do mural dele, mais uma vez, tinham algumas novas, na cebeceira da cama tinha um porta retrato com os dois abraçados e sorrindo. Ela ficou em pé olhando o quarto, se algo tinha mudado quando ele saiu do banheiro de toalha.

Poncho- Eu já arrumei tudo só vou me trocar e ai a ge...

Annie interrompeu- Tá tudo bem.- Ele a olhou e sorriu, indo até o guarda roupa pegar o que vestir.- Eu gosto do seu quarto, já te falei isso?

Poncho- Não.- Com a voz abafada por estar procurando alguma roupa.- Mas eu imaginava pelo tempo que a gente gosta de passar trancado nele.- Brincou e ela sorriu.

Annie- Gosto porque é um lugar que tem muito da gente.- Olhou em volta.- Fotos, lembranças...- Passou o dedo no porta retrato.

Poncho- Eu sei, meu amor.- Foi até ela e lhe deu um selinho demorado. Ia se soltar quando ela colocou as mãos delicadamente sobre seus braços, com um pouco de vergonha.

Annie- Eu te amo.- Falou com os lábios grudados nos dele, de olhos fechados, entregue ao momento.

Poncho acariciou sua bochecha com o dedo- Por que tem vergonha de mim agora, princesa? Sou eu, o mesmo de sempre, eu não vou mudar.

Annie abriu os olhos- Eu não sei.- Logo fechou os olhos de novo aproximando seu rosto do dele. Roçou seus narizes e deu mais um selinho, quando as bocas se desgrudaram ele sorriu, passou o indicador por seu nariz e se virou pra ir se trocar, ela tocou em seu braço o fazendo se virar de novo e colou os lábios de novo, ela segurou seu rosto e ele sentiu a língua dele pedindo passagem, ele sem precisar pensar abriu a boca e as línguas se encontraram, ele a pegou pega cintura com uma mão e com a outra sua nuca. Era o primeiro beijo que davam depois de um mês e alguns dias, a saudades era muito grande, as bocas se movimentavam juntas, como em uma dança perfeita, e o que o deixou mais feliz foi que ela quem quis, ele não precisou dizer nada, aos poucos sabia que sua Annie estava voltando. Apertou mais sua cintura, e sem nem perceberem ela já estava entra a escrivaninha e ele, ela se separou com selinhos, com os dois ofegantes.

Annie de olhos fechados apertando os lábios- Não sei se to pronta pra isso ainda.- Abaixou o rosto encostando a testa no queixo dele, enquanto recuperavam o fôlego.

Poncho- Desculpa. Eu... Perdi o controle.

Annie- Tudo bem.- O abraçou pela cintura encostando a cabeça em seu peito.- Eu quem devo pedir desculpas. Eu sei que to diferente, eu to tentando mudar, mas não consigo.-Ele percebeu sua voz de choro.

Poncho- Vem aqui, vem.- Se sentou na cama com ela ao seu lado.- Ninguém quer que mude, só queremos te ver bem como antes.

Annie segurando as lágrimas- Foi tudo tão de repente, tão horrível. Eu... Tenho medo de acontecer tudo outra vez.- Agora já chorava.- Me deixaram sozinha e tentavam... tentavam...

Poncho segurou suas mãos- Tudo bem, tá tudo bem. Você quer falar pra mim tudo que houve?- Ela assentiu.- Então eu vou me trocar, pegar uma água pra você e você vai me contar, tá?- Fez carinho em seu rosto.

Annie- Sim.- E assim ele fez como disse, desceu pegou uma água pra ela, que começou a contar chorando.- Você lembra que me pegaram, era o Celso, eu tentei me segurar na cama, mas ele me levou, ele colocou alguma coisa no meu nariz, um pano e eu desmaiei. Eu só lembro que acordei em um lugar escuro com ele e mais dois homens me olhando. Ele disse coisas horríveis, disse que ele sempre consguiu tudo que ele queria e que só faltava uma coisa, e que iria acontecer naquele dia. Ele começ..- Ela parou de falar porque não conseguiu mais devido ao choro.

Poncho a abraçou- Ok, você não precisa contar tudo agora, vamos pra sua casa?- Ela negou.- Annie, eu vou te ouvir na hora que você quiser falar.

Annie tentando se acalmar- Agora, eu quero falar agora.

Poncho- Então eu estou escutando.- Ele estava doido pra saber o que tinha ocorrido, mas não podia forçá-la.

Annie- Ai ele começou a ir pra cima de mim e queria me tocar.- Poncho ficou vermelho de raiva- E eu batia nele, e ai eu dei um chute nele. Eu tentei sair correndo, mas os outros homens me seguraram e me desacordaram de novo, eles faziam isso toda vez que eu acordava, eu acordava, eles me colocavam pra dormir.

Annie- Teve dias que eu tentava fingir que eu dormia, mas ai eles desconfiavam e colocavam mais remédio, droga, eu não sei.- Se encolheu e abraçou Poncho.

Poncho- E o que mais?- Beijou sua cabeça.

Annie- Eu ouvi um dia eles falarem com Celso no telefone, mas não me lembro, eu não consigo me lembrar de nada, só de acordar e desacordar. E... E o dia que...

Poncho- O dia que..?

Annie- Uma vez eu acordei e tinha um deles... Em cima de mim.- Começou a soluçar- E ai o Celso chegou e viu e atirou nele. Eu vi, e ele caiu em cima de mim, Ele tava morto, e nem força pra tirar ele de cima de mim eu tinha.- Se encolhia cada vez mais, e o abraçava cada vez mais forte.

Poncho com lágrimas nos olhos- Ah, meu amor. Eu queria estar com você.

Annie- E a partir desse dia eu só ficava dopada.- Ela ficou chorando em seus braços um bom tempo, as vezes ele deixava lágrimas cairem. Mas precisava fazer uma pergunta, não ia aguentar ficar sem saber. Era algo que ficou em sua cabeça o tempo todo.

Poncho- Amor..- A fez o encarar.- Eu preciso te perguntar uma coisa, mas não fica assustada ok? Eu preciso saber.

Annie- Ok.- Ela enxugou o rosto, o que não fez as lágrimas pararem de cair.

Poncho- Eles.. Conseguiram... Sabe... Eles...- Suspirou- Ahh eu não sei como perguntar isso.

Annie abaixou a cabeça- Eu acho que não. Toda vez que eu acordava eles estavam jogando cartas, Celso eu não vi mais, e eu sabe..Não senti nada.

Poncho respirou aliviado- Graças à Deus.- A abraçou.- Eu nunca ia me perdoar.

Annie chorando- Me desculpa fazer você sofrer, eu não queria.

Poncho- Shiiii, já conversei com você sobre isso, minha princesa.

Annie- Mas eu tô tirando a sua vida.

Poncho- Nunca mais fala isso.- A encarou- VOCÊ É A MINHA VIDA. Ouviu?

Annie- Eu sinto que eu nunca vou ficar boa outra vez.- Falou desesperada se agarrando nele.- Eu tenho medo de sair, de ver as pessoas, eu quero voltar pra casa. Por favor.- Pediu chorando e começou a tremer toda mais uma vez.