Fanfic: Y no puedo olvidarte - AyA | Tema: Rebelde, RBD,ponny,AyA

Todos se abraçavam e se desejavam tudo de melhor para o novo ano para a vida. Poncho ainda segurava as mãos da namorada, paralisado, só piscava, e quando piscava. Annie sentia que podia desmaiar a qualquer instante, ele não falava nada, não se mexia. Quando ele abriu a boca procurando o que dizer a puxaram para abraçá-la, e logo os amigos dele pularam em cima dele. Os dois buscavam o olhar um do outro. Foram abraçados por todos, mas não conseguiam escutar uma só sílaba do que saia de suas bocas. Depois de longos minutos, os minutos mais longos pra eles, julgavam, todos se acalmaram e continuaram na areia da praia.

Ucker levantando uma taça com champanhe - Agora, um brinde né, gente?- Todos levantaram a taça, Annie disfarçou que bebia, mas logo que pôde, Mai pegou a taça dela. Poncho? Ainda quieto. Annie? Prestes a começar a chorar.

Jorge - Que foi Poncho? Ta branco que nem papel.

Poncho - Eu... Eu...

Chris rindo - Fala caramba.

Poncho engoliu seco - Nada.

Marina - Eu, heim. - Todos se olharam. Annie suplicava com o olhar pras amigas ajudarem, mas elas não entendiam nada.

Mai tentando - E, agora? Vamos pra casa?

Marichello - Ah não, vamos pular as sete ondas, como diz o costume. - As mulheres foram e os homens ficaram lá, Annie foi a única que não se mexeu, viu o olhar de confusão de Poncho e não aguentou, deixou uma lágrima cair e saiu correndo em direção ao mar, as amigas logo a receberam.

Mai falando baixo- O que houve? Por que tava olhando pra gente daquele jeito?

Annie segurando o choro - Eu contei.

Dul - QUE? QUANDO?

Annie - No ano novo. - Irônica e nervosa.

Mai bateu na testa - Gata era pra você conversar com ele depois, não na hora que todo mundo ta pulando e se abraçando.

Annie - Mas eu...

Dul interrompendo - Annie, você interpretou o que a gente falou errado. Quando a gente disse `` Conta hoje``, não era pra falar assim, o homem ta parecendo que vai cair de surpresa.

Annie começou a chorar - Ele não ficou feliz, ele não queria isso, eu sou uma idiota, como eu fui contar? Por quê?

Dul a abraçou tampando das outras que estavam mais longe - Amiga, calma, ele só ficou surpreso, para de chorar, todos vão descobrir.

Annie soluçando- E... E... Ago... ra?

Mai nervosa - Annie...- Enxugou o rosto da amiga que chorava sem para.- Elas estão vindo, Annie...Ai meu Deus, ferrou Dul.

Marichello preocupada quando viu a filha- Que foi? Annie, por que ta chorando?- Abraçou a filha e todas acompanhavam, Annie ficou calada se deixando levar, sem ver pra onde ia. Quando viu que estavam voltando, e quase chegando junto dos homens se soltou da mãe.

Annie - Eu to bem. - Controlava a voz embargada. - Eu vou dar uma volta.

Marichello - De modo algum, vai ficar por ai sozinha essa hora.

Annie - Me deixa mãe.

Marichello - Anahí, você não ouse sair daqui sozin... - Parou de falar quando a loira começou a correr pra longe delas, chorando. Dul olhou pra Poncho, assim como Mai, desesperada. Ele sentia a cabeça rodar de tantos pensamentos, sentia o chão embaixo de si se rachar aos poucos. Na mente viu a lágrima caindo daquele rosto delicado, e despertou com o olhar das amigas, deu a taça que estava praticamente cheia de bebida ainda pra Chris e saiu correndo atrás dela sem pensar. Todos ficaram sem entender nada e a ruiva e a morena com o coração na mão, inventando desculpas pelo choro da amiga e por sair correndo. Desculpas como: `` Eles devem ter tido uma briguinha besta, sabem como eles são`` ou então `` É que a Annie queria ficar sozinha``. Preferiram deixar os dois se acertarem e voltaram a comemoração do ano novo. Annie já cansada se sentou encostada em uma pedra que tinha, chorando com as mãos no rosto, em fração de segundos ele estava lá, cansado, recuperando o fôlego.

Ela só notou a presença de mais alguém quando abriu os olhos tentando se acalmar, ficou paralisada, o encarando.

Poncho - Eu... Eu... Annie... O que você disse... Eu...

Annie com a voz embargada - Não precisa dizer nada. Eu já entendi. - Se encolheu, abraçando as pernas chorando mais.

Poncho - O que?

Annie - Me desculpa. - O choro se intensificava cada vez mais - Eu estraguei tudo, não era pra acontecer, não era pra eu te contar como contei. Me deixa sozinha.

Poncho- Annie...- Ele realmente não sabia o que dizer.- Eu entendi bem o que você disse aquela hora?- Perguntou pra ter certeza, se sentindo besta ao perguntar. - É verdade mesmo?- Guardou o ar.

Annie - Claro que é, eu nunca ia brincar assim.

Poncho soltou o ar - Deus, eu preciso sentar. - Se sentou ao lado dela olhando pro nada. Só se escutava o som das ondas e o choro que ela tentava esconder.

Annie quebrou o silêncio - Vai embora.

Poncho - Você me diz que ta... - Exitou e engoliu seco - Tá grávida e pede pra eu ir embora?

Annie - Você não queria isso, eu sei que não, não precisa fingir ok? Sua reação... Eu já entendi. - Disse visivelmente triste e cabisbaixa.

Poncho - O que você ta falando? Eu to confuso, eu... Eu ainda não to acreditando, mas... Espera ok? Me dá uns minutos.- Ele suspirou e encostou a cabeça pra trás. Ela se sentia mal por deixar aquilo acontecer, e se sentia insegura com a reação dele. - Quando você descobriu?- Perguntou tentando se manter centrado. Um bebê? Claro que sempre pensou em ter filhos com ela, mas aquele não era exatamente o momento que planejavam.

Annie - Há uma semana. - Evitava o encarar.

Poncho - Por isso passou mal na festa. Quem mais sabe?

Annie - Mai e Dul.

Poncho - Por que não me procurou primeiro? Pode olhar pra mim, por favor? - Pediu. Pareciam dois estranhos, e parecia que o assunto nem era tão importante.

Annie o encarou e foi incrível a vontade de chorar que teve de novo - Eu não sei. Por que não me diz logo o que quer? Ta me torturando.

Poncho - O que eu quero?- Ele buscava seu olhar aonde quer que ela tentasse desviá-lo.- Eu quero entender, quero me acostumar, eu... Como esperava que eu reagisse do jeito que me contou? Senti que ia cair lá mesmo.

Annie voltou a chorar - Me desculpa, ok? Eu precisava falar antes que perdesse a coragem. Eu sei que ta tudo errado, tudo fora do lugar, mas o que eu podia o que eu posso fazer? Heim?

Poncho - Annie, pelo amor de Deus, me deixa assimilar isso, eu fiquei sabendo há minutos e tudo que passa pela minha cabeça é você me contando, fica ecoando na minha cabeça.

Annie - Desculpa, desculpa. - Tapou o rosto com as mãos de novo. - Eu faço tudo errado, eu sou uma burra.

Poncho - Olha pra mim. - Pediu firme, e ela o fez. - Você não fez sozinha, não planejou, assim como eu, e eu sei muito bem disso. - Ela ficou mais calma com aquelas palavras. - A única coisa que eu to pedindo é um minuto. - Ele quem passou a mão pelo rosto agora, e depois de uns minutos ele suspirou. - Ok...

Annie - E agora?- Perguntou com o rosto molhado, mas já não chorava mais. - O que vai ser daqui pra frente?

Poncho balançou a cabeça negativamente - Eu não sei. - Ela se arregalou os olhos, com o medo tomando seus pensamentos de novo. - Mas eu sei de uma coisa... - Pegou o rosto dela com as duas mãos, fazendo os olhares se encontrarem fixamente. - Eu não vou te deixar sozinha nessa, eu to com você, sempre. Eu te amo, e a gente vai ter esse bebê. Não importa nada mais, nem ninguém mais, ouviu? Eu quero que confie em mim, tudo vai dar certo, a gente vai entrar nessa juntos e tudo vai se sair bem, como sempre foi.

Annie sussurrou- Poncho...

Poncho- Shii..- Tocou seus lábios a impedindo de falar.- A gente vai seguir junto, até o fim.- Enquanto segurava seu rosto, acariciava o mesmo com o dedo.- Fica calma.- Ela não conseguiu fazer nada sem ser se jogar nos braços dele, o abraçando forte, chorando.

Ele a abraçou de volta, sentindo o coração disparar. Não iria deixá-la, não conseguiria nem que quisesse, iria ter esse filho com ela, e seriam felizes. Era assim que pensava. Deixou uma lágrima escorrer quando ouviu um ``Obrigada`` sussurrado em seu ouvido. Abraçados, passavam a segurança que um precisava ter do outro, e a partir dai sabiam que poderia não ser fácil, mas estariam juntos pra enfrentar qualquer obstáculo.

Annie - Eu te amo. Muito. - Disse após se separarem, lhe beijando, acariciando sua nuca enquanto ele passava as mãos por suas costas, passando confiança.

Poncho - Eu também amo você. - A Abraçou, mas agora porque estava sentado encostado na pedra, com ela entre suas pernas.

Annie - Tive tanto medo. - Respirou fundo - Eu tenho tanto medo.

Poncho a confortou em seu peito - Não precisa ficar com medo.

Annie - Meu maior medo era você não aceitar.

Poncho sorriu de canto - Nunca deixaria você. Mesmo que você pedisse.- Estavam relaxados, na medida do possível, olhando para o mar.

Annie acariciando sua mão- Tudo passou pela minha cabeça. Todas as reações possíveis... Menos a que você teve. Fiquei confusa, apreensiva.

Poncho beijou sua testa - Vai dar tudo certo.

Annie o encarou - Vai dar tudo certo. - Deu um selinho delicado e voltou a se aconchegar em seu peito.

Poncho - Agora precisamos contar pros nossos pais. - Ela se sentou rápido. - Você sabe que sim.

Annie - Meu pai vai me matar. - Pois a mão na cabeça.

Poncho acariciou seu rosto - É melhor contarmos logo, não dá pra esconder por muito tempo.

Annie abaixou a cabeça - Eu sei que temos.

Poncho - Eu vou estar com você, eu acho que se a gente falar com jeito, ele não vai ficar tão... -Procurou a palavra certa - Bravo.

Annie - Ele vai se decepcionar, isso é pior que ficar bravo.

Poncho - Vem cá. - Abriu os braços de novo pra ela. - Eu preciso te perguntar umas coisas, ok?

Annie - O que?

Poncho - Não fica chateada, eu só quero saber, como isso aconteceu sabe.

Annie ergueu a sobrancelha- Vai dizer que não sabe? Vai querer que eu te explique, agora?

Poncho achou graça - Eu vou.

Annie - PONCHO!

Poncho - Ué, você quem disse. - Apertou seu nariz. - Mas agora é sério, você não tava tomando pílula?

Annie - É. Eu ainda não falei com a médica, eu troquei a pílula. Acho que foi isso.

Poncho - Hum. E... Como você descobriu?

Annie - Eu tava me sentindo estranha, e passando mal, não sei eu senti algo diferente com meu corpo, não sei se deu loucura, intuição, a menstruação atrasou e ai a Dul me fez fazer três testes de farmácia.

Poncho surpreso - Três?[:O]

Annie riu- É. E ainda mais um de sangue, pra confirmar.

Poncho- Devia ter me contado muito antes, sabe né?

Annie - Me desculpa por isso, eu fiquei tão desesperada que eu falei pras meninas, precisava de alguém, e só confio nelas.

Poncho- Eu sei.- O celular dele começou a tocar.- É meu pai.