Fanfic: Y no puedo olvidarte - AyA | Tema: Rebelde, RBD,ponny,AyA

Jorge- O que houve?

Poncho branco como papel - Annie... - Sussurrou pegando as chaves e saiu, Jorge e Henrique foram atrás.

Jorge - Me deixa dirigir, você vai acabar batendo o carro.

Poncho - ANDA PAI!- Gritou já no carro, chegaram às pressas no hospital, E Marina já estava lá. - O que houve?

Ale - Eu não sei direito, me ligaram pra eu ir pegar ela e ajudar a trazer pra cá, parece que ela sangrou e...

Marichello chegou- Poncho! Que bom.

Poncho - Que aconteceu, tia? Ela tá bem? E o bebê?- Perguntava desesperado.

Marichello - Eu estava na sala, e ela gritou eu entrei e ela estava chorando, a cama manchada de sangue, estava com dores, eu não sei de nada, ninguém me deu nenhuma informação.- Falou triste e Poncho foi pro balcão.

Poncho- Eu preciso saber ..- Perguntava tudo mas a enfermeira não sabia nada.- MAS NÃO É POSSÍVEL! CHAMA UM MÉDICO SEI LÁ!

Jorge se aproximou - Poncho, calma.

Poncho - NÃO VEM ME PEDIR CALMA! Ninguém sabe nada? Como? Eu quero saber dela e do meu filho!- Se estressou com o pessoal em vão, porque ninguém tinha dado nenhum notícia, seus pais tentavam o acalmar, mas ele sentia ser impossível, pensava no filho a todo instante. Depois de esperar um tempão apareceu um médico.

Médico - Dona Marichello?

Poncho logo se intrometeu - O que houve? Me diz por favor, aconteceu alguma coisa com meu filho?

Médico - Bom, não fui eu quem tratou o caso, mas eu que peguei a ficha agora. Ela teve um sangramento, estava bem nervosa, tentaram de tudo, mas...

Poncho - Meu filho?- Perguntou já sem expressão. Cabisbaixo.

Médico - Eu sinto muito. - Se sentiu muito mal dando aquela notícia, como sempre se sentia em casos assim.

Poncho balançou a cabeça - Ok. - Soltou o ar, passando as mãos pelos cabelos segurando as lágrimas - Eu posso vê-la?

Médico - Pode. Por favor, me acompanhe. - O guiou até o quarto, os familiares foram com ele, mas ficaram na salinha do lado de fora.- Ela está dormindo, demos um sedativo. Mais tarde uma enfermeira vem para fazermos a raspagem.

Poncho a olhando - Obrigado.

Médico - Eu sinto muito mesmo.

Poncho deixou uma lágrima escorrer - Eu também.

Médico - Com licença. - Assim que ele saiu Poncho se encostou na porta e as lágrimas invadiram seu rosto em uma cascata sem fim. Simplesmente perdeu o rumo. Foi até a cama e acariciou os cabelos dela, beijando sua testa demoradamente em seguida.

Poncho - O que houve meu amor... - Sussurrava. - Nosso bebê. - Desceu as mãos pra sua barriga e acariciou. A porta se abriu e logo foi fechada, ele sentiu uma mão em seu braço.

Marina - Filho... - Beijou suas costas. - Eu sinto muito. Quer conversar?- Ele negou com a cabeça.

Poncho - Como eu vou dizer isso pra ela? Como?

Marina - A gente vai pensar em um jeito. Vem aqui. - O puxou pra se sentar no sofá do quarto. - Agora vocês precisam ter forças, ok?- Ele não falou nada, só apoiou a cabeça nas mãos e chorou. Marina não agüentou, o abraçou enquanto ele chorava e chorou junto,por longos minutos.

Poncho- Eu queria muito ele.

Marina- Eu sei.

Poncho- A gente já tinha feito nossos planos, eu tinha feito planos que ela nem sabia ainda.

Marina- Meu filho...

Poncho- Já era... Tudo. - A encarou com os olhos muito vermelhos. - Ele foi embora.

Marina acariciou seu rosto - Eu sinto que nada que eu falar ou fizer vai te ajudar. - Eles ouviram um barulho e olharam pra cama. - Eu vou sair, ela já vai acordar.

Jorge - Como ele está?

Marina - Arrasado. Ela parecia que ia acordar, prefiri deixar os dois sozinhos.

Ale triste - Não acredito nisso.

Jorge - A gente estava tão feliz com um bebê. 

Marina suspirou - Vamos ver como a Annie vai reagir, né. - Todos tristes nem sabiam o que dizer.

QUARTO

Annie despertou e mexeu a cabeça pro lado, viu Marina saindo e olhou pra Poncho se aproximando.- Poncho..

Poncho se sentou na beirada da cama- Oi. Como está se sentindo?

Annie- Nossa filho... O que foi que aconteceu?- Perguntou se sentando com medo de ouvir a resposta.

Poncho- Ele...- Parou de falar e pegou em sua mão a acariciando.

Annie com os olhos mareados- Não... Diz que não, por favor.- Suplicou e a última palavra já saiu junto das lágrimas.

Poncho tentando não chorar- Ele foi embora.- Ela fechou os olhos e o choro se intensificou aos poucos, Poncho que naquela hora ainda se controlava não conseguiu mais. Ela o abraçou e um chorou nos braços do outro, ele alisou suas costas.- Me desculpa não estar com você.

Annie- Eu ainda sinto ele aqui. Eu sinto, como ele foi embora?- Levou a mão pra barriga e o encarou chorando.

Poncho- Eu não sei. Eu... - Não terminou.- Me desculpa.

Annie- Você não tem que me pedir desculpa.- Acariciou seu rosto.- Eu que tenho por não ter cuidado direito dele.

Poncho- Você cuidou!- Fungou e a abraçou.- Você cuidou.

Annie- Se eu tivesse cuidado ele não teria morrido.

Poncho- Não, não fala isso. Não foi culpa sua, foi assim porque tinha que ser.

Annie- Eu não quero acreditar.

Poncho- Eu não consegui acreditar.- Os minutos se passaram e o choro dela não parava, ele a deitou na cama e ficou fazendo carinho em seus cabelos. Olhou e escutou aquele choro sofrido e isso o matava pouco a pouco, logo ela dormiu de novo, e ele saiu pra tomar um ar, encostou-se à porta já do lado de fora do quarto, fechando os olhos suspirando.

Marichello - Ela acordou?

Poncho- Sim.

Marichello- Você contou?- Ele assentiu e olhou pra baixo.

Henrique - Como ela está?

Poncho o encarou - Não era isso que você queria? Então... Já pode ir embora, não tem mais bebê nenhum pra atrapalhar a imagem de ninguém, pra estragar a vida de ninguém. - Ele não foi grosso, falou ``normalmente``, mas seu olhar dizia o desprezo que sentia por aquele homem naquela hora.

Marina - Filho...

Henrique - Deixa Marina. Ele está certo em me tratar assim. Eu acho melhor eu ir embora. - Se retirou.

Jorge - Poncho...

Poncho - Era isso que ele queria. Ele nunca foi capaz de ir falar com ela.

Jorge - Eu sei q...

Poncho - Depois pai. - Saiu andando pelo corredor.

Marina - Deus. - Colocou a mão na cabeça. - Me desculpe minha amiga.

Marichello - Não tem nada que desculpar. Em uma hora dessas a gente entende tudo. - Sorriu triste. Horas depois Annie acordou de novo, Poncho já estava com ela, na verdade tinha acordado pra ela fazer a raspagem (é o exame que fazem quando os bebês morrem na barriga gente, pra quem não sabe)

Poncho- Oi.- Tentou sorrir enquanto ela abria os olhos.

Annie- Oi.- Colocou a mão por cima da dele que acariciava seu rosto.

Poncho- Tá sentindo alguma coisa?

Annie - Não. - Ela sentiu os olhos se encherem de água de novo. - Eu vou ficar bem.

Poncho - Promete que a gente vai ficar bem.

Annie - A gente vai ficar bem.

Poncho selou os lábios carinhosamente - O médico tá vindo.

Annie - Pra que?

Poncho - Pra... Tirar ele daí.

Annie - Hum...

Poncho- A gente vai ter muitos filhos ainda.- Lembrou tentando a animar.

Annie- Mas esse vai ser sempre o primeiro.

Poncho- Não é você que diz sempre que quem... Morre... Vira uma estrelinha?

Annie - É.

Poncho - Então... Ele vai ser uma estrelinha. Sempre presente na nossa vida.

Annie triste - Vai ser um anjinho.

Poncho - Isso.

Médico - Com licença. - Pediu outro médico, não o mesmo de antes.

Poncho - Pode entrar. - Enxugou o rosto com as costas da mão.