Fanfic: Sad Beautiful Tragic ♡ D&C [Finalizada] | Tema: Rebelde

“Você ficará comigo, você continuará em mim
Por mais que se despida, você não vai sair daqui
O que foi bonito não pode ser apagado
O que é eterno não pode ser matado
Nunca se esqueça de mim
Eu nunca vou te esquecer”
Dulce Maria – Te Quedarás

Christopher estava concentrado em seu escritório lendo um contrato milionário. Que depois de tanto esforço conseguiu. Agora analisava tudo nos mínimos detalhes para que nada desse errado. Afinal agora além de presidente da antiga empresa que trabalhava, era o acionista majoritário. Mas foi interrompido pelo toque do celular. Rolou os olhos irritado e pegou o aparelho, para logo toda a irritação se esvair e um sorriso se abrir no rosto ao ver a foto da sua pequena Isabella, bem... Não tão pequena assim. Ele atendeu e a escutou pacientemente reclamar de como sua mãe não a deixava fazer nada.

Christopher: minha querida a sua mãe só esta cansada, releve isso.
Isabella:cansada de que papai? De bater perna no shopping e gastar o seu dinheiro?

Christopher respirou fundo. Isabella não era boba, e muito menos do tipo que se calava quando sabia que estava certa. Tinha um gênio forte que ele não sabia a quem tinha puxado.

Christopher: querida, não fale assim, é a sua mãe. – repreendeu-a – o que você quer fazer afinal?
Isabella:quero ir me matricular em uma aula de desenho papai. Eles só vão pegar quinze alunos, por isso preciso ir logo. Por favor, pode me levar?

Christopher olhou para o contrato e suspirou. Como diria não a sua filha?

Christopher:não tem nenhuma amiga sua que vai que você possa ir junto?–a ouviu suspirar e sentiu um aperto no peito.
Isabella:não papai, deixa para lá. Você esta trabalhando e eu estou incomodando.
Christopher:não é isso querida... – ela o interrompeu
Isabella:tudo bem papai, deixa, quem sabe da próxima né?
Christopher:porque não procura outras aulas? Existem varias na cidade inteira.
Isabella:é que essa é com a Candy, ela é arquiteta sabia? E trabalha com designer também. E ela me disse que daria essas aulas. Ela viu meus desenhos uma vez e disse que eles eram ótimos. Eu só precisava de um pouco de técnica. Mais tudo bem. Serio papai, eu entendo.

Christopher soltou um logo suspiro. Sua filha estava tão empolgada como há muito tempo não estava.

Christopher:fica pronta que em dez minutos passo ai.
Isabella:serio? – a ouviu quase gritar e riu baixo –papai eu te amo muito.

Desligou o telefone e pediu para secretaria entregar o contrato a um dos advogados e pedir para que eles relessem tudo. Saiu apressado do escritório e em exatamente dez minutos parou em frente a casa da ex-mulher. E buzinou. Belinda tinha voltado da Espanha a quase nove anos, os dois até voltaram a se relacionar mas Christopher não conseguia sentir mais nada por Belinda. Então terminou de vez aquela relação, hoje em dia, os dois malmente se viam, e quando se viam eram por Isabella. Christopher sempre tinha sido um pai presente. Ainda mais depois que Dulce lhe deixou.

Christopher: droga Christopher – rolou os olhos. – já se passaram doze anos e esse nome ainda esta em sua boca.

Christopher deu um soco no volante se repreendendo e ouviu a porta do carro se abrindo e sua filha entrando e lhe dando um rápido beijo na bochecha.

Isabella:vocêé o melhor pai do mundo. – eles riram
Christopher: tudo por você meu bebezinho. – ela fez careta
Isabella:pai, já tenho quinze anos, não sou mais um bebêta legal?

Ele riu baixo e seguiram o caminho todos entre risos e brincadeiras.

Dulce: Maite, por favor– rolou os olhos – hoje é o dia da inscrição no curso, estou em uma correria que você não tem ideia, e você quer inventar em um encontro as escurar? Pelo amor de Deus. – resmungou.
Maite: deixe de resmungo Maria, eu faço isso para o seu bem, você precisa relaxar. Então porque não um jantar, e depois quem sabe ir dançar e talvez um pouco de sexo? Você sabe o quanto isso faz bem? – Dulce riu baixo.
Dulce: eu sei sim. Você esta falando de um jeito como se eu fosse de trinta anos. – suspirou – Mai, eu não quero compromisso por agora, minha vida esta um caos.
Maite: não Maria, sua vida profissional esta um caos e sabe o por quê? – Dulce ficou calada esperando a amiga responder a sua própria pergunta – porque você tira um mês de férias e resolve abrir aulas de duas semanas para uma turma pequena.
Dulce: Mai, tudo bem, marca esse tal encontro ai, que quando eu sair daqui eu voulá bem? – ouviu a amiga rir vitorioso e rolou os olhos – agora beijos, eu vou desligar.

Dulce guardou o celular e respirou fundo. Mas essa agora, como se já não bastasse à correria que estava ainda tinha que ir a um encontro as escuras. Tudo isso porque não sabia dizer um não a Maite. Bufou irritada e começou a organizar as coisas da inscrição do curso e começou a se arrepender de não ter contratado uma assistente. De certa forma Maite estava certa, sua vida estava uma correria porque ela não conseguia não ter nada para fazer. Era uma excelente arquiteta e designer e era muito requisitada na empresa que trabalhava, mais estava tão cansada ultimamente, que decidiu tirar as férias, que não tirava a dois anos. E quando a ficha caiu que teria dois meses sem precisar fazer nada inventou de dar aulas de desenho para crianças e adolescentes. Pelo menos faria algo que gostava. Tinha alugado um pequeno galpão e o arrumado. O programa seria duas semanas de aulas, com três aulas por semana, e abriria para uma pequena turma de até quinze pessoas.

Quando se sentou na mesa para descansar um pouco viu que na frente do galpão já tinha um pequeno grupo de adolescente e sorriu. Levantou-se abriu a porta e lhes cumprimentou alegremente. Entregando-lhes o papel da inscrição para que fizessem. Pouco tempo tinham se passado e já tinham quatorze pessoas inscritas. E Dulce esperava ansiosamente por uma menina que tinha conhecido em uma praça nas redondezas. Ela tinha talento. E desenhava muito bem, com um pouco de técnica desenharia ainda melhor. Viu um menino se aproximar e lhe perguntar se ainda tinha como se inscrever. Mas seu coração mandou dizer que a turma já estava cheia, e que ligaria se houvesse alguma desistência. Iria esperar mais um pouco. Tinha quase certeza de aquela menina apareceria. Não entendia o porquê, mas gostou dela assim de cara.

Isabella:ain papai, eu acho que já chegamos tarde demais. – suspirou ao ver pela janela já um pequeno grupo de pessoas. – eu queria tanto fazer esse curso. – sorriu triste.
Christopher:vamos lá querida, quem sabe eu conversando com essa tal de Candy ela abra uma exceção para você?Olha primeiro vamos até lá ver se ainda tem vaga. Se não tiver agente tenta dar um jeito tudo bem?

A menina apenas assentiu desanimada e os dois saíram do carro e entraram no galpão.

Isabella: ali esta a Candy– apontou

Christopher olhou para onde sua filha apontava e viu uma mulher, que tinha a cabeça baixa e os cabelos castanhos escuros, quando percebeu sua filha já estava em frente a mesa e logo a viu levantar a cabeça e sentiu seu coração parar de bater por alguns minutos. Sua boca ficou seca de repente, e suas mãos suavam. Seus olhos apenas a encaravam como se fosse uma alucinação da sua cabeça, uma das muitas que já teve quando bebia. Ela sorria junto a sua filha, aquele sorriso que aquecia seu coração e sua alma. Aquela mulher que tanto amou estava ali, na sua frente conversando com a sua filha. A mulher que tanto amou e que lhe deixou. Viu Isabella apontar para ele e a ouviu lhe chamar. Mas quando os olhos de Dulce encontraram com o seu pensou que iria desmaiar.

Dulce estava desenhando alguma coisa que vinha em sua cabeça quando ouviu uma voz tímida lhe chamar e viu a menina do parque, sorriu abertamente para ela.

Dulce: eu sabia que você viria, já dispensei duas pessoas esperando você chegar. – lhe entregou ficha e as duas sorriram.
Isabella: nossa Candy, nem sei como agradecer. Minha mãe não queria me trazer – rolou os olhos – se não fosse pelo meu pai nem tinha chegado. – sorriu orgulhosa. – ele até veio comigo dizendo que se não houvesse mais vagas tentaria de convencer – elas riram baixo
Dulce: e onde ele esta?
Isabella: esta ali – apontou.

Dulce olhou para onde a menina apontava e quando encontrou com os olhos dele sentiu todo o corpo estremecer. Era Christopher, seu grande e único amor. Seu coração bateu tão forte que pensou que teria um ataque cardíaco. O viu andar hesitante em sua direção e se levantou, ainda o encarando. Não evitou deixar o olhar correr pelo corpo dele, vendo como estava ainda mais forte e agora usava uma barba rala. Sorriu vendo como estava ainda mais lindo do que se lembrava.

Dulce: Christopher? - Ele apenas assentiu sem saber o que falar. -quanto tempo. – passou a mão no cabelo tirando a franja do olho.
Christopher: você esta linda. – comentou sem pensar a viu corar de leve.
Dulce: você também. – sorriu timidamente.
Isabella: vocês se conhecem?

Isabella perguntou confusa, mas não obteve resposta, os dois apenas ficaram ainda mais perdidos no olhar um do outro, sentindo todos os sentimentos que achavam ter esquecido ressurgindo em seus corações.