Fanfic: Sad Beautiful Tragic ♡ D&C [Finalizada] | Tema: Rebelde

“Eu vou cuidar de você
Todo dia, toda hora e a todo momento
Você jamais vai duvidar do meu sentimento
É de dar inveja um amor assim

Eu vou cuidar de você
Todo dia, toda hora e a todo momento
Eu sou capaz de ler até seu pensamento
Só pra saber se tá pensando em mim”
Maria Cecilia e Rodolfo – eu vou cuidar de você

Dulce só tinha uma coisa a dizer, Nova Iorque era perfeita.  Christopher tinha reuniões pela manha, mas os dois sempre passeavam pela a tarde e a noite.  Já estavam na cidade há dois dias, e era seu ultimo dia ali, para sua tristeza. Fazia algumas compras já que justamente hoje Christopher teve uma reunião pela tarde, e os dois jantariam com o representante da outra empresa a noite. E por sinal estava um pouco atrasada, já eram dezoito horas, e o jantar estava marcado para as vinte horas. Correu até um taxi se dirigindo para o hotel.

Ao chegar Dulce correu para o quarto e largou as sacolas em cima da cama. Tinha comprado presentes para todos, Isabella, Maite, Christian, Marcelo e inclusive Christopher.  Tomou um banho rápido e começou a maquia-se. Dulce vestiu o melhor vestido que tinha levado. Um vestido vermelho que ia até três dedos acima do joelho e realçava bastante o seu decote, um salto alto. Estava pronta. Mas Christopher não estava no quarto e a ultima vez que falou com ele foi quando almoçaram juntos. Pegou o celular discando o numero do amado. Que atendeu no segundo toque.

Christopher: oi querida.
Dulce: já estou pronta, onde você esta amor?
Christopher: estou no bar do hotel com um dos representantes, venha até aqui.
Dulce: tudo bem, em estantes eu estarei ai.

Dulce pegou sua pequena bolsa e desceu até o bar do hotel. Estava cheio, mas foi fácil achar Christopher, na verdade o acharia em qualquer lugar. Ele estava de frente para a entrada e abriu um enorme sorriso quando lhe viu. Ele estava lindo, com aquele paletó aberto e sem gravata. Caminhou até ele que rapidamente se levantou e lhe estendeu a mão, que ela prontamente aceitou.

Christopher: você esta belíssima querida. – a elogiou enquanto a puxava pela cintura.
Dulce: você esta lindo. – suspirou sentindo o cheiro dele.
Christopher: querida deixe-me apresenta-la ao representante da Circulo Mayor.

O homem, alto e moreno, que até então falava com o garçom e estava de costas para ele se virou com um sorriso no rosto fazendo o coração de Dulce parar de bater. Ela se agarrou a Christopher recuando um pouco e olhando o homem a sua frente. Não podia ser.

Christopher: esse éPablo Lily querida, e essa é a...
Pablo: Dulce Maria? – o interrompeu surpreso.
Christopher: sim. – os olhou – vocês se conhecem?
Pablo: Dulce, você esta linda – ignorando-o.

Dulce engoliu em seco com o cinismo do homem a sua frente e ergueu a cabeça. Por mas abalada que tivesse não demostraria.

Dulce: obrigado – fria – trabalhamos juntos a muito tempo atrás querido, nada que tivesse muita importância.

Dulce se aninhou aos braços de Christopher, que tinha certeza que ela mentia, mas apenas assentiu. Depois falaria com ela.

Christopher: quer beber alguma coisa querida?
Pablo: talvez um martini duplo como nos velhos tempos – sugeriu sorrindo.
Dulce: na verdade não amor, eu estou com um pouco de dor de cabeça.  – ignorando-o.

Christopher assentiu irritado. Não sabia o que estava acontecendo ali. Mas não estava gostando. Será que os dois tiveram alguma coisa no passado? Sentiu uma raiva ao pensar nela nos braços de outro homem que não fosse os dele, apertou a cintura dela.

Pablo: então se casou?
Christopher: estamos de casamento marcado na verdade – respondeu antes que Dulce pudesse pensar em algo e ela apenas assentiu.
Pablo: que bom que esta feliz, depois de tudo o que aconteceu eu achei que...
Dulce: vamos jantar apenas nós três? – interrompendo-o
Christopher: terá mais dois representantes conosco. Iremos encontrar com eles as nove, em um restaurante aqui perto. Algum problema querida?
Dulce: minha cabeça dói um pouco, como só vamos as dez, será que pode me acompanhar até o quarto para que tome um remédio e descanse um pouco? – suplicou com o olhar – aposto que o senhor Lily não se importará. – sorriu cínica.
Pablo: chame-me de Pablo, Dul, pelos bons tempos. – ela riu baixo o encarando.
Dulce: agradeço se me chamar pelo nome, e não por apelidos. – olhou para Christopher –por favor amor, só por um tempo.
Christopher: claro. – terminou a bebida. – nos vemos em breve Pablo.

Saíram antes que o mesmo falasse algo. Christopher a segurou o tempo todo pela cintura, e nenhum dos dois falaram nada até chegarem ao quarto e Christopher fechar a porta.

Christopher: posso saber o que esta acontecendo?

Dulce que se segurou o quanto pode, ao entrar no quarto e se sentir segura não conseguiu mais segurar as lagrimas que caiam. Ela tinha se jogado na cama e quando ouviu Christopher sabia que lhe devia uma explicação, mas não sabia qual dar. Teve medo de encara-lo, mas ele já tinha lhe chamado três vezes, então virou-se vendo arregalar os olhos por vê-la chorar.

Christopher: Dulce, o que esta havendo? – preocupado.

Dulce estendeu os braços e ele entendeu que ela queria abraça-lo. Sentou-se ao lado dela abraçando-a e deixando-a chorar. Quando o choro cessou um pouco. Voltou a perguntar.

Christopher: o que esta acontecendo afinal? – se afastando para encara-la -Vocês dois namoraram? - ela assentiu – você ainda sente algo por ele? – receoso
Dulce: claro que não Chris, eu amo você.
Christopher: então porque chora desse jeito?
Dulce: é complicado. Uma historia longa, não sei por onde começar.
Christopher: pelo começo Maria. – grosso.
Dulce: para com isso – levantando-se – você não sabe o que aconteceu, não seja grosso.

Christopher suspirou. Estava louco de ciúmes e ela enrolava para contar o que tinha acontecido. Estava irritando-se já.

Christopher: conta logo o que tem para contar.
Dulce: conheci ele a seis anos atrás, trabalhávamos juntos, começamos a sair e eu achei que finalmente iria te esquecer e iria amar alguém de novo. Mas foi só mais uma paixãozinha que logo acabou. – ele a encarava – mas antes de descobrir isso, nós namoramos alguns meses, e ei fiquei gravida.

Christopher arregalou os olhos, sentindo o corpo gelar. Ela tinha um filho? Um filho com outro cara? Sentiu a raiva tomar conta de sí.

Christopher: você tem um filho? – gritou
Dulce: para de gritar – gritou – eu perdi o meu bebê.

Dulce voltou a ter uma crise de choro e ele não sabia como agir, sentia-se mal por ter gritado, e quando tentou se aproximar ela se afastou.

Christopher: me desculpa Dulce, eu não queria gritar. Eu... – ela o interrompeu.
Dulce: eu estava de sete meses, todos diziam que eu estava linda com aquele barrigão. – sorriu entre lagrimas – ia ser um menino, se chamaria Guilherme, seu quarto já estava pronto em minha casa, eu o tinha decorado todo.
Christopher: vocês estavam felizes – comentou triste mas ela negou.
Dulce: eu estava feliz, teria um filho, eu sempre quis ter um bebê. Mais o meu namoro com o Pablo logo acabou, ele não era o que parecia ser. Ele bebia muito, e quando estava bêbado se tornava agressivo. – olhou para baixo.
Christopher: Dulce, ele te bateu?

Ela não respondeu, e para ele aquilo já era um sim.

Christopher: desgraçado, vou mata-lo. – irritado.
Dulce: não vale a pena. – suspirou – ele me bateu quando eu estava no começo da gravidez, eu quase perdi o meu bebê ali e com medo disso acontecer, terminei com ele. – Christopher assentiu – só que um dia, ele estava completamente bêbado e bateu na minha porta de madrugada, quando eu abri ele disse que eu tinha que ficar com ele, porque o filho era dele, eu me recusei, o mandei sair, ameacei chamar a policia.

Dulce chorava lembrando-se dos momentos ruins que passou há anos atrás.

Christopher: o que ele fez Dul?
Dulce: ele me agarrou pelos braços, disse que iriamos dormi e me levou para o quarto, me mandou ficar quieta, mas eu não fiquei, ele me deu um tapa no rosto, e depois outro, e quando conseguir empurrar e ele e fugir para que ele não conseguisse machucar a mim e ao meu bebê, ele me agarrou pelo cabelo e eu tropecei, cai da escada.

Ela chorava, e ele sentia o coração doer por vê-la daquele jeito. Não entendia como alguém a teve ao lado e a machucou tanto, sua vontade era de matar aquele cara. De acabar com ele.

Christopher: foi assim que perdeu o bebê?
Dulce: a queda prejudicou, mas ele teria vivido se eu tivesse tido um atendimento rápido. Eu fiquei desacordada por um dia inteiro e ele não chamou ninguém, apenas voltou para o quarto e dormiu. Eu acordei sentindo muita dor, tinha quebrado um braço e sangrava muito, porque estava perdendo meu filho. Eu nem conseguia me mexer, mais gritei muito, e um vizinho ouviu, e ouviu os gritos dele me mandando parar. Chamou a policia. Eu fiquei internada e fizeram meu parto, mas o bebê, ele já estava sem vida.
Christopher: Dulce.

Christopher a abraçou com força, a sentiu tremer em seus braços. E teve vontade de chorar junto com ela. Seu coração doía por saber de tudo aquilo. Dulce não merecia sofrer tanto na vida como sofreu.

Christopher: meu amor, eu prometo que ele nunca mais vai encosta em você– sussurrou – ele devia estar na cadeia.
Dulce: ele foi condenado há três anos, mas pelo visto já saiu. – apertando-o – eu o odeio tanto Chris, tanto.
Christopher: eu também querida. Eu quero mata-lo.

Dulce se afastou um pouco passando as mãos no rosto e o olhou

Dulce: eu não posso mais ter filhos Chris, pelo que aconteceu, minha gravidez seria de risco, é improvável que eu consiga segurar um bebê por, mas de três meses.

O coração dele apertou mais. Não poderia ter um filho com a mulher que amava, isso lhe machucava bastante, pois planejava ter vários filhos com ela. Mas nunca a deixaria por isso. Segurou o rosto dela entre as mãos.

Christopher: tem milhões de crianças precisando de pais por ai, quando você quiser, adotaremos uma, ou dez.

Ela riu fazendo o coração dele se alegrar um pouco. Ele a fez rir.

Dulce: eu te amo Uckermann, - roçou seus lábios – eu te amo muito.

Falou antes de beija-lo.