Fanfic: Sad Beautiful Tragic ♡ D&C [Finalizada] | Tema: Rebelde

“Apesar do vento forte
Apesar dos naufrágios
Ao teu lado sei que estou a salvo”
RBD – A tu lado

Belinda: o que houve queridinha? Achou mesmo que ele era fiel?

Dulce gargalhou deixando-a confusa.

Dulce: Belinda, pensei que fosse mais criativa, primeiro porque não podia se dar ao trabalho de ter certeza que eu apareceria mesmo aqui? – Belinda a olhava com irritação – achou mesmo que acreditei nesse teatrinho? Que coisa mais clichê.

Christopher suspirou aliviado atrás dela.

Dulce: agora vou te dar uma escolha, ou você sai, ou eu te coloco para fora. O que vai ser?
Belinda: vai se arrepender disso, ele vai te trair, ele não é mais o mesmo que você conheceu anos atrás, ele mudou.
Dulce: Belinda, por favor, se você nunca conseguiu satisfaze-lo na cama, o que queria? – sorriu sarcástica – ele foi fiel a você tempo demais se quer saber

Irritada Belinda saiu dali batendo a porta e Christopher abraçou Dulce, com certo desespero.

Christopher: que bom que não acreditou em nada estava morrendo de medo.
Dulce: calado. – falou seria assustando-o – tem banheiro aqui? – ele assentiu – vamos.

Dulce o puxou para o banheiro e o fez lavar a boca com sabão, para os germes que Belinda deixou nele.

Christopher: só você mesmo para me fazer, fazer isso. – riu abraçando-a
Dulce: o que seria de ti sem mim hein? – sentando-se no sofá junto a ele – se eu não chego aqui para te proteger, arg, nem sei – ele sorriu – promete que vai proibir a entrada dela aqui?
Christopher: prometo amor. – beijou o cabelo dela. – e o que você faz aqui?
Dulce: eu pedi demissão.
Christopher: como assim?

Dulce contou a ele tudo o que tinha acontecido, que Pablo estava de volta e tudo mais, e que agora estava planejando não arrumar emprego como designer e sim dar aulas de desenhos a crianças.

Christopher: eu gosto da ideia, você gosta muito disso, mas estou um pouco preocupado com o fato desse cara estar de volta.
Dulce: não se preocupe meu amor, eu vou me cuidar, se ele voltar a se aproximar eu dou queixa, não quero estar perto dele. – se aninhando nos braços dele.
Christopher: tudo bem, mas não tem como não me preocupar contigo – beijou o cabelo dela. – amor, eu tenho uma ideia.
Dulce: que ideia? – aspirando o cheiro dele.
Christopher: eu quero que venha comigo a um lugar.

Dulce não entendeu todo o mistério que Christopher fazia sobre o lugar aonde iriam até ele parar o carro em frente a um orfanato, suspirou olhando pela janela. O orfanato era um casarão velho e que precisava de uma boa reforma, dava para ver pela grande um jardim enorme.

Christopher: vamos fazer uma visita Dulce, conversar e ver como podemos dar entrada nas coisas.

Ela não o respondeu, continuava parada olhando pela janela. Uma criança, sempre quis ter um filho. Filho. Ela teve um filho. Sua mão automaticamente pousou em cima de sua barriga, acariciando-a. Um filho que carregou por sete meses em seu ventre, a quem já amava incondicionalmente antes mesmo de ver seu rosto. Seus olhos estavam marejados e duas grossas lagrimas quentes escorreram por seu rosto. Perdeu seu bebê por culpa do idiota do Pablo. Era a segunda vez que o via, e por mais que escondesse de Christopher, não era tão forte como fingia ser, ver aquele homem lhe dava náuseas e lhe fazia lembrar de tudo.

Christopher: Dulce. – chamou-a suavemente, já tinha se arrependido de leva-la ali. – Dulce. – ela o olhou.
Dulce: oi?
Christopher: me perdoa ter trazido você aqui, vou leva-la de volta.
Dulce: não Chris, eu quero entrar. – sorriu de leve.
Christopher: tem certeza meu amor? – ela assentiu de leve – você não parece bem meu amor. – apontou de leve para a mão dela.

Dulce olhou para mão que estava protetora sobre o ventre e suspirou levando as mãos ao rosto.

Dulce: estava pensando que se ele tivesse sobrevivido teria cerca de cinco anos, e ver o Pablo hoje... – fez careta – eu finjo não sentir, mas...
Christopher: Dulce, desabafa comigo, me conta o que você sente.
Dulce: nojo, raiva, ódio. – fungou engolindo o choro – náuseas, vontade de mata-lo. Mata-lo Christopher. – o olhou nos olhos – eu o odeio.
Christopher: eu também Dulce, eu sinto tudo isso só por saber de tudo o que ele fez contigo.
Dulce: eu não o vi Chris – ele franziu o cenho confuso – depois que o tiraram de dentro de mim, eu não queria olhar para ele, ver o rostinho dele e saber que aquela seria a primeira e última vez.
Christopher: oh meu amor, eu não sei o que te dizer.
Dulce: não diz nada. – suspirou – mas pode fazer, vamos lá dentro comigo.
Christopher: vamos amor. – sorriu de leve.

Os dois entraram no orfanato de mãos dadas, uma funcionaria lhes disse que lhes mostraria tudo. Dulce olhava a tudo atenta, quando chegaram ao quintal, onde centenas de crianças brincavam, tantas crianças sem pais, se pudesse levaria todas para casa, cuidaria e amaria a todas, mas não podia. A funcionaria se afastou e os deixou ali, diversas crianças passavam por eles, algumas falavam com eles, os chamavam para brincar, queriam chamar suas atenções, queriam um lar e uma família que lhes amasse.

Um grupo de garotos puxou Christopher para jogar bola com eles, enquanto algumas meninas chamavam Dulce para brincar de boneca. Com um sorriso no rosto e o coração partido, sentou-se na grama com elas e brincou por minutos, olhava Christopher vez ou outra e seus olhares se encontravam, diziam silenciosamente um ao outro que estavam felizes ali, arrodeados com tantas crianças.

Uma menina de cabelo negro, pele escura e os olhos azuis, que aparentava ter cerca de dois anos, se aproximou de Dulce com uma boneca quebrada nas mãos, ela também queria brincar. Sorriu para a menina que lhe sorriu de volta. Ela era tão linda, depois de um tempo brincando com as meninas olhou em volta e viu Christopher com um garoto no colo, o menino tinha os cabelos castanhos como o dele e pelo tamanho devia ter cinco anos, ele estava em pé de frente para uma senhora, e pareciam conversar. Devia ser a diretora do local, falou para as meninas que já voltava e se levantou indo até ele.

Dulce: amor - sorriu de leve chegando até ele.
Christopher: oi meu amor – passou o braço em torno de sua cintura – essa é dona Lurdes, ela é a diretora. – a senhora sorria olhando-os.
Dulce: prazer dona Lurdes. – sorriu para a mesma
Christopher: e esse aqui é o Mattheus.
Mattheus: oi – falou com a mão na boca – você é muito bonita.
Dulce: muito obrigado Mattheus, você também é muito lindo. – sorrindo.
Lurdes: Mattheus por que não vai brincar com os outros meninos enquanto eu converso com eles?

Mattheus assentiu e Christopher o colocou no chão e seguiram Lurdes até a sala da mesma.

Lurdes: então querem adotar uma criança? – eles assentiram – vocês tem filhos?
Christopher: eu tenho uma menina – sorriu orgulho – quinze anos, uma menina maravilhosa.
Lurdes: imagino que sim. – simpática – e ela sabe da decisão de vocês?
Dulce: sim, com ela não precisamos nos preocupar – sorriu.
Lurdes: e vocês já sabem se querem menino ou menina, bebê, criança ou adolescente.
Dulce: desculpa senhora, não quero ofende-la, mas parece que estamos falando de um produto e não de uma criança.
Lurdes: não, não me ofende, mas é que muitos chegam aqui e falam da mesma forma – suspirou – isso me irrita bastante também, mas achei melhor ser direta.
Christopher: não temos preferência em nada ainda. Sabemos apenas que queremos adotar.