Fanfic: Sad Beautiful Tragic ♡ D&C [Finalizada] | Tema: Rebelde

“Como um anjo
Você apareceu na minha vida
Uuuh, como um anjo
Repleto de ternura e de paixão”
Cesa Merotti e Fabiano – como um anjo

Quando Dulce estacionou seu carro no estacionamento da empresa de Christopher, soltou um suspiro de alivio, eles tinham marcado uma reunião com o advogado de Christopher, para entrar com o pedido de guarda provisória de Mattheus e Liz as 18 horas, dali a quinze minutos, pensou que chegaria atrasa, mas ficou o máximo que pode com os meninos, antes de ver que estava super atrasada e se despedir correndo. Subiu para a sala do mesmo e o encontrou concentrado em algum documento, o olhou com um sorriso nos lábios.

Não sabia se era ela, ou se era ele, mas ele parecia mais bonito a cada vez que ela lhe olhava. Ali, concentrado, usando um óculos de grau – que ele mal usava – e com a barba por fazer, parecia ainda mais lindo do que de manhã, quando se despediram para ele ir trabalhar e para ela levar Isabella na escola. O viu a olha confuso e seu sorriso se alargou se aproximando dele.

Christopher: estava me observando? – ela assentiu – e por que isso?
Dulce: porque você é lindo – sorriu – está ainda mais lindo do que de manhã.
Christopher: acho que está doente – provocou
Dulce: cala a boca.

Dulce lhe deu língua e logo depois se inclinou em sua direção lhe dando um beijo calmo e rápido.

Christopher: quando está ficando bom você se afasta – fez bico e ela riu.
Dulce: tadinho do bebê.

Ouviram batidas na porta e Christopher pediu que entrasse, era Victor, o advogado. Os três se acomodaram no sofá e poltronas que tinham em um canto da sala.

Victor: então querem adotar duas crianças? – eles assentiram – vocês não são casados, sabem que eles levam isso em conta não sabem?
Christopher: sabemos, nós já vamos marcar o casamento, mas queremos entrar logo com o processo, nos apegamos muito aos meninos.
Victor: bom, posso entrar com a solicitação amanhã mesmo, a guarda provisória é fácil de ser pega, mas vocês terão visitas de várias assistentes sociais ao logo dos meses, e só então poderão ter a guarda definitiva das crianças. É um processo logo, vocês estão dispostos a enfrentarem?
Dulce: sim, estamos. – respondeu sem hesitar.
Victor: marquem o casamento, isso vai contar muito no processo. – os dois assentira.
Christopher: estávamos querendo ajudar a reformar o orfanato, você acha que eles vão ver isso como algo ruim?
Victor: talvez sim, talvez não. Acho que deviam fazer, se não contar positivo com o juiz, com certeza vai contar positivo com o orfanato. – os dois assentiram
Dulce: quais são as nossas chances de conseguirmos a adoção?
Victor: bom, você são bem de vidas, tem uma casa grande e própria, o Christopher tem um bom emprego e a maioria das ações da empresa, tem a Isabella também, tudo isso conta. As chances são grandes.

Conversaram mais um pouco e Victor saiu deixando os dois felizes.

Christopher: eu lhe disse, nós vamos conseguir. – passando um braço pelo pescoço dela.
Dulce: rezo por isso todos os dias. – aninhando-se nos braços dele. – ah, liguei para o dono daquele galpão.
Christopher: e então?
Dulce: ele disse que só estava interessado em vender agora – suspirou – eu tenho um bom dinheiro guardado, só espero que seja o suficiente, para comprar e bancar o lugar por algum tempo, até eu ter lucro.
Christopher: você podia me deixar te ajudar...
Dulce: claro que não Chris. – negou com a cabeça – eu não quero o seu dinheiro – fez careta
Christopher: não é o meu dinheiro Dulce, vamos nos casar afinal.
Dulce: quero fazer isso sozinha.
Christopher: tudo bem, então vamos fazer um acordo. – ela o olhou – você me deixa te ajudar, até pelo menos você começar a ter lucro – ela suspirou
Dulce: se eu negar o assunto vai morrer aqui? – ele negou sorrindo – tudo bem, deixo você me ajudar, com a condição de que eu vou lhe pagar cada centavo.
Christopher: porque quer, eu acho desnecessário.
Dulce: mais eu quero.

Ficaram em silencio por alguns segundos, apenas sentindo a presença um do outro.

Dulce: eu pensei em dentro do galpão fazer um escritório para mim. – ele a olhou – tenho muitos clientes fies e ainda posso pegar alguns trabalhos de designer.
Christopher: é uma ótima ideia, posso indicar você aqui também. – ela sorriu.
Dulce: obrigado pelo apoio meu amor.
Christopher: não precisa me agradecer amor – sorriu apertando-a nos braços – vamos nos casar, então precisamos apoiar um ao outro.

Os dias se passaram rapidamente. Dulce tinha comprado o galpão, e a casa deles tinha sido entregue. Ela e Isabella, faziam a decoração da casa a seus gostos, com bastantes cores e fotos espalhadas. A maior parte da casa era branca, mas sempre tinha uma parede cor nos ambientes, os moveis eram pretos, mas as cores se destacavam na decoração.

O que Isabella mas gostou de decorar foi o seu quarto, ela teve toda a ajuda de Dulce nisso, pintaram as paredes em tons de lilás claro, e uma parte da parede onde ficaria a cama, recebeu um papel de parede roxo com bolinhas brancas, e no que seria a cabeceira da cama um espelho gigante foi instalado. Letras em um tom forte de amarelo formando a palavra “love” foi colocado a parede em baixo de uma mesinha de vidro que serviria de criado mudo. E um nicho branco foi colocado do outro lado em baixo da penteadeira. Em frente a parede da cama, uma parede coberta por prateleiras, que elas encheram com os livros, dvd’s e cd’s que Isabella colecionava ao longo dos anos, e uma televisão grande no meio. Em um dos cantos, uma poltrona roxa e uma luminária foi colocada, tornando-se o canto da leitura. Em baixo da grande janela, uma mesa grande foi colocada, para que ela pudesse estudar e desenhar. Sem sombra de dúvidas, aquele quarto era muito melhor do que tinha na casa da mãe e até mesmo no apartamento do pai, apesar de ser menor, foi decorado de coração, por ela e Dulce juntos.

Decoraram também um quarto para Liz e outro para Mattheus, com base no que perguntaram para ele no decorrer da semana. Um parque plástico foi montado no quintal próximo a piscina, tudo o que eles queriam era a casa preparadas para receber duas crianças e que aquilo fosse um lar feliz. E depois de poucos dias, já estavam os três morando na casa deles, juntos, em breve seria cinco.

Dali a uma semana seria o julgamento que definiria se eles teriam a guarda provisória ou não. E durante essa espera, para manterem a mente ocupada, Christopher tirou uma semana de folga da empresa, e ele e Dulce cuidaram da reforma do orfanato, junto com uma equipe de pintores que contrataram. O casarão foi pintado, moveis novos chegaram, brinquedos foram espalhados, e os quartos das crianças reformados.

E então era sexta feira. Dia do julgamento.

Juiz: declaro aberto o julgamento de guarda provisória e futura adoção.

Dulce mordia o lábio nervosa ao lado de Christopher, sentaram-se na mesa junto a Victor, que explicava ao juiz que os dois queriam adotar as crianças.

Juiz: vocês são casados?
Christopher: não meritíssimo, somos noivos, iremos nos casar dentro de três meses.
Juiz: mas não são casados, e sabem que isso conta muito.

Dulce sentiu o coração apertar e seus olhos arderam sentindo as lagrimas.

Dulce: se me permite falar meritíssimo – o juiz assentiu – eu e Christopher não somos casados, mas moramos juntos, nós e a Isa, filha do meu noivo. E isso não nos impediu de ir até o orfanato e conhecer a Liz e o Mattheus, nos apegamos a ele, eu já os amos, preparamos quartos em nossa casa para recebe-los, e é tudo o que eu quero, tê-los em minha casa, fazendo parte da minha família. – lagrimas quentes escorreram pelo rosto dela – não precisamos estar casados para dar o meu amor a essas crianças, vamos ama-las, cuida-las e protege-las de uma forma ou outra. Só os quero perto de mim para isso.

O juiz olhou para Dulce de cima a baixo e puxou os lábios em uma careta, ele não gostava de ser contestado daquela forma.