Fanfics Brasil - Ódio. Não era pra ser assim.

Fanfic: Não era pra ser assim. | Tema: Adolescente, primeiro amor


Capítulo: Ódio.

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Durante as duas ultimas aulas eu não consegui me concentrar, ficava toda hora lembrando do episódio com o Victor. Como aquele garoto conseguia ser tão idiota? Em pensar que hoje cedo quando vi ele no elevador quase babei. Onde eu estava com a cabeça? Realmente, a Ana tem razão, quanto mais bonito, mais idiota o cara é. Eu tinha acabado de comprovar essa teoria da minha prima, que até então não havia provas concretas que confirmassem isso.


A aula acabou e eu sai da sala junto com a Carol, ela ficou o tempo todo tagarelando sobre o Lucas e como ele era legal, inteligente, bonito, etc, etc. Enquanto minha amiga falava sobre o garoto perfeito que ela tinha conhecido hoje e que deixou-a encantada em apenas 30 minutos, eu ainda estava pensando no Victor. Durante todo o caminho para casa foi isso: a Carol falava, eu apenas assentia e fingia que estava prestando atenção.


“Amiga, vamos sair hoje a tarde?”, a Carol disse assim que o elevador parou no seu andar.


“Pode ser.”, eu disse, “As quatro?”


“As quatro.”, ela respondeu, “Vou chamar o Jhuan, o Lucas, o Caio e a Jheny, ok?”


Eu apenas assenti com ela e acenei dando tchau quando a porta do elevador foi se fechando. Quando o elevador parou no quarto andar hesitei em sair correndo quando a porta abrisse, só pra não ter que compartilhar o mesmo ar com o Victor, mas graças ao bom Deus, não era o Victor que estava prestes a entrar no elevador e sim uma senhora e uma garotinha pequena de uns 5 ou  6 anos. O elevador subiu me deixando na cobertura e logo após desceu novamente, assim que eu sai. Fui caminhando em direção a porta do meu apartamento quando alguém puxa meu braço fazendo com que eu soltasse um grito.


“Calma, Lai.”, disse uma voz masculina, “Sou eu, o Math, seu amigo.”


“Ai garoto, quer me matar do coração?!”, eu disse me virando pra ele e fazendo careta.


“Desculpa, baixinha. Não foi a minha intenção.”, ele disse e levantou as mãos para o alto como se estivesse se rendendo.


“Tudo bem, bebê.”, eu disse sorrindo e o puxei para um abraço, “E aí? Como foi o primeiro dia na faculdade?”


“Digamos que Engenharia Civil não é um curso tão legal quanto parece ser.”, ele fez uma careta e continuou, “E você? Como foi o primeiro dia no ensino médio?”


“Digamos que o colegial não é tão legal quanto parece ser.”, eu dei uma risada e continuei, “Você sabe, né? Mudanças no começo as vezes são complicadas, mas enfim, lá é um bom colégio e tal.”


“Realmente.”, ele disse e sorriu, “Então, rola um rango ai hoje?”, ele apontou para minha casa.


“Pode ser que sim.”, eu disse e sorri, “Vem, Math.”


Math e eu entramos no meu apartamento, enquanto fui preparar o almoço, ele ficou na sala assistindo televisão. Peguei uma pizza congelada na geladeira, coloquei a mesma em uma forma e logo após levei ao forno. Peguei os pratos e os talhares e fui colocando tudo junto a mesa enquanto a pizza assava, peguei também os copos e coloquei os mesmo na mesa, em seguida de uma garrafa de Coca-Cola que eu peguei na geladeira e também deixei em cima da mesa. Uns cinco minutos de eu ter arrumado toda a mesa o forno disparou, peguei a pizza no mesmo e coloquei-a sobre a mesa. Gritei o Matheus para que viesse logo, me sentei e me servi. Não demorou nada e ele chegou, sentando-se de frente para mim e se servindo de coca e pizza.


Enquanto comíamos conversamos bastante, como de costume. Ele me contou sobre meu primeiro dia de aula e como foi seu primeiro choque de realidade, ao perceber que realmente não estava fazendo o curso que ele gostava e sim o que seu pai queria. Eu contei a ele sobre meu episódio na escola com o Victor, deixando de lado apenas a parte de que eu havia visto ele minutos antes no elevador e havia o achado um gato. O Math conhecia o Victor, quando eu contei sobre ele, sua reação foi apenas rir e dizer que dele não esperava nada melhor que isso e eu apenas resmunguei que ele poderia ser mais educado pelo menos.


Depois que almoçamos, Math lavou as louças enquanto eu fui assistir televisão. Fiquei mudando de um canal para o outro até desistir e optar por desligar a tevê, peguei uma revista e comecei a folheá-la. Eu já estava desesperada sem nada para fazer, quando Math chegou na sala e se jogou em cima de mim no sofá.


“Socorro, vou morrer espremida!”, eu disse alto me segurando para não rir.


“A senhorita está me chamando de gordo, dona Laila Fransour?”, ele disse enquanto me pressionava contra o sofá e fazia cocegas em minha barriga.


“Nã-nã-não!”, eu disse gaguejando entre risadas ao sentir as cocegas.


“Acho bom!”, ele disse rindo e sentou-se no outro sofá, “Ai princesa, vou ir nessa. Valeu pelo rango! Amanhã é meu dia, ok?”, ele levantou-se e foi rumo a porta.


“Ok. Quero uma comida beeeem gostosa, hein?!”, eu disse sorrindo e ele apenas assentiu enquanto saia do apartamento.


Assim que o Math foi embora olhei no relógio e já eram 15:15, ou seja, eu teria que me arrumar rapidamente para sair com a Carol e os amigos do irmão dela. Corri até meu quarto e abri meu guarda-roupa, estava calor, então optei por um short jeans claro e uma babylook preta com um desenho colorido na frente, peguei uma sapatilha azul marinho do mesmo tom de algumas partes do desenho da blusa, deixei tudo em cima da cama junto com um conjunto qualquer de lingerie e me dirigi para o banheiro. Me despi e entrei no box, liguei o chuveiro e tomei um banho rápido. Me enrolei na toalha e sai do banheiro, indo até o quarto. Vesti a roupa que eu havia deixado em cima da cama e calcei a sapatilha, coloquei meu relógio e minha correntinha, penteie meu cabelo e deixei ele solto novamente, passei um pouco de perfume, peguei meu celular e uma bolsinha preta pequena em cima da cômoda e sai do quarto. Fui até a cozinha e escrevi um bilhete para minha mãe, avisando que havia saído com a Carol e talvez não chegasse para o jantar. Sai de casa e fui em direção ao elevador. Esperei por alguns segundos até que o elevador chegou e eu entrei, apertei o botão do andar da Carol e fiquei a espera. Até que o elevador para no quarto andar e uma certa pessoa entra.


Sim. O Victor havia entrado no elevador. Como eu fiquei? Irritada. Mal o conhecia mas já o odiava. Não sei como alguém poderia suportar uma pessoa como ele, tão idiota. Eu estava perdida nos meus pensamentos e orando para que o elevador descesse logo, que levei um susto quando ele falou comigo.


“Ora, se não é a garotinha mal educada!”, o Victor disse em tom irônico e eu fechei a cara.


“Ora, se não é o retardado da minha escola!”, disse e dei um sorriso irônico para ele.


“Ei, você não me disse seu nome.”, ele disse me olhando de cima a baixo.


“E nem vou dizer, tenta adivinhar.”, eu disse e pisquei para ele, soltando uma risada logo após.


Assim que eu terminei de falar o elevador parou no andar da Carol e eu desci, deixando Victor lá sozinho me olhando com cara feia. Caminhei até a porta do apartamento da Carol e bati na porta, não demorou muito e o Jhuan atendeu.


“Princesa!”, ele disse sorrindo ao me ver e já foi me puxando para um abraço.


“Jhuanzito!”, eu disse e retribui seu abraço.


“Carol, anda! A Lai já chegou!”, o Jhuan gritou enquanto desfazia nosso abraço, “Acho que você conhece sua amiga, né?”, ele riu e eu assenti.


“Calma, já estou indo, só mais cinco minutos!”, a Carol gritou de dentro do apartamento.


Eu e o Jhuan ficamos conversando na porta enquanto a Carol não chegava, o que durou mais ou menos uns dez minutos. O Jhuan era legal, muito legal para falar a verdade. Eu gostava da companhia dele, especialmente porque ele não fazia o tipo irritante de irmão mais velho de amiga, pelo contrário, ele era super fofo comigo, desde que o conheci ele sempre me tratou super bem. Porém ao contrário do Math, eu não tinha ele como um irmão mais velho, ele estava mais para aquele amigo bem próximo que certa vez já chegou rolar um beijo entre vocês e tal, sabe?! Sim. Nós já ficamos, mas faz quase dois anos, eu tinha 13 e ele 15, eu estava esperando a Carol para a irmos na matinê do cinema e ficamos somente eu e o Jhuan na sala, então acabou acontecendo. Mas nós nunca falamos sobre isso, pra falar a verdade, eu nunca falei sobre isso para ninguém. Nem mesmo para a Carol. Enfim, desde então o Jhuan me trata super bem, as vezes até me incomoda essa coisa de ser gentil o tempo todo.



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Autor(a): tatavsouza

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