Fanfic: AMOR E GUERRA | Tema: SENHOR DOS ANÉIS, ORIGINAL

     Sauron era um dos mais poderosos maiar, antes mesmo de chegar a Arda. Era aprendiz do valar Aulë, mas sentindo–se atraído por Melkor, o abandona e passa a seguir este, tornando-se, rapidamente, seu fiel tenente e o segundo depois dele.

     Quando Melkor é derrotado em definitivo, os valar intimam Sauron para ser julgado, após o cumprimento da sentença que seria determinada, ele seria libertado e estaria livre para viver em paz; mas por medo ele foge.

     Durante algum tempo Sauron tornou-se razoavelmente bom, talvez pela falta da influência do seu antigo mestre Melkior, porém o isolamento e o exílio, por ele escolhido, o fizeram voltar a ter atitudes maléficas. Durante os longos anos em que esteve ausente, Sauron, arquitetava novas tramas para assumir o posto deixado pelo seu antigo senhor.

     É assim que após tantos anos retorna a Terra-Média, sob nova fisionomia, mais bela e atraente, para não ser reconhecido e se apresentando como Annatar. A região escolhida, por ele, foi Eregion, a qual era governada por Celebrimbor; o grande artífice élfico da época. Neste reino conquista a amizade de muitos elfos, fingindo ser amigo deles. Conseguindo, até mesmo, ludibriar Celebrimbor e obter sua amizade.

     Certo dia Annatar se aproxima de Celebrimbor, dissimulando suas reais intenções, e lhe sugere a ideia de confeccionar anéis de poder, para corrigir os erros do mundo. Após refletir sobre tal sugestão Celebrimbor decide por acatar. Desta forma são forjados pelos ferreiros élficos, auxiliados por Annatar, dezesseis anéis, dos quais sete seriam entregues aos anões e nove aos homens. Sem o auxilio de Annatar, Celebrimbor cria três anéis de poder que seriam entregues aos elfos. Enquanto isso, secretamente em Mordor, na Montanha da Perdição, Annatar também forjava o Um Anel, impregnando-o com grande parte de sua personalidade e maldade, para conquistar e dominar os demais anéis e o mundo. Porém os elfos descobriram a tempo quais eram suas reais intenções. Então sem escolha só lhe resta roubar os anéis de poder confeccionados pelos elfos e assim ele faz. Só os três anéis dos elfos é que não são roubados, pois Celebriambor já havia prevenido os seus donos.

     Por essa razão seus planos falharam. Primeiro porque os elfos cientes das suas intenções, não fizeram uso dos três anéis de poder, portanto ele nunca soube aonde os mesmos foram parar e tentar pegá-los; segundo porque os anões não podiam ser controlados por ele, devido à características da própria raça dos anões. Só os homens, que eram ávidos por riqueza e poder é que foram subjugados ao poder do Um Anel.

         Sem ter mais necessidade de fingir ser amigo dos elfos, Sauron, agora em poder dos anéis que havia roubado, parte para Mordor. Durante dois mil e quinhentos anos ele reinou absoluto em Mordor, fazendo deste lugar sua fortaleza, com o Um Anel e com os senhores dos homens controlados por ele, por meio dos nove anéis, ele estendia seu império por longas áreas. Em um ataque contra os elfos de Eregion, Sauron é repelido pelos valentes númenorianos, que se aliam aos elfos. Sem chances de vitória recua à Mordor.

     Pela primeira vez Sauron percebe que seu reinado está ameaçado pelos Homens de Númenor (númenorianos). Os númenorianos foram os primeiros navegantes do mundo, habitavam a Ilha de Númenor, por isso o seu nome; eram valentes, ágeis e bastante habilidosos. O novo confronto entre eles e Sauron ocorre quase mil anos após o primeiro, só que desta vez Sauron é detido. Como prisioneiro é levado para Númenor.

     Mas o que ninguém sabia, era que Sauron, na verdade, não havia sido vencido, ele apenas usou de estratégia para derrotar aqueles que eram uma ameaça aos seus planos. Fingido derrota, arrependimento e implorando clemência, teve a oportunidade de ir a Ilha de Númenor e conhecer os pontos fracos do seu inimigo. É assim que fica sabendo da insatisfação de alguns númenorianos, pela escolha do seu primeiro rei, o meio elfo Ëarendil, irmão gêmeo de Elrond, Senhor de Valfenda.

     Ëarendil assim como Elrond tiveram o direito de escolher a qual raça iriam pertencer: se a dos homens ou se a dos elfos. Elrond optou pela raça dos elfos,  mas Ëarendil preferiu a dos homens, assim o primeiro teria a imortalidade, mas os homens, por maoir longevidade que tivessem, um dia morreriam. Isso os revoltavam! Como os númenorianos eram homens, pessoas mortais, os valar os proibiram de se aproximar ou de pisarem nas Terras Imortaisr, onde não era permitida a presença humana.

     Mostrando –se arrependido e com disposição para reparar seue erros Sauron faz de tudo para ajudar os númenorianos, conquistando a simpatia do rei Ar- Parazôn até torna-se seu fiel conselheiro. Era a oportunidade que ele aguardava para aniquilar aquele que temia. Ele informa ao rei que sabia como ele e o seu povo poderiam conquistar a imortalidade. Ar-Parazôn, orgulhoso e invejoso da imortalidade dos elfos e valar o incita a fornecer tal informação. Como quem não quer nada, ele informa que eles deveriam combater e conquistar as Terras Imortais, pois aqueles que lá pisassem adquiririam a tão sonhada imortalidade sendo esta a razão para, os valar, os proibir de lá pisar. Eles, dizia Sauron, no seu egoísmo querem ser os únicos a terem direito á imortalidade.

     Porém isso não era verdade. Qualquer mortal que lá chegasse continuaria mortal. Mas Sauron sabia que este conflito reduziria e enfraqueceria os númenorianos. O rei, no seu orgulho e cobiça, acredita na informação passada por Sauron e parte rumo as Terras Imortais para desafiar os valar. Foram poucos os númenorianos que não concordavam com tal ato, estes foram posteriormente chamados os Fiéis (Dúnedain).

     Enquanto o rei Ar- Parazôn, influenciado por Sauron, um euma armada e parte para combater os valar e conquistar as Terras Imortais; Sauron sobe a Meneltarma, montanha mais alta de Númenor, para ver a derrota dos númenorianos. Os valar eram proibidos de agir contra os homens, por isso eles pedem auxílio à Ilúvatar, que provoca um cataclismo afundando a ilha e mudando toda a configuração de Arda, que deixa de ser plana e torna-se arredondada. Quase todos os númenorianos pereceram, exceto alguns que acompanhavam Ar- Parazôn, que passaram a ser conhecidos como os númenorianos negros, e todos os Fiéis.

     Com a inundação de Númenor, Sauron cai e seu corpo é totalmente desfigurado. Desta forma ele retorna a Mordor, onde forja para si uma armadura similar a de Melkor, constrói mais fortalezas e expande seu reino. Durante um pequeno período de tempo Sauron não perturbou e todos o julgavam morto. Os Fiéis, sobreviventes do cataclismo fundam o reino de Gondor e Arnor. Quando Sauron descobre que um dos reinos situa-se nas suas fronteiras, ele se inflame, constrói Barad-dûr, uma enorme torre; forma um exército de orcs e ataca homens e elfos. Muitas guerras são travadas nesta época.

     Cansados de tantas guerras os elfos se unem aos homens e aos anões e juntos marcham contra Mordor. Sauron aparece para enfrentar Gil- Galad e Elendil. Elendil ao ser empurrado por ele cai sobre sua espada Narsil, quebrando-a, Gil – Galad aproveitando consegue perfurar Sauron que cai por cima dele matando-o. Isildur com o toco da Narsil corta a mão de Sauron, retirando–lhe o Um Anel. Enfraquecido Sauron foge para Dol Guldur, ao sul da Floresta das Trevas onde permaneceu por três milênios sem pertubar. O Anel Governante passa para Isildur que, ao invés de destuí-lo, resolve guarda–lo como herança de seu reino.

     Sauron retorna a Mordor, convoca os Nazgûl, espectros dos nove anéis, e volta a atacar a Terra- Média, enquanto procura o Um Anel. Só com a destruição do Um Anel é que Sauron seria vencido em definitivo.