Fanfics Brasil - Capítulo 019: No ônibus A Aposta (Adaptação)

Fanfic: A Aposta (Adaptação) | Tema: Laliter


Capítulo: Capítulo 019: No ônibus

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  Duas horas depois do desembarque, finalmente o ônibus está pronto para deixar o aeroporto a caminho da balsa. Euge e Rocío sentaram-se juntas e quando Lali ameaçou sentar-se com Camila, Peter a empurrou para o banco de trás.
  Ele praticamente a jogou em direção à janela fechando a passagem. Para sair dali, Lali teria que pular por cima dele, o que estava fora de cogitação. Até pensou em gritar, mas os professores já estavam irritados demais com a zona, não seria prudente.
— Você me paga, Peter. – Lali murmura, num rosnado selvagem.
— Relaxe e curta a paisagem. – Peter entrelaça os dedos atrás da cabeça, o sorrisinho debochado já se desenhando naquele rosto de traços perfeitos e perigosos.
  Ela bufa e cruza os braços, deitando a cabeça no vidro. Peter se esparrama ao lado, invadindo o seu espaço. Lali aperta a mandíbula com força e tenta se afastar. Impossível. A perna do garoto roça na sua de forma irritante.
  Lali então cruza as pernas, colando-as na lateral do ônibus. Escuta a risadinha abafada de Peter e tem muita vontade de pular no pescoço do cara e asfixiá-lo.
— A aposta ainda não está valendo, seu babaca. – Lali insulta, furiosa.
— Eu sei. – Peter fecha os olhos e a inspira, como fez na boate. – Você me hipnotizou, agora aguente.
  Lali sente um ardor subir pelas costas, mas não tem nada a ver com calor. O ar condicionado está bem acima de sua cabeça, lançando jatos gelados em sua direção. Peter se remexe, espalhando-se ainda mais. Está tentando provocá-la, mas ela não cairá no jogo.
  Nicolas se aproxima, com um violão em mãos. O ônibus dá uma sacudidela e o garoto precisa se segurar para não cair.
— Ei, Peter, meu camarada, toque algo para nós. Ainda temos uma hora dentro desse busão.
— Manda aí. – Peter estende a mão e Nicolas lhe passa o violão.
— Toque algo para agitar essa galera. O que querem ouvir? – Nicolas pergunta, aos gritos.
— Heavy metal! – alguém dos fundos responde.
— Num violão? Tá chapado? – Nicolas revira os olhos.
— Classic rock!
— Aí já começa a melhorar. – Nicolas concorda, num meneio de cabeça.
— Pagode!
  Nem preciso dizer que quem grita essa barbaridade é o Bola, preciso? Nicolas nem tem o trabalho de responder. Vários papéis amassados voam pelos ares, acertando o gordinho encrenqueiro.
  Lali não tira os olhos da estrada. Árvores passam, lagos passam, carros passam, o asfalto corre para lugar algum. De rabo de olho ela nota que Peter a encara, insistentemente.
— O que foi? – ela metralha.
— O que quer ouvir? – Peter está afinando as cordas do violão.
— Quero ouvir você dizer que vai desistir da aposta.
— Hum… peça algo possível, Lali. – ele faz uma pausa. – Qual sua banda preferida?
— Não interessa.
— Quero tocar algo para você. – Peter tomba a cabeça de lado, falando de forma mansa, só para irritá-la ainda mais. – Peça uma música, qualquer uma.
— Não quero ouvir você cantar. – ela rosna, entre os dentes.
— Vai, Lali, qual sua banda preferida? Você deve ter uma.
  Eugenia, incrivelmente irritada com o bate boca entre Lali e Peter, tira os olhos do livro e grita, sem olhar para trás:
— Creedence! A Lali curte Creedence, pô! Agora será que dá para vocês dois calarem a boca?
— Valeu, Euge! – Peter comemora. – Creedence Clearwater Revival. Quem diria, não? Você tem bom gosto.
— Seu tosco. – Lali gira a cabeça com raiva, seus cabelos acertando o rosto de Peter.
— Anda logo com isso, Peter, ou a galera vai destruir o busão antes de chegarmos na balsa. – a emergência no tom de Nicolas faz o garoto se levantar. Apesar dos gritos insistentes dos professores, Bola continua a ser atacado por uma enxurrada de papéis amassados e chicletes mastigados.
  Peter coloca os pés no banco e se senta no braço da poltrona, um tanto torto. Ajeita o violão da melhor maneira, testando o som.
— Ok, pessoas, essa música eu dedico a Lali, a garota selvagem. – quando Peter profere essas palavras, a galera vai ao delírio e o ônibus sacode ameaçadoramente. Os professores voltam a gritar e a turma se cala, mas não por causa dos gritos professorais e sim pelos acordes de Peter.
  Lali engole lavas no lugar da saliva. Sente uma vontade imensa de pegar o violão das mãos dele e quebrá-lo em sua linda cabeça de cabelos cacheados. Antes que possa dar cabo de seu desejo inflamado, a voz de Peter invade seus ouvidos, fazendo com que seu coração pare por um instante.
  Meu Deus, a voz do cara é perfeita!
  Rouca, grave, sublime. Se Lali não soubesse que era Peter quem cantava “Fortunate Son”, poderia jurar estar ouvindo o próprio John Fogerty. Ela não consegue se conter e olha para o cara.
  Os dedos do garoto deslizam pelas cordas, tão suaves, envolvendo os fios como se estivessem acariciando o instrumento. Peter parece estar possuído por uma força mágica, mística, invisível. Se Lali pudesse ver auras, estaria vendo a de Peter se expandir nesse exato momento. Tão à vontade, inteiro, divino.
  A forma como ele joga os cabelos encaracolados para trás, a maneira como segura o violão, o jeito com que mexe os lábios…
  Peter empolga a galera e quem conhece a letra, canta com ele, as vozes se fundindo numa só.
  Os olhos de Lali não querem se desviar da cena, as pálpebras não estão a fim nem de piscar. Os ouvidos querem escutar mais e mais e mais. Completamente hipnotizada, é o que ela está.
  Que droga, pensa Lali. Vencer essa aposta será mais difícil do que ela imaginava.



~~***~~



  Boa parte da turma já desceu do ônibus a caminho da balsa. Eugenia e Rocío pegam as malas de mão no bagageiro acima de suas cabeças. Lali tenta fazer o mesmo e, ainda que na ponta dos pés, não consegue alcançar a raqueteira lá no fundo. Quando faz menção em subir no banco, Peter a breca.
— Deixe que eu pego. – com vários centímetros a mais, ele pesca a alça da bolsa facilmente.
— Eu posso me virar. – ela rebate, visivelmente enfurecida pela ajuda.
— Largue de ser orgulhosa. – ele puxa a raqueteira e comenta: – Hum, você joga tênis?
— Eu não jogo, eu humilho! – Lali, em sua arrogância típica, arranca a raqueteira das mãos de Peter.
— É sério? Bom, nesse caso, eu desafio você para uma partida de gente grande.
  Quem ainda está dentro do ônibus não se contém ao ouvir o desafio. Nicolas, solta o famoso grito de guerra:
— Apostaaaaaa!
  Se as pessoas pegassem fogo ao seu bel prazer, o ônibus teria ido pelos ares nesse momento. Quem está do lado de fora, corre para dentro. Quem está dentro, não sairá nem a pau dali.
— Está me desafiando, Peter? Perdeu a noção? – Lali o encara, destemida.
— Você disse que humilha no tênis, então, qual é o problema? – Peter escancara um sorriso debochado, sua marca registrada.
— Não sabe onde está se metendo. – ela estreita o olhar. – Vou acabar com você.
— Aposto que não. – Peter cruza os braços e lança uma piscadela no ar.
— O que vão apostar? – Bola pergunta acima do murmurinho, limpando o resto de chocolate dos cantos da boca.
— É! O que vão apostar?
— Tem que ser algo quente!
— Aposta aí, Lali!
— Vai mesmo se arriscar? – Lali empina o nariz, numa superioridade intrépida.
— Adoro me arriscar. – Peter revida, num tom sedutor daqueles abrasadores.
— Já que é assim, se eu vencer o jogo você corta os pulsos, que tal? – Lali replica.
— Poxa, peça algo que não envolva a minha morte.
— Ok, deixe eu pensar… hum, certo. Se eu ganhar, você será meu escravo por um dia inteirinho. O que acha disso? – Lali arranca gritos estimulantes da turma.
— Seu escravo? Um dia inteiro? – Peter finge pesar a aposta. – Muito bem, se você vencer, serei seu escravo, farei tudo o que mandar.
— Aêêêêêêêêêêêêêêêê! – a manifestação dos estudantes arranha os ouvidos.
— E se o Peter vencer? – Nicolas fixa Lali com o olhar, por cima dos ombros do amigo.
— Ele pode pedir o que quiser, porque esse jogo eu já ganhei. – Lali mantém uma postura triunfante.
  Antes de responder, Peter umedece os lábios, deixando a expectativa no ar. O cérebro do cara pensa rápido e seus lábios repuxam para os lados com a brilhante ideia. Talvez ele leve um soco. Ou um chute. Ou as duas coisas.
— Se eu vencer, você vai me beijar. De língua. Por um minuto. Contados no relógio.
  Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
  É isso o que todos gritam ao ouvir a proposta de Peter. Euge e Rocío se entreolham, perplexas. Nicolas dá tapas no ombro do amigo, empolgadíssimo. Será que Lali aceitará?
— Como você é babaca. – ela bufa e estende a mão. – Negócio fechado.



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Autor(a): Laninha Carvalho

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  É óbvio que o assunto em todas as panelinhas formadas na balsa é a nova aposta do momento. Peter e Lali se enfrentarão amanhã, num jogo de tênis de vida ou morte.   A garota está tranquila, certa da vitória. Euge e Rocío estão temerosas e cercam a amiga na proa, com os olhares arregalados. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 25



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  • melinara Postado em 09/06/2015 - 16:22:21

    muito bom

  • elas10 Postado em 05/12/2014 - 21:50:29

    Ansiosa pra saber o q vai rolar na Ilha ....posta mais !!!!!!

  • lehlaliter Postado em 02/12/2014 - 11:30:33

    Uoww que foda ameiiii continuaa logo amg

  • laliteever Postado em 01/12/2014 - 23:26:28

    Posta mais um hoje!!!! Serio ta muito bom!! Simplesmente incrível em tudo sua fanfic, parabéns!

  • cidinha_rodrigues Postado em 01/12/2014 - 22:28:31

    Que saudades!!!!Ameiiiiiiiiii o cap

  • laliteever Postado em 01/12/2014 - 22:17:08

    Ah meu deus!!! To amando geral a web!!! Leitora Nova só pra deixar claro hehe!! Q isso gente, arrepiei muito, ri alto ak ate kkk'

  • elas10 Postado em 30/11/2014 - 08:09:15

    Q boa noticia !!!!! Ansiosa para novos capítulos

  • lehlaliter Postado em 28/11/2014 - 16:21:49

    Uhuuu vc voltou ainda bem ja estava morrendo de saudades de seus capitulos magnificos kkkk então o meu cel é (45) 8835-4844

  • lokaloucaporlaliter Postado em 08/09/2014 - 10:22:24

    Haaaa isto esta ficando otimo posta maaaaisss porfi perfe.

  • rcidinha Postado em 04/08/2014 - 14:00:45

    ameeei


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