Fanfic: A Aposta (Adaptação) | Tema: Laliter
Peter, assim como Lali, acaba de tomar um Dorflex. O cara sente como se tivesse sido preso em uma cama sadomasô e esticado de forma impossível. Não descerá para o jantar, não está em condições.
Nicolas chega com Pablo, trazendo um sanduba de dois andares e refris. Peter geme de dor ao se levantar para comer.
Mata o sanduba em tempo recorde, sorvendo uma Coca gelada para arrematar. Ele precisava mesmo é de uma cerva, mas o pessoal do hotel é incorruptível, segundo Nicolas.
— Tentarei de novo. Aquela loirinha da cozinha ficou me encarando… quem sabe eu não descolo umas três latinhas? – Pablo se levanta, pega a carteira e sai do quarto.
— E a Lali? – Peter pergunta, um tanto deprimido.
— Nem sinal dela, da Euge ou da Rocío. Tentei subir escondido até a ala das meninas, mas a Margareth barrou a minha passagem. – Nicolas elucida.
— O que eu devo fazer, Cabeça? Me ilumine aqui!
— Se você encarar a Kibi, ela vai liberar o vídeo para o seu velho. E aí, meu camaradinha, vai feder para o seu lado.
— Meu pai só está esperando algo assim para barrar a minha faculdade. Ele já avisou, cara, não vai pagar as mensalidades se eu aprontar. E o acidente com a moto pode ser chamado de aprontar, não pode?
— Se fosse meu filho naquela moto, eu arrebentava a cara dele. – Nicolas faz piada, mas o assunto é sério. Peter poderia ter morrido naquela brincadeira insana. – Mantenha a aposta. Agora só faltam cinco dias.
— Não posso continuar com isso sem saber qual o plano da Paula. – Peter geme ao se ajeitar na cama. O pescoço e os braços estão queimando.
— Vamos descobrir. Amanhã cedo pegamos ela de jeito.
~~***~~
A manhã nasce nublada, com previsão de chuva no final da tarde. Depois de tomar um café-da-manhã cheio de carboidratos, Paula segue para o quarto e descarrega as fotos e vídeos. Mery está no banho, para variar. Bem, vocês sabem o que isso quer dizer.
— Não temos material suficiente. Isso aqui não dá para nada! – Paula soca o travesseiro.
— Foi só o que conseguimos. – Candela tenta colocar panos quentes na situação. Mas como a coisa está fervendo, ela deveria colocar panos congelantes.
— Que droga! – Paula explode.
— Eu não queria tocar no assunto, mas… – Candela teme terminar a frase.
— O que é?
— Aquele beijo de ontem, não foi um mero pagamento de aposta. Sei que não fui a única a notar isso. – Candela engole em seco, mas continua. – Eu realmente acho que você não vai conseguir seu namorado de volta, nem com chantagem. O que está rolando entre o Peter e a Lali já ultrapassou a linha de segurança e você é a culpada disso. – mesmo com a possibilidade de um tapa na cara ou uma vingança desmedida, Candela fala tudo o que pensa. Aguarda uma reação exacerbada pela parte da Kibi Mor, mas essa reação não vem. Paula encara a parede branca por um longo tempo antes de responder.
— Você tem razão, as coisas saíram do meu controle. Eu sabia que isso poderia acontecer. Enfim, terei que mudar de estratégia. Não que isso seja ruim, só não é o ideal.
— O que pretende? – Candela se apruma sobre os lençóis.
— Minha vingança contra a vagaba vai continuar. E quanto ao Peter, bem, vou fazer o cara sofrer como ele me fez sofrer. Se ele realmente se apaixonar pela Lali, não deixarei que fiquem juntos.
A história de Paula e Peter não é nada de tão anormal. O problema foi que o cara mexeu com a Kibi errada. Depois de ficarem juntos numa festa, a Kibi Mor cercou o garoto de todas as maneiras, seguindo-o em todas as baladas da cidade. Eles ficaram juntos por mais duas vezes depois disso.
Os amigos – entenda Nicolas no topo da lista – desafiaram Peter a namorar a mesma garota por mais de quinze dias. E o cara, que não suporta ser desafiado, topou a aposta.
O alvo já estava marcado: Paula, a Kibi. Bem, nessa época o termo Kibi ainda nem existia. Uma pena, facilitaria muito o meu trabalho narrativo. Mas vamos em frente.
Paula sempre foi louca pelo Peter. Se não me engano, desde o quinto ano do fundamental. O tempo passou e ela finalmente ficou com o cara, na tal festa citada. Paulinha realmente acreditava ter fisgado Peter, para todo o sempre.
Como se fazia antigamente, ele pediu Paula em namoro. Foi uma situação tão esdrúxula que prefiro não entrar em detalhes. A garota aceitou, aos pulinhos. O que ela não sabia é que esse namoro estava com os dias contados. Ou sabia?
Enfim, nos quinze dias de namoro rolou: lanchonete, cinema, shopping, cinema, shopping, lanchonete, cinema, sorveteria… bem, vocês já entenderam. No décimo sexto dia, Paula chegou na casa de Peter sem ser convidada. O dia estava chuvoso, escuro e com trovões que faziam as janelas tremerem. Naquela tarde, Peter estava sozinho jogando vídeo-game.
A funcionária deixou Paula entrar e apontou a escada para o andar de cima. Os pais de Peter estavam no trabalho e a garota poderia colocar seu plano em prática.
O rapaz nem imaginava o que estava para acontecer.
Atirando em aliens malvados na tela, Peter se mantinha alheio ao que rolava do lado de fora do quarto. Pensava em uma maneira de terminar o namoro com Paula, sem causar qualquer trauma à menina. Ele já não aguentava mais o grude e os papos fúteis que ela gostava de dividir.
Peter ansiava por sua liberdade e a aposta havia sido cumprida.
Os beijos e amassos não eram de todos ruins. O que Peter odiava era a garota no seu pé, dia e noite, ligando de meia em meia hora para saber onde ele estava. E não só isso. Ela começou a dar palpites em suas roupas, corrigir sua postura e a pentelhar para que ele a levasse a um restaurante de verdade, sem ser o McDonald’s ou o Burguer King.
Peter estava a ponto de explodir. Precisava terminar logo com esse namoro.
A porta do quarto foi aberta e o garoto quase teve um surto quando Paula, vestindo apenas um robe de seda transparente, cruzou o umbral e se segurou no batente, desenvolvendo uma performance a lá Pole Dance. Ela sustentava um olhar esmagador, daqueles só vistos em filmes proibidos para menores de dezoito anos.
Vocês imaginam a cara embasbacada do Peter?
Juro, o garoto não sabia onde se enfiar. Arrancou o lençol da cama e correu para cobrir Paula. Mas ela não aceitou ser coberta e muito menos deixou Peter falar. Pegou o cara pelo colarinho, jogando-o sobre a cama.
Paula caiu sobre ele que, mesmo desnorteado, tentou escapar. Bem, qualquer homem numa situação dessas sucumbiria facilmente. Mas não Peter. Ele não conseguiria enganar Paula e conviver com isso depois. Peter apostava sim, até ludibriava, mas nada desse porte.
Paula não parava de beijá-lo, de apertá-lo, de sei lá mais eu o quê. Peter rolou para o lado e segurou os braços da garota acima da cabeça. Ela precisava ouvi-lo, por Deus! O problema é que ela não queria ouvir!
Ele até pensou em dar uns tapas na cara dela, quem sabe assim chamasse a atenção. Felizmente, não foi preciso dar umas bofetadas e ele conseguiu falar o que precisava ser dito, inclusive sobre a aposta.
Paula implorava para que Peter não terminasse com ela. Suplicava por outras coisas também. A cena foi deprimente. A garota, nua, vestindo apenas um hobby transparente, aos prantos. É claro que Peter ficou comovido, mas foi irredutível. O namoro estava acabado e ponto final.
Não pensem vocês que Paula ficou chorando por Peter. Oh não. O chororô durou dois dias, no máximo. Depois disso, a garota voltou a sua habitual rotina: beijar todos os caras e infernizar a vida das meninas do Prisma.
Analisando o fato friamente, acredito que Paula esteja se enganando quanto ao amor que sente por Peter. Ela pode até ser doente pelo cara, mas amor? Está bem longe disso.
~~***~~
As Kibis descem para a piscina. Apesar do dia estar nublado, um forte mormaço toma conta da ilha. Mery e Candela estão dentro da água com um bando de garotos e quando Peter e Nicolas se aproximam, a Kibi Mor está sozinha lendo uma revista, estirada na espreguiçadeira. Ela levanta a cabeça, olha para os garotos com desdém e retoma a leitura. Nicolas arranca a revista das mãos dela, nada simpático.
— O que querem? – Paula interpela, deslizando os óculos de sol sobre a cabeça. – Aliás, excelente performance a sua ontem, Peter. Uau, fiquei sem fôlego. – ela se abana com as mãos.
— Precisamos conversar. – o tom de Peter é indecifrável.
— Se é sobre o vídeo ou a aposta, esqueça, não voltarei atrás. – a Kibi recoloca os óculos sobre os olhos. – Aliás, você está se saindo muito bem, nem precisei passar as instruções.
— O que está pretendendo? Qual o seu plano diabólico? Se quer se vingar de mim, tudo bem, mas deixe a Lali fora dessa. – Peter se senta na espreguiçadeira ao lado.
— Veio defender a vagaba? Sério mesmo, Peter? – Paula se ajeita, numa frieza glacial.
– Eu quero o sangue da Lali. Quero humilhar a garota, vê-la chorar como
aconteceu ontem.
— Pronto. Já conseguiu a sua vingança. O que mais pretende? – Nicolas joga a revista no colo de Paula.
— Cumpra a sua parte no acordo que eu cumprirei a minha, Peter. Aliás, a internet aqui do hotel funciona bem que é uma beleza. Dê um passo em falso e mando o vídeo para o seu pai.
— Não tem conversa com você, não é? – Peter retesa os lábios, irritado.
— Nope. E vão andando, estão estragando o meu dia.
Autor(a): Laninha Carvalho
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Lali olha para o próprio reflexo no espelho. Precisou tomar outro Dorflex para a dor. Finalmente o remédio começa a fazer efeito. Rocío entra no quarto, trazendo o café da manhã numa bandeja: uvas, pãezinhos e um copo de suco de laranja. Lali se senta para comer e já tem uma resposta para dar. &mdas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 25
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melinara Postado em 09/06/2015 - 16:22:21
muito bom
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elas10 Postado em 05/12/2014 - 21:50:29
Ansiosa pra saber o q vai rolar na Ilha ....posta mais !!!!!!
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lehlaliter Postado em 02/12/2014 - 11:30:33
Uoww que foda ameiiii continuaa logo amg
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laliteever Postado em 01/12/2014 - 23:26:28
Posta mais um hoje!!!! Serio ta muito bom!! Simplesmente incrível em tudo sua fanfic, parabéns!
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cidinha_rodrigues Postado em 01/12/2014 - 22:28:31
Que saudades!!!!Ameiiiiiiiiii o cap
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laliteever Postado em 01/12/2014 - 22:17:08
Ah meu deus!!! To amando geral a web!!! Leitora Nova só pra deixar claro hehe!! Q isso gente, arrepiei muito, ri alto ak ate kkk'
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elas10 Postado em 30/11/2014 - 08:09:15
Q boa noticia !!!!! Ansiosa para novos capítulos
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lehlaliter Postado em 28/11/2014 - 16:21:49
Uhuuu vc voltou ainda bem ja estava morrendo de saudades de seus capitulos magnificos kkkk então o meu cel é (45) 8835-4844
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lokaloucaporlaliter Postado em 08/09/2014 - 10:22:24
Haaaa isto esta ficando otimo posta maaaaisss porfi perfe.
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rcidinha Postado em 04/08/2014 - 14:00:45
ameeei