Fanfics Brasil - Capítulo 034: A terceira e última etapa da caça A Aposta (Adaptação)

Fanfic: A Aposta (Adaptação) | Tema: Laliter


Capítulo: Capítulo 034: A terceira e última etapa da caça

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— Não vai rolar. – Lali recua, balançando a cabeça. – Minhas pernas não aguentarão nem a metade dessa subida.


— A escalada é bem punk mesmo. – Peter analisa o mapa, buscando uma rota alternativa.


  O morro é um tanto íngreme, cheio de rochas, pedras soltas e vegetação rasteira. Lali observa quatro cordas que vem do cume até o sopé.


— Estou podre, o efeito do Dorflex já passou faz tempo. Acho melhor desistirmos.


— De jeito nenhum. Qual é, não sou cara de desistir fácil. – Peter analisa as cordas e o terreno. – Mas você tem razão, também estou quebrado.


— Vamos voltar então. – Lali recosta em uma rocha, esvaziando o cantil de água na nuca.


— Podemos dar a volta e contornar o morro. Veja o mapa. Se caminharmos rente a montanha, não iremos nos perder.


— Má ideia. Não sabemos onde a trilha vai nos levar. – Lali discorda.


— Já disse, não vou desistir. Se quiser voltar, volte.


— O quê? E deixar você contar vantagem depois? Nada disso! Começamos juntos e vamos até o fim. – Lali se põe de pé, pronta para encarar o desafio. – O que estamos esperando?


  Peter deixa um sorriso debochado emoldurar sua face, iluminando-o de maneira transcendental. Dá uma olhadela no relógio de pulso e se sobressalta:


— Vamos andando, já são quatro da tarde.


 


~~***~~


 


  Quando Peter e Lali desaparecem na trilha secundária, Paula e Bola finalmente saem de trás das árvores. Ainda estão algemados e a Kibi o puxa com brutalidade.


— Você é muito mole! – Paula estressa.


— Chega disso. Você já conseguiu várias fotos por hoje. Eu quero voltar.


— Cale a boca e ande logo. – Paula dá um tranco em Bola, colérica.


— Pare! Não vou mais seguir você. Seu plano é idiota, sabia? Você está tão cega de ódio que nem se deu conta disso. – o garoto estaca.


  Notando que Bola não ajudará, Paula resolve mudar de estratégia. Com lábios de mel, aproxima-se do cara, docilmente.


— Não quer ganhar um beijo meu? Não foi esse o nosso acordo? Se você for até o fim nisso comigo, é o que vai ganhar como prêmio.


  Bola, que nunca beijou uma garota na vida, começa a repensar. Mesmo sabendo que pode apanhar a qualquer instante, solta a bomba:


— Me dê um beijo agora ou nada feito.


  Trincando de raiva e com os punhos cerrados, Paula se vê num beco sem saída. Na verdade, ela possui várias alternativas, mas opta por se manter no plano original.


— Você quer um beijo meu, Bolinha? E então fará tudo o que eu mandar? – a Kibi vai se aproximando, gingando, levando as mãos aos braços de um Bola todo arrepiado.


— Me dê um beijo de verdade que eu sigo você até o inferno.


  Reunindo coragem e imaginando que Bola se trata de Peter, Paula sussurra no ouvido do cara antes de lhe tascar um beijo:


— Que assim seja.


 


~~***~~


 


  A mata é fechada e a trilha sumiu das vistas. Peter e Lali estão caminhando há quase uma hora e nada de chegarem a lugar algum.


— Já passamos por aqui, Peter. Estamos andando em círculos. – nesse momento, um raio risca o céu. – E está para cair uma chuva daquelas! – Lali faz uma pausa dramática, levando as mãos à cintura. – Que horas são?


— Cinco da tarde. – Peter responde num fio de voz. Odeia a cara arrogante que Lali faz quando tem razão.


— Me dê os sinalizadores. – ela estende a mão, batendo um dos pés no chão.


— Espere. – Peter fecha os olhos, buscando escutar os sons da mata. – Está ouvindo?


— O quê? Só escuto a chuva se aproximar.


— É barulho de água. – Peter abre o mapa. – Se for o mesmo riacho, podemos seguir a trilha até chegarmos ao local onde encontramos a caixa. Aí ficará fácil voltar para a praia.


— Peter, estamos perdidos e já são cinco da tarde. Os monitores e os professores devem estar preocupados.


— Confie em mim. – Peter passa por Lali, seguindo o som da água.


— Mas que droga! – irritada, ela soca o ar e não vê alternativa a não ser seguir Peter.


 


~~***~~


 


  O garoto tinha razão, parece ser o mesmo córrego. Existe uma trilha larga ladeando as margens. Lali completa o cantil com água fresca e Peter faz o mesmo. A chuva começa a cair, um tanto tímida ainda.


  Relampeja e a escuridão se aproxima. Lali segue Peter de cabeça baixa e não nota quando ele para abruptamente. A trombada desconcentra-a.


— Ai, o que foi agora? – pergunta, olhando por cima do ombro dele.


— A trilha acaba aqui. – Peter rosna.


  Uma imensa rocha interrompe a trilha e não parece haver outro caminho. Lali esbraveja e ataca Peter:


— Eu falei que deveríamos ter voltado, seu cabeça dura! Agora está escuro, estamos perdidos e demorarão séculos para nos acharem! – ela bate a mão espalmada na rocha, estressada. – Que droga, por que eu fui ouvir você?


— Quieta! Estou tentando pensar. – Peter se altera.


— Quieta? Quieta? Está mandando eu ficar quieta? – Lali urra, mais alto que o barulho da chuva.


— Eu mandei calar a boca!


— Ah, é? Vem calar se você for homem, seu babaca!


  Ai, ai, ai. Aí a garota mexeu com o brio do cara. Num ímpeto, Peter parte para cima de Lali, segurando firme os ombros dela contra a rocha lodosa. Gotas de chuva escorrem pela face, levando o suor e a sujeira embora.


  Peter não retruca. Seu peito – descamisado obviamente – movimenta-se num ritmo inconstante, acompanhando as batidas do coração. Esses dois estão próximos demais.


  Peter se esquece de onde está e para onde deveria ir. Não se importa com a chuva, a trilha interrompida ou mesmo por estarem perdidos. A única coisa que ele quer é calar aquela boca.


  E ele a cala, sentindo um choque térmico ao tocar os lábios de Lali. Tão sedosos, saborosos, sedutores. Ao invés de se afastar, ela corresponde, agarrando-se a ele, cravando as unhas em suas costas e descendo.


  Peter fica louco quando ela apalpa sua bunda redonda e bem definida, demora a entender o que ela pretende com isso. Quando Peter se dá conta, não há mais tempo para impedi-la. Lali acaba de iluminar o céu com um dos sinalizadores.


  Ele se afasta, limpando a boca como se tivesse pedido sorvete de chocolate e na verdade, a sobremesa fosse feita de jiló.


— Por que fez isso? – interpela, lançando um olhar abrasador na direção de Lali. – Por um milionésimo de segundo, pensei que estávamos nos entendendo.


— Pensou errado. – Lali rebate. – Estou com fome, com frio, debaixo dessa chuva e ainda por cima perdida com você. O que eu deveria fazer?


  Um farfalhar no meio da mata atrai a atenção dos dois. Entreolham-se, sem saber o que pensar. O barulho torna-se mais intenso, algo aproxima-se rapidamente.


  Peter segura Lali contra a rocha, selando seus lábios com o indicador. Tira o canivete do bolso e com um aperto de botão, libera a faca.


  O farfalhar continua. O que mais pode dar errado no dia de hoje? Lali está apreensiva, aguardando. Um instinto protetor desperta o homem das cavernas que existe em Peter. Assume uma posição de ataque, protegendo-a com o próprio corpo e a lâmina em punho.


— Ah, são vocês. – uma cínica Paula finge surpresa. – Não somos os únicos perdidos, viu Bolinha?


— Ei, Peter, vai nos matar? – Bola aponta para o canivete. Peter fecha a faca e guarda o acessório no bolso, relaxando.


— O que estão fazendo aqui? – Lali pergunta, por sobre o ombro de Peter.


— Estamos perdidos, como vocês. Vimos o sinalizador e viemos para cá. – Bola, acostumado a mentiras, nem precisa se esforçar.


— Vocês ainda estão algemados. – Peter observa, intrigado.


— Longa história. – Paula leva as mãos aos cabelos molhados, sacudindo-os a seguir.


– Não deveríamos usar outro sinalizador?


— Eu solto, eu solto! – Bola empolga e aponta o cano vermelho para cima, liberando a luz a seguir. A noite se ilumina de imediato.


— Agora temos que esperar. – Peter se vira para Lali que, como ele, também sente a mentira no ar.


  Paula e Bola iniciam uma discussão irritante sobre onde sentarão. Apesar de ensopada, a Kibi não quer sujar o minúsculo short. Enquanto eles brigam, Lali aproxima-se de Peter e sopra em seu ouvido:


— Não é mega estranho estarem algemados ainda? Acha que estavam nos seguindo?


  Peter suspira alto. Lali tinha razão, estavam sendo seguidos. A Kibi quer vingança e pelo visto, mantém algum plano diabólico em mente que envolve espionagem e sabe-se lá mais o quê. Mas Peter descobrirá, afinal, Bola está metido nisso de alguma maneira.


— Lali, eu não faço ideia. – ele puxa o sinalizador do bolso traseiro da bermuda, encarando o tubo por algum tempo. – Bola, vocês tem mais um aí, certo?


— Sinalizador? É, temos mais um.


— Vamos disparar um a cada cinco minutos, beleza?


— Beleza, Peter. – Bola concorda, desequilibrando-se e caindo quando a Kibi o puxa para baixo.


  Peter vai até o riacho e pega algumas pedrinhas no chão. Começa a jogá-las, uma a uma, no meio da corredeira, na intenção de fazer com que o tempo corra mais depressa.


  Bola e Paula não param de discutir um segundo. Peter olha para Lali de esguelha. Ela está se abraçando, trêmula. A chuva é pesada, fria e a sensação térmica cai alguns graus.


  Tomado por uma força maior, ele caminha até a rocha, arrancando a camiseta presa à bermuda, torcendo-a para tirar o excesso de água. Aproxima-se de Lali, colocando a camiseta sobre os ombros dela. Os dois se encaram.


— Logo estaremos no hotel. – Peter ajeita uma mecha úmida do cabelo de Lali atrás da orelha.


— Preciso de um banho fervendo. – ela fricciona as mãos contra os braços, tentando em vão se aquecer.


— E depois, um cheeseburger duplo com maionese. – o estômago de Peter dá as caras quando pensa em comida.


— Com batatas fritas. – ela sorri, penetrando mais fundo nos olhos de Peter.


— E milk shake de chocolate.


— Com caramelo.


  Uma nuvem elétrica cerca esses dois, prendendo-os de maneira sobrenatural. Peter sente uma vontade irresistível de tocá-la, mas é Lali quem diminui a distância, afundando o rosto em seu peito. Ela arfa quando se sente abraçada, seu corpo se arrepia quando a temperatura começa a subir.


— Já devem estar chegando. – Peter pressupõe, tocando a testa de Lali com os lábios.


— Hum, hum. – ela já não sabe se quer ser resgatada. Por um breve momento, a segurança que sente nos braços de Peter parece bastar.


— Não está na hora de soltarmos outro sinalizador? – Bola pergunta, acima das reclamações de Paula.


— Manda lá, Bolota. – Peter responde, sem olhar para trás.



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Autor(a): Laninha Carvalho

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 25



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  • melinara Postado em 09/06/2015 - 16:22:21

    muito bom

  • elas10 Postado em 05/12/2014 - 21:50:29

    Ansiosa pra saber o q vai rolar na Ilha ....posta mais !!!!!!

  • lehlaliter Postado em 02/12/2014 - 11:30:33

    Uoww que foda ameiiii continuaa logo amg

  • laliteever Postado em 01/12/2014 - 23:26:28

    Posta mais um hoje!!!! Serio ta muito bom!! Simplesmente incrível em tudo sua fanfic, parabéns!

  • cidinha_rodrigues Postado em 01/12/2014 - 22:28:31

    Que saudades!!!!Ameiiiiiiiiii o cap

  • laliteever Postado em 01/12/2014 - 22:17:08

    Ah meu deus!!! To amando geral a web!!! Leitora Nova só pra deixar claro hehe!! Q isso gente, arrepiei muito, ri alto ak ate kkk'

  • elas10 Postado em 30/11/2014 - 08:09:15

    Q boa noticia !!!!! Ansiosa para novos capítulos

  • lehlaliter Postado em 28/11/2014 - 16:21:49

    Uhuuu vc voltou ainda bem ja estava morrendo de saudades de seus capitulos magnificos kkkk então o meu cel é (45) 8835-4844

  • lokaloucaporlaliter Postado em 08/09/2014 - 10:22:24

    Haaaa isto esta ficando otimo posta maaaaisss porfi perfe.

  • rcidinha Postado em 04/08/2014 - 14:00:45

    ameeei


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