Fanfic: A Aposta (Adaptação) | Tema: Laliter
Lá pelas duas da tarde, os monitores reuniram a turma num local chamado Canto da Sereia. De lá partirá a comitiva a caminho da Cachoeira Véu de Noiva. Antes da saída, o monitor-chefe dá as instruções:
— A trilha é de quinze minutos, super tranquila e plana. Aqueles que quiserem, poderão descer a cachoeira de rapel ou tirolesa. Os que não forem adeptos dos esportes radicais, poderão seguir por outra trilha. Permaneçam juntos e vamos em busca de aventuras!
O caminho é ladeado por árvores frondosas de copas largas, carregadas de um colorido suntuoso. Apesar do forte calor, a sombra das árvores refresca os estudantes e o aroma de natureza intocada é revigorante.
Lali, Rocío e Euge puxam a fila, caminhando logo atrás dos monitores. Um deles vai nomeando as espécies nativas ao redor. Um passeio para lá de cultural, já que Lali não conhece a metade da flora que lhe é apresentada.
Numa bifurcação, os estudantes se dividem em dois grupos: os Pés no Chão e os Amantes de Adrenalina. Óbvio que Euge segue entre os Pés no Chão e Lali e Rocío optam pelos Amantes de Adrenalina. Ambas escolheram a tirolesa e já se preparam para saltar, numa queda de trinta e seis metros de adrenalina na veia.
Rocío é a primeira da fila e dá um grito quando salta. O monitor checa o equipamento de Lali, posicionando-a. Ela será a próxima. O coração quer sair pela boca, mas a garota é corajosa. Peter se aproxima, com um sorriso de deboche.
— Vai mesmo encarar?
— Não conheço o medo, Peter.
— Encontro com você lá embaixo. – o tom dele muda, denotando apreensão. Peter está com medo por ela? Pouco provável. Ou estou enganada?
— Está pronta? – o monitor termina a checagem do equipamento, atrelando-o à corda.
— Prontíssima. – Lali fita Peter por um segundo. Cadê o sorriso debochado? O que ela vê é uma expressão receosa e um olhar sério. – Ei, eu não quebro, lembra?
— Chegue inteira lá embaixo, está bem? – Peter testa o equipamento de Lali, dando pequenos trancos para verificar se ela estará em segurança.
— Quer apostar?
Peter morde o lábio e não responde a provocação.
— Ok, Peter, fique tranquilo. Vejo você lá embaixo. – dito isso, ela se joga em direção ao nada, sentindo tudo ao mesmo tempo. – Uhuuuuuuuuuuuuuuuu.
~~***~~
Caramba, o que dizer sobre a cachoeira? O lugar é um pedaço do paraíso na Terra, com um lago esverdeado e límpido, cercado por formações rochosas e muito verde. A água cai aos montes lá de cima, abrindo-se num véu que bate com força no deck natural de pedra calcária.
Lali e Rocío nadam até a margem, onde Eugenia está sentada com um livro em mãos. O mesmo livro que Nicolas cedeu quando o seu ficou ensopado.
— Euge, venha nadar! – Rocío chama.
— Ah, gente, vocês sabem que eu não curto esse tipo de coisa. O fundo é lamacento e tem bichos estranhos aí dentro. – Euge marca a página do livro e o fecha. – Eu prefiro ficar aqui, sendo comida pelos borrachudos.
— Você deve ter o sangue doce. Os borrachudos não ousam se aproximar de mim. – Lali brinca, saindo da água.
— Certo, pessoal, para aqueles que se aguentam nas próprias pernas, atrás da queda d’água existe uma gruta incrível. São quatro câmaras desenhadas pela natureza. Quem estiver a fim, que me siga! – o monitor mergulha e poucos o seguem. Nenhuma das meninas encara passar por debaixo da queda d’água.
— Rocío? – Lali aponta com a cabeça para a cachoeira.
— Ai, será? Não sei não. – Rocío não está muito disposta a encarar a fúria da natureza.
— Sozinha eu não vou. – Lali está muito a fim de conhecer a tal gruta.
— Vou com você. – a voz de Peter se faz ouvir quando ele sai da água.
— Não, obrigada. – Lali rebate, com descaso.
— Qual é, vamos lá, será divertido. – Nicolas se aproxima, colocando pilha nas garotas.
Rocío topa ir com Nicolas, mas só depois de Eugenia dar um ok com a cabeça. Peter espera por uma resposta de Lali.
— Vá lá, Lali. – Euge incentiva.
— Talvez não seja boa ideia. A força dessa água vai arrancar o meu biquíni e eu deixei a camiseta na praia.
— Sinceramente, adoraria que a água arrancasse o seu biquíni. Quanto à camiseta, pode usar a minha. – Peter tira a camiseta ensopada da cintura, estendendo-a para Lali.
— Como você é engraçadinho. – ela estreita os olhos, metralhando-o.
— Vá logo, Lali. – Euge empurra a amiga para cima de Peter.
— Dê logo essa camiseta aqui. – ela puxa a vestimenta, analisando os prós e contras.
— Não pense, apenas vá. Ou depois, vai se arrepender de não ter ido. – Euge então retoma a leitura.
Vestindo a camiseta de Peter, ela o segue a nado até a cachoeira. A força da água é surpreendente e Lali tem dificuldades para respirar. Peter sobe no deck com uma facilidade extrema e lhe estende a mão.
A água pesa toneladas e massageia ferozmente os ombros e a cabeça. Lali sente os joelhos arquearem e Peter a puxa de uma só vez para dentro da gruta.
O chão está escorregadio e ela se apoia no ombro dele. Peter a enlaça pela cintura e os dois avançam com muito cuidado. Rocío e Nicolas seguem mais a frente, um amparando o outro para não caírem.
— Está escorregando muito. – Lali caminha com cautela.
— Enquanto estiver nos meus braços, estará segura. – ele solta a pérola.
— Rá, rá! Como você é presunçoso.
— Olha quem fala.
Avançando vagarosamente, finalmente chegam a uma segunda câmara. O monitor explica como aquela gruta foi formada e Lali não consegue prestar atenção, sua mente não processa as mais simples palavras.
Peter está próximo demais.
O toque dele em sua cintura, o calor que ele emana, as gotículas de água que escorrem pelo seu tórax, a forma como ele tomba a cabeça de lado, os olhos da cor do sol, a barba dourada por fazer, os dentes brancos que agora mordem o lábio.
Lali se pega relembrando o gosto que ele tem, a forma como ele a segura ao beijá-la, aquele sorriso debochado nos lábios… ele nem imagina, mas ela se derrete por dentro quando ele sorri.
O monitor leva a turma para outra câmara e ao invés de seguir o pessoal, Lali estaca, sentindo que precisa sair correndo dali agora mesmo. Há uma ânsia que abre caminho por suas veias, uma vontade absurda e incontrolável de sentir os lábios de Peter contra os seus.
— O que foi? – ele pergunta quando percebe que há algo errado.
— Nada. – Lali acaba de corar, abaixando a cabeça para que Peter não perceba.
— Está tudo bem?
— Tudocerto. – ela responde tão rápido que o “tudo certo” pareceu uma palavra só. – Eu… eu vou voltar.
— Por quê? – Peter suspende o queixo de Lali com o polegar. – Não fiz nada errado, fiz?
— Não. – ela se apressa em responder. – Por incrível que pareça, você não fez nada errado.
— Então?
— Não é nada, só quero voltar. – ela desliza os pés pelo chão rochoso e vai se arrastando, sem conseguir se firmar.
— Tudo bem, eu ajudo você. – ele a segura pela cintura e os dois seguem rumo à saída da gruta.
Avançando sem prudência, Lali dá um passo maior do que deveria. O pé de apoio não a sustenta e Peter a ampara, usando a parede rochosa para escorá-la. Tão próximos, tão perigosamente próximos!
Eles se encaram por alguns segundos. Lali sente o coração pulsar mais rápido e teme cometer uma loucura a qualquer momento. E não é que ela comete?
Indo contra sua natureza congelante, Lali agarra o rosto de Peter num ímpeto desenfreado, trazendo-o para si, para sua boca. A garota perde o controle, o chão, a noção. Peter não se afasta, pelo contrário. Ele a gruda no paredão, num desespero causticante.
A conexão entre os dois é imediata. Tudo ao redor perde a importância, o significado. Lali sabe que deveria se afastar, mas não consegue, os sentimentos gritam e tomam espaço com uma força avassaladora.
As mãos de Peter ganham terreno, subindo pelas curvas de Lali, levantando a camiseta molhada até o meio das costas. Ele tomba a cabeça de lado e se agarra aos cabelos dela, completamente ensandecido.
Esses dois estão pegando fogo e Lali não consegue apagar o incêndio. Uma de suas pernas se enlaça aos quadris de Peter e o garoto está a ponto de entrar em ebulição.
Infelizmente eles não veem, mas eu vejo: Bola, escondido nas sombras, lança mão da câmara a prova d’água de Paula e clica esse momento tão íntimo. Com um sorrisinho lateral, o cara se afasta, doido para ganhar mais um beijinho.
Autor(a): Laninha Carvalho
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 25
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melinara Postado em 09/06/2015 - 16:22:21
muito bom
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elas10 Postado em 05/12/2014 - 21:50:29
Ansiosa pra saber o q vai rolar na Ilha ....posta mais !!!!!!
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lehlaliter Postado em 02/12/2014 - 11:30:33
Uoww que foda ameiiii continuaa logo amg
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laliteever Postado em 01/12/2014 - 23:26:28
Posta mais um hoje!!!! Serio ta muito bom!! Simplesmente incrível em tudo sua fanfic, parabéns!
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cidinha_rodrigues Postado em 01/12/2014 - 22:28:31
Que saudades!!!!Ameiiiiiiiiii o cap
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laliteever Postado em 01/12/2014 - 22:17:08
Ah meu deus!!! To amando geral a web!!! Leitora Nova só pra deixar claro hehe!! Q isso gente, arrepiei muito, ri alto ak ate kkk'
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elas10 Postado em 30/11/2014 - 08:09:15
Q boa noticia !!!!! Ansiosa para novos capítulos
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lehlaliter Postado em 28/11/2014 - 16:21:49
Uhuuu vc voltou ainda bem ja estava morrendo de saudades de seus capitulos magnificos kkkk então o meu cel é (45) 8835-4844
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lokaloucaporlaliter Postado em 08/09/2014 - 10:22:24
Haaaa isto esta ficando otimo posta maaaaisss porfi perfe.
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rcidinha Postado em 04/08/2014 - 14:00:45
ameeei