Fanfics Brasil - Capítulo 040: Almoço no bangalô A Aposta (Adaptação)

Fanfic: A Aposta (Adaptação) | Tema: Laliter


Capítulo: Capítulo 040: Almoço no bangalô

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  Apenas cinco duplas completaram o desafio. O restante da turma desistiu em vários pontos do circuito.


  Lali está sentada sobre a areia quente. Suas pernas queimam, os joelhos gritam e o pulmão está dando uma de coitadinho, chiando quando o ar entra e sai.


  Peter alonga o pescoço, os braços, os ombros. A cada movimento que faz, os músculos saltam às vistas de maneira ultrajante.


— Onde ele malha? No Olimpo? – uma das meninas comenta.


— Estou sem palavras. – outra reitera.


  Lali não deveria sentir-se assim, mas o ciúmes chega sorrateiro, instalando-se na boca do estômago. Várias das garotas do último ano estão babando em Peter e isso a deixa incrivelmente alterada.


  Antes que fale alguma bobagem, o monitor anuncia os vencedores. Peter e Lali venceram por muito pouco.


  Eugenia e Rocío dão pulinhos e batem palmas. Suas duplas desistiram logo no começo da disputa. É Rocío quem aponta para o bangalô montado na areia da praia.


  A estrutura consiste num tablado de madeira, com duas paredes laterais feitas em bambu e cobertura de tecido tensionável. Lali observa uma mesa baixa em estilo japonês e futons cor de terra espalhados pelo chão.


  A mesa está posta, lindamente adornada com flores e um candelabro no centro. Pela forte brisa que vem do mar, Lali pensa que será impossível acender as velas.


— Vencemos. – Peter se aproxima.


— Tudo por um camarão, hein? – Lali prende os cabelos no alto.


— Talvez eu tenha feito isso pela lancha. – o comentário de Peter pega a garota no contrapé. Ela finge não ter ouvido e combina de se encontrarem no bangalô, em meia hora.


 


~~***~~


 


  Lali está nervosa com esse almoço. Não consegue escolher uma roupa para vestir e Rocío resolve ajudar, escolhendo pela amiga.


  O vestido de tecido fluido e floral é bem curtinho, com mangas esvoaçantes e um decote arrematado por um laço. Rocío separa também um biquíni para Lali usar por baixo. Nos pés, um dos chinelos da mega coleção.


  Eugenia está jogada na cama quando Lali gira nos calcanhares, fazendo o vestido flutuar ao seu redor. As amigas batem palmas.


— Eu não sei nem o que conversar com ele. Sobre o que vou falar? Era muito mais fácil quando eu só precisava ser ácida e cruel. – Lali se senta numa cadeira para que Rocío possa arrematar uma presilha na lateral dos cabelos dela.


— Seja você mesma, fale o que der na telha. – Euge aconselha.


— E se eu falar besteira?


— Pare de sofrer por antecipação. – Rocío finaliza os cabelos de Lali. – Você vive me dizendo isso.


— Não é tão fácil na prática. – ela se levanta, fitando o reflexo no espelho. Se não se conhecesse o suficiente, diria se tratar de uma outra pessoa, alguém que nunca foi enganada e que acredita em contos de fada.


 


~~***~~


 


  Peter está com o peitoral escondido, é isso mesmo produção? O cara veste uma camiseta azul, bermuda branca e um chinelo desses de couro, bem moderninho.


  Rocío tem um ataque de riso quando vê o garoto recostado no bangalô, girando uma flor nas mãos. Será para Lali?


  Ele e Nicolas conversam… na verdade, parece que Nicolas dá as instruções e Peter concorda, meneando a cabeça.


— Agora é com você. – Rocío ajeita uma mecha do cabelo de Lali para trás da orelha. – Nada de ficar tensa, tá legal? Aja naturalmente e tudo dará certo.


— Não acredito no que está acontecendo. Se me dissessem, uma semana atrás, eu teria feito xixi nas calças de tanto rir. – Lali está desconfortável em sua própria pele.


— Na verdade, acho mais provável que você tivesse socado quem lhe contasse algo assim. – Euge olha para Nicolas e suspira alto.


— É, tem razão. Eu teria socado o infeliz. – Lali concorda.


  Os amigos param de conversar no instante em que as garotas chegam. Peter engole Lali com os olhos e ela se sente ruborizar. A brisa sopra o vestido de maneira sensual e o garoto não consegue disfarçar o fascínio que ela exerce sobre ele.


— Seus sortudos do caramba! Bom almoço para vocês. – Nicolas se encaixa no meio de Euge e Rocío, abraçando-as pela cintura. – Venham, meninas, vamos comer o grude do restaurante. – e os três seguram risinhos, dando meia volta à caminho do hotel.


  Peter gira a flor com uma expressão nervosa. Lali olha para os pés, sentindo algo crescente se formar em seu estômago, não sabe como agir em situações como essa. Ou, se sabe, desaprendeu em algum lugar do passado.


— Você está linda. Perfeita, eu acrescento. – o tom de Peter é formal.


— E você está vestido… uau. – o comentário de Lali era para ter soado ácido, mas não foi assim que saiu.


— Bem-vindos ao nosso humilde bangalô, vencedores. Tomem seus assentos, porque a viagem gastronômica já vai começar. – o Chef Louis de francês não tem nada. O sotaque é baiano, daqueles bem arretados. Lali morde o lábio, segurando o riso. Peter olha para o céu, respirando fundo para não gargalhar. O Chef deposita duas casquinhas de siri na mesa e volta para a cozinha, seguido por um garçom.


— Primeiro as damas. – Peter curva o corpo para a frente, permitindo que Lali passe. Ela faz uma reverência e tira os chinelos na entrada do bangalô, sentando-se sobre um futon.


  Peter se ajoelha perante a garota antes de tomar o seu lugar. Ela congela, não esperava por isso. O garoto pede permissão com o olhar.


— Está brincando, não é? – Lali recua, desconfiada.


— É só uma flor. – ele a gira entre os dedos, pelo caule. – É a minha bandeira da paz, uma trégua.


— Uma trégua? – ela pensa por um segundo. – Tudo bem, acho que posso aceitar isso.


  Numa situação para lá de romântica, Peter coloca a flor nos cabelos de Lali, usando a presilha de Rocío para prendê-la. Lali abaixa a cabeça, sentindo um calor sufocante de repente.


— Sem jogos, concorda? – eles se encaram e Lali abafa os sentimentos que afloram, descontrolados. Engole em seco e concorda com os termos de Peter:


— Sem jogos. Entendido.


  Os dois brindam com os talheres e começam a comer. Lali revira os olhos, em êxtase. Essa, definitivamente, é a melhor casquinha de siri que já comeu na vida.


  O Chef Louis volta da cozinha, trazendo uma imensa porção de camarões graúdos empanados e fritos, com um molho tártaro para acompanhar.


  O garçom recolhe os primeiros pratos e serve mais água e coquetel de frutas – sem álcool, infelizmente. Não sou a favor de bebidas alcoólicas, mas nesse caso até que poderia ser bem útil.


  Lali não está à vontade. Teme que Peter entre na conversa aposta e beijos roubados. É exatamente no que ele pensa, só está tentando encontrar uma brecha para falarem sobre o assunto.


  Esse poderá ser um diálogo perigoso, envergando por terrenos desconhecidos. O garoto, após devorar quase um prato de camarões, resolve que o momento é agora.


— Temos que conversar sobre o que está havendo.


— Você disse sem jogos. Então, será que não poderíamos falar sobre outra coisa? – Lali se esquiva.


— Em algum momento, teremos que falar sobre isso.


— Não sendo agora, para mim está ótimo. – Lali tenta parecer descontraída, mas os músculos de sua face a entregam. Estão tensos e sua expressão denota apreensão.


  O garçom retira o prato de camarões e o Chef Louis coloca uma imensa lagosta na frente dos garotos, explicando, em detalhes, a forma como foi feita. Quando a explanação termina, Chef e garçom se retiram e Peter retoma o assunto, tomando um outro caminho:


— Eu tenho uma curiosidade imensa sobre você. – ele a encara, perscrutando suas reações: – O que aconteceu para transformá-la em uma muralha? Por que parece ter tanto medo de se envolver? – Peter entrelaça os dedos sobre a mesa, aguardando.


— Quer mesmo falar sobre isso? – Lali limpa as mãos em uma toalha úmida, trazida juntamente com a lagosta. – Quer mesmo saber o que aconteceu no meu passado? – faz uma pausa dramática e arremata: – Talvez não goste do que ouvirá.


— Quero muito entendê-la, conhecê-la melhor.


— Só quer isso porque faz parte da aposta. – Lali cruza as mãos à frente do corpo, na defensiva.


— Não é isso. Não estou jogando. – a sinceridade exala daqueles lábios sedutores.


  Lali inspira profundamente. Poucas pessoas sabem o que aconteceu no passado, sua história com Bruno. Rocío e Eugenia são duas delas. Mas um impulso em abrir o jogo a assola de repente, como se esse fosse o certo a fazer.


— Se é isso o que você quer, tudo bem. Vou contar.



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Autor(a): Laninha Carvalho

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 25



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  • melinara Postado em 09/06/2015 - 16:22:21

    muito bom

  • elas10 Postado em 05/12/2014 - 21:50:29

    Ansiosa pra saber o q vai rolar na Ilha ....posta mais !!!!!!

  • lehlaliter Postado em 02/12/2014 - 11:30:33

    Uoww que foda ameiiii continuaa logo amg

  • laliteever Postado em 01/12/2014 - 23:26:28

    Posta mais um hoje!!!! Serio ta muito bom!! Simplesmente incrível em tudo sua fanfic, parabéns!

  • cidinha_rodrigues Postado em 01/12/2014 - 22:28:31

    Que saudades!!!!Ameiiiiiiiiii o cap

  • laliteever Postado em 01/12/2014 - 22:17:08

    Ah meu deus!!! To amando geral a web!!! Leitora Nova só pra deixar claro hehe!! Q isso gente, arrepiei muito, ri alto ak ate kkk'

  • elas10 Postado em 30/11/2014 - 08:09:15

    Q boa noticia !!!!! Ansiosa para novos capítulos

  • lehlaliter Postado em 28/11/2014 - 16:21:49

    Uhuuu vc voltou ainda bem ja estava morrendo de saudades de seus capitulos magnificos kkkk então o meu cel é (45) 8835-4844

  • lokaloucaporlaliter Postado em 08/09/2014 - 10:22:24

    Haaaa isto esta ficando otimo posta maaaaisss porfi perfe.

  • rcidinha Postado em 04/08/2014 - 14:00:45

    ameeei


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