Fanfics Brasil - Estranho Almoço Despedida de Solteira-Adaptada

Fanfic:  Despedida de Solteira-Adaptada | Tema: Adaptada Vondy


Capítulo: Estranho Almoço

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Dez minutos depois, encontrei Christopher muito concentrado, analisando a vitrine da minha loja.


 


- Essas fotos são boas. – Ele apontou para as fotografias das modelos que haviam feito ensaio


 


com os produtos da loja. Tinha quadros imensos no fundo da vitrine. – Mas sabe o que eu acho?


 


Você podia fazer um ensaio e colocar suas próprias fotos.


 


- Eu? Ser a modelo? – Comecei a rir.


 


- Sim, por que não?


 


- Vou nem responder! – Balancei a cabeça, achando tudo muito hilário.


 


- Você é linda, Dulce. Acredite. – Ele pareceu bem sério enquanto me olhava. No mesmo


 


instante, meu sorriso foi embora. Só conseguia ver o oceano de seus olhos se aproximando com uma


 


onda cruel, um tsunami que arrasaria tudo o que havia posto de pé. Era perigoso estar com ele. E eu,


 


de boba, dando corda.


 


- Bom, vamos lá? – mudei de assunto. – A onde pretende me levar?


 


- A um lugar que eu gosto. Você está de carro?


 


- Estou sim, e você?


 


- Também. Vamos comigo, depois te trago de volta.


 


- Ok. Traga mesmo, hem? – Rimos.


 


Certo, tudo bem, o Christopher tinha um BMW. Era lindo, todo prateado, chegava a reluzir.


 


Impossível não chamar atenção. Abri minha boca quando vi o carro dele, e quase pensei em desistir.


 


Sério, o que eu ia fazer rodando pela cidade sozinha com Alfonso dentro de um BMW?


 


Tentei fingir normalidade, e até que consegui. Respirei fundo e me sentei no banco do carona.


 


- Bela máquina – murmurei, depois que ele deu partida.


 


Christopher não respondeu na hora. Só depois de um tempo, quando o silêncio no carro se tornou um


 


pouco sufocante:


 


- Gastei bem o dinheiro.


 


- Estou vendo.


 


- Bom, me acostumei com a Charlotte, não troco nem vendo por nada – disse.


 


- Charlotte? – Franzi o cenho.


 


- É o nome da BMW. – Riu abertamente.


 


Comecei a gargalhar, e ele me acompanhou.


 


- Gosto de colocar nome nas coisas. Quase tudo que possuo tem nome. Sei lá, deve ser porque


 


não tenho amigos. Faço de conta que as coisas podem me compreender. – Christopher ainda ria, mas eu


 


simplesmente parei. Não vi graça no que falou.


 


Fiquei observando seu perfil, enquanto dirigia com muita prudência. Isso mesmo, ele não


 


estava querendo se amostrar com seu carro caríssimo. Dirigia como se estivesse guiando um popular.


 


- Pensei que não te veria mais – soltei, sem querer.


 


Christopher me olhou, mas não demorou muito. Teve que prestar atenção no trânsito.


 


- Eu também – ele disse baixinho, num sussurro.


 


Fiquei calada depois disso. Não tinha o que dizer, nem o que pensar. Sua voz havia feito o meu


 


corpo inteiro ficar paralisado. Ele tinha tanto efeito sobre mim! Só queria ser imune a tantos


 


encantos, mas simplesmente não conseguia.


 


As lembranças do fim-de-semana invadiram a minha mente. Uma onda de desejo se apossou do


 


meu corpo enquanto o via diante de mim, tão diferente, mas tão igual.


 


Paramos no estacionamento de um restaurante. Já o conhecia, por isso fiquei aliviada. 
Não queria estar em um lugar esquisito, pois me sentiria perdida. Deixaria apenas que a própria presença


 


do Christopher ficasse incumbida disso.


 


Escolhemos uma mesa no canto. O ambiente era bem legal; elegante na medida certa. Eu


 


gostava mais era da organização do lugar e do cheiro cítrico delicioso que alguns arranjos de flores


 


forneciam. 
Christopher deixou sua jaqueta preta na entrada, bem como deixei o meu blazer cinza-escuro.


 


- Já veio aqui? – Christopher perguntou, depois que nos sentamos.


 


- Poucas vezes, mas sim.


 


O garçom veio nos atender.


 


- O que você quer? – Christopher me perguntou.


 


Encarei-o demoradamente.


 


- Me surpreenda – murmurei.


 


Christopher era fã de massas de qualquer tipo, e como o lugar tinha uma variedade muito boa, acabamos pedindo várias coisas distintas. 
Bom, na verdade foi ele quem pediu, pois ficou com medo


 


que eu não gostasse de alguma coisa.


 


Como ele estava dirigindo, e eu trabalhando, pedimos apenas suco de laranja.


 


- Estou impressionado, Dulce – comentou, enquanto esperávamos nosso pedido chegar. – Sua


 


loja é incrível. Bem espaçosa, cheia de variedades e toda equipada com um bom gosto absoluto. Os


 


móveis são belos demais... E aquelas esculturas entre as prateleiras? São perfeitas!


 


Ri timidamente, sentindo-me corar.


 


- As esculturas são da Maite, ela é uma artista e tanto! O restante é resultado de um trabalho


 


muito grande e meticulosamente planejado. Também tive ajuda de uma colega designer de interiores.


 


- Ficou perfeita, meus parabéns. Você é muito competente. Há quanto tempo tem a loja?


 


- Três anos. Mas passei uns dois apenas planejando. Só tirei do papel quando tive certeza de


 


que iria dar certo. Graças a Deus, deu.


 


- Fez tudo sozinha? – Christopher pareceu surpreso.


 


- Sim. Meu pai me ajudou um pouco com o capital inicial, mas eu mesma consegui reunir boa parte dos fundos. Sou formada em administração de empresas, então coloquei em prática cada detalhe do que estudei.


 


- Perfeito. Fico muito orgulhoso de você.


 


Corei de novo.


 


- Obrigada.


 


O garçom trouxe nossos sucos, então Christopher ergueu seu copo e juntou com o meu.


 


- Ao seu sucesso, que seja absoluto – ele disse.


 


- Não, nada disso! Ao seu estúdio, que será um sucesso absoluto – rebati.


 


- A nós, então – Christopher murmurou e parou de sorrir. Ficou me encarando daquele jeito que não


 


devia. Senti meu corpo esquentar automaticamente.


 


Sorri feito uma boba e bati meu copo no dele. Depois, tomei dois goles grandes.


 


Nosso pedido foi atendido enquanto discutíamos sobre o cheiro que emanava dos arranjos.


 


Christopher não sabia de nada sobre perfumes, mas gostava de sentir e analisar as fragrâncias. 
Pensei que não tinha notado o leve odor que parecia rodopiar no ambiente, afinal, quase ninguém parava para


 


perceber certas sutilezas. Fiquei admirada com a sua sensibilidade.


 


- Então por isso descobriu qual era o meu perfume. Fui enganada.


 


- Senti bem o seu perfume, Dulce. Não tem como esquecer.


                                                                                             


Ele não me olhou enquanto disse aquilo, e dei graças a Deus. Havia ficado muito


 


desconcertada, por isso nada respondi.


 


Fui salva pelo garçom, que trazia mais suco de laranja.


 


Percebi que havíamos pedido comida demais. Sério, tinha uns cinco pratos distintos que,


 


juntos , podiam servir bem umas quatro pessoas. Começamos a rir disso, mas não hesitamos em


 


comer . Christopher tinha muita fome e comia empolgado, enquanto eu, inexplicavelmente, estava com o


 


apetite nas alturas. Nossa mesa ficou lotada de comida, e tudo estava delicioso.


 


Saboreava um pouco de nhoque com massa de batatas quando ele decidiu tocar no assunto.


 


- Conseguiu resolver os problemas com o seu noivo? – questionou, sem me olhar.


 


- Que problemas? – perguntei baixinho. Meu sangue parou de circular nas minhas veias. Pelo


 


menos a sensação era essa.


 


- Ah, não me faça dizer isso aqui. – Riu. – Você sabe, as algemas.


 


- Bom, tenho uma lua-de-mel inteira para isso.


 


- É verdade. Já sabem aonde vão? – Christopher ainda não me olhava. Só observava o próprio prato


 


e, às vezes, seu copo de suco.


 


- Fernando de Noronha.


 


Ele assobiou.


 


- Belo lugar.


 


- Já esteve lá?


 


- Uma vez, com uma clien... Sim, uma vez. – Pareceu desconcertado. Já eu, senti minha cabeça


 


esquentar. Não sabia o que era aquilo, mas era muito, muito quente. Imaginar Christopher numa ilha


 


paradisíaca de mãos dadas com uma mulher mais velha - rica e cheia de botox - não me fez bem.


 


Soltei meus talheres no prato. Ele não percebeu, continuou comendo de um jeito meio nervoso.


 


- Não precisa ter vergonha do que é – falei, suspirando profundamente. – Sei bem o que você faz, então podemos falar sobre isso abertamente. O que acha?


 


- Prefiro não tocar neste assunto.


 


- Tudo vai ficar no passado mesmo. Você será um bom fotógrafo.


 


Christopher suspirou, voltando a me encarar. Agradeci por isso, mas ao mesmo tempo quase


 


implorei para que não me olhasse daquela forma. Ele parecia tenso. Seus olhos estavam mais


 


escuros. Só um pouquinho, visto que jamais deixavam de brilhar.


 


- Não sei. Às vezes tenho dúvidas.


 


- Ei, vai sim. Acredite, sua vida vai ser outra. Finalmente realizará seu maior desejo, não é?


 


- Sim, mas... Não sei se vou me adaptar – confessou. - Tenho medo de ficar fazendo as duas


 


coisas... De me complicar. Conheço muita gente, Dulce, e muita gente me conhece. 
Vai ser difícil ser levado a sério como um profissional.


 


Senti o receio de Christopher pular dentro do meu peito como se, na verdade, pertencesse a mim.


 


- Vai dar certo, acredite. Mantenha o profissionalismo, seja competente. Competência é uma


 


coisa que ninguém pode distorcer. Se for competente, terá respeito.


 


Christopher aquiesceu, desviando os olhos.


 


- Respeito... É isso. Exatamente isso o que quero.


 


- Então... Ei, olha pra mim. – Ele me atendeu. 
Prendi a respiração. – Vai dar certo. Se te


 


faltarem com respeito, pode me chamar na loja ao lado. Vou ter uma conversinha com o sujeito.


 


Christopher gargalhou. Eu o acompanhei, mas fiquei observando mais do que propriamente rindo.


 


Como era bom vê-lo sorrir!


 


- De fato, ninguém ganha de você numa discussão! – ele falou, ainda rindo.


 


- Que mentira! Só ando perdendo feio desde que te vi – comentei.


 


- Sério? – Christopher franziu o cenho. – Pensei que tinha perdido todas.


 


- Se tivesse perdido, eu não teria dormido contigo – soltei.


 


Ele resfolegou. Sim, bem na minha frente, como se o ar tivesse lhe faltado nos pulmões. E eu me odiei por dentro por ter sido tão cara de*****
Não devia ter tocado no assunto, mas simplesmente


 


não parava de me lembrar, enquanto o observava, do modo como ele me tocou e me agradou no fim de-


 


semana. Era esquisito tê-lo perto de novo.


 


- Pensei que tinha feito porque queria, e não pelo que falei – ele disse, seriamente.


 


- Vamos mudar de assunto? – pedi.


 


Ok.


 


Voltamos a comer, silenciosos. Devoramos tudo o que conseguimos, de modo que não sobrou


 


tanta coisa. Mesmo assim, pedi para que embalassem as sobras.


 


- Tem muita gente passando fome, não aguento desperdiçar comida – confessei. – Olha, são... –


 


Olhei no meu relógio de pulso. – Duas e meia? Nossa, já devia estar na loja!


 


- Vou te levar agora. Porém, pensei que ia querer uma sobremesa. Tenho uma ótima,


 


especialmente para você – falou. Meus pensamentos voaram longe, muito além de um mero doce.


 


Pensava em outro tipo de sobremesa.


 


- Poxa, desse jeito não vou resistir.


 


- Não resista – ele murmurou, com uma voz rouca maravilhosa.


 


Christopher  chamou o garçom e falou baixinho com ele. Não consegui escutá-lo. Logo em seguida,


 


virou-se para mim e sorriu. Coisa linda! Ficava tão diferente sem a barba por fazer, mas ao mesmo


 


tempo tão... Sexy. Acho que isso nunca mudaria.


 


Alguns minutos depois, o garçom chegou com nossas sobremesas.


 


O prato diante de mim me mostrava um bolinho branco, similar a um pudim. Ao redor, uma


 


calda, também branca, deixava evidente que estava delicioso.


 


- O que é? – perguntei, mas já sabia a resposta.


 


- Pudim de leite condensado... – Christopher sussurrou. Meu braço e perna esquerda se arrepiaram. –


 


Com calda de leite condensado.


 



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Autor(a): vondy321

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Prévia do próximo capítulo

A sobremesa estava deliciosa, e confesso que a cada colherada, recordava-me do sabor do   Christopher na minha língua. Foi difícil comer tudo com ele me olhando de um jeito tão safado. Estava me   seduzindo, e isso era óbvio. Só não conseguia entender porque fazia aquilo. Não estávamos mais na   pra ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 73



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  • alice_dul7_vondy1 Postado em 09/05/2015 - 10:08:36

    A nova fic vai ser lésbica ou gay??q bom q vc voltou sua fic e uma das melhores q eu já li

  • malu_vieira Postado em 29/12/2014 - 15:32:44

    AMÉM SUMIDA! NUNCA VI! VOLTE LOGO GATA!

  • vondy07 Postado em 20/11/2014 - 00:18:10

    ai continua por favor

  • malu_vieira Postado em 30/08/2014 - 19:05:52

    Leitor NEW! Amei sua web, de paixão mesmo! Esses dois são maravilhosos! Mas a Dul vai ter que aprender a lidar com esse passado do Chris, pois essa não será a última vez que eles vão encarar esse assunto! Tadinho, ele tem muito medo! E Dulce precisa parar de criticá-lo tanto! Pelo amor de deus! Tem que dar certo! continua linda! Não sei pq vc sumiu!

  • aninnhalopes2 Postado em 28/07/2014 - 16:34:24

    Gente to morrendo com essa fofura deles... Mais

  • jacquevondy Postado em 27/07/2014 - 15:48:42

    Ucker pervertido é tuudooo de bom :3333 Rapaaaaaiz essa Dulce ta danada hein kkkkkkk adooooroo!! Vc n me respondeu: e o babyy quando chega?? Espero q nao demore e que de preferencia seja menina e que tenha o meu nome u.u (óia eu sonhandoo kkkkkkkkk) Posta maaaaais... Ps: um dia ainda serei acordada assim :33333 (eu espero hehe)

  • tha_vondy Postado em 27/07/2014 - 11:01:38

    eeu fiquei mó cota sem entrar no site pq to lendo um livro muito viciante *~* ai não deu msm pra comentar... Cara, eu to totalmente quebrada de uma festa q fui ontem, só sai do salão 4:30 da madruga, e nem vou falar mais nd só: POSTA MAAIISS

  • jacquevondy Postado em 25/07/2014 - 21:25:09

    OMG *OOOOOOOOO* QUE FOOOGOO É ESSE? G-ZUIS CHEGA ESQUENTOU AQUI MISERICORDIA!! KKKKKKK ELES SAO MUITOOO PERFEITOS E O UCKER PERVERTIDO DESSE JEITO: ADOOOOOOROOOOOOO!! Posta maaaaaaaais e o babby?? Ps: a verificaçao é f69d hehe u.u 69 kkk *00*

  • ana_f Postado em 25/07/2014 - 10:16:13

    Fuego! Fuego! Y Fuego! Amei. Posta mais!!!!

  • aninnhalopes2 Postado em 24/07/2014 - 22:27:43

    Estou chocada com o fogo desses dois... Mais


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