Fanfics Brasil - Capítulo 1 Teimoso Demais Para Casar S2 AyA S2

Fanfic: Teimoso Demais Para Casar S2 AyA S2


Capítulo: Capítulo 1

245 visualizações Denunciar


 




  • Por que você não atira em mim em vez disto? — o agente U.S. Marshal Alphonso Uckerman disse para seu patrão, Wes Freeze.




Atirar em você?


Wes procurou ganhar tempo, inclinando-se na confortável poltrona e fixando o olhar em Alphonso de maneira fria.




  • Oh, não! — murmurou, a voz repleta de satisfação. — Eu preferiria torturá-lo demoradamente e observá-lo retorcer-se de dor.




  • Isto definitivamente me aborrece! — Alphonso exclamou, in­clinando-se para frente na poltrona em sinal de desafio.




Aos trinta e três anos, já passara por diversos problemas e conhecia suas forças... E fraquezas.


Confie em mim. Não sou o homem certo para esta tarefa.


A sala de Wes, no escritório regional de Portland, parecia estar ficando menor a cada segundo. Sentado ali a encarar o rosto desaprovador de seu patrão, Alphonso subitamente lembrou-se de ter enfrentado um olhar igual do diretor da escola ginasial Chicago`s Lincoln. As peças pregadas por Alphonso eram famosas mas nada apre­ciadas pelo diretor ou por Wes naquele momento. Alphonso disse a si mesmo que nenhum dos homens era conhecido por ter um senso de humor muito desenvolvido.


Vamos retornar ao assunto que temos em mãos, está bem? — Wes falou ao apontar o dedo indicador para um papel sobre sua escrivaninha. — Apenas duas horas após estar sob sua custódia, Anton Leva sumiu.


Alphonso sentiu todos os músculos de seu corpo se enrijecerem.




  • Eu assumi toda a responsabilidade de a fuga acontecer durante minha vigilância.






  • Ótimo. Fico feliz em ouvir isto. Embora não consiga en­tender como ele fez para esgueirar-se para fora do banheiro passando por aquela minúscula janela...




Alphonso balançou a cabeça de um lado a outro, desconsolado.


Deve ter sido como passar uma corda pelo buraco de uma agulha.


Wes continuou a falar e fixou o olhar em Alphonso mais uma vez.


Precisamos capturá-lo para que testemunhe no caso dos irmãos Zopo. O escritório U.S. Attorney não está achando graça em você ter perdido a testemunha chefe do caso. E eu francamente também não estou feliz. Coisas assim são péssimas para a imagem de nossa agência de proteção a testemunhas. Quero esclarecer tudo. Quero Leva conosco novamente.


Os lábios de Wes se curvaram em algo que podia ser um sorriso.


Leva é muito ligado à sobrinha Anahi Portillo e será apenas questão de tempo até que a contate. Afinal de contas, ela é sua única parente viva e, para nossa sorte, vive aqui na área de Portland.


Alphonso apenas fora encarregado do caso Anton Leva porque um colega ficara doente. Lamentava saber que Anahi esti­vesse envolvida, e ficou aborrecido com aquele trabalho. A úl­tima vez em que a vira fora em Chicago...




  • ...então eu o quero bem próximo desta mulher — Wes continuava falando sem parar. — Os irmãos Zopo poderão usar a srta. Portillo para chegar até Leva.




  • Compreendo isto, senhor. E acredite, ninguém quer Anton de volta ou Anahi em segurança mais do que eu.




O simples fato de pensar que Anahi poderia estar em perigo, fazia o sangue de Alphonso gelar nas veias. Mas a idéia de vê-la novamente deixava seu corpo quente e incomodado.


Ele e Anahi haviam sido amantes. O rompimento, havia três anos, fora tão passional e tumultuado quanto o relacionamento.




  • Tendo em vista minha história com ela, seria melhor que uma mulher interrogasse Anahi. Ela provavelmente falaria mais na presença de alguém do mesmo sexo, você sabe, aquele laço que parece unir as mulheres...




  • Ora, mas eu o escolhi exatamente por sua história pregressa com a moça. É uma chance para você se redimir. Além do mais, não tenho uma investigadora disponível no momento para criar estes laços. — O tom de pilhéria na voz de Wes deixou Alphonso muito irritado. — Você é o melhor investigador de toda a região. Ambos sabemos disto.




Alphonso suspirou.


Compreendi, senhor.


Alphonso tomava a segunda xícara de café no que parecia ser o único restaurante próximo ao único banco em Fell, Oregon. A cidadezinha ficava a cerca de uma hora a leste de Portland. Anahi morava ali havia quase um ano.


Tão próxima e, ao mesmo tempo, tão distante.


Sempre que pensava nela, e vinha fazendo aquilo com muita freqüência nos últimos dias, lembrava-se de que a havia dei­xado em meio à energia urbana de Chicago.


Anton nada dissera sobre sua sobrinha ter se mudado para o noroeste. De fato, Anton pouco falara. Alphonso não tinha certeza se o homem o havia reconhecido, mas Alphonso se lembrava per­feitamente dele e, por aquela razão, relaxara a vigilância.


Aquilo não voltaria a acontecer. Anton podia ter aparência de um bom senhor, mas não era o campeão da simpatia. Era contraditório e complicado. Assim como sua sobrinha.


Anahi era uma loura exuberante com olhos castanhos, uma mulher emotiva, cheia de energia e passional. Quando a conheceu, ela estava dando cartas em um cassino situado em um barco em Chicago. Na ocasião Alphonso tinha vinte e sete anos, e Anahi vinte e cinco.


A atração fora instantânea e intensa. Ela aceitara seu con­vite para sair, mas não o deixara beijá-la até o terceiro encontro. Três meses mais tarde, mudou-se para a casa de Alphonso.


A vida com Anahi nunca fora fácil. Ela demonstrava amá-lo como se fosse o único homem no mundo, mas o deixara porque ele decidira ser um agente U.S. Marshal.


Mulheres... Se vivesse cem anos, ainda assim não as compreenderia.


Quisera deixá-la orgulhosa dele, por isso nada lhe contara sobre seus planos até saber que passara no rigoroso exame e fora aceito no trabalho.


Mas, em vez de ficar orgulhosa, Anahi tivera um ataque de nervos e fora embora.


Alphonso não a procurara. Um homem tinha seu orgulho. Ele se limitara a perseguir o sonho de ser um agente, sonho que acalentara desde antes de conhecê-la. Além do mais, apenas um tolo amaria uma mulher que detestava o trabalho dele.


Mesmo assim, jamais fora capaz de esquecê-la...




  • Quer mais? — a amigável garçonete lhe indagou com um sorriso charmoso.






  • Não, obrigado.




Era hora de sair daquele lugar e agir como um homem sério, comprometido com seu trabalho.


O problema é que jamais conhecera uma mulher que o fizesse sentir-se tão homem quanto Anahi. Mas quem iria vê-la era o agente U.S. Marshal.


A tarde transcorrera muito lentamente, até mesmo para um sábado no Banco Federal Fell. Ser bancária não era o emprego mais excitante que Anahi já tivera. Ela era auxiliar da gerência de investimentos, e fora promovida ainda na se­mana anterior. O salário não mudara muito, mas a promoção revelava que seu trabalho estava sendo reconhecido.


Anahi não tinha exatamente o estilo de vida dos ricos e famosos do local. Seria mais exato dizer que quase sempre andava sem dinheiro. Após pagar o aluguel e despesas relativas à sobrevivência, pouco lhe restava.


Além de tudo, havia Francis Grimshaw a segui-la o dia todo, monitorando seu trabalho de maneira irritante. Bonita e magra de uma maneira apavorante, Francis era perfeccio­nista. Usava os cabelos bem curtos e nunca uma só mecha saía do lugar.


Como assistente da gerência, Francis era encarregada de su­pervisionar tudo, o que não a tornava a pessoa mais popular dos arredores. Para piorar, vivia de mau humor.


Anahi suspeitava de que Francis era na verdade uma mu­lher muito solitária, por isso buscava uma maneira de perdoar seu comportamento atípico e ser simpática com ela. Mas Francis tornara-se ainda mais desconfiada por causa de suas gentilezas.


Em uma tentativa de manter-se ocupada, Anahi terminou de apontar o ultimo de seus cinco lápis e os colocou sobre a escrivaninha em uma fila perfeita, conforme fora instruída por Francis. Mas um dos lápis escapou e correu livre, caindo da mesa.


Se eu fosse você, não faria isso novamente — Anahi
murmurou para o lápis ao inclinar-se sob a escrivaninha
para pegá-lo.


E claro que o maldito havia rolado completamente para de­baixo da mesa, obrigando-a a ajoelhar-se no chão.


Teria deixado o fugitivo lá mesmo não fosse o hábito de Francis de contar os lápis ao final do dia. Se faltavam muitos, a falha era anotada na ficha do empregado.


Anahi já havia perdido doze lápis em sua primeira semana; suspeitava de que haviam sido levados embora por clientes.


Mas Francis não aceitara tal justificativa. Estava convencida de que ela colecionava lápis, talvez até os vendesse.


Do lugar onde estava debaixo da escrivaninha, Anahi viu um par de sapatos masculinos aproximar-se. Não eram sapatos de couro brilhante como os usados pelos executivos, pareciam esportivos e muito confortáveis. E estavam parados bem defronte a sua escrivaninha.


Ele percebeu, quase em desespero, que alguém estava em pé defronte a sua mesa enquanto ela estava engatinhando embaixo.


Por Deus!


Apressadamente retrocedeu, conseguindo evitar de bater a cabeça na gaveta ao sentar-se. Devia estar muito vermelha mas conseguiu sorrir.


Posso ajudar... você?!


Alphonso Uckerman, o homem a quem ela dera seu coração somente para ser despedaçado, não mostrou qualquer surpresa ao vê-la.


Anahi piscou algumas vezes, achando que talvez estives­se tendo alucinações devido ao movimento brusco de levantar-se. Nada adiantou. Ainda o via em pé defronte a sua mesa.


Alphonso fora tudo para ela. Preenchera seus sonhos e atendera a suas esperanças.


A última vez em que se viram fora num dia chuvoso em Chicago. Bem que tentara apagar as palavras dele da memória, mas elas permaneciam vivas como no passado.


"Isto não é sobre você, é sobre mim", gritara ele. "Meu futuro."


Mesmo naquele momento, passados três anos, ela tinha von­tade de ficar em pé sobre a escrivaninha de carvalho, pegá-lo pelo colarinho da camisa de flanela e exigir explicações. Queria saber por que aquele homem a decepcionara tanto.


E por que tinha de estar com aparência melhor do que a de três anos atrás?


O que ele fazia em Oregon, afinal? Por que não ficara em Chicago? Por que não engordara uns dez quilos e ganhara uma barriga de cerveja? Por acaso não havia justiça nesse mundo?


Aparentemente não. A voz lenta e calculada era tão sedutora quanto no passado.


É bom vê-la novamente, Anahi. você está... — ele ergueu a sobrancelha — ...diferente.


Fitou-o, conhecendo-o bem demais para saber que suas pa­lavras não eram um elogio. Também tinha plena consciência da simplicidade de seus próprios trajes, um conjunto creme com blusa branca.


Tinha os cabelos louros presos em um coque no alto da cabeça. Não ganharia concurso de moda algum, mas era da­quela maneira que as pessoas se vestiam naquele lugar. De modo conservador como tudo o mais no Banco Federal Fell.


Aparentemente o mesmo não se aplicava à Agência U.S. Marshals. Alphonso arrumara-se de modo casual, muito bonito em jeans e com os dois primeiros botões da camisa de flanela abertos. Sob a camisa, uma camiseta branca, costume muito comum nos ho­mens do noroeste. Mas não parecia nada comum em Alphonso.


Ficou com raiva. Por que ele aparecia depois de tanto tempo? A menos que... Poderia ser? Seria possível que a houvesse seguido para declarar seu amor, dizer quanto sentia por tê-la deixado partir e falar que a queria de volta?


Durante meses após o rompimento, Anahi sonhara com aquilo. Será que finalmente iria acontecer? Não sabia.




  • Algum problema por aqui? — inquiriu Francis com seu jeito ativo.




  • Problema algum — respondeu Alphonso, antecipando-se a Anahi. — Você tem sorte em ter uma funcionária tão apli­cada quanto a srta. Portillo em seu banco.




Francis não soube o que fazer ante o comentário, por isso fez um som qualquer, como se soasse um cumprimento inócuo. Vagarosamente retornou a sua própria escrivaninha, mas os olhos continuaram pousados no casal. Anahi deu a Alphonso um sorriso digno de ganhar o prêmio de simpatia de empregado do mês ao lhe indicar a cadeira defronte à escrivaninha.


O que faz aqui?


Se ele ia declarar seu amor, já era hora. Poderia acontecer, poderia...


Estou aqui a negócios.


A tola fantasia desapareceu. Nada havia mudado. O trabalho de Alphonso ainda vinha em primeiro lugar. O que era bom para ela. Afinal, Anahi havia mudado, era outra mulher.




  • Pois eu não tenho quaisquer negócios com a Agência U.S. Marshals. É uma de suas piadas?






  • Parece que estou rindo?




Não, não naquele momento. Ela o fitara e percebera que ele havia adquirido mais linhas de expressão ao redor dos olhos desde a última vez em que o vira.


Alphonso nunca fora tão bonito quanto seu irmão Christopher, mas sua aparência rústica chamava a atenção do sexo oposto.


Seu rosto era anguloso, as sobrancelhas fartas. Os cabelos castanhos nunca obedeceram ao comando de um pente e ainda mostravam certa rebeldia.


Quando a sua boca... Anahi costumava provocá-lo, di­zendo que era torta, um pouco erguida no lado esquerdo. Ele respondera beijando-a até que implorasse por misericórdia.


Mas que absurdo, condenou-se. Ele estava ali havia cinco minutos e já a fazia pensar em sexo. Um verdadeiro disparate!


Como me encontrou?


Conseguiu formular a pergunta sem mostrar como a respi­ração estava fora do compasso.




  • Foi fácil. Estou aqui em um negócio oficial. Pegou a carteira e lhe mostrou o distintivo.Qual foi a última vez em que viu seu tio?




  • Tio Anton?






  • Exatamente, seu tio Anton. — A expressão de Alphonso re­fletia sua exasperação. — O único tio que você tem.




  • Por que quer saber?




A experiência lhe ensinara a ser cuidadosa em dar quaisquer informações sobre seu parente pouco convencional.




  • Sou eu quem faço as perguntas.




  • Pois só vou respondê-las se quiser.




O tia a criara desde a morte dos pais Anahi em um acidente de carro quando ela tinha somente dez anos. Desde então, os dois já haviam morado em vinte Estados diferentes. Antes de migrar para os Estados Unidos, Anton fora ator em Praga e mantinha seu lado dramático. Passara-o para Anahi juntamente com o amor pela música de Dvorak, Smetana e, em tributo a seu novo país, aos irmãos Everly. Tio Anton havia feito tudo desde vender aspiradores de pó até gerenciar uma gráfica. Entre uma função e outra, envol­vera-se em algumas negociações ilícitas. Ele podia ter burlado a lei, mas certamente nunca a havia desacatado.




  • O que quer com meu tio? — Anahi indagou, incerta se gostaria de saber a resposta.




  • Ele é testemunha em um julgamento federal.




  • Testemunha para o quê?




  • Ele não lhe falou nada sobre isto? — Alphonso perguntou, erguendo as sobrancelhas. — Acho difícil acreditar, pois vocês dois são tão próximos.




  • Você e eu fomos unidos uma vez, o que não significa que saibamos tudo sobre o outro — falou acidamente. — De fato, você ficou muito diferente do homem que conheci.




  • Não estou aqui para falar a meu respeito. Estou aqui por causa de seu tio. E porque você pode estar em perigo.




  • Por causa de tio Anton? Jamais!




  • Não me refiro a ele, e sim às pessoas contra as quais está testemunhando. Os irmãos Zopo.




Ela não conseguiu conter-se. O nome a fez sorrir.




  • Está brincando, não é?




  • Não. Brutus e Caesar Zopo. Parece que a mãe deles era fã da antiga história romana.




História antiga era o que ela e Alphonso haviam tido. Mas os pensamentos de Anahi precisavam se focar no tio e em sua segurança.




  • Em que você meteu meu tio? Alphonso a fitou, surpreso.




  • Eu?






  • A Agência U. S. Marshals deve providenciar proteção especial para testemunhas importantes.




  • A maioria das pessoas não sabe disto.




  • Eu verifiquei quando soube que você fez aquele exame de admissão sem me contar nada. Queria saber o que o fizera sair de algo tão tranqüilo quanto uma companhia de seguros para ocupar-se em caçar pessoas como na Agência U.S. Marshals.






  • Eu não escondi nada de você, e nós não caçamos pessoas.




  • Não me disse nada sobre seus objetivos. Mas isto agora já não é relevante. Na verdade minha única preocupação é meu tio.




  • A minha também. Queremos localizá-lo tão rápido quanto possível.






  • Meu tio não é uma espécie de animal selvagem que você deva caçar. Posso apostar que o ameaçou para que con­cordasse em ser testemunha. — Anahi estava indignada. — Tio Anton evita as autoridades como a uma praga. Ele é testemunha de quê?




  • Falsificação.




A resposta a deixou atônita.




  • Meu tio não é falsificador.




  • Nunca disse que fosse.




Em contraste à dela, a voz de Alphonso era calma.




  • Mas trabalhava para pessoas suspeitas de terem falsifi­cado uma enorme quantia.




  • Meu tio era gerente de uma gráfica. O que aconteceu: alguém tirou fotografias de uma nota de dez dólares?




  • Não. Os Zopo forjaram um milhão de dólares em cheques ao portador. E são donos da gráfica em que seu tio trabalhava.




Anahi não sabia o que dizer. Sabia que seu tio não era dono de um caráter muito sólido, mas quem era ela para jogar pedras? De qualquer maneira, Alphonso era honrado e íntegro.




  • Não ouço falar de meu tio há uma semana — disse com óbvia relutância e ansiedade. — Quando o viu pela última vez?




  • Está foragido há seis horas.




  • Então encontre-o e o proteja.




"E fique longe de mim", complementou em pensamento. "Muito longe. Seria bom o Japão, por exemplo."


Eu realmente tenho intenção de encontrá-lo... ficando próximo a você.


As palavras de Alphonso a amedrontaram.




  • Eu já lhe disse que não sei onde ele está.




  • Ouvi quando falou da primeira vez. E pode estar falando a verdade.




  • Posso?




Ergueu o tom de voz, chamando a atenção de Francis.


Alphonso acenou para a mulher e sorriu amplamente.




  • Estamos nos dando bem. Falamos sobre as possibilidades de eu investir meu dinheiro no banco, o que pode ser mais seguro do que guardá-lo nas meias. A srta. Portillo está me assegurando de que é mais seguro.




  • Ela tem razão.




Talvez Francis quisesse dizer mais coisas, mas Alphonso deu-lhe as costas e apoiou-se na escrivaninha para falar novamente com Anahi.


Escute, não gosto desta situação mais do que você — informou-lhe. — Mas a questão é que ficarei a seu lado até que seu tio esteja de volta a minha custódia.


Seus olhares ficaram presos em silencioso combate um mo­mento ou dois antes de Anahi expressar seus sentimentos.




  • Somente sobre meu cadáver!




  • Você ainda acha que lidar com Alphonso e Anahi será fácil? — Betty falou à irmã Muriel.




As duas estavam escondidas atrás de um armário preto a um canto do departamento de investimentos do banco e supervisio­navam a esquentada troca de palavras entre Anahi e Alphonso.




  • Nada parece ser fácil na tarefa das fadas-madrinhas — Muriel falou, os olhos azuis cintilando. — Especialmente quan­do se é fada-madrinha de trigêmeos.




  • Não os culpem por serem trigêmeos.




Betty pacientemente tirou uma mecha de cabelos da testa.




  • Fomos trigêmeas e nunca demos tanto trabalho assim a alguém.




  • Ainda somos trigêmeas — a sempre prática Muriel a corrigiu. — E só Deus sabe os trabalhos que causamos em nossa juventude.




  • Não posso acreditar na maneira como decoraram este lugar —declarou Hattie, entrando na conversa pela primeira vez. Estava com um pequeno espelho na mão e rapidamente verificou sua aparência, como a temer que os arredores a pu­dessem ter maculado.




Arrumou os cachos e o enfeite do chapéu. Suas unhas e batom combinavam perfeitamente.




  • Parece mais um salão para funerais do que um banco.




  • Veja o rapaz que gerencia este lugar e saberá por quê —comentou Betty. —Fred Finley não tem muito estilo.




Hattie franziu a testa.




  • Então por que Anahi o está namorando?




  • Porque ela quer segurança em sua vida — explicou-lhe Betty. Como era mais velha, detestava ter de explicar tudo. Preferia comandar e ser obedecida.






  • Ela passou a desprezar a paixão desde o rompimento com Alphonso.




  • Não posso acreditar que eu tenha a tarefa de fazer estes dois ficarem juntos depois do rompimento. Será muito difícil, até mesmo para uma fada-madrinha. Não parece justo comigo — queixou-se Muriel.




Colocou a mão em um dos diversos bolsos de sua roupa em busca de biscoitos integrais, seu petisco favorito.


Talvez fosse mais fácil fazer Alphonso conhecer uma pes­soa nova.


Hattie a olhou com censura.




  • A alma gêmea dele é Anahi, não outra pessoa.




  • Então por que não ficaram juntos há três anos? — indagou Muriel.




Foi Betty quem respondeu.


Não era hora.


Tocou o relógio enorme que trazia no pulso.




  • Mas agora é. Então vamos nos mexer.




  • Mas nós já fizemos as coisas andarem ao ajudarmos Anton a fugir. Espero que não o tenhamos colocado em perigo .— preocupou-se Hattie. — Ele tinha aparência de um sonhador, não acham?




  • Acho que vamos ter muito trabalho neste caso — res­pondeu Betty.




  • Então o que há de novo? — ponderou Muriel ao estudar os dois alvos em pé, praticamente com seus narizes se encos­tando. — Eu deveria ter ido trabalhar em um banco em vez de ser fada-madrinha. A tarefa por aqui é bem menos árdua.





Compartilhe este capítulo:

Autor(a): millinha

Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

    Você não acha que está aumentando a real dimensão dos fatos? As palavras de Alphonso fizeram Anahi ficar tão vermelha quanto na última vez em que ele as dissera, naquele dia sob a chuva em Chicago. Você parece causar este efeito em mim. Pois eu me recordo de causar efeitos melhores em você ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • mariahsouza Postado em 23/07/2009 - 15:06:34


    P
    O
    S
    T
    A

    +

  • anjinhavondy Postado em 17/07/2009 - 23:27:09

    *-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!! *-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-* posta++!!*-*

  • andressarbd Postado em 15/07/2009 - 20:04:22

    POSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • andressarbd Postado em 15/07/2009 - 20:03:57

    POSTAAAAAAAAAAAAAAA

  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:21

    POSTA MAISSS!!!!!!

  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:19

    POSTA MAISSS!!!!!!

  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:19

    POSTA MAISSS!!!!!!

  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:19

    POSTA MAISSS!!!!!!

  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:18

    POSTA MAISSS!!!!!!

  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:17

    POSTA MAISSS!!!!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais