Fanfics Brasil - Capitulo 3 Teimoso Demais Para Casar S2 AyA S2

Fanfic: Teimoso Demais Para Casar S2 AyA S2


Capítulo: Capitulo 3

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  • Não responda, Fred — ordenou Anahi, a voz trêmula de raiva. — Meu irmão é um contador de piadas inveterado, e este é só mais um exemplo de seu bom humor.






  • Eu estava apenas cuidando de seus interesses... — protestou.




  • Sei exatamente o que estava fazendo.




Naquele instante, Alphonso disfarçadamente escorregou a mão por entre a lateral do assento e a porta do carro para acariciar o ombro dela.




  • Quero que pare com isto imediatamente.




  • O filme começou — falou Fred, constrangido.




  • Tem razão. O filme começou. Então fique quieto, Alphonso.




  • Sim, madame.




Era evidente o riso contido em sua voz. Anahi desejava poder também ordenar a Alphonso que mantivesse as mãos sob controle, mas não havia como fazer aquilo com Fred sentado a seu lado.


Nem mesmo poderia dar-lhe um olhar de reprimenda porque estava escuro no interior do carro, o que permitiria uma in­terpretação equivocada de suas intenções.


Fred segurava de maneira impessoal sua mão enquanto Alphonso a provocava, acariciando seu braço direito dos ombros até o pulso. Anahi podia sentir o calor do toque da ponta dos dedos apesar da blusa de algodão que vestia.


Tentou ignorá-lo, mas quando Alphonso gentilmente ajeitou seu colarinho para roubar carinhos secretos na altura do pescoço, ela soube que estava realmente em problemas. O tempo não tora suficiente para diluir o forte impacto do toque sensual.


Anahi sentia-se dividida, seu lado sensível aproximando-se de Fred enquanto o selvagem respondia à sedução do antigo namorado.


Alphonso acariciou o lóbulo de sua orelha com o polegar.




  • Está com frio? — Fred indagou, preocupado, ao senti-la estremecer.






  • Estou bem.




A voz de Anahi estava fraca, e seu coração batia descompassado.




  • Parece que você está tendo calafrios — disse Fred.




  • O filme está me deixando apavorada.




O filme... e o toque de Alphonso. Não deveria ser tão suscetível, não após tanto tempo. O que havia de errado com ela? O que fosse, precisava ser ajustado de imediato.


Estaria Alphonso acariciando a alça de seu sutiã? Tentando descê-la por seu ombro? Mas que ousadia! Ultrajada, capturou os grandes dedos errantes e os apertou. Um riso abafado em suas costas lhe disse que finalmente chamara-lhe a atenção, mas ele obviamente não a levava a sério.


Segundos mais tarde, os dedos ágeis traçavam a curva da orelha de Anahi. Teria ele se lembrado de como era parti­cularmente sensível àquele toque? Costumava derreter-se toda quando recebia um carinho assim.


Sim, Alphonso sabia. Recordava-se. Anahi percebia pela con­fiança de seu afago. Fazia aquilo deliberadamente para deixá-la maluca. Pois não permitiria. Recusava-se a retornar aos maus há­bitos. Não daria a Alphonso o gosto da vitória.


Cuidadosamente virou a cabeça na direção da porta do pas­sageiro, para longe de Fred e na direção da provocadora sedução de Alphonso. Quando sentiu que ele passava os dedos por seus lábios, por um momento as lembranças ressurgiram tão forte­mente em sua alma que quase a fizeram desistir.


Então recordou-se de como ele a havia excluído de sua vida e ganhou forças.


As palavras de Alphonso na despedida em Chicago brincavam em sua mente, deixando-a em transe. Até mesmo naquele mo­mento, o carinho não era uma atenção para com ela.


Tudo era em prol de seu trabalho na Agência U.S. Marshals. Faria qualquer coisa para recapturar Anton. Até mesmo a se­duziria, se preciso fosse.


O polegar passou pelos lábios entreabertos de Anahi. Instantes depois, ela fechava os dentes com força para morder. A exclamação abafada que ouviu lhe indicou que daquela vez não apenas conseguira chamar-lhe a atenção mas fora real­mente levada a sério.




  • Tudo bem aí atrás? — indagou Fred.




  • Está... emocionante.




Como estava próximo da verdade, pensou Alphonso tristemente. O que começara com uma atitude de provocar Anahi ter­minara enlouquecendo-o. Estava excitado como um adolescente. Quisera testar a resposta dela mas em vez daquilo acabara confirmando sua própria atração.


Tinha um trabalho a fazer. E se seduzi-la ou brincar com o relacionamento formal que ela tinha com Fred acelerasse o processo de fazê-lo chegar até Anton, então que fosse.


Não viera em busca de problemas. Era apenas um oficial da lei obedecendo a um comando superior.


Após uma breve reflexão Alphonso decidiu que aquela confusão era mais culpa de Anton do que sua. Se o homem houvesse se comportado, Anahi e Alphonso não estariam se encontrando. Havia muita coisa em jogo por ali. A lavagem de dinheiro. A reputação de Alphonso. A segurança de Anton e de Anahi.


Não queria que ela se machucasse. Duvidava de que real­mente percebesse a seriedade da situação. Afinal, nunca pre­senciara o lado escuro da vida. Seus óculos coloridos, através dos quais via o mundo em cores rosadas tinham sido firme­mente colocados sobre seu adorável nariz.


Pelo menos era assim a Anahi que ele conhecera em Chicago. Mas aquela nova mulher o deixara confuso... até o instante em que a tocou. Então a velha chama do prazer físico e da paixão imediatamente vieram à tona.




  • Viu aquilo? Ela o mordeu! — falou Muriel, parecendo profundamente ofendida ao passar pelo alto-falante atado à janela do carro.






  • O volume desta coisa é alto demais — reclamou Betty do outro lado da caixa de som.




  • Pode-se ver o filme melhor daqui.




A voz de Hattie vinha de cima do teto do carro.




  • Não temos tempo para assistir a filmes — falou Muriel com impaciência. — Há trabalho a ser feito.






  • Alphonso é tarefa sua — Hattie a fez lembrar-se. — Estou aqui apenas para ajudá-la, para dar algum conselho que se fizer necessário.




Então aconselhe-me, srta. Esperteza.


Hattie foi até a porta do carro para proclamar:


Pois aconselho que deixe de usar esta roupa caqui, Muriel. Não lhe faz justiça. Parece que está com icterícia. Continuo me oferecendo para lhe fazer uma bela maquilagem. Afinal de contas, fiz um trabalho maravilhoso em Heather em nosso pri­meiro compromisso.


Não quero maquiagem!


Muriel parecia ofendida.


Preciso de sugestões para lidar com Alphonso e Anahi. Ela está namorando Fred. Pelo menos Heather não estava namorando outra pessoa.


Hattie deu de ombros.




  • Namorar não significa amar.




  • Mas ela certamente não está agindo como se amasse Alphonso — observou Muriel acidamente. — Parece pronta a ar­rancar o coração do rapaz com a mão.




  • Bem, mas ele de certa forma fez por merecer — admitiu Hattie. — Partiu o coração dela em Chicago. Não pode culpá-la por não estar disposta a lhe dar uma segunda chance.




A expressão de Muriel ficou sombria.




  • Talvez fosse melhor se eu tirasse Fred da jogada.




  • Absolutamente não!




Hattie ficou em pé sobre o teto do carro com as mãos nos quadris e olhou para as irmãs.




  • Minhas queridas, vocês bem sabem como as coisas podem se tornar mais complicadas quando tentamos interferir. Além do mais, já nos intrometemos fazendo aquele querido homem Anton se esconder para que Alphonso se envolvesse no caso.




  • Ele está envolvido no caso — acrescentou Betty —, mas não com Anahi.




Hattie segurou o chapéu quando uma lufada de vento amea­çou levá-lo embora.




  • Apenas precisamos dar tempo ao tempo.




  • Não podemos nos dar tal luxo — declarou Muriel. — Não poderemos manter os Zopo afastados para sempre. Con­seguimos sabotar seus esforços ao confundir os computadores que usavam, mas fazer coisas assim não nos compete.




Fale somente por você — declarou Betty. — Eu sou fã de mistério.


Com um toque de varinha mágica acrescentou uma enorme capa de chuva sobre a camiseta e saia jeans.


E este caso tem todas as características de um bom filme de mistério.


Esfregou uma mão na outra em antecipação, quase jogando sua varinha mágica para longe sem perceber. Muriel permanecia emburrada.




  • Mas também tem todos os ingredientes de um desastre.




  • Como pode ser difícil? — perguntou em tom de comando Caesar Zopo, acariciando o fino bigode.




Seus cabelos eram bem escuros e, embora ele tivesse cele­brado o qüinquagésimo aniversário no mês anterior, não havia um só sinal de fios grisalhos.


Eu lhe dei apenas uma tarefa, tarefa que eu somente entregaria a meu irmão de confiança, sangue do meu sangue. E agora você vem me dizer que não pode fazer isto? Não pode capturar uma sobrinha?


Brutus, mais jovem, mais baixo e bem mais pesado do que o irmão baixou a cabeça ante a desaprovação de Caesar.


Eu tentei, Caesar. Preciso de mais tempo...


O líder ergueu a mão, as unhas perfeitamente limpas e brilhantes.




  • Não quero ouvir desculpas. — Sua voz era suave e mortal. — Exijo apenas respostas. Onde está a sobrinha de Anton Leva?




  • Em algum lugar no noroeste. Eu acho. — Brutus levantou a mão e levou o polegar à boca, roendo a unha. O irmão de­testava tal fraqueza. — O computador fez uma lista de centenas de mulheres que podem ser sobrinhas dele. Eu jamais pensaria que muitas se encaixariam ao perfil, mas se encaixam. Chequei o programa diversas vezes.




  • Então verifique novamente. E siga cada mulher daquela lista. Telefone-lhes e veja qual é a que procuramos. Porque se nós a pegarmos, chegaremos a Leva. Exatamente como queremos.




  • Estou tentando. — Brutus procurou não ser queixoso. Sabia como Caesar detestava quando choramingava. — Eu... Eu liguei para cada nome da lista, mas, na maior parte das vezes, secretárias eletrônicas atenderam e...




Caesar apenas ergueu dois dedos daquela vez. Foi o sufi­ciente para cortar a voz trêmula de Brutus.


Corrija-me se eu estiver errado, mas por acaso não acabei de lhe dizer que não queria ouvir desculpas?


Brutus baixou a cabeça.




  • Sim, Caesar.




  • Então faça o trabalho. Ou eu mesmo o farei.




Quando chegou a hora de Fred dizer boa-noite à porta de Anahi, ela não se surpreendeu com a atitude impertinente de Alphonso, em pé a seu lado, recusando-se a deixá-los a sós. Sabia que seria inútil lhe pedir alguma privacidade. Alphonso desejava causar-lhe problemas. O que deixava a Anahi apenas uma opção. Pegou o rosto de Fred com ambas as mãos e lhe deu um maravilhoso beijo. Então, dando um olhar triunfante a seu oponente, en­trou faceira em casa deixando um Fred atônito, e um Alphonso furioso atrás de si.


Quando conseguiu se recompor o suficiente para entrar tam­bém, Alphonso a encontrou em pé no meio da sala de estar, os dois braços na cintura, o pé batendo impacientemente e os enormes olhos castanhos brilhando, irados.




  • Sua atitude foi ridícula!




  • A minha? E quanto à sua? Foi você quem me mordeu. E depois teve a petulância de beijar aquele idiota como se tivesse realmente vontade.




  • Pois eu tive vontade sim. E aquele idi... Quero dizer, Fred, pode me oferecer mais do que você jamais pôde.




A expressão de Alphonso endureceu.




  • Mais dinheiro, você quer dizer?




  • Não. — Assustada, Anahi deu alguns passos para trás. — Você nunca me conheceu de fato.




  • Eu a conheço muito bem.




  • Meu corpo talvez. Mas não meu coração. Fred pode me oferecer a segurança de um compromisso, algo que você jamais desejou fazer. Você não estaria aqui agora, não fosse a ordem que recebeu. Então não ouse pensar que pode pas­sear pela cidade, criar problemas e arruinar minha vida por aqui. Trabalhei duro para me tornar uma nova pessoa. Uma mulher séria e digna.




E por que quer isto? Não havia nada de errado com a mulher que você era em Chicago.


Obviamente houve algo errado com ela ou Alphonso não a teria abandonado. Mas tudo aquilo eram águas passadas. Anahi construíra novas pontes ali, para conduzi-la a novos destinos. E não se importaria se houvesse de passar por cima de um sensual agente da U.S. Marshals que se interpusesse em seu caminho. Tivesse ele um sorriso devastador ou não.


Pegou o saco de dormir de Alphonso e o jogou em sua direção.


Não fique confortável demais por aqui. Ficará por pouco tempo.


Na manhã seguinte, Alphonso admitia que dormir no chão não fora realmente confortável.


Mas grande parte da culpa era de sua própria mente que o fizera relembrar-se de todos os momentos vividos com Anahi sob lençóis frescos... Seu corpo também o traíra, contribuindo para o problema ao permanecer o tempo todo em estado de alerta.


Era inegável que as alterações em Anahi o haviam per­turbado. Não tinha muita certeza por que, mas queria de volta a mulher exuberante que conhecera em Chicago. Recusava-se, entretanto, pensar no que gostaria de" fazer com ela quando reaparecesse.


Sentia falta da velha espontaneidade. Normalmente Alphonso era metódico, planejando cada passo a ser dado. Bem, mas não deveria se esquecer do motivo oficial de estar ao lado de Anahi: mantê-la segura e conservar o próprio emprego.


Precisava reconquistar a confiança de Anahi. Ela não revelaria o paradeiro do tio se estivesse brava com Alphonso. Tendo aquilo em mente, postou-se diante de uma tigela e procurou planejar uma estratégia.


Qual era mesmo a mistura esquisita de cereais para crianças que Anahi costumava fazer quando os dois moravam juntos? Naquela época, Alphonso desejara ardentemente que ela tivesse um gosto mais conservador quanto à comida do café da manhã.


Procurou ser cortês e pensou em um tópico neutro para uma conversa.


Como chegou a Fell, Oregon?


Gostei do lugar.


Não lhe diria que aquele fora o lugar mais longe a que conseguira chegar com o dinheiro que lhe restara depois de deixar o último emprego em uma estação de esqui no Colorado.


É um nome esquisito para uma cidade.


Ela imediatamente defendeu seu novo lar.


Pois eu gosto. A cidade herdou o nome da primeira família que se instalou por aqui. Viajavam pela trilha Oregon quando tentaram seguir um atalho e se perderam. A condução da família bateu em um obstáculo, e o filho caiu do veículo. Miraculosamente não se feriu. Em apreciação a seu bom estado de saúde, deram o nome ao lugar de Fell e se instalaram aqui.


Alphonso achava atraente a idéia de voltar a dividir uma casa com Anahi. Haviam se divertido muito juntos. Mais do que aquilo, apaixonara-se por aquela mulher como jamais se en­cantara por qualquer outra antes ou desde então.


Mas seu trabalho ainda os separava. Atualmente mais do que nunca. Mesmo assim, flagrava-se pensando em como seria tê-la em sua vida de novo.


Então o que vamos fazer hoje? — indagou ele.


Anahi queria ir ao jogo de beisebol da liga infantil, mas não estava com vontade de apresentar Alphonso às amigas e a seus filhos. Ele já fizera Fred suspeitar de que algo estava errado. E a deixara maluca com aquilo.


Não faço idéia do que você fará, mas tenho de fazer algumas compras e levar roupas para lavar.


Então é exatamente isto que eu farei.
Fitou-o de modo cético.




  • Da última vez em que esteve em uma lavanderia comigo, você não sabia diferenciar um botão da máquina de lavar do outro.




  • Vou só para observar, não pretendo lavar roupas.




Pretende simplesmente observar como fez na noite passada?
Alphonso não queria se lembrar da noite anterior e do beijo que ela dera em Fred.


Ele não é o homem certo para você.


Como se você soubesse quem é certo para mim — ironizou, levantando-se para lavar a vasilha de cereais.


Alphonso a observou. A calça justa salientava as longas e ado­ráveis pernas mais do que qualquer coisa que já a vira vestir. A camiseta era bem larga.


Ela provavelmente a escolhera para esconder suas curvas, mas aquilo apenas o fazia ansiar por escorregar as mãos sob a malha, sentir a pele macia e acariciar os seios fartos com a palma das mãos.


Esta sua ação vai ricochetear e atingi-la de volta, sabe disto — murmurou Alphonso.


As palavras a deixaram nervosa.


Que ação?


Será que ele suspeitava de que fora Anton quem lhe telefonara na noite anterior?, pensou assustada.




  • A ação de agir como uma mulher neutra. Vestir-se de bege e ter mobília simples.




  • Não faz o menor sentido o que diz. Você está aqui a menos de vinte e quatro horas e já mostra sinais de incoerência.




Ao fitá-lo enquanto falava, ela viu que ele trocara a camiseta sob a camisa de flanela.


Alphonso era mesmo muito atraente. Nutrira ilusões de que se ele passasse a noite em um saco de dormir no chão de sua sala de estar, acordaria com uma aparência terrível, mas os cabelos revoltos e os olhos com ar de cansados eram mais sensuais do que nunca.




  • Quanto tempo acha que isto tudo vai durar?




  • O tempo que levar para eu encontrar Anton. Você pode tentar me ajudar em vez de lutar contra mim e talvez possamos solucionar tudo isto mais rapidamente. A menos que esteja apreciando minha companhia... — sugeriu matreiro.




  • O que deseja saber?




  • Tudo que sabe sobre seu tio.




  • Eu o conheço desde que era garotinha — disse ela. — Não há como contar tudo em poucos minutos.




Alphonso se acomodou melhor na cadeira da cozinha, esticando as pernas preguiçosamente.




  • Fique à vontade.




  • Esta é sua tentativa de me fazer revelar coisas que eu não deveria?




  • O que tem a esconder?




O fato de Anton ter lhe telefonado. Assim como a informação de que o tio não tinha intenção de se entregar às autoridades, já que não as julgava capazes de protegê-lo.


Talvez se explicasse aquilo a Alphonso...




  • Tem de compreender algo sobre meu tio. Ele tem bons motivos para não confiar nos agentes do governo.






  • Pois não tinha motivos para deixar de confiar em mim.




  • Então você é o responsável por essa confusão toda. Eu sabia!




Alphonso deixou de apoiar a cadeira em apenas dois pés, evi­dentemente irritado com a afirmação. Seu corpo e sua voz denotavam-lhe a insatisfação.


Eu confiei em seu tio. Achei que fosse se comportar ao ir ao banheiro. Pois ele escapuliu pela janela. Não sei como conseguiu fazer aquilo, não era grande o suficiente para que passasse.


Anahi sorriu satisfeita, feliz em ver o quão aborrecido Alphonso estava.




  • Está no sangue dele. Seus pais trabalharam no circo. E um tanto contorcionista.




  • Não precisa parecer tão orgulhosa disto. Ele fez algo estúpido e perigoso, para não dizer ilegal. Foi convocado para testemunhar no caso contra os Zopo.




  • Dada sua experiência na Checoslováquia comunista, tio Anton não confia em ninguém que use uniforme. O que inclui você.




  • Não uso uniforme.




Alphonso passou a mão pela camisa de flanela para reiterar o fato. Anahi contemplou o corpo sensual e prendeu a respiração.




  • Ora, meu tio não confia na burocracia do governo. Não acredita que possam tomar conta dele.




  • Mas você poderia convencê-lo a confiar em mim.






  • Como faria isto se éu mesma não confio em você? Aquelas palavras o enfureceram.




  • Foi você quem abandonou nosso relacionamento.






  • Somente depois de você deixar claro que não havia espaço para mim em seu futuro.




  • Não foi assim.




  • Foi sim.




  • E por isto que está saindo com aquele bancário?




  • Já tivemos esta discussão na noite passada.




Pegou um pano e passou pelo balcão da cozinha que já estava seco. Foi surpreendente não ter apagado os detalhes dourados da fórmica, dada a força aplicada ao gesto.




  • Não posso acreditar que você tenha se submetido àquele homem.




  • Eu não me submeto a ninguém!




Ela desejou ter um prato sujo para jogar na direção de Alphonso.


Você estava sorrindo como uma tola.


Anahi respirou profundamente, tentando controlar a ira.




  • Sei o que está tentando fazer aqui. Quer brigar comigo na esperança que eu diga algo que não deveria.




  • Eu desejo encontrar a mulher com quem fiz amor de uma maneira tão apaixonada e intensa que perdia a razão. A mulher que adorava sentir pesados pingos de chuva no rosto em meio a uma tempestade e cantava tão alto no chuveiro que podia-se ouvir a um quarteirão de distância.




O chuveiro estivera silencioso naquela manhã. Sem versos de belas canções. Aquilo o aborrecera mais do que pudera antecipar.




  • A mulher que não se importava em agir de modo diferente e ousava fazer as coisas a sua maneira.




  • Eu já lhe disse — murmurou secamente. — Aquela mu­lher foi embora.




  • Então convença-me disto.




Em segundos, Alphonso estava em pé ao lado de Anahi. To­mou-a nos braços e a beijou com ardor.



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Autor(a): millinha

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  Anahi estivera congelada no meio de um blo­co de gelo durante todos aqueles anos, e Alphonso aparecera para libertá-la. Deveria ser doloroso um despertar daqueles mas não era aquilo que sentia. Era uma sensação incrível, libertadora e frustrante ao mesmo tempo. Ele a provocava com a ponta da língua, induzindo-a a abrir ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • mariahsouza Postado em 23/07/2009 - 15:06:34


    P
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  • anjinhavondy Postado em 17/07/2009 - 23:27:09

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  • andressarbd Postado em 15/07/2009 - 20:04:22

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  • andressarbd Postado em 15/07/2009 - 20:03:57

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  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:21

    POSTA MAISSS!!!!!!

  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:19

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  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:18

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  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:17

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