Fanfics Brasil - Capitulo 4 Teimoso Demais Para Casar S2 AyA S2

Fanfic: Teimoso Demais Para Casar S2 AyA S2


Capítulo: Capitulo 4

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Anahi estivera congelada no meio de um blo­co de gelo durante todos aqueles anos, e Alphonso aparecera para libertá-la.


Deveria ser doloroso um despertar daqueles mas não era aquilo que sentia. Era uma sensação incrível, libertadora e frustrante ao mesmo tempo.


Ele a provocava com a ponta da língua, induzindo-a a abrir os lábios.


Ao obedecer, foi recompensada pela intensificação do beijo. Lábios se uniam com paixão e línguas se tocavam. Tudo muito passional, úmido e quente. Cheio de luxúria e desejo.


Seus seios estavam fortemente pressionados contra o peito largo e forte, as mãos pousadas um pouco abaixo do coração acelerado de Alphonso.


Ele pousou a mão imensa e máscula em sua nuca, induzindo-a a abraçá-lo fortemente enquanto, com ardor, devorava-lhe a boca.


Um desejo indizível a tomou, rivalizando com as batidas frenéticas de seu coração e fazendo-a esquecer-se mais uma vez das mágoas passadas.


Mais próxima. Precisava ficar mais próxima.


Suas mãos escorregaram pelo torso forte, registrando a sua­vidade da camisa de flanela e sentindo o calor do corpo sensual sob o tecido. Curvou os dedos na cintura da calça jeans, pre­parando-se para puxá-lo para perto como fizera tantas vezes no passado.


Daquela vez suas mãos roçaram em algo estranho. Atônita, ela escapuliu do abraço.




  • Você está armado?




  • Sim.




A voz era rouca de paixão até mesmo quando a inflexão mudou ao acrescentar:


Seria difícil eu protegê-la com um estilingue.


Alphonso tivera razão. A mulher apaixonada que Anahi uma vez fora ainda estava ali sob o exterior bege.


Mas o que ele provara, afinal? Que ainda a queria mais do que já desejara qualquer outra mulher em toda sua vida? Que aqueles doces lábios femininos podiam inspirar muitos poetas? Que o corpo dela era capaz de perturbá-lo e o fazer querer perder a razão de vez?


Tudo aquilo era verdadeiro. A questão era, o que deveria fazer?


Anahi parecia absorvida em indagações próprias. Mas, quando falou, proferiu um ultimato.


Mantenha seus beijos e suas armas longe de mim.


Alphonso fez mais uma tentativa.


Aquele tal de Fred é completamente errado para você, não consegue ver isto?


Anahi levantou o queixo e lhe lançou um olhar teimoso.




  • Não, não consigo.




  • Ele vai matar seu espírito.




  • Impossível. Porque você já conseguiu fazer isto em Chicago.




  • Ah, deu certo! — exclamou Muriel com satisfação, sentada sobre a geladeira da cozinha de Anahi. — Eles finalmente se beijaram. O que foi? — acrescentou quando Hattie lhe lançou um olhar de desprezo, o laço de fita de seu chapéu caindo na testa.




  • Você não ouviu o que ela falou no final? Disse que Alphonso havia matado seu espírito.




Hattie disse as palavras em tom dramático e pesaroso. Muriel deu de ombros.


Ora, ela está exagerando.


O olhar de Hattie foi de reprovação.




  • Ainda está magoada.




  • Bem, mas conseguirá superar isto!




Muriel passou a mão pelos cabelos, colocando no lugar as mechas brancas de seu penteado.


Não é hora de sermos emotivas. Os humanos são seres muito problemáticos. Da próxima vez vou querer trabalhar com animais. Gatos e cachorros. Cavalos. Eles têm mais bom senso do que os humanos.




  • Agora você está falando como Betty.






  • Não precisa me insultar — queixou-se Muriel.






  • Ouvi isto — interveio Betty ao aparecer ao lado das duas em uma nuvem de energia cósmica.




Ainda usava a mesma capa de chuva que fora sua vestimenta na noite anterior durante o filme.


Enquanto vocês duas estavam aí conversando, fui verificar o que estavam fazendo os irmãos Zopo... Aquela confusão que nós incutimos no computador deles ainda está bagunçando as coisas, felizmente.


O franzir de testa de Muriel se aprofundou.




  • Sabotar criminosos realmente está além de nossa alçada.






  • Ora, podemos ter pouca experiência nisso — Hattie sen­tiu-se compelida a dizer. — Mas estamos trabalhando no caso.




  • Pelo amor de Petúnia, li todas as histórias de Sherlock Holmes — gabou-se Betty, fazendo uma bravata. — Acho se­guro afirmar que sou experiente em mistérios e tenho capaci­dade para tirar boas deduções.




  • Precisamos nos concentrar no presente. Temos de unir Alphonso a sua alma gêmea e proteger a todos dos irmãos Zopo.




  • Nunca fomos muito boas em equilibrar as coisas. Por isto tivemos problemas da primeira vez — Muriel a lembrou. — Você não conseguiu equilibrar seu pote de geléia cheio de pó mágico.




  • Não fui só eu quem espalhou o pó encantado — imedia­tamente Betty argumentou. — Você derramou o seu, que estava naquele pote esquisito. Eu apenas espirrei e...




  • Ouça, vamos esquecer essa conversa de vez — interrom­peu Hattie enquanto meticulosamente ajeitava as amplas man­gas de seu vestido de chiffon amarelo. — Mas preciso dizer que a roupa que você usa não é apropriada também. Eu já lhe disse vezes e vezes, esta cor a deixa com aparência lavada, especialmente agora, quando está sobre este terrível refrige­rador verde-abacate. — Hattie suspirou. — Você ficaria muito melhor em algo assim... — Com o toque de sua varinha mágica, mudou o adorado vestido caqui de Muriel para um charmoso longo azul. — Assim está muito melhor.




Muriel não gostou nada daquilo.


Eu me pareço com uma borboleta azul!


A um toque de sua varinha mágica, fez a roupa voltar à cor original.


Conservem sua energia para coisas importantes. Pressinto que iremos precisar manter um passo sempre adiante dos irmãos Zopo — avisou Betty, com voz de sargento.


Brutus estava em pé no bem aparelhado escritório de seu irmão, ouvindo uma ópera de Wagner. Passava a palma das mãos úmidas pela calça comprida.


Uma pessoa disse ter ouvido Anton falar de sua sobrinha. Ela está aqui em Oregon.


Caesar levantou as sobrancelhas.




  • Já sabe o nome dela?




  • Não exatamente — balbuciou Brutus. — Ele achou que terminasse com ie ou y. Annie ou Mary ou Cathy ou Stacy...




Caesar passou sua elegante mão pelos cabelos e depois a estendeu, detendo as palavras de Brutus no ar.




  • Ou milhares de outras opções. Sabe quantos nomes de mulher terminam em ie ou y?




  • Não. Quer que eu descubra?




  • Não, não quero que descubra isto! — rugiu Caesar, ficando em pé e dando um murro na escrivaninha. — Quero que en­contre a preciosa sobrinha de Leva e a traga para mim nas próximas vinte e quatro horas. E agora saia daqui!




Brutus saiu. Não suportava tamanha tensão.


Vinte e quatro horas! Teria de trabalhar a noite toda. Pensou e decidiu ser hora de conseguir alguma ajuda para a tarefa.


Caesar não poderia saber que ele fora incapaz de descobrir tudo sozinho. O que significava que teria de contratar alguém de fora do círculo de amizade dos dois.


A única pessoa que conhecia era Stella, a mulher que estivera cortejando sem o conhecimento de Caesar. Era a mulher mais doce da face da terra, uma flor charmosa e tímida.


Aqueles rumores sobre ser uma vigarista eram mentiras absurdas. Quando Brutus lhe dissera ser um gerente de in­vestimentos, ela o fitara com muita admiração.


Caesar jamais o olhara com admiração. Na verdade, nin­guém. Ninguém até Stella.


Por isso, quando ela lhe implorara para ajudar Jimbo, seu amado irmão mais novo, e lhe dar um emprego, Brutus não fora capaz de recusar. Jimbo jurara que faria qualquer coisa sem nada perguntar, e era exatamente a pessoa indicada para ajudá-lo a capturar a sobrinha de Anton Leva.


Seria bom ter outra pessoa fazendo o trabalho sujo em seu lugar por uns tempos.


Havia uma hora que Anahi estava em seu quarto, ten­tando se recuperar do beijo e do vendaval que invadira sua casa e suas emoções. O aposento se revelara minúsculo demais e lhe dava sensação de claustrofobia.


Precisava sair dali, tinha coisas a fazer, roupa suja para lavar, mantimentos para comprar. Não havia comida na casa.


Alphonso que morresse de fome! Recordou-se então do enorme estoque de petiscos que vira nas coisas dele. Havia batatas fritas e biscoitos suficientes para sustentá-lo até o inverno seguinte.


Anahi não sabia como fugir dele. Poderia tentar pular a janela conforme o tio fizera. Até se aventuraria no passado, mas não atualmente. Não era uma atitude responsável.


Pouco conhecia sobre o caso em que seu tio estava envolvido. Precisava conversar com Anton novamente e obter mais infor­mações para poder agir com segurança. Devia lealdade primei­ramente àquele que a havia criado. Não contaria nada a Alphonso.


Ouviu o som da televisão quando abriu a porta do quarto.


Vamos à lavanderia.— ordenou a si mesma.


Era difícil andar pela sala, pois precisava desviar da mochila e do saco de dormir.


Não esperou para ver se ele a seguia quando pegou as chaves e foi para o serviço de lavanderia no térreo do edifício.


A mão de Alphonso se antecipou a sua quando ela fez menção de acender a luz da escada.




  • Deixe-me olhar primeiro. — Demorou pouco tempo até ele continuar: — Está bem, pode vir agora.






  • Muitíssimo obrigada.




O sarcasmo passou despercebido. Minutos depois ela sentia a presença máscula preencher a pequena área de serviço.


Nem se importou em separar as roupas. Simplesmente as jogou dentro da máquina, rezando para que não houvesse nada vermelho e capaz de manchar o restante das peças. Ligou a máquina e tentou sair dali rapidamente.


Não está se esquecendo de algo? — indagou Alphonso, pondo-se em seu caminho.


Olhou-o com suspeita.


Se pensa que vou beijá-lo para sair daqui, está louco.




  • Nem pensei nisto. — O sorriso era provocador. — Digo apenas que você se esqueceu de colocar sabão na máquina.






  • Desde quando o senhor se tornou dono de casa? — mur­murou aborrecida, retornando à máquina.




  • Nunca mais me esqueci daquela vez em que usei deter­gente para louças em vez de sabão em pó para lavar roupas.




Ela sorriu ante a lembrança das bolhas caindo em cascata da máquina de lavar em Chicago.




  • Eu ainda digo que teria funcionado se você tivesse colo­cado nas proporções corretas.




  • Equilíbrio não é meu forte.




  • Eu sei.




Se ele soubesse dar as proporções certas ao relacionamento dos dois, tudo teria funcionado bem. Mas Alphonso deixara tudo transbordar ao insistir em ser extremamente independente. De nada adiantava pensar naquilo. Após colocar uma boa dose de sabão, Anahi ligou a máquina novamente e subiu a escada.


Passar aspirador na casa seria um bom exercício e a faria sentir-se melhor. Caminhou decidida até o aparelho de limpeza.


A reação de Alphonso ante sua enlouquecida limpeza foi sentar-se no sofá e erguer os pés para sair de seu caminho enquanto Court­ney vigorosamente mirava o sugador em sua direção. Finalmente ele cansou-se daquilo. Desligou o interruptor e disse:


Precisamos conversar.


Antecipando problemas, Anahi cruzou os braços.




  • Recuso-me a discutir o que aconteceu esta manhã.




  • Falo de seu tio.




Era claro que era sobre o tio. Mais uma vez ele só se preo­cupava com trabalho. A escapatória de Anton era uma mancha, sem dúvida alguma, na ficha de Alphonso. Sabia que qualquer movimento da parte dele na tentativa de seduzi-la era sim­plesmente para tentar cumprir melhor sua tarefa. Alphonso pegou um pequeno bloco de anotações do bolso da camisa e a olhou de modo impessoal.




  • Preciso do nome de todos os amigos de seu tio, pessoas que ele pode tentar contatar. — Ao vê-la de queixo erguido, uma atitude que denotava teimosia, acrescentou: — Não se pode obstruir a ação da justiça, você sabe. E não poderá ajudá-lo se você estiver atrás das grades.




  • Meu tio não tem amigos íntimos. Tem muitos conhecidos, mas ninguém que o conheça bem.




  • Além de você.






  • Além de mim — confirmou.




  • Então dê-me o nome dos conhecidos dele.




Anahi listou vários nomes porque tinha certeza de que o tio não contataria aquelas pessoas.


Fico feliz em ver que está cooperando. — Mas Alphonso ar­
ruinou tudo ao acrescentar: — Finalmente.


Queria esbofeteá-lo. Em vez disso, voltou para a lavanderia para tirar as roupas da lavadora e colocá-las na secadora.


Alphonso a seguiu, observando cada movimento seu. A presença máscula era ainda mais dominadora no pequeno ambiente. Movendo-se cegamente, ela se inclinou para pegar as roupas molha­das, o tempo todo consciente de que Alphonso observava suas curvas.


Um instante mais tarde, o olhar provocador de Alphonso tornou-se sério quando uma pessoa entrou na minúscula lavanderia. Sua rotina de trabalho o havia preparado sempre para o pior.


Prisioneiros normalmente não eram as pessoas mais edu­cadas de uma sociedade. E o rapaz que acabara de entrar parecia um marginal.


O rapaz impressionava com aqueles cabelos muito pretos e presos em um rabo-de-cavalo. A camiseta, também preta, tinha o logotipo de uma gangue de pilotos de motocicletas de Portland. Carregava um capacete de beisebol e se aproximou rapida­mente de Anahi.


Alphonso foi rápido em colocar seu corpo no caminho do intruso, detendo-o.


Alto lá! — O grito de Alphonso encheu a lavanderia.
Aprisionou o rapaz contra a parede, imobilizando-o antes que Anahi pudesse piscar. Ou falar. Ela rapidamente se recuperou.


Alphonso, este é meu vizinho! Meu amigo. Seu nome é Red.




  • Este palhaço a está aborrecendo? — perguntou Red, sen­tindo-se corajoso mesmo estando aprisionado na posição pouco digna imposta por Alphonso.




  • O nome deste palhaço é Alphonso. Sinto muito por ele tê-lo prendido desta maneira.




Red deu a Alphonso um olhar frio.




  • Ele costuma agir assim com freqüência?




  • Não sei. Não o vejo há muito tempo. Sinto muito por ter perdido o jogo de beisebol esta tarde, Red. O time dos garotos ganhou?






  • Não desta vez. Mas convidei-os para tomar sorvete depois, por isto eles não ficaram muito chateados.




  • Red realmente é maravilhoso — falou Anahi, fazendo Alphonso desejar que ela também o fitasse daquela maneira. — Treina o time da liga infantil e faz muito pelas crianças pouco favorecidas.




  • Sinto muito pelo mal-entendido — desculpou-se Alphonso. —Pensei que você pudesse estar ameaçando a segurança de Anahi.




Red é meu protetor. Anahi pousou o braço sobre o ombro do rapaz, olhando para Alphonso de modo desafiador. — Ele nunca me machucou.


Alphonso queria ser o único protetor dela e sentiu-se incomodado com aquela intimidade que havia entre os dois vizinhos. Lem­brou-se então de que ele a havia ferido em Chicago com seu comportamento. Ela não tinha intenção de lhe perdoar e es­quecer. Pelo menos não ainda. Mas a lembrança daquele beijo apaixonado dava-lhe esperanças.


Anahi tagarelava com Red, mas percebia que Alphonso pen­sava no beijo que haviam trocado. Podia ver naquele olhar. A pequena lavanderia pareceu lhe sufocar. Subiu as escadas com Alphonso a seus calcanhares. Podia sentir sua respiração no pescoço. Já não conseguia mais suportar. Assim que chegaram ao apartamento, confrontou-o.




  • Tem de ficar tão próximo assim? É desta maneira que protege seus prisioneiros?




  • Não é prisioneira.




Ele ainda não havia percebido, mas Anahi sentia-se pri­sioneira do desejo de entregar-se a ele. Precisava ter forças, não podia se submeter àquela paixão.


Já que vai morar aqui por alguns dias, deve também
ajudar nos afazeres domésticos, fazendo metade do trabalho. — Ela apontou para a pequena cozinha. — Os pratos estão na pia. Vou tirar o pó da sala enquanto você lava a louça.




  • Tirar pó? — repetiu ele, como se fosse uma palavra in­compreensível. — Você nunca fez isso antes.




  • Também não costumava fazer outras coisas que faço agora.




  • Como o quê?




  • Como cozinhar.




Foi a única coisa que pôde pensar e observou, pela expressão de Alphonso, que falara algo errado.




  • Cozinhar o quê? Biscoitos? Browniesl Bolo alemão de chocolate?




  • Nada disto. Estou sem comida. Teremos de ir ao supermercado.




Os olhos de Alphonso se arregalaram ao imaginar sobremesas maravilhosas.




  • Enquanto estiver aqui, eu comprarei os ingredientes para os brownies e biscoitos e você os cozinhará.




  • Eu cozinho para me satisfazer — informou-o. — Não para agradar um homem.




  • Quer dizer que não cozinha para impressionar Fred? Ele nunca experimentou suas... iguarias?




  • Minhas iguarias não são de sua conta — respondeu, sa­bendo muito bem que ele não falava sobre comida. — É melhor você limpar estes pratos antes de sairmos.




Alphonso não protestou. Anahi passou a maior parte do tempo observando-o através da porta da cozinha. Embora com os bra­ços ensaboados até os cotovelos, ainda possuía charme e masculinidade avassaladores.


Após a limpeza, dirigiu-se à lavanderia para pegar as roupas secas. Alphonso a seguiu. Ela tirou as peças da máquina e aspirou profundamente o cheiro de roupa limpa.


Desde garotinha adorava o perfume de roupas recém-secas. Fazia-a lembrar-se da mãe. Esperava que Alphonso não tivesse notado sua pequena idiotice. Colocou as peças em uma cesta plástica e começou a subir a escada. Ainda lidava com as roupas quando Alphonso finalmente ter­minou de lavar os pratos. Ela unia as quatro pontas de um lençol para sua cama de casal, e Alphonso ofereceu ajuda.


Deixe-me ajudá-la com isto.


Ele deu diversos passos para trás para ajeitar o lençol. Mas quando as dobras estavam lisas, Alphonso se aproximou para juntar as extremidades. Os dedos dos dois se tocaram por um segundo, e então as coisas desandaram.


Arrepios de um prazer irracional passaram pela espinha de Anahi. E com o prazer veio o desejo e as lembranças de lençóis macios e do toque dos dedos másculos de Alphonso. Os dois fitavam-se na cama, intimamente ligados, as peles nuas arrepiadas de desejo enquanto faziam amor...


Anahi percebia, pelo calor que irradiava daquele olhar, que as lembranças de Alphonso eram as mesmas. Começou a res­pirar com dificuldade, e seus lábios se entreabriram, as imagens tornando-se mais e mais eróticas e poderosas e envolvendo-a em um manto de desejo.


Os dedos de Alphonso apertaram os seus. O olhar desceu dos olhos para os lábios entreabertos. Anahi estava em chamas, aprisionada no momento. Ele a havia beijado uma vez naquele dia. Fora bom, fora pouco...


Anahi o desejava. O sabor dos lábios de Alphonso a viciara. Jamais sentira que bastara, nada conseguia saciar seu desejo e aplacar seu calor. Amara-o de todo o coração e mesmo assim não fora o bastante. Alphonso se moveu, capturando os lábios macios com os seus. Mas Anahi o surpreendeu, jogando o lençol em seu rosto. Quando conseguiu se livrar, ela já estava do outro lado da sala, com as chaves do carro na mão.




  • Acho que é hora de tomarmos um pouco de ar puro.




  • Quero saber o que você tem feito para garantir a segu­rança de meu tio.




  • Pouco posso fazer até que Anton entre em contato com você. Deduzo que, como está preocupada com a segurança dele, imediatamente me notificará caso se falem pelo telefone, certo?




  • Quer dizer que não vai grampear meu telefone?




  • Não vou responder a esta pergunta.




  • Eu também não responderei às suas então.




  • Você está agindo de maneira infantil.




  • Estou agindo da mesma maneira que você, que rouba beijos quando estou distraída.




  • Ora, você sempre está bem atenta — murmurou ele, provocador.




  • Lá vem você com desculpas novamente.




  • Eu?




Sua expressão era da mais cândida inocência. Mas o brilho em seus olhos indicava o oposto.


Não fui eu quem trouxe à tona o assunto do beijo nova­mente. Você parece estar fascinada por isto.




  • E conseqüentemente fascinada por você?






  • Você perguntando ou afirmando?




  • Esqueça.




Colocou leite na travessa com cereais.


Estou apenas interessada na segurança de meu tio. E não acho que você esteja fazendo muito sobre isso.


Alphonso não iria lhe dizer como estava conduzindo aquela inves­tigação. Verificara os nomes que Anahi lhe dera no dia anterior, uma relação de conhecidos do tio e telefonara para a maioria. Ninguém ouvira falar a seu respeito nos últimos dias.


Não havia passagem de avião em seu nome também. Pressentia que o homem estava nas proximidades. Anton tinha boa expe­riência como ator e deveria saber como alterar sua aparência.


Alphonso também sabia usar alguns disfarces. Sabia ter feito um trabalho esplêndido pela maneira como Anahi agira quando ele saiu do banheiro minutos atrás.




  • Por que está usando este terno horroroso?




  • Não gosta?




  • Não tem seu jeito.




  • É o que sempre digo sobre suas roupas — respondeu ele, sorrindo.




  • Ora, esqueça. Esqueça o que falei. Não é de minha conta. Assim como o que faço não é da sua.




Mas Alphonso insistia em fazer com que fosse. Quando chegaram ao banco e Anahi se distraiu conversando com Francis, ele foi para a sala de Fred. Dali poderia observá-la enquanto dis­cutia alguns detalhes com o gerente.


Fred o olhou com seriedade.




  • Posso fazer algo por você?




  • A propósito, Fred, pode.




Alphonso acomodou-se na poltrona com casual desleixo.


Acho que será bom conversarmos de homem para homem.


Você não vai perguntar sobre minhas intenções novamente, vai?


Alphonso arqueou as sobrancelhas.


Isto o faz sentir-se desconfortável, não é mesmo? A expressão de Fred mostrava sua desaprovação.


Anahi me disse que você é muito brincalhão, mas eu não sou uma pessoa tão bem-humorada assim.




  • Confie em mim — observou Alphonso —, não estou brincando sobre isso.






  • Não consigo entender por que você está sendo um irmão tão protetor agora se prestou pouca atenção a sua irmã du­rante um bom tempo. Ela me disse que vocês dois haviam rompido relações.




  • Ora, Fred, você ainda não percebeu que não sou irmão de Anahi?





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Autor(a): millinha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • mariahsouza Postado em 23/07/2009 - 15:06:34


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  • anjinhavondy Postado em 17/07/2009 - 23:27:09

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  • andressarbd Postado em 15/07/2009 - 20:04:22

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  • andressarbd Postado em 15/07/2009 - 20:03:57

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  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:21

    POSTA MAISSS!!!!!!

  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:19

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  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:19

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  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:18

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  • mariahsouza Postado em 13/07/2009 - 11:41:17

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