Fanfic: Horror com amor. {Vondy ♥} | Tema: Rebelde

...

O ginásio estava todo decorado com bexigas vermelhas e pretas com corações por todo o lado.

BREGA.

Suspirei e Anne riu ao meu lado.

- Lembre-se do que você me prometeu. – Anne diz.

- Ficar quietinha, sem brigar, sem gritar, nem arruinar a festa de nenhuma maneira. – eu recito.

Que promessa besta que fui fazer. Acabou com minha diversão.

- Vamos lá, vamos tomar um ponche. – Anne me puxa.

- Calma, querida, estou usando um sapato do salto do tamanho da bengala do seu avô. – reclamo e ela
fingi que não ouve.

Ela vasculha o ginásio com o olhar.

- Ainda está cedo. Talvez ele nem venha. – eu falo.

 Seu rosto desmorona quando eu falo isso e de repente sinto vontade de morder minha língua. Tenho que fazer algo por ela, e logo.

- Voce precisa dançar. – eu falei e olhei para um garoto alto e musculoso que passava na minha frente. – Ei, você ai! – eu chamei e ele olhou para mim atordoado.

O nome dele era Isaque, ele era jogador no time de Ucker, mas não andava com ele. Ele me olhou um pouco com medo.

- Voce tem namorada? – pergunto chegando perto dele e avaliando seu visual.

- Depende. – ele respondeu.

Uma típica resposta.

Eu puxo Anahí que parece morta de vergonha.

- Dance com ela umas três musicas e depois a traga de volta para mim. – eu digo e quando ele abre a boca eu olho seriamente para ele. – Alguma objeção? – pergunto.

- Não, Dulce, nenhuma. Vamos, Anahí? – ele pega minha amiga e sai correndo para o salão.

Eu sorrio enquanto ela me dá um olhar severo.

Termino de beber meu ponche quando eu olho para a porta e quase engasgo quando vejo Pablo passar. O que diabos esse inseto está fazendo aqui???

Ele me olha e parece surpreso ao me ver antes de esboçar um sorriso ao perceber que estou indo até
ele. Eu quase corro e o empurro quando chego perto dele.

- O que diabos está fazendo aqui? Vai embora! – eu grito contra a musica.

- Calma, Dul. Eu vim te ver. – ele fala mansinho.

- Já viu, agora sai fora. Agora. Eu não estou brincando Pablo. – eu falo.

Ele me agarra depressa e me empurra num canto da parede escuro e invisível ao resto dos alunos.

- Olha, aqui, sua vadi*a, você não é ninguém para dizer ou eu vou ou não, então fique na sua, ok? – ele
diz e sinto seu hálito. Ele bebeu. Nossa, que novidade.

- Me solta! – eu digo. – E você não é para estar aqui por que não estuda aqui. – eu falo.

- Voce não devia me tratar assim, sabia? – ele me empurra para um canto e cheira meu pescoço.

- Saia daqui, seu porco! – eu tento me libertar.

- Voce devia me agradecer, eu vim te trazer um recado. – ele fala e suspira.

- Que recado? De quem? – pergunto ainda tentando me desvencilhar dele.

- Espera, eu não consigo me lembrar.. – ele disse fungando. – Aaah, lembrei .. ele mandou dizer que ainda está de olho em voce e que está mais perto do que voce imagina. – ele disse.

- O que? Quem disse isso? – pergunto nervosa quando sinto ele saindo de cima de mim rapidamente e quando olho para cima lá está ele.

Meu carma pessoal, todo iluminado pela luz do salao e lindo vestido com um smoking preto. Ucker está
olhando para Pablo como se fosse mata-lo ou qualquer coisa enquanto Poncho mal consegue segura-lo.

- Para com isso, Ucker.  – eu grito e vou para junto de Pablo, que está no chão com os olhos fechados.

- Pablo, tente se lembrar, quem foi que te deu o recado? – falo calmamente.

Rapidamente Ucker me pega pela cintura e me afasta dele.

- Droga, Ucker, me solta! – eu grito.

- Eu..nao..lembro.. – Pablo mal diz e depois desmaia.

Que droga!

- O que pensa que está fazendo? – Ucker grita comigo.

Me afasto dele e dou um murro em seu braço.

- Parece mentira, mas posso muito bem me virar sozinha sem tua ajuda, Sr Super homem! – grito com ele e olho para o salao que parece alheio ao que está acontecendo.

De longe vejo Anne dançando com Isaque e quando Poncho vê ele sai em disparada até lá.

Ops.

- Pode olhar para mim, por favor? – Ucker me puxa pelo braço. – O que estava fazendo com esse verme te agarrando?

- Ele veio me dar um recado! – eu digo e tremo.

- Recado?- ele parece confuso.

- O recado é para dizer que ainda está de olho em mim e que está mais perto do que eu imagino. – eu digo e vejo a fúria que se instala em seus olhos. Ele vai para cima dele e eu o seguro pela cintura.- Deixa ele, Ucker. Ele está bêbado. Não se lembra de quem foi que mandou. Quem quer que seja, é inteligente o bastante.

- Merda. – Ucker soltou e bagunçou seu cabelo. – O que vamos fazer?

Balancei os ombros.

- Ficar em casa de braços cruzados é que não vou. – falei emburrada.

Ele olhou para mim e sorriu.

- A proposito, voce está linda hoje. Porque veio ao baile? – ele se aproximou de mim. – Por acaso, esperava me encontrar?

- Arrogante e prepotente. Que lindo. – eu digo e saio quando ele me puxa contra seu peito.

- Dança comigo. – ele pede no meu ouvido e eu suspiro.

Seus braços me apertam e sinto meu coração martelar junto ao seu. Encaixo-me perfeitamente em seus
braços e sinto sua respiração no meu pescoço. Passo minhas mãos pelo seu cabelo e ele geme baixinho me apertando mais.

- Senti sua falta. – ele diz baixinho no meu ouvido.

- Voce sentiu minha falta? – eu rio. – Percebe como isso soa diferente? Há alguns meses atrás eu bateria e socaria se alguém dissesse que estaríamos num baile juntos e dançamos. – eu falo.

- E que um dia faríamos amor. Juntos. – ele disse e meu corpo todo tremeu.

- Ucker.. eu..

- Psiu, não diga nada. – ele me calou com seus lábios nos meus.

...