Fanfic: Minha querida madrasta!! | Tema: Vondy

-Bem... Mais ou menos! (Annie falou)

-Como assim mais ou menos? (perguntei super brava)

-Nós achávamos que era o melhor pra você! (May respondeu)

-O melhor? Eu estou me sentindo suja, estou me sentindo uma vadia por culpa de vocês, ouviram? (Desabafei raivosa)

Eu ainda estava boba, não acreditava que elas haviam feito aquilo, a Annie até que eu entendo, ela não vê as consequências, mas a May? A May? Ela sempre foi cabeça, sempre foi responsável, como ela pode ter feito isso, caído nas armadilhas da Annie e ficado presa?

-Nos perdoa por favor Dulce. (May pediu)

-Não é simples assim, ok? Tenho que pensar, depois falo com vocês!

Falei e depois me virei e segui em direção ao meu quarto, abri a porta e entrei. Cara, como elas puderam fazer isso comigo? Como a Annie faz isso com seu próprio pai, sei que eles não são tão unidos assim, mas mesmo assim, isso já é demais. Deitei em minha cama, me agarrei ao meu ursinho Sansão, ele é um tigre, ganhei ele quando tava no pré- escolar, presente do meu pai, alias, a única coisa que ele me deu do coração, a única coisa que ele sabe fazer é isso, dar presentes e mais presentes para desculpar seus erros, mas isso nunca funciona, ele não sabe pedir perdão e sua forma de se desculpar é dar coisas como forma de desculpa, já estou acostumada! Tenho vários presentes dele, mas não sei porque esse é o único que eu gosto, porque ele me deu do nada, ele não tinha feito nada pra se desculpar e não era nenhuma data comemorativa.

Bom... Voltando ao assunto principal, quando estava prestes a adormecer escutei Meg arranhar a porta para entrar, ela sempre sabe quando estou ruim! Levantei em direção à porta e abri, Meg entrou e subiu direto na minha cama, ao contrario do que estão pensando, ela não solta pelos. Deitei junta a ela e a Sansão e então adormeci.

E como sempre, sonhei novamente, desta vez não foi bem um sonho, foi mais pra pesadelo do que pra sonho. Vou contar do que eu me lembro:

Eu estava andando no jardim da minha antiga casa, da casa dos meus pais, e lá havia um balanço rosa, onde eu costumava brincar quando era pequena. No sonho eu já não era mais criança, já era adulta. Sentei no balanço enferrujado e comecei a me balançar de leve, após algum tempo me levantei e voltei a andar, eu estava usando um vestido branco muito lindo, comecei a mexer nas flores do jardim da minha mãe e de repente a minha mãe apareceu gritando:

-Saia daqui sua intrusa! Saia agora!

Então eu a olhei assustada e falei:

-Mas mamãe, sou eu, a Dulce, sua filha!

-Não! Você não é minha filha, não é!

Meus olhos então se encheram de lágrimas.

-Sou sim mamãe, eu sou sua filha!

Me pai chegou interferindo na briga:

-Saia daqui garota!

-Mas pai, o que esta fazendo?

-Não me chame de pai, você não é mais minha filha, vá embora! Não queremos você aqui!

Minha mãe começou a chorar e meu pai falou:

-Viu? Viu o que está fazendo? (Abraçou a mamãe) Vá embora!

-Papai porque? (Comecei a chorar)

-Já disse para não me chamar pai e é melhor você sair antes que eu chame os seguranças!

Chorando eu os olhei pela última vez e sai correndo e nessa hora tudo parou, enquanto eu corria parecia que eu ia desabar, tudo doía, principalmente meu coração, eu não entendia o porque eles estavam me tratando assim. Eu corri até não poder mais, nem sequer olhava para onde estava indo e quando olhei me dei conta que havia um penhasco a minha frente e eu não consegui parar e cai.

Quando ia me chocar contra a água eu acordei desesperada e chorando.